CURSO DE DIREITO DA CONCORRÊNCIA E REGULAÇÃO



Documentos relacionados
Microeconomia. Demanda

Também chamada Teoria de Preços, estuda o comportamento dos consumidores, produtores e o mercado onde estes interagem.

CAPÍTULO 10 CONCORRÊNCIA IMPERFEITA. Introdução

Economia Geral e Regional. Professora: Julianna Carvalho

inclinada, o inverso da elasticidade se aproxima de zero e o poder de monopólio da empresa diminui. Logo, desde que a curva de demanda da empresa não

Aula 2 Contextualização

Microeconomia I. Bibliografia. Elasticidade. Arilton Teixeira Mankiw, cap. 5. Pindyck and Rubenfeld, caps. 2 e 4.

Legislação aplicada às comunicações

Microeconomia. Estruturas de mercado. Tópicos para Discussão Mercados Perfeitamente Competitivos. Maximização de Lucros

PARTE I MERCADO: OFERTA X DEMANDA

Monopólio. Microeconomia II LGE108. Características do Monopólio:

2.7 - Curva de Possibilidades de Produção

ELASTICIDADE DE DEMANDA E ASPECTOS RELEVANTES DE GESTÃO DE VENDAS

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 11, Determinação de Preços :: REVISÃO 1. Suponha que uma empresa possa praticar uma perfeita discriminação de preços de

Prova de Microeconomia

Preço Máximo. Sumário, aula 12. Preço Máximo. Preço Máximo. Preço Máximo. Preço Máximo. Intervenções do Governo. Em termos de teoria económica,

DEBATE: UPP x MERCADO RELEVANTE. Arthur Barrionuevo

CMg Q P RT P = RMg CT CF = 100. CMg

Estruturas de Mercado. 17. Concorrência Monopolística. Competição Imperfeita. Competição Monopolísitica. Muitos Vendedores. Produtos Diferenciados

MICROECONOMIA Exercícios - CEAV

Teoria pertence ao grupo das teorias objetivas, conduzindo a análise do valor para o terreno da oferta e dos custos de produção.

Características do Monopólio:

4) Considerando-se os pontos A(p1, q 1) = (13,7) e B (p 2, q 2) = (12,5), calcule a elasticidade-preço da demanda no ponto médio.

O conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas.

ECONOMIA Prof. Maurício Felippe Manzalli

Teoria da Firma. Discriminação de preços tarifa em duas partes e concorrência monopolística. Roberto Guena de Oliveira USP. 28 de julho de 2014

GABARITO LISTAS. 1. Dê 3 exemplos de tradeoffs importantes com que você se depara na vida.

2. São grupos, respectivamente, de crédito na Conta 1 (PIB) e débito na Conta 2 (RNDB) das Contas Nacionais:

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA


Teoria Básica de Oferta e Demanda

3. Mercados Incompletos

Resolução da Prova de Época Normal de Economia I 2º Semestre (PARTE A) Antes de iniciar a sua prova, tenha em atenção os seguintes aspectos:

Microeconomia 1 - Teoria da Firma - Parte 2

CURSO DE DIREITO ECONÔMICO REGULATÓRIO

5º TEXTO: MATERIAL DE APOIO Professor: Me Célio dos Santos Vieira

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão

ECONOMIA. 1 o. ANO ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS REFERENTE MATERIAL DE ACOMPANHAMENTO DE AULAS PARA OS CURSOS: A 2 A.

Convergência tecnológica, Inovação e Direito da Concorrência no séc. XXI.

ESAPL IPVC. Licenciatura em Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais. Economia Ambiental

Prof. Marcopolo Marinho

UNOCHAPECÓ Programação Econômica e Financeira

CUSTOS DE PRODUÇÃO. Profª Graciela Cristine Oyamada

ESTRUTURAS DE MERCADO

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

Curso DSc Microeconomia Bacen - Básico 2015

- Estruturas de Mercado. Introdução Mercado em Concorrência Perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência Monopolística Estruturas do Mercado de Fatores

PLANO DE ENSINO DO ANO LETIVO DE 2011

Estrutura Tarifária de Energia Elétrica

Vantagens Competitivas (de Michael Porter)

Efeito de substituíção

Planejamento Estratégico

PROGRAMA DE ENSINO. Curso: Economia Ano: 2006/1. Disciplina: Teoria Microeconômica II Código: 613. Créditos: 4 Carga Horária: 60 H/A

Em meu entendimento, ela foi abaixo das expectativas. Prova fácil, cobrando conceitos básicos de Microeconomia, sem muita sofisticação.

CURSO ONLINE: A DEMANDA E A OFERTA

Audiência Pública Projeto de Lei da Câmara n o 39, de 2007

Microeconomia NATÉRCIA MIRA EDIÇÕES SÍLABO

Universidade Católica Portuguesa. Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais. Tel.: Fax: fbranco@fcee.ucp.

3 Literatura teórica

Administração Estratégica

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 2, Oferta e Demanda :: REVISÃO

1.1.1 Instituições: o que são? Aula 2 Instituições: o que são e para que servem? Aula 2 Instituições: o que são e para que servem?

EMENTA / PROGRAMA DE DISCIPLINA. ANO / SEMESTRE LETIVO Administração Economia I ADM h 2º

Organização interna da empresa

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIA PROGRAMA DE ENSINO

RMg = 10-2Q. P = 10-4 = $6.

Deslocamentos na Curva de Demanda e da Oferta

CURSO DE MICROECONOMIA 2

1 (V) 1 Usualmente assume-se que as empresas agem de forma a maximizar suas utilidades

MICROECONOMIA. Paulo Gonçalves

Christian Luiz da Silva Eugênio Stefanelo

INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA AGRICULTURA 1

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

3.1 Da c onta t bil i i l d i ade nacio i nal para r a t e t ori r a i ma m cro r econômi m c i a Det e er e mi m n i a n ç a ã ç o ã o da d

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão

A demanda é Inelástica se a elasticidade preço está entre 1 e 0; Se a elasticidade da demanda é exatamente -1, a demanda tem Elasticidade Unitária.

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA

Capítulo 3. Avaliação das capacidades internas de uma empresa

ECONOMIA MÓDULO 17. AS ELASTICIDADES DA DEMANDA (continuação)

QUESTÕES DE MICROECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS DA FGV PROFESSOR HEBER CARVALHO

Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2004/2005. Introdução. Equilíbrio em Autarcia e em Livre Comércio. LEC 207 Economia Internacional

Introdução à Economia PROGRAMA

Instrumentos Econômicos: Tributos Ambientais.

Ponto de partida para o estudo da organização industrial. CT determinante das tomadas de decisões das empresas.

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Autorizado pela Portaria no de 04/07/01 DOU de 09/07/01. Código: CTB CH Total: 60 Pré-requisito:

Noções de Economia. As sociedades humanas, de modo geral, se defrontam com três problemas econômicos fundamentais:

Noções de Economia. Módulo I

DETERMINAÇÃO DO PREÇO NA EMPRESA

22/05/2010. Mercado. Prof. M.Sc. João Artur Izzo 1. Definição

Aulas on line MATERIAL 01 MICROECONOMIA PROFº CARLOS RAMOS.

Aluguer e Venda de Bens Duráveis em Caso de Monopólio

Antes de iniciar a sua prova, tenha em atenção os seguintes aspectos:

Economia Institucional: Custos de Transação e Impactos sobre Política de Defesa da. Concorrência

TP043 Microeconomia 01/12/2009 AULA 24 Bibliografia: PINDYCK capítulo 18 Externalidades e Bens Públicos.

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO

EVOLUÇÃO E ESTRUTURA DA INDÚSTRIA DE PAPÉIS NO BRASIL: PERÍODO DE 1965 A Palavras-chaves: indústria de papel, evolução, concentração, Brasil.

PROCON MICROECONOMIA - Prof. Rodrigo Pereira

Preço DMg 1 DMe 1 DMg 2 Q 2

GUIA DE ANÁLISE ECONÔMICA DE ATOS DE CONCENTRAÇÃO VERTICAL

FANESE Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe

Transcrição:

Fagundes Consultoria Econômica jfag@unisys.com.br Escola Superior da Advocacia - ESA CURSO DE DIREITO DA CONCORRÊNCIA E REGULAÇÃO Noções de Microeconomia

Índice Fundamentos de Microeconomia: princípios básicos da teoria da demanda e da oferta; elasticidade preço e renda da demanda; elasticidade preço da oferta; maximização de lucros Excedente do consumidor e do produtor Estruturas de Mercado: estruturas de mercado; mercados perfeitamente competitivos, monopólios; concorrência monopolista e oligopólios Barreiras à entrada; poder de mercado e comportamento da firma Modelo de estrutura-conduta-desempenho

Microeconomia Definição e Problema Estudo do comportamento dos agentes individuais, consumidores ou firmas, em suas interações no mercado Mercado: resultado da interação entre compradores e vendedores a) Compradores: indivíduos e firmas b) Vendedores: empresas, trabalhadores e proprietários de Recursos Sociedade tem recursos escassos e necessidades ilimitadas como alocar os recursos na produção de bens da melhor forma possível?

Microeconomia - Princípios Importantes: A) Consumidores otimizam seu consumo, isto é, compram a melhor cesta de bens que seus orçamentos permitem, de acordo com suas preferências B) Firmas maximizam lucros, ou seja, as empresas tem o objetivo de obter o maior lucro possível, dada as condições do ambiente competitivo e os custos de aquisição de insumos Rmg = Cmg C) Equilíbrio: preço de mercado reflete o ajustamento entre a oferta e a demanda

Oferta e Demanda A) Todo vendedor gostaria de saber o preço de reserva dos consumidores B) Preço de Reserva: é o maior preço que um indivíduo aceita para comprar um determinado bem ou serviço C) Curva de Demanda mostra a quantidade que os consumidores querem adquirir para cada preço unitário que tenham que pagar

Curva de Demanda P 10 P = Preço de Reserva P determina a quantidade 5 Demanda 12 25 Qd

Curva de Oferta Informa a quantidade que os vendedores desejam ofertar a cada preço possível de mercado (competitivo) P 10 Oferta 5 Preço determina a oferta Qo 15 30 Qo

Equilíbrio de Mercado O preço e a quantidade de equilíbrio, ou seja, o preço e a quantidade que efetivamente serão observados, são dados pelo encontro das curvas de oferta e demanda O equilíbrio é obtido pelo mecanismo de mercado e uma vez alcançado não há tendência à mudança P Oferta Preço de equilíbrio Pe QD = Qo Demanda Qd, Qo

Equilíbrio no Mercado Competitivo P Consumidores que desejam pagar pelo menos Pe compram ao Preço Pe Oferta Pe Consumidores que não estão dispostos a pagar Pe não compram Demanda Qe Qd, Qo

Deslocamento da Demanda P Oferta Pe2 Pe Maior Renda Deslocamento da Demanda Demanda 2 Demanda 1 Qe Qe2 Qd, Qo

Cuidado: Deslocamento da curva de demanda (oferta) é diferente de deslocamentos ao longo da mesma curva de demanda (oferta) Fatores que provocam o deslocamento da demanda: A) Mudanças na Renda B) Mudanças nos Preços de Bens Substitutos (Concorrentes) ou Complementares (que ajudam na venda do bem) C) Mudanças nos Gostos dos Consumidores Fatores que provocam o deslocamento da oferta A) Mudanças nos preços dos insumos B) Mudanças na Tecnologia

Elasticidades A elasticidade é uma medida da sensibilidade de uma variável a mudanças em outra variável Elasticidade preço da demanda (η): quando o preço de um bem sobe, sabemos que a quantidade demandada caiu. Mas quanto? Elasticidade preço do bem X mede a sensibilidade da quantidade demandada pelos consumidores diante de variações no preço de mercado do bem X Exemplo: se elasticidade preço do bem X é 2, aumentos de preço de 10% geram redução na quantidade demandada de 20% Demanda inelástica Demanda elástica

Elasticidade Preço da demanda: A) Inelástica = elasticidade entre 0 e 1 quando o preço sobe, a quantidade cai menos do que proporcionalmente B) Elástica = elasticidade menor do que 1 quando o preço sobe, a quantidade cai mais do que proporcionalmente C) Unitária = igual a 1 quando o preço sobe, a quantidade cai na mesma proporção Cuidado: elasticidade preço da demanda do mercado é diferente da elasticidade preço da demanda da firma

Outras Elasticidades: Elasticidade preço cruzada: mede o quanto a demanda do bem X muda quando o preço do bem Y se altera: a) Bens substitutos: elasticidade preço cruzada é positiva o preço do bem X aumenta e a quantidade demandada de Y aumenta (margarina e manteiga) b) Bens Complementares o preço do bem X aumenta e a quantidade demandada de Y diminui (gasolina e óleo de motor)

Outras Elasticidades: Elasticidade renda: sensibilidade da demanda por um bem diante de alterações na renda A) Bens Normais: Elasticidade positiva maior renda, maior demanda B) Bens Inferiores: Elasticidade negativa maior renda, menor demanda C) Bens de Luxo: elasticidade positiva e maior do que 1 demanda aumenta mais do que proporcionalmente quando renda cresce Elasticidade preço da oferta: mede o quanto a oferta do bem X muda quando o preço do bem X se altera Observação geral: Elasticidade ε x, y = % Δ X % Δ Y

Excedente do Consumidor e do Produtor Excedente do Consumidor (EC) diferença ente o preço de reserva (desejo) e o preço de equilíbrio de mercado (realidade), ou seja, ente o benefício obtido na compra de um bem e o seu custo de aquisição Excedente do Produtor (EP) diferença ente o preço de equilíbrio de mercado (realidade) e o preço ao qual o produtor estaria disposto a oferta o bem (seu custo marginal). Custo Marginal = aumento do custo total como resultado da venda de uma unidade a mais

Excedente do Consumidor e do Produtor Excedente Total (ET) = EC + EP P Oferta Pe EC EP Demanda Qe Q

Poder de Mercado Poder de Mercado = capacidade de uma firma de cobrar preços acima do custo marginal = Falha de Mercado intervenção antitruste Poder de Mercado = P Cmg = - 1 P η f Fontes de Poder de Mercado: A) Elasticidade da demanda do mercado B) Número de competidores importantes e nível das barreiras à entrada C) Tipo de interação entre os competidores: muita rivalidade ou conluio?

Estruturas de Mercado Barreira à Entrada: qualquer fator que dificulte a entrada num determinado mercado, tal como: tecnologia, capital, marcas ou vantagens de custos por parte dos incumbentes (p. ex., por controlarem os insumos) A estrutura de um mercado é definida por certas características básicas da oferta: A) Número de vendedores B) Tipo de produto vendido: bens homogêneos (laranja) ou diferenciados (cerveja) C) Nível das Barreiras à Entrada

Barreiras à Entrada e Dinâmica Competitiva Se o nível das barreiras à entrada é baixo, o surgimento de lucros anormais atrai a entrada de novas firmas. Com essa entrada, o oferta de produtos se eleva e o preço cai, de modo que, no longo prazo, o lucro anormal (supracompetitivo) desaparece Importância de se evitar a existência de barreiras à entrada regulatórias ou legais, bem como de se coibir atitudes das firmas voltadas para elevar o nível das BE em seus mercados

Estruturas de Mercado Competitivo Concorrência Monopolística Oligopólio Monopólio N firmas Muitas Muitas Poucas Uma Produto Homogêneo Diferenciado H ou D H ou D BE Baixas Baixas Altas Altas

Estruturas de Mercado Competitivo Concorrência Monopolística Firma dominante Oligopólio Monopólio Monopólio Natural Diversas estruturas, formando um continuum

Concorrência Perfeita e Bem Estar Social Informação perfeita, livre entrada e homogeneidade do produto; muitas firmas e muitos compradores Todos os agentes são tomadores de preços cada firma pode vender o quanto quiser ao preço de mercado Pe Preço = Receita Marginal = Custo Marginal não há poder de mercado ET máximo melhor para a sociedade

Monopólio Um vendedor e altas barreiras à entrada A curva de demanda do mercado é a curva da firma Logo, o monopolista altera a oferta total mudando a sua oferta (produção) quanto maior a oferta, menor o preço de mercado Monopolista cobrará um preço maior do que o preço competitivo, maximizando lucros ao igualar Rmg ao Cmg Pm > Cmg = Poder de Mercado.

Monopólio e Custo Social Qm Qc maior preço; menor quantidade; ineficiência X e rent seeking ABC = Perda de peso morto ETm < ETc Pm Pc C A Qc Qm = redução do consumo B Demanda Receita Marginal

Concorrência Monopolística Várias empresas ofertando produtos diferenciados (automóveis) Mas cada firma oferta uma marca, de modo que a substituição com produtos dos rivais não é perfeita, como no mercado competitivo. Logo, há algum poder de mercado Mas como as barreiras são baixas, no longo prazo a entrada de novos players dilui parte desse poder.

Oligopólio Duas firmas = duopólio Poucas firmas = oligopólio. Pode ser diferenciado ou homogêneo Altas BE Como são poucas, a interação estratégica entre elas é fundamental para os resultados em termos de preços e quantidades ofertadas decisão de uma firma afeta as demais Em geral, supõe-se que a constante interação gera condições para a redução da competição, com P > Cmg

Oligopólio e Interação Estratégica Dilema dos prisioneiros: Eq. de Nash Firma A Preço Preço alto Firma B baixo Preço (2,2) (7,-1) Baixo Preço alto (-1,7) (5,5) Equilíbrio de Nash: nenhuma firma tem incentivo para mudar sua estratégia, dada a estratégia da outra

Para se chegar ao equilíbrio cooperativo (7,7) tácito ou explícito (cartel) -, são necessárias algumas condições: (i) Poucas firmas (ii) Produtos e custos homogêneos (iii) Informações sobre preços disponíveis (iv)interações contínuas no tempo (v) Capacidade de retaliação

Modelo Estrutura-Conduta-Desempenho Harvard Estrutura Concentração Dif. de Produto Barreiras à Entrada Conduta Preço Propaganda P&D Performance Eficiência Progresso Técnico Performance Eficiência Progresso Técnico Chicago

Conclusão: Concorrência e Estruturas de Mercado Concorrência gera menores preços, maiores quantidades, mais inovação e redução de custos eficiência e bem estar para consumidores Poder de mercado (monopólio, oligopólios, firma dominante) em geral geram maiores preços, menores quantidades, menos inovação e ineficiência X (maiores custos) Necessidade de defesa da concorrência em economias de mercado

Bibliografia Recomendada CARLTON, D., PERLOFF, J. (1994). Modern Industrial Organization. N. York: Harper Collins. FAGUNDES, J. Fundamentos Econômicos das Políticas de Defesa da Concorrência. Ed. Singular, 2003. FAGUNDES, J. Os Objetivos das Políticas de Defesa da Concorrência: a Escola de Harvard e a Escola de Chicago. Revista do IBRAC, v. 10 n.3, 2003 FAGUNDES, J Eficiência Econômica e Distribuição de Renda em Análises Antitruste: O Modelo do Price Standard. Revista do IBRAC, v. 10 n.5, 2003 HOVENKAMP, H. (1994). Federal Antitrust Policy: The Law of Competition and its Practice. S. Paul: West Publishing. HORIZONTAL MERGER GUIDELINES (1992), Department of Justice/Federal Trade Commission, E.U.A. SCHERER, F. & ROSS, D. (1990). Industrial Market Structure and Economic Performance. Boston: Houghton Mifflin (3a ed.). VISCUSI, W.; VERNON, J. & HARRINGTON, J. (1995). Economics of Regulation and Antitrust. Cambridge, Mass: MIT Press.

FIM Jorge Fagundes E-mail: jfag@unisys.com.br www.fagundesconsultoria.com.br