2010 - Iniciativa global Out of School Children Pelas Crianças Fora da Escola.



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Transcrição:

1

Histórico 2010 - Iniciativa global Out of School Children Pelas Crianças Fora da Escola. No Brasil - Acesso, permanência, aprendizagem e conclusão da educação básica na idade certa com Campanha Nacional pelo Direito à Educação. 2

2012 - Relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 Análise de quem são as crianças e os adolescentes fora da escola. Fatores de risco de exclusão e dos principais gargalos e barreiras. 3

2013 Fora da Escola Não Pode! O Desafio da Exclusão Escolar, com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, e apoio da Undime. 4

Por que a publicação? 2011 realização de uma oficina com 37 dirigentes municipais ou seus representantes de 25 estados. A oficina se desdobrou numa pesquisa, respondida por cerca de 10% dos dirigentes municipais do país. 5

Principais desafios Articulação entre programas e políticas federais, estaduais e municipais. Regime de colaboração município-estado. Transporte escolar. Políticas de inclusão. Educação do campo. Educação infantil. Formação e valorização dos profissionais de Educação. 6

As ilustrações 7

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O conteúdo Dados e informações sobre a exclusão escolar no Brasil. Questionário, para cada um refletir sobre essa situação no seu município. Aspectos gerais que são importantes para acabar com a exclusão escolar. Programas e políticas governamentais e não-governamentais. 16

Quem são as crianças e os adolescentes fora da escola Brasil Fonte: IBGE/Pnad, 2009 17

A Exclusão Escolar Brasil Censo 2010-96,7% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos faixa etária que corresponde ao ensino fundamental frequentavam a escola naquele ano, o equivalente a 28,2 milhões de pessoas. 18

A Exclusão Escolar Brasil 3,3% das crianças e dos adolescentes de 6 a 14 anos fora da escola. São 966 mil meninos e meninas que não têm garantido seu direito. 1,3% nunca esteve matriculado e 2% não estudavam, mas já tinham frequentado a escola. 19

A Exclusão Escolar Brasil A maioria das crianças e adolescentes excluídos está nas regiões Norte e Nordeste, que apresentam os mais altos índices de pobreza e as menores taxas de escolaridade. 20

A Exclusão Escolar Brasil 2000 - A proporção de crianças e adolescentes fora da escola nas zonas rurais era de 13% ante 5,1% nas zonas urbanas. 2010-5% nas zonas rurais e 2,9% nas áreas urbanas. 21

A Exclusão Escolar Brasil Censo 2000-9,4% das crianças de até 3 anos em creches. Censo 2010-23,5% das crianças de até 3 anos frequentam creches, menos da metade que o previsto no Plano Nacional de Educação de 2001: 50% em 2010. 22

A Exclusão Escolar Brasil Censo 2000-51,4% das crianças de 4 e 5 anos na pré-escola. Censo 2010-80,1% na pré-escola; 1,15 milhão fora da escola. 23

A Exclusão Escolar Brasil 2010-16,7% dos adolescentes de 15 a 17 anos fora da escola. 1,7 milhão de pessoas. Entre os que trabalham, 26% estão fora da escola, enquanto entre os que não trabalham o índice é de 14%. 24

Fora da Escola Não Pode! Censo 2010 - dos 83,3% de adolescentes de 15 a 17 anos de idade na escola, apenas 47,3% estavam cursando o ensino médio. 25

O retrato do abandono Análise da Diretoria de Estatísticas Educacionais do Inep, com base nos dados da Pnad 2011: o abandono escolar é um sério problema em todos os estados brasileiros. 26

Taxa de frequência à escola de crianças com 6 anos 27

Percentual de crianças com 12 anos de idade que concluíram os anos iniciais do ensino fundamental 28

Percentual de adolescentes com 16 anos de idade que concluíram o ensino fundamental 29

Percentual de jovens com 19 anos de idade que concluíram o ensino médio 30

O que cada um de nós pode fazer para acabar com a exclusão? 31

O desafio da inclusão A articulação dos programas e das políticas públicas tem importância estratégica para assegurar a indivisibilidade dos direitos da criança. Nenhuma ação isolada garante o direitos de aprender. É preciso que todos vistam a camisa dessa causa. 32

O desafio da inclusão Toda criança pode e deve aprender, desde que se respeite o tempo e a forma de aprender de cada uma. Repetência a abandono não devem ser vistos como situações naturais. 33

O desafio da inclusão Redes, escolas e professores devem assumir o compromisso de não desistir de nenhum aluno, o que implica acompanhar a evolução de cada criança e enfrentar as causas de suas dificuldades. 34

Algumas ações efetivas Melhores condições de aprendizagem. Acompanhamento do desenvolvimento de cada criança e adolescente. Identificação e superação dos problemas que colocam em risco a sua permanência na escola. 35

Algumas ações efetivas Reconhecimento e superação dos fatores que aprofundam a discriminação de crianças e adolescentes negros, indígenas e quilombolas. Eliminação de todas as formas de violência fortalecendo o vínculo e a articulação da escola com o Sistema de Garantia de Direitos previsto no ECA. 36

Algumas ações efetivas Consolidação e ampliação das políticas e os programas de inclusão de crianças e adolescentes com deficiência nas escolas regulares, promovendo a formação continuada de professores, a acessibilidade, a distribuição de material e de equipamentos didáticos adequados a esse grupo de meninos e meninas. 37

Os desenhos 38

Os desenhos 39

Algumas ações efetivas Valorização e formação do professor. Busca pela contextualização dos conteúdos. Planejamento escolar contínuo e com revisões períodicas. 40

O enfrentamento da exclusão A participação de crianças e adolescentes é, em geral, estimulada e contribui para maior valorização e respeito dos alunos no ambiente escolar. 41

O enfrentamento da exclusão Práticas de acompanhamento constante das crianças com dificuldades de aprendizagem, para que não seja necessário esperar os resultados das provas regulares ou o final do semestre. 42

O enfrentamento da exclusão Um processo ativo, contínuo e longo de trabalho conjunto, realizado de forma articulada por diversos atores, com um único objetivo: garantir o direito de aprender de todas as crianças e adolescentes e de cada um deles. 43

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