problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

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Transcrição:

Após passar pela a etapa da Educação Infantil estruturada pelas interações e brincadeiras, as crianças iniciam a etapa do Ensino Fundamental, a qual introduz uma nova estrutura em sua vida escolar baseada em disciplinas. Constituída de nove anos, esta etapa é dividida em dois períodos: anos iniciais (1º Ano ao 5º Ano) e anos finais (6º Ano ao 9º Ano). No Estado do Paraná, a oferta desta etapa de escolarização, nas redes públicas, acontece em colaboração entre Estado e municípios, em que os Anos Iniciais (em sua maioria) estão sob a responsabilidade dos municípios e, os anos finais, do Estado. Em seu texto original, a LDB nº 9394/1996 apontou o Ensino Fundamental como etapa obrigatória e gratuita, com a duração mínima de oito anos. Com a discussão acerca de sua ampliação, em 2005, foi alterado o artigo 6º da LDB pela lei nº 11.114/05, a qual torna obrigatória a matrícula das crianças a partir dos seis anos de idade e, em seguida, com a lei 11.274/2006, em que a duração do Ensino Fundamental foi ampliada para nove anos. Para que estas novas mudanças introduzidas no Ensino Fundamental possibilitem a melhoria na escolarização dos estudantes, se faz necessário um olhar atento ao desenvolvimento infantil para que a aprendizagem aconteça observando as peculiaridades da idade e os Direitos das Crianças que são assegurados pela Constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Tal legislação busca garantir a oferta de escolarização básica pública, gratuita e de qualidade para todos os brasileiros. A partir a Emenda Constitucional nº 59/2009, cabe à Federação a responsabilidade de ofertar escolarização aos estudantes entre quatro a dezessete anos de idade, garantindo inclusive o acesso para aqueles que não cursaram a Educação Básica na idade indicada. Neste sentido, o Ensino Fundamental se insere na Educação Básica não como a etapa terminal obrigatória, mas como uma grande etapa intermediária em que se trabalha com um público amplo, trazendo consigo características únicas desses estudantes, as quais perpassam da infância à adolescência. 231

O Ensino Fundamental Anos Iniciais é organizado em cinco anos de escolarização e busca valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, vivenciadas na etapa anterior. Além da ludicidade, situações concretas são estratégias norteadoras para o processo de aprendizagem. Em observância à Resolução do CNE/CP n.º 2, de 22 de dezembro de 2017, o período de alfabetização deve acontecer nos dois primeiros anos desta etapa, o que pressupõe um trabalho organizado e sistematizado para esse fim. No que tange aos anos finais do Ensino Fundamental, o mesmo se organiza em continuidade aos anos iniciais. Nesta fase de escolarização, os estudantes se deparam com desafios de maior complexidade, os quais envolvem conhecimentos sistematizados, próprios de cada componente curricular. Nos anos finais se faz necessário o fortalecimento da autonomia dos estudantes por meio do acesso e interação crítica com os diferentes conhecimentos e informações. No Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais, conforme a LDB n.º 9.394/96, os estudantes deverão desenvolver a capacidade de aprender por meio do pleno domínio da leitura, da escrita, do cálculo, da compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias, das artes, dos valores em que se fundamenta a sociedade e resolver problemas, tornando-se, assim, autônomos e protagonistas de sua aprendizagem. Entre os aspectos marcantes que necessitam de especial atenção na etapa do Ensino Fundamental é a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental e dos anos iniciais para os anos finais. O processo de transição pauta-se em um acolhimento afetivo que garanta segurança e pertencimento a nova organização escolar (diversidade de horários e tempo escolar, encaminhamentos metodológicos, número de professores, entre outras), tarefa a ser desenvolvida por toda a equipe, tanto da instituição de origem como da instituição de destino, promovendo assim, um diálogo entre diferentes mantenedoras (municipal, estadual ou privada). Outro aspecto importante a ser observado na transição é a continuidade do trabalho pedagógico, pois a criança e/ou adolescente precisa compreender que os conhecimentos adquiridos em etapas anteriores são a base para os novos conhecimentos. Esse processo de continuidade promove o interesse do estudante e sinaliza um ponto de partida para o trabalho do professor. Considerando tais aspectos do processo de ensinoaprendizagem no Ensino Fundamental, a BNCC, apresenta os direitos de aprendizagem comuns a todos os estudantes, 232

como forma de buscar garantir a equidade no processo de escolarização e permitindo melhores condições para o desenvolvimento de capacidades estéticas, sensíveis, criativas, artísticas, culturais e outras, para o ser humano compreender e agir no mundo. Nessa perspectiva, a BNCC apresenta as Competências Gerais, entendidas, conforme Parecer nº15/2017 da CP/CNE, como Direitos de Aprendizagem, no documento Referencial Curricular do Paraná: princípios, direitos e orientações: 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe 233

possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Diante do exposto, o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens normatizados pela BNCC e os definidos neste Referencial Curricular do Paraná, procura ir além da transmissão de conhecimentos. Propõe que a questão fundamental seja a relação dos conhecimentos escolares com a prática social dos sujeitos. Neste sentido, em cada componente curricular, este documento traz uma parte introdutória em que se apresentam os aspectos que norteiam cada um em sua constituição como conhecimento científico organizado didaticamente. Os direitos, os princípios e as orientações afirmadas na introdução geral do Referencial Curricular do Paraná, perpassam todas as produções, ora preliminares. Dessa forma, apresenta-se a organização progressiva dos conhecimentos dos componentes curriculares e os objetivos 234

de aprendizagem por ano do Ensino Fundamental a fim de auxiliar os professores e equipes pedagógicas em suas práticas educativas. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp- %20content/uploads/2018/04/BNCC_19mar2018_versaofinal.p df>. Acesso em: 15 abr. 2018. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP nº: 15/2017, de 15 de dezembro de 2017, da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, p. 146, 21 de dezembro, 2017. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro- 2017-pdf/78631-pcp015-17-pdf/file>. Acesso em: 15 abr. 2018. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n.º 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Brasília, Diário oficial da União, 22/ dez.2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/201 8/04/RESOLUCAOCNE_CP222DEDEZEMBRODE2017.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2018. (1988). Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.h tm>. Acesso em: 11 mai. 2018. BRASIL, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 05 jun. 2018. BRASIL. Lei nº 11114/05, de 16 de maio de 2005. Altera os arts. 6 o, 30, 32 e 87 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de idade. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11114.htm>. Acesso em 18 jun. 2018. BRASIL. Lei 11274/06, de 06 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11274.htm>. Acesso em 18 jun. 2018. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 235