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Transcrição:

MATERIAL de APOIO ao PROFESSOR

52916-8 S N E E É V A ND R A ND R É N E V ES Autor e ilustrador: André Neves Coleção: Espaço Aberto Páginas: 32 ISBN: 978-85-356-4132-5 9 788535 641325 10/05/18 15:35 Formato: 27,0 x 27,0 Sinopse Inspirado na cantiga popular Tangolomango, que possui estrutura acumulativa decrescen- te, e no Bumba meu boi, lenda do folclore brasileiro, o livro Tombolo do lombo brinca com as palavras e com o ritmo. A narrativa estimula a curiosidade do leitor para descobrir quem foi o responsável por um desejo um tanto quanto inusitado. A proposta da brincadeira com as palavras no texto promove a construção do pensamen- to lógico-matemático e aciona noções de classificação e subtração. A originalidade na sonoridade das palavras chama a atenção do leitor. Durante a leitura, os personagens caem, um a um, do lombo do boi, criando um sentido de tombo do lombo presente no neologismo. AL GUÉ U M COMEU A LÍNG O A D BO I. M VA OS SC DE OBRIR QUEM F OI?

Sobre o livro O livro Tombolo do lombo é uma brincadeira com as palavras, também uma parlen- da, um texto em versos, divertido e fácil de memorizar. Essa parlenda de nome engraçado, que pode ser também cantada, é chamada de tangolomango e brinca com a matemática. O livro é inspirado também na lenda do Bumba meu boi, quando a mãe Catirina, grávida, teve um desejo meio estranho que acaba provocando uma grande confusão. Quem escreveu e ilustrou esse livro? AUTOR E ILUSTRADOR André Neves nasceu em Recife, capital de Pernambuco, uma cidade lin- da que valoriza as festas populares e o folclore nacional. André cresceu nesse ambiente cheio de cores, festas e histórias. Sempre leu e desenhou muito e, quando cresceu, resolveu transformar isso em sua profissão. Já escreveu vários livros e ganhou muitos prêmios. Por que ler este livro para os alunos? Tombolo do lombo é um livro divertido, que mistura certo mistério em sua narrativa com elementos do folclore brasileiro. Lendo o livro com as crianças, elas irão brincar com a parlenda de subtração (também chamada de parlenda acumulativa decrescente) e ficarão curiosas para conhecer mais sobre a lenda do Bumba meu boi. A obra reflete a importância da valorização da cultura popular brasileira, com sua diver- sidade de saberes e vivências.

Características do livro Categoria 4 (obras literárias voltadas para os estudantes do 1o ao 3o anos do Ensino Fun- damental). Temas: a) Mundo natural e social das descobertas e relações pessoais a esferas mais amplas, como a escola, a cidade, o meio ambiente (paisagens naturais, aquáticas, plantas, ani- mais) e até mesmo o universo. Devem ser destacados temas que abordem contextos regionais e locais e que estimulem o respeito ao outro e o reconhecimento da diferença. b) Diversão e aventura ir além da realidade imediata da criança e estimular a imagina- ção e o envolvimento com a leitura, tanto pelo trabalho com a linguagem quanto pelo desenvolvimento da narrativa. Gênero literário: a) poema A arte de expressar sentimentos, que explora a ludicidade, sensibilidade, sonoridade, subjetividade, a compreensão do leitor, provocando prazer estético, estimulando a percepção de ritmo, o jogo de palavras, as rimas e os recursos gráfico-visuais, e apresentando linguagem conotativa. O jogo poético atua sobre os sentidos, despertando sensações visuais, auditivas e imaginárias em uma interação gratificante. A parlenda, que faz parte da tradição oral, é um poema destinado às crianças e formado em versos, com estrofes que na maioria das vezes contêm rimas. É de fácil memorização e na maioria das vezes curta.

Subsídios e orientações RODA DE CONVERSAS Síntese das aprendizagens O eu, o outro e o nós: Respeitar e expressar sentimentos e emoções. Atuar em grupo e demonstrar interesse em construir novas relações, respeitando a di- versidade e solidarizando-se com os outros. Conhecer e respeitar regras de convívio social, manifestando respeito pelo outro. A conversa é uma forma sofisticada de comunicação oral, já que envolve muitas compe- tências como, por exemplo, explicar, relatar, descrever, argumentar, perguntar e considerar a narrativa do outro. A roda de conversa é uma situação privilegiada de diálogo e intercâmbio de ideias entre as crianças. É uma das atividades em grupo que contribui, de forma direta ou indireta, para construção da identidade e desenvolvimento da autonomia, uma vez que são competências que perpassam todas as vivências das crianças. Ela oportuniza tempo e espaço para que a criança explicite suas características pessoais, com a expressão dos sentimentos, emoções, conhecimentos, dúvidas e hipóteses, quando as crianças conversam entre si e assumem diferentes personagens nas brincadeiras. Leitura de imagens e sequências visuais É de grande importância que oportunizemos aos alunos meios para a alfabetização vi- sual, levando-os ao domínio dos códigos visuais através da sensibilização, familiarização e do contato frequente com as obras de arte e cultura visual, contribuindo para que percebam que ler é uma atividade que traz conhecimento e que esse conhecimento pode ser realizado de forma prazerosa e divertida. Contribuindo para a formação do leitor literário/leitura multissemiótica (EF15LP18). O autor, mestre no domínio da linguagem visual, quebra o padrão de leitura linear ao propor um projeto gráfico diferente, que interage com o leitor, levando-o a quebrar o padrão do olhar, muitas vezes acostumado à passagem horizontal das páginas. Assim, faz-se necessário que o leitor gire o livro para acompanhar a narrativa. O alinhamento, a distribuição do texto e toda a diagramação nas páginas têm a intenção de criar efeitos de movimento, alguns dos recursos explorados pelo artista. Essa leitura pode ter várias interpretações, lembrando uma ciranda ou representando o tombo de cada perso-

nagem. O fundo branco, na maioria das páginas, dá ênfase ao colorido das imagens. A caracterização dos personagens, com formas alongadas, olhos miúdos e expressivos, além de vestimentas e composição diferentes e dos objetos que cada um carrega, instiga o leitor, amplia o imaginário e favorece a reflexão sobre a diversidade. O autor faz uma releitura do Bumba meu boi, dando novo sentido à continuidade da narrativa ao apresentar a chuva, possibilitando que todos se reúnam novamente com alegria, retomando a diversão, que é a característica principal do folguedo. Não é só a imagem que atrai o leitor, mas também a forma como ela é apresentada. O Boi, dono da festa, se anuncia, trazendo com ele a história. Um pássaro se equilibra em um dos chifres. A leveza dessa imagem dá-se não só pelo pássaro pousado no símbolo representati- vo da força do boi, mas pela impressão de que esse animal flutua solene no canto da página esquerda. A página nobre está vazia, mas repleta de possíveis sentidos. Pode representar o dono da festa pedindo licença para se apresentar. Em seguida, ao virarmos a página, deparamo-nos com o boi inteiro, coberto por tecidos coloridos, bordados com desenhos de cores vibrantes que remetem às mandalas, pedras preciosas, lantejoulas, rendas, fitas. Nesta página surpreende a desconstrução da imagem poéti- ca de que o boi flutua. O boi não flutua, mas gira alto, dança vigorosamente e empina o rabo. Além da sonoridade e da força rítmica, a expressão Tombolo do lombo é também escri- ta tecida no corpo do boi. Ela é enfatizada em seu caráter icônico, uma vez que a tipografia escolhida remete a letras em movimento, como se repetissem o giro e a dança do animal no espaço das páginas. Orientações para o professor O trabalho com a obra literária deve partir de pontos como: A função humanizadora da literatura, reconhecendo seu potencial transformador. A literatura infantil que abre portas para o universo da imaginação, do encantamento, possibilitando o desenvolvimento do senso estético para a fruição. A literatura torna possível o conhecimento das diversidades sociais e culturais. O texto literário contribui para a formação de um leitor mais hábil, valorizando essen- cialmente a palavra, apontando para uma pluralidade de sentidos, e uma vez que não é um texto fechado, abre espaço para a subjetividade, provoca reflexão, estranhamento.

Ao mesmo tempo, o texto literário aumenta a proficiência da escrita e da própria leitura, contribuindo para a formação de uma sociedade com cidadãos leitores, reflexivos e críticos. A riqueza da linguagem poética, que mexe com os sentimentos, a sensibilidade e as emoções, provoca prazer estético, estimulando a percepção de ritmo, os jogos de palavras, seus efeitos de sentido, as rimas e os recursos visuais. O texto poético é uma manifestação artística, que explora a ludicidade, a sonoridade, a subjetividade, a compreensão do leitor. A necessidade da alfabetização visual, que permite o desenvolvimento da observação dos aspectos constitutivos das imagens, dos sentidos dos recursos expressivos gráfico-visuais e da ampliação nos efeitos e nos impactos dos conteúdos da escrita e da história contada. A importância da valorização da cultura popular brasileira, com diversidade de saberes e vivências, salientando o respeito aos diferentes grupos sociais. O uso de diferentes linguagens, como a artística, matemática, geográfica e outras, para expressar variadas ideias e sentimentos. A importância de contextualizar a obra, o autor e sua interpretação das narrativas. A necessidade de uma formação para a cidadania, com enfoque humanístico, em que haja preocupação com a formação integral do homem e, também, com sua relação com o outro e o com o meio em que vive. A importância do papel do educador, que deve ser mediador entre a criança e o texto, instigador, perspicaz e sensível, para aproveitar os fatos significativos, expressos na literatura, nas situações do cotidiano, provocando discussões e posicionamentos com respeito às relações humanas e sociais. O fortalecimento do protagonismo dos alunos na construção de valores, de conhecimentos pessoais e sociais, visando à cidadania e ao posicionamento ético. A importância de oferecer situações desafiadoras, através de vivências individuais e coletivas, incentivando a socialização e o desenvolvimento de competências e habilidades dos estudantes, em conformidade com a Base Nacional Curricular Comum BNCC. ç Propostas: valorizar a literatura infantil como forma de acesso às dimensões lúdicas, do imaginário e do encantamento; partir do conhecimento prévio dos alunos;

utilizar variadas linguagens em diversos contextos; enfatizar o respeito às diferenças individuais, aos hábitos e costumes; apresentar diversas estratégias de abordagem literária; valorizar e fruir a diversidade de saberes e vivências culturais; estimular a construção do pensamento lógico-matemático; identificar recursos expressivos na obra; ampliar o repertório literário dos alunos; utilizar variados tipos de leitura (oral, silenciosa, compartilhada); ampliar o conhecimento linguístico; explorar os diversos componentes curriculares, em uma abordagem interdisciplinar; identificar jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares; experimentar diferentes formas de expressão artística; propor atividades lúdicas, desafiadoras e interativas; estimular a organização dos alunos: individualmente, em duplas, grupos e coletiva; identificar as relações entre sua história, a da família e a da comunidade; ampliar a competência leitora da escrita e da compreensão de textos de forma lúdica; estimular o desenvolvimento de habilidades de leitura e expressão oral e refletir sobre o conhecimento de si e do outro. Situações de leitura (EF35LP01) Ler e compreender silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de textualidade adequado. (EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas. As atividades de leitura que podem ser realizadas com o livro são: leitura compartilhada, que é a prática de leitura coletiva, na qual os alunos participam de forma ativa. Eles devem ler em voz alta o texto ou parte dele, dependendo da orientação do professor. Este tipo de atividade permite que os alunos experienciem situações de leitura como o uso de expressões e entonações, o ritmo da fala, relacionem o que está escrito com o que é falado etc. Leitura silenciosa, que é a prática de leitura, geralmente, individual e autônoma. Realiza- da visualmente, permite o contato direto do leitor com o texto, o que favorece a interpretação e possibilita o desenvolvimento de habilidades como localização de informações, inferências, posicionamento diante do texto e do tema.

PROPOSTAS DE ATIVIDADES PRÉ-LEITURA Análise das ilustrações de capa e miolo Para estimular a curiosidade das crianças, é importante explorar a capa do livro como estratégia de leitura, de modo a convidar o leitor a ler. Ao analisar a capa, a criança faz um exercício de percepção, imaginação, estimulando a curiosidade, a fantasia, aliada ao raciocí- nio, e criando expectativas quanto ao desenrolar da narrativa, a partir do título e da forma de apresentação geral. Algumas das habilidades que são exploradas: o desenvolvimento do olhar semiótico (olhar plural); a observação das pistas verbais e visuais que dialogam entre si, em uma interação; o levantamento de hipóteses; o estabelecimento de relações; as antecipações; as inferências; as deduções e a evocação de outros textos, em um exercício de intertextualidade. Todos os componentes do livro, inclusive a capa, têm valor fundamental e importância no plano das relações de sentido. Portanto, a obra não começa na primeira linha do discurso e acaba na última.

Material de apoio Língua Portuguesa ROTEIRO DE LEITURA Habilidades da BNCC (EF12LP07) Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, assonâncias, o ritmo de fala relacionado ao ritmo e à melodia das músicas e seus efeitos de sentido. (EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade. (EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, e, mais tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas. (EF15LP17) Apreciar poemas visuais e concretos, observando efeitos de sentido criados pelo formato do texto na página, distribuição e diagramação das letras, pelas ilustrações e por outros efeitos visuais. (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos. (EF15LP19) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor. (EF12LP01) Ler palavras novas com precisão na decodificação e, no caso de palavras de uso frequente, ler globalmente, por memorização. (EF01LP26) Identificar elementos de uma narrativa lida ou escutada, incluindo personagens, enredo, tempo e espaço. (EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores. (EF35LP29) Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e ponto de vista com base nos quais as histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas. (EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-línguas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade.

(EF12LP17) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, enunciados de tarefas escolares, diagramas, curiosidades, pequenos relatos de experimentos, entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, entre outros gêneros do campo investigativo, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. (EF02LP21) Explorar, com a mediação do professor, textos informativos de diferentes ambientes digitais de pesquisa, conhecendo suas possibilidades. (EF01LP22) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, diagramas, entrevistas, curiosidades, dentre outros gêneros do campo investigativo digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. (EF02LP23) Planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos registros de observação de resultados de pesquisa, coerentes com um tema investigado. PLANEJAMENTO DE LEITURA Preparar-se para realizar a leitura do livro em voz alta. A história a ser lida é narrada em terceira pessoa, ou seja, a narrativa é construída a partir do discurso direto. Entregar os livros dos alunos somente após a leitura realizada pelo professor. Observar atentamente o início do livro a capa, com todo o projeto gráfico-editorial, a riqueza de detalhes, o colorido, o neologismo do título, o nome do autor, as pistas verbais e visuais etc. (mais detalhes nas atividades de pré-leitura). Ler o texto muitas vezes (para apreender a mensagem, as características dos personagens, os detalhes, o conteúdo etc.) a primeira leitura é de apreciação, de fruição; conhecer bem o texto dá segurança ao professor para explorar a obra. Pensar nos alunos (faixa etária, interesses, vocabulário adequado, linguagem conhecida). Preocupar-se com a entonação, expressão facial e corporal, pausas, velocidade, gestos etc. Escolha a melhor forma ou o recurso mais adequado para apresentar a obra, despertando o interesse e motivando os alunos para a leitura. ORGANIZAÇÃO PARA A LEITURA Para a realização da leitura do livro, aconselha-se que seja formada uma grande roda, de modo que todos estejam sentados, acomodados em círculo, para participar da roda de conversa. É igualmente importante que todos possam ver o livro para acompanhar, ler e participar da leitura.

ANTES DE LER O LIVRO Apresentar o livro, mostrando a capa, de maneira que todos os alunos possam vê-la, em um exercício de exploração e como forma de suscitar expectativas, uma vez que o leitor se dirige a um texto imaginário. Fazendo inferências a partir do título Incentivar os alunos a refletir sobre o título da obra, qual seu significado; deixá-los falar livremente. O título apresenta um neologismo nome dado a uma nova palavra criada ou a uma palavra já existente a que é atribuído um novo significado. Exemplos: deletar, escanear. O neologismo da capa (Tombolo) provoca um estranhamento, despertando o interesse. Solicitar que observem o título, nome do autor e editora. Mencionar o autor, com uma pequena biografia, ressaltando sua origem, a valorização da cultura popular e o gosto pela leitura e poesia. Salientar as pistas verbais e visuais, auxiliando na interpretação e no levantamento de hipóteses sobre a história. Curiosidades sobre o boi Indagar se conhecem um boi, o personagem principal, e suas características, explicitando seus conhecimentos prévios. Havendo necessidade, mostrar gravuras do animal. Verificar se os alunos conhecem as partes do boi para que possam identificar o lombo. Questionar se alguém conhece algum boi parecido com o da ilustração da capa ou a festividade do Bumba meu boi. Apresentação dos elementos paratextuais do livro Apresentar o livro totalmente aberto, com a quarta capa, para que a visualizem na totalidade, observando a riqueza dos detalhes, o colorido, uma personagem escondidinha no alto, ressaltando a frase: Alguém comeu a língua do boi. Vamos descobrir quem foi?, para que façam antecipações sobre os acontecimentos da narrativa, inferindo sentidos e relações referentes à obra. Mostrar o logotipo da editora, a indicação da coleção Espaço Aberto, caracterizada por diferentes temas, estilos literários e linguagens, buscando ampliar os horizontes na literatura.

De acordo com a faixa etária, falar sobre o ISBN, que, de uma maneira simples, é um sistema que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora e edição. Lendo o livro Apresente o texto folheando as páginas duplas calmamente, para dar tempo aos alunos de observar todas as ilustrações. Faça a leitura global do texto, com ritmo, cadência, entonação, enfatizando as palavras com emoção e expressão facial, dando vivacidade à narrativa e respeitando as pausas necessárias. Questione os alunos sobre a forma como leu o texto, ressaltando os itens mencionados acima, para que possam apreciar os recursos expressivos. Faça perguntas sobre a leitura: O que vocês acharam da leitura desse poema? O modo como li é igual ou diferente do modo como leio histórias? O que há de diferente?. A narrativa, em forma de versos, convida a uma leitura em voz alta, bem ritmada e alegre. Solicite que façam a leitura compartilhada do poema, para, entre outros fatores, perceberem alguns detalhes significativos da narrativa que podem ter passado despercebidos, dando- -lhes mais condições para se apropriarem da história, ampliando sua competência literária e, ao mesmo tempo, permitindo a fruição do prazer da leitura. Após ler o livro Em uma roda de conversa, incentive os alunos a falarem sobre a narrativa: Gostaram da história? Por quê? Em caso negativo, também justificar. Existe algum trecho de que tenham gostado? Qual?. Pergunte para aos alunos: O que é Folclore?. Escute e discuta com a turma as falas individuais. Explique aos alunos que Folclore é a cultura do popular, tornada normativa pela tradição, ou seja, aquilo que é praticado pelo povo e que é repassado ao longo dos anos de uns para os outros. Questione-os sobre seus conhecimentos prévios da lenda Bumba meu boi. Mencione que é considerado um folguedo, uma festa popular e que, ao espalhar-se pelo país, ganhou nomes diferentes, como Bumba meu boi em Pernambuco, Boi-bumbá no Pará e Amazonas, Boi de Mamão em Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina e outros. Procure ampliar o conhecimento das crianças mencionando que existem enredos diferentes, mas que, numa das histórias mais populares, a mulher do Pai Francisco fica grávida e sente desejo de comer a língua de um dos bois da fazenda em que trabalhavam. Ele fica

desesperado, pois era o boi mais bonito da fazenda de seu patrão. Com medo de Catirina perder o filho que esperava, caso o desejo não fosse atendido, Pai Francisco resolve roubar o boi predileto de seu patrão, para atender o desejo de sua mulher. Então, Pai Francisco mata o boi do rico fazendeiro. Descobrindo o acontecido, o fazendeiro exige uma reparação e pede o aparentemente impossível: que o animal seja ressuscitado. Com a ajuda de um pajé, Pai Francisco consegue ressuscitar o animal. O boi renasce e tudo vira uma grande festa, onde todos cantam e dançam. Informações complementares: o boi era visto por escravos negros e indígenas como companheiro de trabalho, símbolo de força e resistência. É por isso que toda a encenação gira em torno dele. A pessoa que veste a fantasia do animal é chamada de miolo e seus trajes variam bastante de uma festa para outra. Alguns abusam de paetês, miçangas e lantejoulas. Outros preferem bordados com menos brilho e mais cores. Incentive que os alunos façam uma pesquisa sobre o boi, suas características, sua alimentação, sua utilidade para o homem etc. Se não houver biblioteca na escola, indicar a biblioteca do bairro ou da cidade. A pesquisa também pode ser realizada na internet. Algumas habilidades necessárias para usar os materiais de consulta são: saber localizar as informações, selecioná-las, organizá-las, compreendê-las, compará-las, classificá-las e resumi-las (EF02LP21) (EF02LP22) (EF01LP23). Explique aos alunos os objetivos da pesquisa, ajude-os a perceber os conhecimentos ganhos, a fim de que possam contribuir para seu próprio desenvolvimento. Desperte a curiosidade, gerando interesse pela descoberta, para que se torne um efetivo trabalho de investigação. Mostre gravuras, ilustrações dos instrumentos musicais mencionados na obra, para que os alunos os conheçam, pois não fazem parte do seu cotidiano. Proponha uma nova leitura do poema do livro. Leia cada estrofe e circule com os alunos as palavras que rimam. Questione: o que é rima? Por que elas rimam? Essa atividade irá ajudar as crianças a estabelecer relações entre a grafia e o som das palavras. Continuar a leitura até que identifiquem todas as palavras que rimam, dessa forma aprenderão suas características. Lembrar que, na poesia, as rimas se caracterizam pela repetição de sons no final de dois ou mais versos, conferindo musicalidade ao poema. Sugira uma brincadeira com rima escolhendo algumas palavras do livro. Inicie com a frase: Lá vai uma barquinha carregada de gente. Os alunos deverão continuar a frase com palavras que rimem com gente, como dente e presente. A mesma brincadeira pode ser realizada com palavras de qualquer livro.

Convide os alunos para realizarem uma pesquisa, na biblioteca da escola (se houver) ou na biblioteca da cidade, sobre outros livros com poemas rimados para ampliar o conhecimento literário. Sugestão de autores: Pedro Bandeira, Cecília Meireles, Mario Quintana, Vinicius de Moraes e Elias José. Promova um campeonato de rimas. Divida a classe em dois grupos. Escreva na lousa uma palavra, dando tempo para que cada grupo diga outra palavra que rime com essa. Iniciar a brincadeira com palavras simples, fáceis de rimar e, aos poucos, coloque palavras mais complicadas. É importante deixar claro o tempo destinado à elaboração das rimas e os critérios de participação. No livro há a definição de tangolomango. Mostre aos alunos um exemplo de tangolomango. Exemplo: Eram nove irmãs numa casa, uma foi fazer biscoito. Deu tangolomango nela e das nove ficaram oito. Eram oito irmãs numa casa, uma foi amolar canivete. Deu tangolomango nela e das oito ficaram sete. Eram sete irmãs numa casa, uma foi falar inglês. Deu tangolomango nela e das sete ficaram seis. Eram seis irmãs numa casa, uma foi caçar um pinto. Deu tangolomango nela e das cinco ficaram quatro. Eram quatro irmãs numa casa, uma foi falar francês. Deu tangolomango nela e das quatro ficaram três. Eram três irmãs numa casa, uma foi andar nas ruas. Deu tangolomango nela e das três ficaram duas. Eram duas irmãs numa casa, uma foi fazer coisa alguma. Deu tangolomango nela e das duas ficou só uma. Era uma irmã numa casa, e ela foi fazer feijão. Deu tangolomango nela e acabou a geração. Texto do folclore brasileiro em domínio público Solicite que sublinhem as palavras que rimam. Para ampliar o repertório de gêneros literários da cultura popular brasileira, solicite que façam uma pesquisa sobre parlendas, adivinhas, provérbios, cordel etc., tendo o boi como personagem. Exemplos: ç Provérbios populares: Por onde passa o boi, não passa uma boiada.

Boi em terra alheia é vaca. Por onde passa o boi, passa o vaqueiro com seu cavalo. A boi pequeno os cornos lhe crescem. Boi que usa antolhos não se revolta contra o tronco. ç Adivinhas: Por que é que o boi sobe o morro? Porque não pode passar por baixo. Por que o boi baba? Porque não sabe cuspir. Onde o boi consegue passar, mas o mosquito fica preso? Na teia de aranha. Dando continuidade à atividade anterior, verificar o conhecimento dos alunos sobre cultura popular, complementando a seguir com: 1. Músicas Boi da cara preta; Se esta rua fosse minha; A barata diz que tem; O sapo não lava o pé; Caranguejo não é peixe... 2. Parlendas são versos ritmados e de rimas fáceis, usados em jogos infantis ou repetidos pelas crianças por pura diversão, como tangolomango. Muitos deles foram trazidos pelos portugueses e aqui ganharam variações. Exemplos: Uni, duni, tê; Um, dois, feijão com arroz... 3. Brincadeiras pular corda; jogo das cinco marias; pião; ioiô... 4. Comidas típicas vatapá; sarapatel; feijoada; pato no tucupi; arroz com pequi... Em conjunto com todos os professores, realizar a Festa das regiões, com comidas (receitas trabalhadas) e danças típicas, artesanato, brincadeiras, dramatizações etc. Dividir os alunos em grupos, sendo que cada grupo será responsável por organização, preparo e apresentação de um item, para toda a comunidade escolar. Dando continuidade ao levantamento das brincadeiras atuais, pesquise com a turma se há alguma antiga que permanece até os dias atuais. Tendo o professor como escriba, elabore as regras dos jogos em papel pardo para afixar na parede da sala. Assim, explorarão a produção de texto, além do próprio trabalho em grupo que favorece outros aspectos como integração, respeito ao colega etc. Essa atividade pode ser realizada em conjunto com o professor de Educação Física, no levantamento das regras. Ampliando o conhecimento dos alunos, verifique quais brincadeiras antigas os alunos conhecem. Em uma roda de conversa, solicite que observem atentamente no livro: as caracterizações dos personagens, as diferenças físicas e a preferência musical de cada um

Material de apoio com abordagem interdisciplinar Habilidades da BNCC (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas. (EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem. (EF12EF03) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional, com base no reconhecimento das características dessas práticas. (EF12EF04) Colaborar na proposição e na produção de alternativas para a prática, em outros momentos e espaços, de brincadeiras e jogos e demais práticas corporais tematizadas na escola, produzindo textos (orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-los na escola e na comunidade. (EF03GE01) Identificar e comparar aspectos culturais dos grupos sociais de seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo. (EF15AR03) Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. (EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem, mas sim código de identificação. (EF01MA03) Estimar e comparar quantidades de objetos de dois conjuntos (em torno de 20 elementos), por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois), para indicar tem mais, tem menos ou tem a mesma quantidade.

O folguedo do Bumba meu boi sempre é acompanhado por uma banda musical. O canto normalmente é coletivo, acompanhado de matracas, pandeiros, tambores e zabumbas, embora se encontrem, em raros casos, instrumentos mais sofisticados, como trombones e clarinetas. Em uma roda de conversa, incentive os alunos a mencionarem o instrumento musical preferido. Quem sabe tocar algum instrumento? Em caso positivo, solicitar que tragam na próxima aula (se houver possibilidade), para apresentar algum número musical para os colegas. E você, professor, toca algum instrumento? Se a resposta for negativa, gostaria de aprender a tocar algum? Qual? Ressalte que no texto aparecem os seguintes instrumentos musicais: tamborim, trompete, reco-reco, maracá, corneta, cuíca e xequerê. Verifique os conhecimentos prévios das crianças referentes a esses instrumentos, indagando: Alguém conhece esses instrumentos? Quais? Onde já os viu?. Proponha que as crianças localizem no mapa do Brasil seu estado e a cidade em que moram. Solicite que também procurem no mapa os estados citados na atividade pós-leitura, nos quais a lenda do Bumba meu boi é conhecida com diferentes nomes. Incentive que as crianças pesquisem sobre costumes, histórias, músicas desses locais na biblioteca da escola (se houver), na biblioteca do bairro ou da cidade e na internet. Fale sobre a importância de procurar em sites confiáveis. Dando continuidade à atividade anterior, mencione o regionalismo, que apresenta as peculiaridades locais, como as expressões, a cultura própria de uma região, como nomes diferentes de Bumba meu boi. Outros exemplos: No Nordeste: abestado; macaxeira; cão chupando manga; dar pitaco; cambito. No Sudeste: bobo, tolo; mandioca; pessoa muito feia; dar opinião; perna fina. Em um trabalho conjunto com o professor de Português, solicite aos alunos que entrevistem algum familiar ou pessoa da comunidade que tenha morado em outra região (diferente da que reside atualmente), de forma a conhecer as comidas típicas, danças, músicas, linguagem, crendices e superstições. Depois, os alunos, em grupos, elaborarão um painel com os diferentes locais e culturas. Estimule os alunos a pesquisar no mapa do Brasil a localização de Parintins, no Amazonas, e a falar sobre a festa do Boi-bumbá. De acordo com a faixa etária, solicitar que façam um trabalho individual de expressão plástica

utilizando vários materiais para confeccionar o boi e sua vestimenta. Pode ser: desenho, pintura, recorte e colagem de revistas, massa de modelar, guache, sucata etc. Os materiais serão disponibilizados pelo professor. Incentivar a elaboração do teatro do Bumba meu boi em uma criação coletiva, para desenvolvimento da criatividade, do senso estético, da sensibilidade, trabalhando a concentração, o respeito aos colegas, a oralidade, cultivando a imaginação, o fazer artístico, e promovendo a reflexão, interpretação, liberando fantasia e emoções. Etapas: Pesquise a música e a dança do Bumba meu boi para apresentá-la aos alunos. Dando continuidade, proceder ao levantamento das brincadeiras atuais, verificando se há alguma antiga que permanece até os dias atuais. Confeccione com os alunos alguns desses jogos, como peteca, saquinhos para o jogo das cinco marias. Propor aos alunos a Semana das Brincadeiras, oportunidade em que desenvolverão várias brincadeiras infantis, principalmente as tradicionais como: cabra-cega, lenço atrás, queimada, passa anel e outras. Professor, lembre que as brincadeiras envolvem as disposições emocionais, sociais e cognitivas, contribuem para a formação da personalidade, traduzem valores, costumes, formas de pensamento, ensinamento, e que os jogos infantis fazem parte do patrimônio lúdico-cultural, servem como veículo de transmissão de elementos culturais. Amplie o conhecimento dos alunos fornecendo algumas curiosidades sobre o boi: O boi é o nome dado ao bovino macho castrado, enquanto o bovino macho reprodutor é chamado de touro. O Brasil possui um dos maiores rebanhos do mundo. Tais animais são herbívoros, seus alimentos são pastagens, capins, fenos, cana-de-açúcar, além de rações feitas de milho, sorgo, farelos, soja, dentre outros. São ruminantes, ou seja, regurgitam o alimento para a boca, após sua ingestão, onde é novamente mastigado e deglutido. Domesticados pela nossa espécie há cerca de 5.000 anos, eram requeridos para o transporte de cargas mais volumosas e/ou pesadas e fornecimento de leite (a vaca), aproveitando- -se a carne e couro, após sua morte. Além do leite, carne e couro de tais animais, são aproveitados os pelos, para a fabricação de pincéis; ossos, para a confecção de rações, farinhas e sabões; o colágeno extraído da pele, cartilagens e ossos, para a fabricação de produtos de beleza e alimentos, como geleias e doces; chifres, para confecção de artefatos, como berrantes; estrume, para ser utilizado como adubo etc. O país com o maior rebanho bovino do mundo é a Índia, com 320 milhões de cabeças. O segundo colocado é o Brasil, com 215 milhões.

A fêmea do boi, a vaca, produz em média 20 litros de leite por dia, vive aproximadamente 15 anos e pode pesar até 600 quilos. Complemente com a classificação dos animais, de acordo com sua alimentação: os herbívoros, carnívoros e onívoros: ç Herbívoros são aqueles que se alimentam apenas de vegetais. Exemplos: boi, viado, gafanhoto, borboleta, zebra, elefante, girafa. ç Carnívoros são aqueles que só se alimentam de outros animais. Predação é o nome da relação ecológica em que um animal alimenta-se de outro. Exemplos: leão, tigre, tubarão, onça, serpentes. ç Onívoros são animais que se alimentam de tudo, comem vegetais e também outros animais. Exemplos: o homem, o porco, o lobo-guará, o jabuti. Aproveitando a chuva que aparece na narrativa reunindo todos os personagens novamente, promova uma roda de conversa e peça que os alunos falem sobre a chuva e sua importância na natureza e para os homens. Complementar com o ciclo da água, cuidados necessários para a preservação da água no planeta, níveis de poluição, consumo consciente, desperdício, Dia Mundial da Água etc. A obra Tombolo do lombo apresenta uma estrutura acumulativa decrescente, promovendo a construção do pensamento lógico-matemático, e este requer capacidade de organização do pensamento, que é desenvolvido com resolução de problemas. A subtração é um conteúdo que perpassa o cotidiano adulto e infantil, pois a utilizamos em diversas situações como: dar troco, saber se alguém é mais velho ou mais novo, quantos anos há de diferença entre duas ou mais pessoas, calcular quantos quilos perdemos em uma dieta, para fazer receitas, dentre outras. Dessa maneira, é um conteúdo de grande relevância a ser trabalhado com os alunos em qualquer faixa etária, principalmente nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Providencie anteriormente uma lata com biscoitos com a quantidade de alunos da turma. Com os alunos dispostos em roda, recite a seguinte parlenda: LATA DE BISCOITO FUI NA LATA DE BISCOITO TIREI UM, TIREI DOIS, TIREI TRÊS, TIREI QUATRO, TIREI CINCO, TIREI SEIS, TIREI SETE, TIREI OITO, TIREI NOVE, TIREI DEZ! Domínio público Repita a parlenda para que os alunos a memorizem.

Depois leve a lata de biscoitos para a roda e brinque de recitar a parlenda com os alunos. Entregue para os alunos a quantidade de palitos de madeira referentes à quantidade de biscoitos da lata. Posteriormente, explique a eles que cada um ganhará um biscoito da lata e que, conforme você for entregando os biscoitos, tirando-os da lata, eles deverão também retirar a quantidade em palitos. Inicie a dinâmica: ao terminarem de recitar a parlenda, pergunte a eles se sobrou algum palito? Se sobrou, peça que eles contem e pergunte, por exemplo: Se so- braram 6 palitos, quantos biscoitos restaram? Por quê? Quantas crianças ficaram sem ganhar biscoito? Que palavra nós mais utilizamos nessa parlenda? Neste momento, converse com os alunos sobre o tema subtração e proponha a eles que pensem sobre as seguintes questões: O que é subtrair? Alguém da turma já sabe fazer contas de subtração? Como se faz? Você pode explicar para a turma? Que palavras utilizo, quando se trata de subtrair? Proponha aos alunos uma atividade de culinária. Convide-os a pesquisar com os familia- res uma receita de biscoito. Em seguida, escreva em papel pardo ou cartolina a receita escolhida para que a executem. Explore as medidas e quantidades. Direção-geral: Flávia Reginatto Editora responsável: Maria Goretti de Oliveira Editora assistente: Christiane Angelotti Revisão: Equipe Paulinas Gerente de produção: Felício Calegaro Neto Produção de arte: Jéssica Diniz Souza