Responsáveis: Caroline Zottele, Iara Barbosa Ramos Colaboradores: Tania Solange Bosi de Souza Magnago, Noeli Terezinha Landerdahl.



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Transcrição:

PROTOCOLO DE SERVIÇO PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE DAS MÃOS 1 Código: PS02 PHM Data: Dezembro/2015 Responsáveis: Caroline Zottele, Iara Barbosa Ramos Colaboradores: Tania Solange Bosi de Souza Magnago, Noeli Terezinha Landerdahl. 1 FINALIDADE. Este protocolo tem a finalidade de instituir e promover a higiene das mãos no com o intuito de prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos no cuidado aos pacientes. 2 JUSTIFICATIVA Em 1846, Ignaz Semmelweis, médico húngaro, reportou a redução no número de mortes maternas por infecção puerperal após a implantação da prática de higienização das mãos em um hospital em Viena. Desde então, esse procedimento tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de agentes infecciosos (STEWARDSON et al., 2011). O termo lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos devido à maior abrangência deste procedimento (CDC, 2002). Inserido neste contexto, a Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, também tem dedicado esforços na elaboração de diretrizes e estratégias de implantação de medidas visando à adesão à prática de higienização das mãos (WHO, 2009). No Brasil, as legislações referentes a Portaria n. 2.616, de 12 de maio de 1998, a RDC n.42, de 25 de outubro de 2010 e a Portaria n. 1.377 de 09 de Julho de 2013 estabelecem, respectivamente, ações mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para 1 Protocolo do Ministério da Saúde, adaptado para a realidade do HUSM. 1/15

fricção antisséptica das mãos e os protocolos de Segurança do Paciente, especificamente o Protocolo para a Prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde (BRASIL, 1998; BRASIL, 2010; BRASIL, 2013a, 2013c). Estes instrumentos normativos reforçam o papel da higienização das mãos como ação mais importante na prevenção e controle das IRAS. 3 ABRANGÊNCIA O protocolo poderá ser aplicado em todo o ambiente hospitalar, considerando a existência de estrutura física e insumos adequados para a prática de higienização das mãos. 4 DEFINIÇÃO Higiene das mãos é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS (BRASIL, 2013b). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa, o termo engloba os conceitos abaixo. 4.1 Higiene simples das mãos: líquida. Ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma 4.2 Higiene antisséptica das mãos: antisséptico. Ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente 4.3 Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: Aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos. 2/15

4.4 Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras: Preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade antibacteriana comprovada por testes de laboratório in vitro (teste de suspensão) ou in vivo, destinadas a reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. 5 INTERVENÇÕES 5.1 Quando higienizar As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos: Meus cinco momentos para a higiene das mãos (anexo 1). 5.1.1 Antes de tocar o paciente 5.1.2 Antes de realizar procedimento limpo/asséptico Antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não de luvas; Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente. 5.1.3 Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções Após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas, mucosas, pele não íntegra ou curativo; Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente; Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas. 3/15

5.1.4 Após tocar o paciente Antes e depois do contato com o paciente; Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas. 5.1.5 Após tocar superfícies próximas ao paciente Após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo equipamentos para a saúde) nas proximidades do paciente; Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas. 5.2 Recomendações para higienizar as mãos com sabonete líquido e água (BRASIL, 2013b) Quando estiverem visivelmente sujas ou manchadas de sangue ou outros fluidos corporais (IB) ou após uso do banheiro (II); Quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos for fortemente suspeita ou comprovada, inclusive surtos de C. difficile. (IB); Em todas as outras situações, nas quais houver impossibilidade de obter preparação alcoólica (IB). (Quadro 1) 5.3 Recomendações para higienizar as mãos com preparação alcoólica (BRASIL, 2013b) Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas (IA) e antes e depois de tocar o paciente e após remover luvas (IB); Antes do manuseio de medicação ou preparação de alimentos (IB). (Quadro 1). Quadro 1 Sistema de classificação das recomendações das Diretrizes. Fonte: Protocolo do Ministério da Saúde, 2013. 4/15

5.4 Cuidados especiais 5.4.1 Cuidado com o uso de luvas O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das mãos, seu uso por profissionais de saúde não deve ser adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às indicações a seguir (BRASIL, 2013c; WHO, 2006): Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de microorganismos de um paciente para outro nas situações de precaução de contato; Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente; Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo; Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas; Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas; Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas. 5.4.2 Cuidados com a pele das mãos A fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente umectante agride menos a pele do que a higiene com sabonete líquido e água; As luvas entalcadas podem causar irritação quando utilizadas simultaneamente com produtos alcoólicos; O uso de cremes de proteção para as mãos ajudam a melhorar a condição da pele, desde que sejam compatíveis com os produtos de higiene das mãos e as luvas utilizadas. 5.4.3 Os seguintes comportamentos devem ser evitados (WHO, 2009) Utilizar sabonete líquido e água, simultaneamente a produtos alcoólicos; Utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água; Calçar luvas com as mãos molhadas, levando a riscos de causar irritação; Higienizar as mãos além das indicações recomendadas; 5/15

Usar luvas fora das recomendações. 5.4.4 Os seguintes princípios devem ser seguidos (WHO, 2006; WHO, 2009; BRASIL, 2010) Enxaguar abundantemente as mãos para remover resíduos de sabonete líquido e sabonete antisséptico; Friccionar as mãos até a completa evaporação da preparação alcoólica; Secar cuidadosamente as mãos após lavar com sabonete líquido e água; Manter as unhas naturais, limpas e curtas; Não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes; Deixar punhos e dedos livres, sem a presença de adornos como relógios, pulseiras e anéis, etc; Aplicar regularmente um creme protetor para as mãos (uso individual). 6 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POP) POP de Higienização das Mãos (PRGER E01), Anexo 2. 7 ESTRATÉGIAS 7.1 Indicadores de desempenho para a mensuração da melhoria da adesão às práticas de higiene das mãos 7.1.1 Consumo de preparação alcoólica para as mãos Monitoramento do volume de preparação alcoólica para as mãos, utilizado para cada 1.000 pacientes-dia. (acesso a ficha técnica em: http://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/25consumo%20de%20prepara%c3%a 7%C3%A3o%20alco%C3%B3lica%20para%20as%20m%C3%A3os.pdf ) 6/15

7.1.2 Consumo de sabonete Monitoramento do volume de sabonete líquido associado ou não a antisséptico utilizado para cada 1.000 pacientes-dia. (acesso à ficha técnica em: http://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/26consumo %20de%20sabonete.pdf) 7.1.3 Percentual (%) de adesão Número de ações de higiene das mãos realizado pelos profissionais de saúde/número de oportunidades ocorridas para higiene das mãos, multiplicado por 100. (acesso ao manual dos observadores: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_oms/anexo%2034.p df ) 7.2 Educação Permanente em Saúde 7.2.1 Ações educativas As atividades educativas devem ser aplicadas conforme cronograma, de forma contínua em todos os serviços do HUSM, aos profissionais, professores, alunos, pacientes e acompanhantes. 7.2.2 Técnicas educativas Técnica de representação - É a técnica onde ocorre a demonstração do processo de Higienização das mãos. Utilizada em aula, oficinas e encontros setoriais. Oficina de Higienização das Mãos - Faz parte da oficina do cuidado seguro que é um projeto institucional, realizada mensalmente. Nesta os participantes demonstram a higienização das mãos quanto aos momentos e a técnica. Caixa da Verdade - É uma caixa fechada com luz negra no seu interior. O profissional é orientado para proceder a higienização das mãos friccionando uma solução de álcool 70% com Luminol, este é um produto que quando exposto à luz negra ilumina as áreas que tiveram contato, ou seja, evidencia as falhas na execução da técnica. A caixa da Verdade é uma ferramenta de educação utilizada 7/15

em campanhas de higienização das mãos, em aulas, eventos e em intervenções pontuais conforme necessidade e cronograma. Institucionalização do dia 05 de maio - Dia mundial da Higienização das Mãos. Nesta data, anualmente, serão organizadas ações educativas sobre a higienização das mãos e divulgação da data. As ações compreendem campanhas, palestras, banners, distribuição de folders, atividades lúdicas com apresentação de teatro e músicas sobre o tema, demonstração do processo de higienização das mãos e uso da Caixa da Verdade. 8 REFERENCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2.616 de 12 de maio de 1998. Dispõe a respeito do controle de infecção hospitalar. Diário Oficial da União, Brasília: MS, 1998. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA. RDC n. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 529 de 01 de abril de 2013. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Diário Oficial da União, Brasília: MS, 2013a. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013b BRASIL. Ministério da Saúde; ANVISA; FIOCRUZ. Anexo 01: Protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde. Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. 09 jul. 2013. (Disponível em: 8/15

http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/protocolo_higiene_maos_09jul2013.pdf). 2013c CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Guideline for Hand Hygiene in Health-Care Settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR 2002; 51(No. RR-16). p.1-45. STEWARDSON, A. et al. Back to the future: rising to the Semmelweis challenge in hand hygiene. Future Microbiol. vol 06, nº 08, pg. 855-876, 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21861619> Acesso em: 04.nov.2015. WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Hand Hygiene: Why, How and When. Summary Brochure on Hand Hygiene. World Alliance for Patient Safety, 2006. p. 1-4. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health Care. First Global Patient Safety Challenge. Clean Care is Safer Care Geneva: WHO 14 Press, 2009. 270 p. 9/15

ANEXOS 10/15

Anexo 1 Os cinco momentos para a higienização das mãos: 11/15

Anexo 2 POP de Higienização das Mãos PRGER E01 12/15

13/15

14/15

9 FLUXOGRAMA ALGORÍTIMO PROTOCOLO DE SERVIÇO PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE DAS MÃOS Código: PS02 PHM Data: Dezembro/2015 Responsáveis: Caroline Zottele, Iara Barbosa Ramos Colaboradores: Tania Solange Bosi de Souza Magnago, Noeli Terezinha Landerdahl. São momentos críticos: Antes e após ir ao banheiro ou alimentarse. Na chegada e na saída do trabalho. Não Início Profissional encontra-se atuando em ponto de assistência*? Sim Não Encontra-se em um dos momentos críticos? Não Encontra-se em um dos momentos da assistência? Sim Sim 1 Antes do contato com o paciente 2 Antes da realização de procedimento asséptico 3 Após a exposição a fluidos corporais 4 Após o contato com o paciente 5 Após o contato com superfícies próximas ao paciente Não As mãos encontram-se visivelmente sujas? Sim Higienizar as mãos com álcool gel Higienizar as mãos com água e sabão Fim * Entende-se por Ponto de Assistência o local onde três elementos estão presentes: o paciente, o profissional de saúde e a assistência ou tratamento envolvendo o contato com o paciente ou suas imediações (ambiente do paciente). Fonte: ANVISA. 15/15