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Transcrição:

Dezembro 2018

Global: Atividade global desacelera EUA: Aperto nas condições financeiras China: Economia ainda dá sinais de fraqueza 03 04 05 Juros: retirada do viés de alta Crédito: Inadimplência segue recuando 06 07 Bolsa Renda Fixa Moedas 08 09 10 11 2

ECONOMIA GLOBAL G l o b a l P M I Os indicadores de atividade global continuaram sugerindo uma moderação do crescimento. Enquanto na Zona do Euro as surpresas foram observadas ao longo de praticamente todo o ano, e na China os dados já vinham enfraquecendo há algum tempo, há sinais também de uma moderação no crescimento americano. Esta desaceleração é mais visível nos dados da indústria, cujos ciclos econômicos costumam ser mais sincronizados. Conforme o gráfico ao lado, a bateria de PMIs (Purchasing Managers Index - indicador do setor manufatureiro) referentes ao mês de dezembro deixa evidente esta moderação. Dito isso, enquanto uma desaceleração da economia americana em 2019 após um ano muito forte sempre foi o cenário base do mercado, a pergunta agora é se esta moderação poderá se tornar, ou não, uma recessão. Acreditamos que o cenário base ainda é de continuidade da expansão da economia americana em 2019, apesar dos riscos oriundos da economia global. Fonte: JP Morgan 3

ECONOMIA GLOBAL I m p a c t o d a s c o n d i ç õ e s f i n a n c e i r a s n o P I B Embora a taxa de juros seja uma variável financeira muito relevante, isoladamente ela não fornece uma sinalização completa e suficiente para os rumos da atividade. Um índice de condições financeiras, que idealmente inclui variáveis importantes para o ciclo econômico como preço de ações, spreads de crédito e o câmbio, costuma ser um antecedente melhor. Com a forte queda do S&P 500 nos últimos meses, acompanhada da elevação nos spreads de crédito (prêmio com relação a títulos do tesouro de vencimento equivalente), as condições financeiras devem dar um impulso negativo à atividade americana neste ano. Ao lado apresentamos uma estimativa feita pelo banco Goldman Sachs deste impacto no crescimento anualizado do PIB em cada um dos próximos trimestres, caso os preços sejam mantidos no patamar do final de 2018. Vale ressaltar que em sua avaliação da economia o Fed (banco central americano) leva em consideração um amplo conjunto de variáveis, e isso explica a guinada mais dovish* apresentada pelo comitê na comunicação mais recente. Fonte: Goldman Sachs *Dovish & Hawkish: São termos utilizados como referência ao sentimento perante a política monetária de uma economia. Quando um banco central está dovish, há um viés para corte de juros ou a manutenção da taxa de juros em patamares mais baixos. O oposto ocorre quando ele está hawkish, havendo um viés para o aumento da taxa de juros. 4

ECONOMIA GLOBAL C h i n a : M a n u f a c t u r i n g P M I O efeito defasado das medidas de aperto de crédito adotadas pelo governo chinês no início de 2018 e a elevação das incertezas após a intensificação da guerra comercial impactaram adversamente a economia chinesa, cujo crescimento nos últimos meses voltou a preocupar os mercados. Após a surpresa negativa na produção industrial e vendas no varejo de novembro, os PMIs referentes ao mês de dezembro continuaram sugerindo continuidade do processo de desaceleração. Em uma nota positiva, o aparente progresso nas negociações com os EUA, que evita novas elevações nas tarifas de importação (ou até mesmo reverte as anteriores), é um ponto favorável no radar. Também é de se esperar que as medidas de estímulo já anunciadas pelo governo deem suporte à atividade à frente, mas o ponto de partida vem se mostrando mais fraco do que o esperado. Fonte: Bloomberg 5

ECONOMIA BRASILEIRA C o n t r a t o d e F u t u r o d e J u r o s n a B M & F J a n e i r o / 2 0 2 1 O retorno de surpresas baixistas na inflação nos últimos meses, em particular das métricas mais sensíveis ao ciclo econômico e acompanhadas de perto pelo banco central, somado à estabilização do câmbio e queda nas expectativas de inflação, levou o banco central a retirar formalmente de sua comunicação o viés de alta da taxa Selic. Em seu comunicado de dezembro, o banco central retirou o trecho em que afirmava que estaria pronto para iniciar o processo de elevação de juros caso as perspectivas para a inflação piorassem, indicando um cenário de estabilidade para a Selic. Isto também foi corroborado pelas projeções da autoridade monetária, que apontam para inflação em torno da meta nos próximos anos. O cenário segue apontando para a manutenção de juros nos patamares historicamente baixos por um período prolongado. Fonte: Bloomberg 6

ECONOMIA BRASILEIRA T a x a d e I n a d i m p l ê n c i a : T o t a l A c i m a d e 9 0 d i a s, c r é d i t o l i v r e Os dados de inadimplência no crédito bancário continuaram em trajetória de queda, alcançando a mínima da série histórica do banco central, que se estende apenas a partir de 2011. Este movimento, que vem ocorrendo desde meados de 2017, é surpreendente tendo em vista a forte recessão observada no Brasil. Ele também é um importante suporte para a retomada da atividade, tendo em vista que o setor bancário encontra-se líquido e pronto para atender uma eventual aceleração na demanda por crédito com a melhoria das perspectivas econômicas, em especial caso tenhamos a aprovação das imprescindíveis reformas fiscais (i.e. previdência). Fonte: Banco Central do Brasil 7

MERCADOS 20% 12% S&P500 FTSE100 CAC DAX NIKKEI SHANGHAI COMP BOVESPA MSCI ACWI 15,03% 4% -4% -12% -20% -6,24% -9,18% -3,61% -12,48% -5,46% -6,20% -10,95% -18,26% -10,45% -12,08% -3,64% -1,81% -7,17% -11,18% -28% -24,59% VARIAÇÃO DEZEMBRO VARIAÇÃO EM 2018 *Resultados apresentados na moeda local. O mês de dezembro foi conturbado para os ativos de risco de uma maneira geral, com quedas expressivas na maioria das bolsas. Os destaques negativos foram o S&P 500 (-9,18%), que com a queda terminou o ano de 2018 recuando 6,24%, além do Nikkei, que cedeu 10,45% no mês. Os temores em relação ao crescimento global ditaram a dinâmica do mês, mais do que compensando a sinalização mais positiva em relação às negociações EUA x China e a guinada mais dovish do Fed. No Brasil, o Ibovespa recuou 1,81% e terminou o ano com alta de 15,03%, resultado de destaque nas bolsas globais. O MSCI ACWI é um índice global de mercados de ações que engloba 23 países desenvolvidos e 23 emergentes. 8

MERCADOS R e n d a F i x a G l o b a l Com a maior apreensão no mercado em relação ao crescimento global, as taxas de juros dos títulos longos americanos apresentaram forte recuo por mais um mês, cedendo 32 basis points (ou seja, 0,32%) para 2,69% e retornando para níveis do início de 2018. Na Alemanha e no Japão as taxas também recuaram, embora em magnitude bem menos intensa (-6 e -8 basis points respectivamente), o que é explicado pelo fato de já haver bem menos altas precificadas neste países. No Brasil, o Risco Brasil mensurado pelo CDS (Credit Default Swap) de 5 anos ficou praticamente estável em 205 basis points. Fonte: Thomson Reuters Datastream 9

MERCADOS Índice US Dollar (DXY) Com a intensa reprecificação da curva de juros nos EUA, que passou a precificar estabilidade nos Fed Funds (principal taxa de juros norte-americana) em 2019 após ter estimado há apenas pouco tempo mais de duas altas, o DXY (índice que mede o desempenho do dólar contra as principais moedas do mercado) recuou 1,1% em dezembro, conforme mostra o gráfico ao lado. A queda só não foi mais intensa pois o forte movimento de correção de ativos de risco globais desencadeou, como de costume, um movimento de flight to quality* que acaba beneficiando o USD. Fonte: Thomson Reuters Datastream *Flight to quality: movimento do mercado financeiro que ocorre quando os investidores vendem ativos que são considerados de alto risco e compram ativos mais seguros. 10

ÍNDICES VARIAÇÃO DEZEMBRO VALOR EM 31/12/2018 VARIAÇÃO EM 2018 VARIAÇÃO 12 MESES COMMODITIES PETRÓLEO WTI -10,84% 45,41-24,84% -24,84% OURO 5,08% 1.282,49-1,56% -1,56% MOEDAS (EM RELAÇÃO AO US$) EURO 1,33% 1,1467-4,48% -4,48% LIBRA 0,04% 1,2754-5,62% -5,62% YEN 3,54% 109,6900 2,73% 2,73% REAL -0,36% 3,8812-14,65% -14,65% ÍNDICES S&P500-9,18% 2.506,85-6,24% -6,24% FTSE100-3,61% 6.728,13-12,48% -12,48% CAC -5,46% 4.730,69-10,95% -10,95% DAX -6,20% 10.558,96-18,26% -18,26% NIKKEI -10,45% 20.014,77-12,08% -12,08% SHANGHAI COMP -3,64% 2.493,90-24,59% -24,59% BOVESPA -1,81% 87.887,26 15,03% 15,03% MSCI ACWI -7,17% 455,66-11,18% -11,18% *Valores e Resultados apresentados na moeda local. 11

Nossas opiniões são frequentemente baseadas em várias fontes, já que despendemos grande parte de nosso tempo com análises de amplitude global de vários bancos, gestores, corretoras e consultores independentes. Todas as opiniões contidas neste relatório representam nosso julgamento até esta data e podem mudar sem aviso prévio, a qualquer momento. Este material tem caráter meramente informativo, não devendo ser considerado uma oferta de venda de nossos serviços. 12

www.turimbr.com 13