Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

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1 24 de novembro de 2014 Relatório Semanal de Estratégia de Investimento Destaques da Semana Economia internacional: Bancos Central da China surpreende e corta juros; BCE sinaliza maior comprometimento com aumenta da inflação; ata do Fed mais dovish. Economia brasileira: Anuncio da nova equipe econômica.

2 Economia Internacional No mercado internacional, o destaque ficou para a divulgação da ata da última reunião do FOMC comitê de política monetária do Fed (Banco Central dos EUA). O documento mostrou que a autoridade monetária indica alguma preocupação com os riscos negativos para a atividade econômica global em especial para a Europa e a China, e que a queda recente das commodities pode eventualmente provocar uma redução nas expectativas inflacionárias no médio prazo. Assim, a leitura do mercado foi de que aumenta a probabilidade de que o ritmo da alta esperada dos juros básicos nos EUA a partir do ano que vem seja mais lento do que o projetado atualmente pelos dirigentes do Fed (ver gráfico). Diante disso, os ativos de risco responderam positivamente ao documento. trazer a economia global, em especial os mercados emergentes. Gráfico G1- Taxa de juros EUA Já na Europa indicadores como PMI e Confiança do consumidor vieram abaixo do estimado pelo mercado, e nessa semana ainda teremos indicadores importantes como taxa de inflação e desemprego que podem reforçar as palavras do Mario Draghi sobre a necessidade de medidas adicionais para estimular a economia e o consumo, para que a zona do euro não entre em uma zona perigosa de deflação. Entre as possíveis medidas do BCE está a compra de títulos soberanos, semelhante ao programa de afrouxamento quantitativo realizado nos últimos anos nos EUA e encerrado agora em outubro. Na Ásia também foram observadas politicas na direção oposta do FED, como o recente e inesperado corte na taxa de juros na China, com o objetivo de estimular a atividade, e que a nosso ver reforça o cenário de desaceleração suave na China. Também o Bank of Japan continua tomando medidas de afrouxamento monetário para estimular sua economia, tendo em vista a forte retração do PIB no último trimestre Em resumo, continuamos acreditando em um cenário onde as políticas monetárias na Europa e Asia serão um importante contraponto e amenizarão os impactos negativos potenciais que o corte de estímulos e início do ciclo de alta dos EUA poderiam

3 Economia Brasileira No cenário doméstico tivemos uma semana com poucos dados internos relevantes, e o destaque ficou para a expectativa em torno da composição da equipe econômica no segundo mandato da presidente. Os analistas esperam pela confirmação dos nomes da Fazenda, Planejamento, e Banco Central, para ajustar o cenário para os próximos quatro anos. O ponto crucial é a gestão das contas fiscais, que passaram por um processo de deterioração continua nos últimos anos. Dessa forma, a nomeação do próximo Ministro da Fazenda e de um eventual plano fiscal ganha enorme relevância nesse momento. credibilidade da gestão fiscal, e adotar os ajustes necessários para que o país não perca o grau de investimento, o que deu um importante alento, e contribuiu significativamente para a melhora de percepção do risco país (medido pelo EMBI Brasil), influenciando positivamente o mercado em geral. O momento ainda é de volatilidade, porém está previsto para os próximos dias o anúncio da nova equipe econômica. A acompanhar. Em relação aos números, os principais dados divulgados foram: a) a taxa de desemprego, que veio 4,70% contra 4,90% esperado, o que mostra que o mercado de trabalho segue resiliente à forte desaceleração econômica, ainda que o nível da população desocupada venha aumentando; b) o IPCA- 15 ficou em 0,38% em novembro, significativamente abaixo das projeções, que apontavam para 0,49%. A inflação de serviços e a medida dos núcleos desaceleraram significativamente em relação ao mês anterior. Dessa forma, a inflação em 12 meses ficou em 6,42%, voltando a ficar abaixo do teto da meta pela primeira vez desde agosto, diminuindo bastante a probabilidade de estouro do teto da meta (6,5%) em Ainda assim, o cenário para a inflação nos próximos meses segue complexo, com uma possível pressão nos índices por conta de ajuste de preços de administrados e da provável alta da taxa do câmbio. Portanto, o BC tenderá a continuar com o processo de elevação da taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses. No cenário politico a indefinição dos novos ministros continua influenciando diretamente os mercados de renda variável, juros e cambio, ainda que no último venha se observando uma alta estrutural do dólar ao redor do globo. Houve forte sinalização em torno de uma nova equipe econômica onde o Ministro da Fazenda possa atuar com maior autonomia, resgatar a Página 3 de 6

4 jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 Mercados BOLSA A melhor noticia da ultima semana veio na sexta feira com a China cortando os juros pela primeira vez desde julho de 2012 e animando os principais ativos de risco. Ata do Fed sem uma sinalização clara de quando subira os juros, discurso dovish do presidente do BCE e dados das duas maiores economias asiáticas (Japão voltando a recessão e atividade industrial chinesa no menor nível em 6 meses), animaram os investidores, que foram as compras e os principais índices da Europa e EUA fecharam nas máximas recentes. No Brasil, depois de uma recuperação técnica antes do feriado, a Bovespa pegou carona nas noticias positivas do ultimo pregão da semana e voltou a superar a media móvel de 200 dias, em um sinal bastante positivo e que chama atenção para novas altas. A indefinição acerca do nome para Ministro da Fazenda e ajustes na economia para 2015 seguem travando alocações maiores de investidores locais no mercado de renda variável no Brasil , , , , , , ,00 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14 Bovespa Média 6 M Desv + Desv - Under Over CÂMBIO O dólar fechou a semana em queda de 3,30%. O movimento ganhou força na sexta-feira onde as incertezas sobre a nova equipe economica diminuiram. No mercado internacional o corte da taxa de juros na China e os sucessivos discursos de Mario Draghi (Presidente do BCE) apontando uma politica monetaria mais expansionista contribuiram também para o fortalecimento do real e de moedas de países emergentes. A despeito da recuperação da moeda brasileira no curto prazo, mantemos a estratégia de utilizar uma posição em câmbio, seja como hedge de nossas posições em juros, e também como posição estrutural frente a manutenção de um quadro de valorização do dólar americano frente a outras moedas ,60 2,50 2,40 2,30 2,20 2,10 2,00 1,90 1,80 1,70 Under Over EMBI Brasil Dólar Real

5 JUROS A curva de juros registrou forte recuo nas taxas de curto e longo prazo na semana passada, influenciada por dados domésticos e sinalização de mudanças relevantes na gestão de política fiscal. Contribuiu também para o movimento a divulgação da inflação abaixo do experado pelo mercado, onde o IPCA voltou a ficar dentro da banda da meta de inflação pela primeira vez desde agosto, de maneira inesperada. Os rumores de uma nova equipe econômica comprometida com um importante ajuste fiscal contribuíram para acelerar o movimento de queda dos juros na 6ª feira. 12,00 11,50 11,00 10,50 21/11/ /11/ /11/2014 Juros Pré-Fixado Inflação Under Over Under Over Indicadores e Cotações

6 INFORMAÇÕES IMPORTANTES AO INVESTIDOR Este material, meramente informativo, foi preparado pela área de Estratégia do Votorantim Private Bank e não se caracteriza como relatório de análise, para fins da Instrução CVM nº 483/2010, e, não foi produzido por analista de valores mobiliários. As informações contidas neste material foram obtidas por meio de comunicação de acesso público, tais como jornais, revistas, internet entre outros, de forma aleatória. Tais informações estão sujeitas a alterações, a qualquer momento, sem que haja necessidade de comunicação neste sentido. Apesar das informações aqui contidas terem sido obtidas de fontes consideradas confiáveis, a área de Estratégia não pode garantir a precisão e veracidade das mesmas. As recomendações de alocação deste documento refletem única e exclusivamente a opinião pessoal dos profissionais da área de Estratégia do Votorantim Private Bank, de modo que as recomendações foram elaboradas de forma independente e autônoma com relação às demais áreas da Votorantim Asset Management DTVM Ltda., ao Banco Votorantim S.A. e demais empresas do Consolidado Econômico Financeiro Votorantim. As recomendações de alocação contidas neste documento apresentam riscos de investimento e não são asseguradas pelos fatos nem contam com qualquer tipo de garantia ou segurança da área de Estratégia. O Votorantim Private Bank e suas áreas de negócio não serão responsáveis por perdas diretas, indiretas ou lucros cessantes decorrentes da utilização deste material para quaisquer finalidades, incluindo, mas não se limitando a realização de negócios, investimentos ou transações baseadas nestas informações.sac: , Deficientes Auditivos e de Fala: Todos os dias, 24 horas por dia, ou pelo sac@bancovotorantim.com.br. Ouvidoria: , Deficientes Auditivos e de Fala: , de 2ª a 6ª feira das 9:00 às 18:00 hs. Estratégia de Investimento Votorantim Private Bank (11)