Anexo VII. Tratamento de Dados. Contributos para a Carta de Desporto da Natureza do Parque Natural da Serra da Estrela



Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DO CURSO DE TURISMO

CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DOS AGREGADOS FAMILIARES PORTUGUESES COM MENORES EM IDADE ESCOLAR Alguns resultados

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde

O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO

A PARTICIPAÇÃO PÚBLICA E A REGIÃO NORTE

CONJUNTO COMERCIAL CENTRO COMERCIAL DE PORTIMÃO

Relatório OP Outros Sectores Agrícolas e Pecuários

FEUP RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

BLOCO 11. ASSUNTOS: Controlo Análise dos Registos Contabilísticos Análise de estrutura e de eficiência Análise de actividade PROBLEMAS:

Projeto de Cooperação PRODER Um outro Algarve

Freguesia de Tabuadelo e São Faustino. Concelho de Guimarães

Aspectos Sócio-Profissionais da Informática

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO

Marketing e Publicidade 2ºANO 1º SEMESTRE

1. Eixo(s) em que se insere Eixo 3 Qualidade de vida nas zonas rurais e diversificação da economia rural

PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. 1) Objecto e finalidades da revisão do regime jurídico da avaliação:

Escola Secundária do Padrão da Légua. Gabinete de Inclusão Escolar Ano Lectivo 2010/2011

nos Desportos de Deslize Nauticampo 9 de Fevereiro de 2012

Análise do Questionário aos Notários 2006/2007. Resumo

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

O Interface de Transportes

Conheça os bancos que mais subiram as comissões desde o início da crise. Desde 2010 que as instituições financeiras têm vindo a aumentar as comissões

CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Relatório Final de Actividade. Ano Lectivo 2010/2011

澳 門 特 別 行 政 區 政 府 Governo da Região Administrativa Especial de Macau 個 人 資 料 保 護 辦 公 室 Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais

Comunidade Intermunicipal da Beira Interior Sul

Enquadramento Turismo Rural

DOCUMENTO DE TRABALHO

MINISTÉRIO DO AMBIENTE

Controlo da Qualidade da Água de Abastecimento Público Concelho de Oliveira de Azeméis

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

Integração da Gestão de Risco Operacional noutras Áreas da Gestão. Maio 2008

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL DOS AÇORES SESSÃO PLENÁRIA DE 11 a 13 NOVEMBRO DE 2002 Intervenção do Deputado Cabral Vieira

SISTEMA DE APOIO AO FINANCIAMENTO E PARTILHA DE RISCO DA INOVAÇÃO (SAFPRI)

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram

Projecto REDE CICLÁVEL DO BARREIRO Síntese Descritiva

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007

Norma ISO Norma ISO Norma ISO 9004 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE REQUISITOS FUNDAMENTOS E VOCABULÁRIO

O ENOTURISMO. Conceito:

Dossiê de Preços de Transferência

DECLARAÇÃO DE RISCO DE INVESTIMENTO (OTC) De 15 de Fevereiro de 2012

ISO 9001:2008. A International Organization for Standardization (ISO) publicou em a nova edição da Norma ISO 9000:

2. Enquadramento Orçamental para o Exercício de 2015

Notas sobre a população a propósito da evolução recente do número de nascimentos

O Social pela Governança. Mestrados Profissionalizantes Planos Curriculares Empreendedorismo

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso

NOTAS PRÉVIAS I - DE APRESENTAÇÃO

CONTABILIDADE, TOMADA DE DECISÃO E AMBIENTE: CONTRIBUTOS PARA REFORÇO DO DESEMPENHO ECONÓMICO DAS ORGANIZAÇÕES

ITINERARIOS TURISTICOS. Tema I - Considerações Gerais. 3º ano Gestão de Mercados Turísticos Informação Turística e Animação Turística

Grupo Parlamentar. Projecto de Lei n.º 200XI/1ª. Isenção de obrigações contabilísticas gerais por parte das Microentidades

Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo

Tema II: Elaboração e Acompanhamento do Plano de Acção

NOVA CONTABILIDADE DAS AUTARQUIAS LOCAIS

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

TRANSIÇÃO DA ISO 9001:2000 PARA ISO 9001:2008 DOCUMENTO SUMÁRIO DE ALTERAÇÕES ALTERAÇÕES QUE PODEM AFECTAR O SISTEMA

Barómetro Regional da Qualidade e Inovação 2014

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Turistas

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012

AVALIAÇÃO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO E DESIGN MULTIMÉDIA

Nota: texto da autoria do IAPMEI - UR PME, publicado na revista Ideias & Mercados, da NERSANT edição Setembro/Outubro 2005.

1. Promover a melhoria das condições de vida das população das áreas susceptíveis

Turismo no Espaço Rural. A oferta e a procura no TER

PREVENÇÃO, GESTAO E MONITORIZAÇÃO DE RISCOS NATURAIS E TECNOLÓGICOS DOMÍNIO - RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL

PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR - CONSULTA PÚBLICA -

ANA Aeroportos de Portugal Aeroportos e Ruído: Uma Gestão de Compromisso

RESPONSABILIDADE SOCIAL EM PORTUGAL REALIDADE OU FICÇÃO?

QUALIDADE DE SERVIÇO DE NATUREZA TÉCNICA NO SECTOR ELÉCTRICO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Neste particular, se trata da publicação e divulgação das estatísticas das telecomunicações em Cabo Verde referente ao ano 2007.

BREVE ALUSÃO AO DL 61/2011 E SUA RELAÇÃO COM O DL

Conjuntura da Construção n.º 36. Construção em 2009 verificou dois andamentos

SEMINÁRIO FINAL VALOR GERÊS-XURÉS Turismo de Natureza: Balanço e Perspetivas Melgaço, Porta de Lamas de Mouro 16 de dezembro de 2014

Critérios de selecção

GESTÃO ESTRATÉGICA. Texto de Apoio 1. Análise Económica e Financeira

Polis Litoral Operações Integradas de Requalificação e Valorização da Orla Costeira

Estatísticas do Emprego 1º trimestre de 2010

Plano de Actividades

Enoturismo em Portugal Caraterização das empresas e da procura

Contributo da APRITEL. 16 de Outubro de APRITEL BoasPraticasAP b.doc 1/9

SAMUO APP: MANUAL DO ADMINISTRADOR

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião. Junho 2011

2.4. EXECUÇÃO FÍSICA E FINANCEIRA E PROCESSO DE APROVAÇÕES

A visão Social da Previdência Complementar. Palestrante: Henda Mondlane F. da Silva

I - Introdução à Contabilidade de Gestão 1.5 REVISÃO DE ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS RECLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro

Regulamento de Apoio ao Movimento Associativo

Estudo sobre os diplomados pelo ISCTE-IUL. Perspectiva das Entidades Empregadoras

PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE

Boas Práticas Ambientais. Hotéis e Pousadas

Estudo Sobre as Condições de Exploração de Transportes em Táxi na Cidade de Lisboa

Transcrição:

Anexo VII Tratamento de Dados Contributos para a Carta de Desporto da Natureza do Parque Natural da Serra da Estrela

Os dados apresentados na figura seguinte referem-se aos pareceres resultantes dos pedidos efectuados, por empresas e por associações culturais locais, para a realização de actividades de Desporto da Natureza (DN) na área do PNSE, no triénio 2009-2011. Durante o referido período, os pedidos para realização de actividades de DN no PNSE deram origem a 80 pareceres, em que 35 tiveram parecer favorável, 40 parecer favorável condicionado e 5 desfavorável. Evolução anual de pareceres no PNSE. Pela análise efectuada, referente às actividades desportivas no PNSE nos anos de 2009 e 2010, verifica-se que as actividades eram realizadas mas, na sua maioria condicionadas, devendose este facto aos procedimentos seguidos pelo ICNB que adoptou uma sensibilidade pró-activa. Assim, na primeira vez que uma entidade procedia a um pedido de parecer esta era informada das condicionantes do novo regulamento do Plano de Ordenamento. Em 2011, já toda a situação estava regularizada e pelo número de pareceres favoráveis pode concluir-se, que a acção foi positiva e que existe uma fácil leitura das regras de ordenamento, tornando-se estas, atingíveis por todos. Nos elementos apresentado sem seguida verificar-se-á que o novo plano de ordenamento do PNSE, bem como a legislação que regulamenta a actividade turística, contribuiu para uma melhor articulação entre os reguladores da actividade e as empresas de animação turística, potencializando melhoramentos significativos na gestão da área. 111

Na figura seguinte indica-se o número de ocorrências de DN por concelho, para o triénio 2009-2011. Pode-se afirmar que os concelhos de Manteigas e Gouveia foram os que mais apostaram na promoção da actividade turística de DN, pois o número de ocorrências nestes dois concelhos foi de cerca de 50% do número total de ocorrências na área em estudo (140). No entanto, face ao número total de ocorrências de DN na área do parque, considera-se que este actividade ainda apresenta um peso pouco significativo, não sendo a contribuição económica muito relevante. Evolução do nº de ocorrências de DN por concelho, na área do PNSE. A maioria das modalidades de DN podem ser praticadas ao longo do ano, combatendo-se assim a sazonalidade do turismo de neve, sendo por isso necessário uma maior promoção deste tipo de produto turístico. A promoção do DN deve ser considerada como um investimento económico e ambiental e deve ser encarada em conjunto por todos os agentes, em que uma acção consertada de marketing poderá trazer para a região as mais-valias económicas pretendidas. Seguidamente, para o triénio 2009-2011, pode-se observar a incidências das actividades DN por tipologia de área de protecção 1, definidas no Plano de Ordenamento. Os números 1 As tipologias, são definidas pelo seu nível de protecção, do maior para o menor, respectivamente, por: APP I Área de Protecção Parcial Tipo I; APP II Área de Protecção Parcial Tipo II; APP III Área de Protecção Parcial Tipo III; APC Área de Protecção Complementar. 112

devem ser entendidos com algumas precauções, pois a leitura deve ser efectuada quer pelas percentagens quer pelos valores absolutos. Incidências anuais das actividades de DN por tipologia de protecção. Os dados indicam-nos que no período analisado houve uma evolução no que respeita às zonas e respectivos regimes de protecção utilizadas nas actividades de DN. Esta evolução deve-se à entrada em vigor do Plano de Ordenamento que define claramente quatro zonas de protecção e respectivas tipologias. Verifica-se que existe uma evolução nas escolhas das áreas com um regime de protecção mais baixo, em prol das áreas com regime de protecção mais elevado, que foram preteridas ao longo do triénio. Isso é visível, principalmente, pela evolução positiva dos valores combinados descritos como APP III + APC. Contudo estes dados tornam-se ainda mais relevantes, se se atender a que a actividade com maior destaque na área do PNSE é o «TT Turístico», posteriormente objecto de análise, verificando-se dessa forma uma redirecção das actividades de DN com maior carga sobre o território, nomeadamente para zonas em que o impacte das actividades é minimizável. Em seguida pretende-se avaliar as combinações da tipologia dos pedidos de parecer, isto é, de que forma os agentes, ao preparem as suas actividades, optavam por combinações 113

(níveis de protecção) favoráveis à conservação dos valores naturais, sem que exista uma diminuição nas expectativas dos turistas. Incidência das actividades de DN pelos vários níveis de protecção. Da análise dos dados verifica-se que dos pedidos efectuados no triénio 2009-2011 a maioria recai nas áreas sujeitas a dois níveis de protecção. A escolha dos agentes turísticos recai 70% em APC, zona do território com menores restrições à prática do DN e com maior proximidade aos núcleos urbanos. O gráfico onde se apresenta «Total por 2 níveis de protecção» demonstra que as opções dos agentes ainda recaem nas áreas com menores restrições, APP III + APC com 68%, contudo, é de assinalar, que os valores para as áreas com protecção mais elevada, representam 18% mas com valores absolutos de 5 actividades. Pode-se assim concluir que as empresas entenderam as alterações das condicionantes descritas no PO, por isso, optaram por fazer incidir os seus produtos turísticos em zonas com menor nível de protecção. Estas escolhas devem-se ao facto de estas áreas possuírem menores interdições e também a uma maior consciencialização para a salvaguarda dos valores naturais, reservando para as áreas mais sensíveis as actividades com menos impacte, como é o caso do pedestrianismo. Nos gráficos seguintes pretende-se avaliar a distribuição de cada modalidade por concelho, bem como, tentar perceber se existem factores de marketing que influenciem a procura da modalidade. 114

Incidências das actividades de pedestrianismo, orientação e Trekking por concelhos. Como se verifica esta actividade teve um decréscimo de 14% entre os anos de 2010 e 2011, em termos totais. A grande perda centra-se no concelho de Manteigas, em contra ciclo, os dados do concelho de Gouveia indicam-nos uma continuidade de promoção da modalidade, contudo, estes dados são incipientes para se tirar conclusões. O ICNB solicitou relatórios trimestrais das actividades às empresas, para melhorar a base de dados, todavia estes são facultativos. Do ponto de vista da actividade económica, o pedestrianismo no PNSE é recente, existindo por isso, muito para fazer em relação à sua promoção, bem como, a necessidade de rever os pressupostos da relação entre os Stakeholders 2, para que se encontre a situação mais favorável para a monitorização do parque. Os pressupostos que se impõem para a actividade de pedestrianismo, em relação à carga no território, não se reflectem na modalidade de BTT. Assim, os dados analisados seguidamente, reflectem todas as actividades da modalidade para o triénio estudado. 2 Segundo, Nunes (2009)., o termo inglês stakeholder designa uma pessoa, grupo ou entidade com legítimos interesses nas acções e no desempenho de uma organização e cujas decisões e actuações possam afectar, directa ou indirectamente, essa outra organização. Estão incluídos nos stackeholders os funcionários, gestores, proprietários, fornecedores, clientes, credores, Estado (enquanto entidade fiscal e reguladora), sindicatos e outras diversas pessoas ou entidades que se relacionam com a empresa. 115

Incidências das actividades de cicloturismo e BTT por concelhos. Os concelhos de Manteigas e Gouveia fizeram, ao longo destes anos, um investimento na promoção da modalidade de BTT. Com esta aposta na modalidade, verificou-se um crescimento significativo dos valores totais, especialmente entre os anos de 2009 e 2010 e uma subida relativa em 2011. A análise global dos dados indica-nos que a modalidade tem tido um desenvolvimento expressivo, porém, a sua decomposição analítica demonstra que ainda existe muito para progredir na promoção da actividade, para que esta se revele interessante economicamente. Pela análise individual dos pedidos/pareceres e dos trajectos usados, esta actividade estava direccionada para o turismo hard e centrava-se próximos dos núcleos urbanos. Este tipo de produto especializado requer uma logística maior, pelo que o seu desenvolvimento deve concentrar-se perto dos núcleos urbanos, diminuindo assim os impactos no território. Contudo, será importante reafirmar que as actividades de BTT Soft ou o cicloturismo demonstram um grande potencial de desenvolvimento na região. Seguidamente, mostra-se que o «TT Turístico» demonstra uma forte prática na área do PNSE, sendo ela, uma forma eficaz de promoção de todo o DN, da gastronomia, da etnografia, assim como, de outros valores culturais referidos no presente estudo. 116

Incidências das actividades TT Turístico por concelhos. Os passeios de «TT Turístico» revelam-se sobe a forma de evento. A actual forma de promoção deste actividade pode tornar-se pouco relevante para o desenvolvimento económico, deixando apenas os impactes sobre os recursos, caso estes não sejam interligados com os outros valores e produtos endógenos da região. O concelho de Gouveia é um dos que apresenta maior atractividade para esta modalidade, devendo-se isso à interligação da modalidade com casas de turismo e restaurantes, evidenciando assim a mais-valia da cooperação. Os dados demonstram um crescimento contínuo da modalidade na região, embora alguns concelhos registem poucas actividades nas outras modalidades de DN, como é o caso de são Celorico da Beira, Guarda e Seia. A existência na região de grupos e associações ligadas ao todo o terreno contribui para o aumento das actividades. Contudo, será de todo importante lembrar que as empresas possuem regras mais apertadas para a organização desta actividade. Com os gráficos seguintes, referentes às actividades lineares, pretende-se compreender onde e qual o tipo de carga a que o território está sujeito. 117

Incidências das actividades DN no território. Pode-se verificar que os traçados das modalidades lineares têm uma incidência por caminhos consolidados, atenuando assim os efeitos negativos sobre os recursos, isto se excluirmos os trilhos afectos à actividade de pedestrianismo. Assim, as restantes modalidades, principalmente o «TT Turístico», são praticadas de forma a salvaguardar os valores naturais existentes no PNSE. Estes resultados são influenciados pela actividade de DN que mais se pratica no PNSE, o «TT Turístico», pelo que se pode afirmar que a utilização, por parte desta modalidade, de caminhos florestais consolidados, estradões ou mesmo as estradas asfaltadas, afectas à rede nacional ou municipal de estradas, não constituí um impacte na compactação dos solos. No entanto, o ICNB através do código de conduta alerta todos os participantes para os efeitos negativos que, o não comprimento deste, possa causar na flora e fauna envolvente. Incidências das actividades de Escalada/Rapel/Parapente no PNSE. 118

Com a entrada em vigor do regulamento do Plano de Ordenamento de Setembro de 2009, que definiu novos níveis de protecção, como já foi explanado, as actividades de Escalada, Rapel e Parapente, são interditas em locais emblemáticos, como é o caso do Cântaro Magro e da Parede dos Fantasmas, explicando por isso a insipiência dos dados. Considera-se fundamental encontrar soluções para que os valores naturais não se percam, mas que a prática destas modalidades seja possível nos locais de tradição. Conforme se mostra em seguida, segundo os valores totais das modalidades efectuadas no PNSE, verifica-se uma tendência para um relativo aumento do BTT e uma diminuição das actividades de pedestrianismo, escalada/rapel/parapente. Este facto deve ser entendido por todos os Stakeholders como preocupante, pois a Serra da Estrela tem um grande potencial devido às suas excelentes condições para a prática destas modalidades. Em relação ao «TT Turístico» a variação dos dados é pouco significativa, nos últimos dois anos, contudo indica um ligeiro aumenta da modalidade. Incidências das actividades DN no território do PNSE. 119