PALAVRAS-CHAVE: MODERNISMO; O QUINZE; SINTAXE; MANIFESTO

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Transcrição:

PALAVRAS-CHAVE: MODERNISMO; O QUINZE; SINTAXE; MANIFESTO TEXTO GERADOR 1 O fragmento abaixo é um texto da Segunda Fase do Modernismo O Quinze Raquel de Queiroz. Em O Quinze, primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz, a autora exprime intensa preocupação social, apoiada, contudo, na análise psicológica das personagens, especialmente o homem nordestino, sob pressão de forças atávicas que o impelem à aceitação fatalista do destino. Há uma tomada de posição temática da seca, do coronelismo e dos impulsos passionais, em que o psicológico se harmoniza com o social. A obra apresenta a seca do nordeste e a fome como consequência, não trazendo ou tentando dar uma lição, mas como imagem da vida. O Quinze Rachel de Queiroz O sol poente, chamejante, rubro, desaparecia rapidamente como um afogado, no horizonte próximo. Sombras cambaleantes se alongavam na tira ruiva da estrada, que se vinha estirando sobre o alto pedregoso e ia sumir no casario dormente dum arruado. Sombras vencidas pela miséria e pelo desespero que arrastavam passos inconscientes, na derradeira embriaguez da fome. Uma forma esguia de mulher se ajoelhou no chão vermelho. Um vulto seco se acocorou ao lado, e mergulhou a cabeça vazia entre os joelhos agudos, amparando-a com as mãos. Só um menino, em pé, isolado, olhava pensativamente o grupo agachado de fraqueza e cansaço. Sua voz dolente os chamou, num apelo de esperança. E sua mão se destacou no fundo escuro da tarde apontando o casario, além. Mas a única aparência de vida, no grupo imóvel, era o choro intermitente e abafado de uma criança. Lentamente, o menino se voltou. Ainda repetiu seu apelo e seu gesto. Depois saiu devagar, de cabeça erguida, os olhos fitos nos telhados pretos que se espalhavam lá longe. Leve e doce, o Aracati soprava. E lentamente foi-se abatendo sobre eles a noite escura pontilhada de estrelas, seca e limpa como um manto de cinzas onde luzissem faúlhas. ATIVIDADES DE LEITURA QUESTÃO 01 O Quinze - romance regionalista da segunda fase do modernismo utilizou como cenário o ambiente sub-humano do sertão nordestino para denunciar as agruras do brasileiro afastado dos grandes centros. Leia o trecho dot exto abaixo, extraído do romance O Quinze e considere as afirmações que se seguem. O sol poente, chamejante, rubro, desaparecia rapidamente como um afogado, no horizonte próximo. Sombras cambaleantes se alongavam na tira ruiva da estrada, que se vinha estirando sobre o alto pedregoso e ia sumir no casario dormente dum arruado. 1

Sombras vencidas pela miséria e pelo desespero que arrastavam passos inconscientes, na derradeira embriaguez da fome. I A descrição da paisagem estabelece uma comparação entre paisagens brasileiras e seus aspectos econômicos. II As imagens da terra assolada pela seca constituem um retrato das condições adversas a que estão sujeitos os habitantes daquela região. III A plasticidade da cena, expressa nas imagens de sombras cambaleantes e sombras vencidas que representam a luta do nordestino com a natureza hostil. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. Habilidade Trabalhada: Caracterizar o Modernismo brasileiro. Resposta Comentada: As afirmativas corretas são a dois e a três, pois vão ao encontro das ideias do texto, relacionando-as satisfatoriamente ao trecho descritivo que retrata a paisagem e o povo nordestino. Já a alternativa I é falsa, não há esse tipo de comparação no texto. QUESTÃO 2 Em O Quinze, Rachel de Queiroz usa o que foi o máximo em suas obras: uma linguagem regionalista sem afetação, sem pretensão literária e sem vínculo obrigatório com uma linguagem carregada de regionalismos, tão comuns às obras dessa fase. Baseado nessa afirmação, destaque trechos do fragmento em questão, que comprovem essa característica da obra da autora relacionando-a ao Movimento Modernista, nessa segunda fase. Habilidade trabalhada: Relacionar os modos de organização da linguagem às escolhas do autor, à tradição literária e ao contexto sociocultural de cada época. Resposta Comentada: O trecho possui uma linguagem natural, direta, coloquial, simples, sóbria, condicionada ao assunto e à região, própria da linguagem modernista brasileira. Quaisquer trechos destacados pelo aluno responderá a questão. Para fazer a relação da obra com o Movimento Modernista, o professor orientará o aluno no sentido de que, na Segunda Fase do Movimento Modernista, o autor usufruía de total liberdade para escrever, seja para utilizar a norma culta, seja para se deleitar com a linguagem do povo. Ainda assim, ela não se obrigou a retratar um falar específico (modismo comum na tendência regionalista). Essa obra é a materialização da liberdade tão almejada pelos modernistas da segunda fase. E, o não envelhecimento dessa obra, se deve a estas características tão peculiares às obras da autora que, com uma matéria atual, sua obra se isenta do peso da idade. 2

ATIVIDADES DE USO DA LÍNGUA QUESTÃO 03 O trecho abaixo apresenta os termos um menino e o grupo os verbos concordam com esses termos. Só um menino, em pé, isolado, olhava pensativamente o grupo agachado de fraqueza e cansaço. Substitua esses termos por alguns meninos e os grupos simultaneamente e faça a concordância nominal e verbal conforme a exigência dos mesmos. Habilidade trabalhada: Identificar e promover relações de concordância nominal e verbal entre as unidades do discurso. Resposta Comentada: Aproveitar essa questão e recordar este assunto com suas particularidades é sempre oportuno. Após a substituição a oração ficará assim: Alguns meninos, em pé, isolados, olhavam pensativamente os grupos agachados de fraqueza e cansaço. QUESTÃO 04 No trecho abaixo transcrito a autora usou a vírgula articulando com a estrutura sintática e com suas escolhas estilísticas. Leia e justifique a utilização da vírgula pela autora, nas propostas abaixo: a) Lentamente, o menino se voltou. Ainda repetiu seu apelo e seu gesto. b) Depois saiu devagar, de cabeça erguida, os olhos fitos nos telhados pretos que se espalhavam lá longe. Leve e doce, o Aracati soprava. Habilidade trabalhada: Explorar questões relacionadas à pontuação em sua articulação com a estrutura sintática e com as escolhas estilísticas dos autores. Resposta Comentada: Na proposta a a vírgula foi usada porque houve antecipação de uma expressão circunstancial de modo. Lembrar que essa utilização é facultativa, devido à proximidade com os demais termos. Na proposta b a vírgula isolou o aposto que neste caso é explicativo (a maneira como ele saiu). Na sequência, o uso da vírgula marcou a antecipação de termo. (leve e doce é predicativo do sujeito o Aracati). Para aproveitar o momento, o professor pode reescrever com os alunos a ordem direta da frase para mostrar que assim não haverá a vírgula. (O Aracati soprava leve e doce.) TEXTO GERADOR 3 Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco 3

Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro TRECHO REMOVIDO Oswald de Andrade ATIVIDADES DE USO DA LÍNGUA QUESTÃO 05 A segunda fase modernista consolidou os ideais da primeira, principalmente, com relação ao propósito de se criar uma arte genuinamente nacional, que evidenciasse aspectos naturais e culturais do Brasil, abordasse temas do cotidiano e apresentasse personagens de camadas mais populares. O texto abaixo privilegia esses ideais no que diz respeito às Normas Gramaticais. O texto de Oswald de Andrade atende aos ideais da Segunda Geração, mas ao mesmo tempo não deixa de prestigiar a Primeira em seu poema Pronominais. Em relação à colocação pronominal, destaque do texto trechos que distinguem e endossam esses ideais, justificando sua resposta. Habilidade trabalhada: Caracterizar o Modernismo brasileiro e Identificar o caráter de transgressão/manutenção presente na literatura modernista. Resposta comentada: Os artistas da segunda fase, que já contavam com a consolidação dos ideais defendidos na primeira, experimentaram uma liberdade tanto de criar quanto de manter inclusive, a obediência a normas gramaticais e uso da variedade padrão, tão combatidos durante a primeira fase. Dê-me um cigarro esse verso atende aos ideais da Segunda Geração. Mantém o uso da Gramática Normativa a linguagem culta. Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...).(CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.) Me dá um cigarro É uma linguagem do dia a dia usada na conversa familiar, descontraída também chamada de linguagem coloquial. Essa linguagem, considerada a linguagem do povo, é a fala do brasileiro - a linguagem defendida na Primeira Geração, logo atende os ideais dessa geração. TEXTO GERADOR 2 Poética, é quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922. No fragmento abaixo, Manuel Bandeira, elabora críticas e propostas que representam o pensamento estético predominante na época. 4

Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas [...] Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. (BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974) ATIVIDADES DE LEITURA QUESTÃO 06 Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta: (A) Critica todo e qualquer lirismo na literatura. (B) Propõe a criação de um novo lirismo. (C) Propõe o retorno do movimento romântico. (D) Critica o lirismo louco do movimento modernista. Habilidade trabalhada: Caracterizar o Modernismo brasileiro e Identificar o caráter de transgressão/manutenção presente na literatura modernista. Resposta comentada: A estética modernista, com seus pressupostos ideológicos, nos leva a resposta B como correta. Já que o posicionamento de Manuel Bandeira era extrair poesia das situações mais corriqueiras do cotidiano. As demais proposições não estão coerentes com as propostas modernistas sendo assim ele não critica todo e qualquer lirismo, como propõe a opção A. O sentimentalismo exacerbado dos românticos é renegado pelo autor, logo não propõe o retorno ao movimento romântico como afirma a opção C. e a última, opção D é uma crítica destrutiva ao movimento modernista, está fora de cogitação. 5

ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL QUESTÃO 07 Produza um Manifesto contra a violência nas cidades do interior, dirigido às autoridades públicas para que olhem também para as nossas cidades. Habilidade trabalhada: Produzir manifestos e panfletos que discutam aspectos políticos e sociais abordados nos textos literários estudados, considerando a importância do tópico frasal para a proposição de argumentos e premissas. Resposta comentada: O professor deverá orientar os alunos no sentido de que a violência no interior aumentou com o advento da desocupação das favelas. Acredita-se que bandidos fugitivos vieram abrigar-se nas cidades do interior, principalmente nas mais próximas à capital. Seguir a estrutura do trecho do Manifesto Antropofágico facilitará a produção. Copie o link abaixo e leia trechos do Manifesto Antropofágico. http://epoca.globo.com/especiais/rev500anos/antropofagia.htm Copie o link e assita ao vídeo que contém o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade. http://www.youtube.com/watch?v=np0cm1prd1e Referências: OPs, RA professor, Internet. 6