Modernismo no Brasil Primeira geração: ousadia e inovação. Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

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1 Modernismo no Brasil Primeira geração: ousadia e inovação Literatura Brasileira 3ª série EM Prof.: Flávia Guerra

2 A arte redefine os padrões estéticos em voga Tarsila do Amaral, Cartão-postal, 1929.

3 Contexto histórico Pouco a pouco a vida cultural de São Paulo passou a sentir os efeitos das vanguardas europeias. Uma mudança radical nas artes estava sendo preparada. Coincidindo com o fim da República Velha, o Modernismo chegava ao Brasil.

4 A polêmica exposição de Anita Malfatti Monteiro Lobato chamou a atenção do público para a exposição, ao publicar no jornal O Estado de S. Paulo uma dura crítica ao trabalho da artista e à necessidade de se criar uma arte moderna. A polêmica iniciada por Lobato, além de contribuir para a organização dos novos artistas, também deslocou o eixo cultural para São Paulo. Era lá que se encontrava o grupo modernista e de lá eles fizeram o lançamento oficial de suas inovadoras propostas estéticas e literárias. O Homem de Sete Cores, de Anita Malfatti

5 Semana de Arte Moderna: três noites que fizeram história Em 1922, comemorava-se o centenário da Independência política do Brasil; Grupo: Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida, Di Cavalcanti e Mário de Andrade; Personagens: Paulo Prado, Graça Aranha, os intelectuais cariocas: Sérgio Buarque de Holanda, Heitor Villa-Lobos, Manuel Bandeira.

6 O espanto do público Os Sapos Por Manuel Bandeira Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: Meu pai foi à guerra! Não foi! Foi! Não foi!. O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: Meu cancioneiro É bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos. O meu verso é bom Frumento sem joio. Faço rimas com Consoantes de apoio. Vai por cinquenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A fôrmas a forma. Clame a saparia Em críticas céticas: Não há mais poesia, Mas há artes poéticas Urra o sapo-boi: Meu pai foi rei! - Foi! Não foi! Foi! Não foi!. Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: A grande arte é como Lavor de joalheiro. Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo. Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas, Sei! Não sabe! Sabe!. Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa; Lá, fugido ao mundo, Sem glória, sem fé, No perau profundo E solitário, é Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio

7 O projeto literário da primeira geração modernista O grupo da Semana não formulou um código: formou uma consciência, um movimento libertador a integrar nosso pensamento e nossa arte na nossa paisagem e no nosso espírito dentro da autêntica brasilidade. (Menotti del Picchia). >> BUSCA PELA IDENTIDADE NACIONAL. VANGUARDAS EUROPEIAS >> QUESTIONAMENTO PELO GOSTO NACIONAL (DESTRUIÇÃO DOS VALORES DO PASSADO). ENFRENTARAM A RESISTÊNCIA DE UM PÚBLICO QUE CULTIVAVA MODELOS DO PASSADO COMO SINÔNIMO DE BELEZA. Diferença entre França e Brasil.

8 Revistas e manifestos modernistas Os primeiros modernistas brasileiros investiram no lançamento de revistas e manifestos. As revistas permitiam a apresentação das produções literárias inspiradas pela nova visão artística. Os manifestos funcionavam como espaço de definição e divulgação dos próprios princípios modernistas. Busca do atual; Culto ao progresso; Incorporação de novas formas artísticas; Afirmação de que arte não é cópia da realidade.

9 Manifestos Manifesto pau-brasil, de Oswald de Andrade, em 18/3/1924 Conciliar a cultura nativa com a intelectual; Fazer uso da língua sem preconceito; Resgatar manifestações culturais.

10 Manifestos Manifesto Nhengaçu verde-amarelo ou da Escola da Anta Adoção de um nacionalismo ufanista. Manifesto antropófago, de Oswald de Andrade, em 1928 Tupy, or not tupy, that is the question.

11 Adeus às fórmulas literárias Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo De resto não é lirismo Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. Manuel Bandeira

12 Linguagem: o português brasileiro Mário de Andrade lidera a campanha pelo uso da língua brasileira nos textos literários. Por isso opta por escrever algumas palavras de modo mais semelhante à forma como são faladas pelo povo. Ex.: pra Além da aproximação entre fala e escrita, a linguagem tornase mais ágil. Cenas breves e curtas predominam.

13 A herança brasileira das vanguardas Busca pela identidade nacional; Abandono das perspectivas passadistas e liberdade formal; Aproximação entre fala e escrita na linguagem. Abaporu, Tarsila do Amaral, 1928

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