Ficha para identificação da Produção Didático- Pedagógica Professor PDE/2012

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Transcrição:

Ficha para identificação da Produção Didático- Pedagógica Professor PDE/2012 Título: Autor: Disciplina/ Área: Leitura de imagem: intersecções entre arte e propaganda na contemporaneidade. Luciana Bagatim Grandi Arte Escola de Implementação do Projeto: Colégio Estadual Miguel Dias. EFM Município da escola: Núcleo Regional de Educação: Professor Orientador: Instituição de Ensino Superior: Formato do Material Didático: Joaquim Távora Jacarezinho Elke Pereira Coelho Santana UEL Unidade Didática Relação Interdisciplinar Público Alvo Localização Resumo: Palavras-chave (3 a 5 palavras) Alunos do 9º ano do Colégio Estadual Miguel Dias EFM Colégio Estadual Miguel Dias, EFM. Rua Dr. Lincoln Graça, 746 Esta Unidade Didática se propõe a trabalhar com a leitura e análise crítica das imagens publicitárias veiculadas pelos meios de comunicação de massa buscando proporcionar ao aluno uma alfabetização visual, visto que, atualmente, eles estão cercados por essas imagens que transmitem todo tipo de informação. Cabe ao professor, principalmente o professor de Arte, mediar estas informações, já que os jovens, na maioria das vezes, não leem nem tão pouco analisam as imagens que veem cotidianamente tão acostumados que estão com elas. Analisaremos também imagens de obras da Pop Art, estudando o seu contexto e os artistas que mais se destacaram dentro dessa proposta da arte que se relaciona de maneira direta com imagens midiáticas, comunicação de massa e sociedade de consumo. Arte, Propaganda, Leitura de Imagem, Contemporaneidade.

UNIDADE DIDÁTICA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professor PDE: LUCIANA BAGATIM GRANDI Área PDE: AS MÍDIAS E AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA ARTE NRE: JACAREZINHO Professora Orientadora IES: ELKE PEREIRA COELHO SANTANA IES vinculada: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Escola de Implementação: COLÉGIO ESTADUAL MIGUEL DIAS. E.F.M. Público objeto da intervenção: ALUNOS DAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (9º ano)

LEITURA DE IMAGEM: INTERSECÇÕES ENTRE ARTE E PROPAGANDA NA CONTEMPORÂNEIDADE INTRODUÇÃO Essa proposta didática foi elaborada para auxiliar o professor em novas estratégias que instiguem os alunos no ensino de arte. Sua construção visa à leitura de imagens que permeiam o cotidiano, principalmente aquelas veiculadas pela mídia - como a publicidade e a propaganda, criando formas dinâmicas e críticas de pensar e ler o mundo. O tema deste trabalho nasceu da observação atenta sobre o cotidiano dos adolescentes, dentro e fora da escola, chegando à constatação que eles vivem em um mundo recriado pelos signos, imersos numa avalanche de imagens, não se dando conta dos efeitos destas sobre os próprios pensamentos. É preciso aprender a ler e interpretar essas imagens, decodificando seus significados, para que possam compreender e dar sentido ao contexto social em que estão inseridos. Atualmente a imagem é o recurso mais explorado pela publicidade, que está presente em quase tudo e das mais variadas formas. Arraigadas ao cotidiano do aluno e transformando tendências em moda, ela amplia a escala de alcance da informação e, consequentemente, de um sem número de valores. Nesta instância, torna-se necessária a decodificação desses signos, para que os alunos tenham a habilidade de discernir se estas imagens representam ou não a realidade. O movimento artístico que estabeleceu estreita relação entre o universo da arte e a comunicação de massa (sociedade de consumo) foi a Pop Art. Essa proposta de trabalho toma essa vertente como veículo de acesso às intersecções contemporâneas entre imagens artísticas, da propaganda e do cotidiano, para serem estudadas, analisadas e contextualizadas pelos alunos, visando à produção de trabalhos artísticos que culmine no desenvolvimento de diferentes maneiras de aprender, ensinar e produzir conhecimento.

PERCURSO DE TRABALHO desenho e pintura artes visuais e áudio visuais multimídia, apropriação da imagem, fotografia multiplicidade de leituras, provocar o espectador, experiência estética, compor a visualidade composição, proporção, harmonia elementos da visualidade cor, espaço, linha, forma, planos, superfície Relação entre os elementos da visualidade Transformação da imagem, ruptura do suporte bidimensional, colagem, pintura, desenho arte, ciências humanas e história sociedade de consumo análise formal e crítica da imagem manipulação da imagem recursos tecnológicos arte, linguagem e tecnologia imagens técnicas, internet, aparelhos fotográficos Pop Art, elementos da visualidade através dos tempos. Código de signos do cotidiano de cada época e cultura Estética do cotidiano pluralidade cultural ação criadora diálogo com a matéria Potências criadoras percepção, observação sensível, pensamento visual, atitude crítica, pesquisa histórica, leitura de mundo

1 - A IMAGEM NO COTIDIANO Atualmente, quando andamos pela cidade, nos deparamos com um grande número de imagens: letreiros nas fachadas comerciais, banners, cartazes publicitários, vitrines, carros passando, pessoas que vão e vem num ritmo frenético; sendo que essa poluição visual é maior nos grandes centros urbanos. Na maioria das vezes, essas imagens passam despercebidas aos nossos olhos, mas são imagens carregadas de informação sobre o mundo em que vivemos, sobre a nossa cultura. Espectadores frequentemente passivos, temos por hábito consumir toda e qualquer produção imagética, sem tempo para deter sobre ela um olhar mais reflexivo, o qual a inclua e considere como texto visual visível e, portanto, como linguagem significante. Somos submetidos às imagens, possuídos por elas, e sequer contamos com elementos para questionar seu intrincado processo de enredamento e submissão (BUORO, 2002, p. 34). É preciso despertar o olhar do aluno para as imagens que os cercam, levando-os a conhecer um pouco mais sobre a sociedade; ampliando seu conhecimento sobre outras culturas, sobre a arte e sobre eles mesmos. Tornando-se leitores, interpretes críticos das imagens presentes no cotidiano. Segundo Buoro (1996), para realizar a leitura de uma imagem, o aluno deve seguir um critério próprio e individual, destacando e reorganizando os elementos que constituem a imagem analisada, partindo de um processo de dissociação e associação. Partindo desse pressuposto, as propostas de trabalho foram elaboradas com o intuito de integrar o olhar do aluno com as imagens da Arte e do seu cotidiano. AGUÇANDO O OLHAR Comece o assunto apresentando aos alunos imagens comum do cotidiano, como fotos de família, propagandas, festas, grafites em muros etc. Após a apresentação, inicie um diálogo fazendo as seguintes perguntas: Existem diferenças nessas imagens? Quais?

O que elas lhes sugerem? Todas foram realizadas seguindo o mesmo processo? Há algo em comum entre elas? DICA: Faça fotos dos alunos, sem que eles percebam, em situações corriqueiras: durante o lanche, na sala de aula, conversando no corredor etc. Posteriormente, insira-as entre as imagens apresentadas. Signo É uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto. Ele não é o objeto, apenas está no lugar dele. A palavra, a pintura, o desenho, a fotografia, um filme; são todos signos de um determinado objeto, não o próprio objeto. eles as seguintes questões: A seguir, analise com eles as imagens separadamente, fazendo relações entre como percebemos e interpretamos cada uma delas, quais signos estão presentes e o que eles nos dizem sobre a imagem. O que contém este ambiente? Para a próxima aula, os alunos - divididos em grupos - escolherão um cômodo da casa de um deles, de preferência o próprio quarto, para fotografar. Trazer as imagens para serem analisadas. Diante das imagens, uma por vez, levante com Quais são os signos desta imagem e o que eles nos dizem? O que a imagem nos diz sobre as pessoas que habitam esse local? O que mudariam neste ambiente? Após analisar as imagens, cada grupo construirá o ambiente que fotografou sendo o mais fiel possível, prestando muita atenção aos detalhes. O recurso a ser utilizado para essa atividade, como maquete ou desenho, por exemplo, fica a critério do grupo ou pode ser estipulado pelo professor. Terminados os trabalhos, eles serão apresentados a todos junto com a foto que o gerou.

AVALIAÇÃO: Será avaliado o processo e a atenção aos detalhes na produção do trabalho final. SENSIBILISANDO O OLHAR Divididos previamente em grupos, propor aos alunos um passeio pela cidade (com a máquina fotográfica digital em punho, já pedida na aula anterior). Orientá-los para que fotografem, de forma discreta, situações cotidianas, corriqueiras: pessoas andando nas ruas, sentadas em um bar, fazendo compras, conversando, etc. Posteriormente, trazer essas imagens para a sala de aula. Cada grupo selecionará uma imagem para expor aos colegas, usando os recursos tecnológicos disponíveis na escola: TV Pen-drive ou Projetor Multimídia. Questões para refletir: Onde se passa essa imagem? O que essas pessoas estão fazendo? Qual a situação que elas estão vivenciando no momento fotografado? Pela expressão das pessoas, o que vocês acham que elas podem estar pensando ou sentindo? Pela atitude e/ou postura dessas pessoas, o que pode estar acontecendo? Cada grupo vai anotar as observações, percepções e sensações da turma em relação à imagem que apresentaram. Baseando-se nessas anotações, criar uma composição artística unindo desenho, pintura, colagem ou outra técnica que o professor juntamente com os alunos - considerar adequada para abordar a situação percebida e analisada na imagem. AVALIAÇÃO: Será avaliado o processo de trabalho e a relação entre a análise verbal da imagem e a criação artística desenvolvida a partir dessas instâncias.

2 - A IMAGEM E A PROPAGANDA Muitas propagandas são constituídas apenas pela imagem, assinatura do produto e uma pequena frase; não esquecendo que a imagem também constitui um texto, uma narrativa, e é ela que conquista o espectador para que leia a mensagem. A imagem é elemento estruturante das mensagens publicitárias, a lógica prevalecente é a da síntese de contenção e resumo verbal, em função de uma importância do visual, do estético. Neste ponto de vista a publicidade se aproxima cada vez mais da arte, é um produto estético (SOUZA, 1997, p.4). Segundo Souza (1997), o objetivo de uma imagem publicitária não é somente vender um produto. Os enunciados publicitários ilustram algo mais, mostram consensos (ou quebra destes) simbólicos de uma sociedade. A publicidade vende o produto e o modo de vida que o sustenta. Não é possível apreender plenamente as conotações de determinada imagem, pois as conotações que um signo evoca em certo indivíduo dependem de toda a sua vivência anterior e, consequentemente, as conotações de um determinado signo variam de uma pessoa para outra. Por outro lado, na medida em que os membros de uma cultura compartilham efetivamente de vivências e expectativas, as conotações dos signos podem ser consideradas, em grande parte, comuns a todos. (VESTERGAARD/ SCHRODER, 1988, p. 40) Para compreender uma propaganda, algumas vezes, se faz necessário conhecer em que contexto histórico elas foram produzidas, relacioná-las com questões sociais interpretando todos os dados dela: as imagens, as cores, as frases e os símbolos. É necessário ler nas entrelinhas. Sendo assim, conclui-se que a publicidade, por ser abrangente e acessível a todos, fornece um vasto material para ser usado em sala de aula. Compreender as imagens publicitárias auxilia no desenvolvimento de um olhar crítico, possibilitando ao educando a realização de múltiplas interpretações. ANALIZANDO PROPAGANDAS Selecione propagandas televisivas que usam de artifícios variados para destacar as características de um determinado produto (ressaltando as vantagens

de obtê-lo) como, por exemplo, comerciais de shampoo em que aparecem moças com lindos cabelos, sedosos e brilhantes, resultado do uso contínuo do produto anunciado; ou propaganda de carro, quem o dirige é sempre invejado ou causa imensa admiração. Antes de apresentar as propagandas aos alunos, iniciar um diálogo sobre as campanhas publicitárias presentes na mídia e como elas manipulam nosso inconsciente vendendo, não um produto, mas um estilo de vida, interferindo no cotidiano de muitas pessoas que não conseguem resistir a seus apelos. As propagandas são elaboradas para que tenhamos a ilusão de que ao consumir o produto anunciado teremos uma situação parecida com a que foi apresentada, como a beleza, o poder de consumo, a masculinidade, a conquista etc. As mercadorias não são compradas somente pelas suas qualidades ou funcionalidade, mas pelo que a imagem (status) dele representa na vida do consumidor. Sugestões: http://www.youtube.com/watch?v=i7i2omhd898&feature=endscreen _ Novo Peujeot http://www.youtube.com/watch?v=ifgdmvsxaxe&feature=related _ Ford Fiesta 1999 http://www.youtube.com/watch?v=_qq_aboxpik _ Fiat Stilo 2003 http://www.youtube.com/watch?v=8yakhj2ssj8&feature=related _ Fiat Brava http://www.youtube.com/watch?v=9jm_oqh6q6g _ Novo Fiat Uno http://www.youtube.com/watch?v=qkqkwa3p3wu&feature=endscreen _Criatividade Renault http://www.youtube.com/watch?v=96l5ony3tdo&feature=related _ Bem bolada da KIA http://www.youtube.com/watch?v=wzljuy9_bfw _ New Fiesta 2012 http://www.youtube.com/watch?gl=br&hl=pt&v=h8smx6xszji _ Renault Clio http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&nr=1&v=_cx3xswko2k _ Seda caracóis http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&nr=1&v=3qfxv4vfksq _Seda crescimento http://www.youtube.com/watch?v=f7_befc4kzu&feature=endscree _ Dove ampolas http://www.youtube.com/watch?v=nysm2wseq4u&feature=related _ Cartão VISA http://www.youtube.com/watch?v=vdkrbrol8b0 _ MASTER CARD http://www.youtube.com/watch?gl=br&hl=pt&v=8ceuoc886lo _ O Boticário Depois de assisti-las, iniciar um debate com seus alunos fazendo as seguintes perguntas: Qual propaganda vocês acham mais interessante ou criativa? O que é criatividade na propaganda? A criatividade torna o produto mais interessante? Por quê? O que interessou mais, o produto ou a criatividade na propaganda?

Qual vantagem é mostrada na propaganda que faz com que as pessoas desejem o produto? As imagens em cada propaganda dizem mais ou menos que as falas? Em algumas propagandas, as imagens são intensificadas pela música? As imagens se relacionam com o texto? Seria possível compreender a mensagem vendo apenas as imagens sem ouvir o texto, ou a música? Depois do debate os grupos pesquisarão imagens publicitárias (televisiva ou impressa) que contenham as mesmas características que foram apresentadas e debatidas. Em um segundo momento, apresentarão para a turma, expondo suas análises e compartilhando opiniões. VOLTANDO NO TEMPO Como vimos anteriormente, a publicidade atual apresenta padrões físicos, estéticos e de comportamento; determinando quais modelos devem ser seguidos. Mas nem sempre foi assim, no passado sua função era apenas a de vender o produto. Para analisar as diferenças que existem entre as propagandas do passado e a contemporânea, apresente imagens de comerciais antigos, (televisivo e impresso) e comente sobre eles. Escolher duas imagens impressas para uma leitura mais aprofundada, sendo uma correspondente a atualidade e outra bem antiga - preferencialmente que se refiram ao mesmo produto. DICA: A primeira imagem analisada deverá ser a antiga. Seja criterioso na escolha das imagens, analise-as anteriormente verificando se elas contêm, de maneira enfática, os aspectos que quer debater com os alunos. Questões para refletir: Quais os elementos que aparecem na primeira imagem? Descreva-os. Qual a ideia que essa imagem passa? Em relação à imagem, a que a propaganda dá mais destaque, ao produto ou a uma ideia? Comente.

Existe um slogan? Qual? Qual a estratégia utilizada para convencer o consumidor? Contextualize a imagem publicitária no que diz respeito à época em que ela foi criada: como as pessoas viviam e o que faziam nos momentos de lazer, quais valores predominavam na sociedade a que pertenciam e o que acontecia no mundo naquele momento, qual era a estética da época. Oriente os alunos na associação dos aspectos da imagem com a contextualização. Repetir essas questões com a segunda imagem podendo realizar outras que considerar pertinente. Mantendo os mesmos grupos que anteriormente, os alunos escolherão um produto comum (encontrado em qualquer supermercado), trarão para a sala de aula e farão uma ficha com as suas características: o que é e para que serve; como é chamado e qual é o fabricante; como é sua logomarca; como é sua embalagem, cor, rótulo; qual a cor, o cheiro, o sabor; quem são os consumidores desse produto. Feita a análise do produto, é hora de pesquisar sobre ele. Como esse produto é anunciado? Qual a mídia: rádio, televisão, revista? Como ele era anunciado há alguns anos atrás? Houve mudanças na forma como ele era apresentado, no slogan, na composição das imagens? Existem variações desse produto feitas pela mesma empresa? Quais são os produtos concorrentes?

Faça uma enquete e anote os resultados: perguntem a dez pessoas em qual cor elas pensam quando falamos do produto? Qual característica elas valorizam na hora da compra? Depois de tudo anotado, pensar se modificariam alguma coisa no produto, na embalagem, no logotipo, nas chamadas ou no anúncio. Agora, pesquisar na internet, ou em revistas antigas, um produto que já não se vê no mercado ou em propagandas veiculadas pela mídia. Analise suas características da mesma forma que fez com o primeiro produto. Atualize sua imagem: a embalagem, o rótulo, as cores, as letras e o logotipo. Renovada a imagem do produto, crie uma propaganda impressa para ele levando em conta os aspectos que já foram abordados nas análises e nos debates. AVALIAÇÃO: Será avaliado todo processo de trabalho, os aspectos que envolvem a composição na atualização visual do produto e na campanha publicitária elaborada para o mesmo. Os alunos podem usar imagens de revista usando recorte e colagem para montar a propaganda. Outra opção é usar os recursos de manipulação de imagens do computador como o Gimp e o Paint.

3 - APRORIAÇÃO DA IMAGEM A grandeza de uma obra de arte está fundamentalmente no seu caráter ambíguo, que deixa o espectador decidir sobre o seu significado Theodor Adorno Na publicidade e na propaganda é muito comum a utilização e descaracterização de obras de arte na tentativa de embutir autoridade às mensagens publicitárias. A indústria cultural manipula a obra de arte valorizando a publicidade em detrimento do caráter cultural. Segundo Walter Benjamin (1985), a obra de arte perde sua autenticidade, os meios de reprodução (áudio e visuais) contemporâneos, responsáveis pela reprodutividade técnica, acabam por matar a ausência de contexto, reduzindo a significação social da obra de arte, que se barateia como numa liquidação. Essa apropriação e manipulação de obras de arte para fins publicitários é bastante comum. A mídia explora imagens de pinturas, fotografias, esculturas e outras tantas linguagens artísticas, fundindo-as com anúncios publicitários e direcionando-as para produção em série através de avançados recursos tecnológicos. Mas essa apropriação nem sempre leva em conta a significação da obra, criando um repertório distorcido a respeito de suas referências histórica, artística e simbólica. SE APROPRIANDO DE OBRAS DE ARTE Inicie a aula falando aos seus alunos sobre a apropriação de imagens de obras de arte pela publicidade. Em seguida, apresente-lhes algumas dessas propagandas e também a imagem da obra de arte original.

Sugestão de imagens: Manto Vermelho - Tarsila do Amaral O quarto em Arles - Van Gogh Tarsila era uma mulher à frente da sua época, o publicitário utilizou a imagem da própria artista para relacionar o produto com elegância, ousadia e modernidade, assim como estilo de vida da mulher que usa O Boticário. A cadeira foi espelhada de frente para a mesa, iluminando o produto, para mostrar ao futuro comprador que com o Notebook ele acessará o mundo e deixará de ser só.

perguntas: Realize a leitura descritiva da obra de arte escolhida fazendo as seguintes Qual o tema da pintura? Que impressões essa obra lhe transmite? Que imagens você associaria a obra? Esta obra é realista ou representa a imaginação do artista? Você identifica algum objeto? Quais? Algum objeto está em destaque? O ambiente da obra é interno ou externo? O professor debaterá essas questões com os alunos apontando os aspectos principais e contextualizando o período em que ela foi realizada. É importante que fique bem claro para o aluno as significações do tema da obra e o seu contexto de produção. Em seguida o aluno fará a associação da obra de arte com a propaganda em que ela está inserida, verificando se há relação do tema e contexto da obra com o produto divulgado ou se ela foi utilizada de maneira inapropriada, desvinculada de qualquer contexto plausível. Mantendo os grupos estabelecidos anteriormente, propor aos alunos um trabalho de pesquisa sobre imagens de obras de arte para ser utilizada numa campanha publicitária. Eles devem associar a imagem da obra com algum produto ou empresa. Para isso é primordial a contextualização da imagem da obra escolhida para que a campanha tenha coerência com essa imagem, não se desvinculando do seu significado histórico. Para a transformação das reproduções das obras de arte em imagens publicitárias, será utilizado, com o auxilio do professor, o programa de manipulação de imagens Gimp, disponível nas escolas da Rede Estadual de Ensino.

DICA: Se não tiver acesso ao Gimp, o Paint também poderá ser utilizado. Sugestão: apresente aos alunos exemplos de propagandas em que o conteúdo dela não corresponda ao significado histórico da obra de arte para que eles compreendam o que não deve ser feito. Cada grupo apresentará para a turma a propaganda desenvolvida, contextualizando a obra de arte escolhida por eles e relacionando a ideia do produto com a mesma. AVALIAÇÃO: Avaliar se os alunos conseguiram, com criatividade, relacionar o produto divulgado por eles com o significado histórico da obra. 4 A POP ART Foi nas cidades de Londres, e posteriormente em Nova Yorque, que nasceu a Arte Pop. Segundo Stangos (1993, p.160) o termo foi usado pela primeira vez pelo crítico britânico Lawrence Alloway, em 1954, rotulando a arte popular que estava sendo criada pela cultura de massa; e ampliado por ele, em 1962, para incluir a atividade de artistas que estavam procurando usar imagens populares em um contexto de Belas Artes. Para tanto, passaram a utilizar signos estéticos massificados da publicidade e dos demais meios de comunicação como forma de arte. Utilizavam comerciais de TV, campanhas publicitárias, astros do cinema americano, histórias em quadrinhos e elementos do consumo diário, que eram as principais satisfações visuais das pessoas, numa tentativa de aproximar a arte e a vida comum. A colagem de Richard Hamilton O que Exatamente Torna os Lares de Hoje tão Diferentes, tão Atraentes? é considerada como a primeira obra da Pop Art, realizada na Grã-Bretanha. Foi concebida inicialmente como um pôster e uma ilustração do catálogo para a exposição This is Tomorrow [Este é o amanhã], do Independent Group, montada em 1956, na Whitechapel Art Gallery, em Londres. É inteiramente apropriado que o movimento de arte do pós-guerra mais identificado

com signos, consumismo e comunicação de massa tenha encontrado uma de suas primeiras talvez mais famosas imagens na forma de um anúncio. (MACCARTHY, 2002, p.6) Richard Hamilton compôs esta colagem com anúncios recortados de revistas populares, comunicando sua mensagem na linguagem quase transparente da propaganda. Tirando as imagens de seus contextos originais e transpondo-as, sem mudá-las, para uma composição nova, chamava a atenção para o público que tinha acesso imediato à cultura visual através dessas revistas e não em museus e galerias. Nos Estados Unidos os artistas Pop tiveram como referência, desde 1950, os happenings e environments, espécie de instalação em que se fazia uso de todas as disciplinas artísticas para criar espaços lúdicos e passageiros. A arte pop americana manifestou-se como uma estética renovadamente figurativa, e suas obras, ao contrário das instalações, tiveram um caráter duradouro. A Pop Art não critica a sociedade de consumo nem o capitalismo, também não os glorifica. O artista pop não projeta sua visão de mundo em seus trabalhos, é neutro, objetivo e impessoal. São identificados como os principais artistas da Pop Art: Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselmann, Claes Oldenburg e James Rosenquist. Cada um deles difere de maneira considerável de todos os outros, mas compartilhavam um estilo de cores brilhantes e desenho simplificado, assim como, às vezes, por um tema comum: o cotidiano. CONHECENDO A POP ART Distribua revistas e peça que os alunos escolham e recortem imagens que correspondam à pergunta: O que torna os lares de hoje tão atraentes? Selecionadas as imagens, fale sobre elas e os orientem a criar, individualmente, uma colagem para representar os lares de hoje. Terminadas as colagens, mostre a obra de Richard Hamilton O Que Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes? http://blogdocaia.files.wordpress.com/2011/09/richard-hamilton7.jpg

Proponha que, em grupos, apreciem as próprias produções e a do artista. Pergunte aos alunos sobre o que estão vendo: Reconhecem as imagens utilizadas pelo artista? Qual a relação da obra com cenas do cotidiano? Há alguma semelhança com os lares de hoje? O que mudou? Quais os símbolos de consumo da sociedade atual? Depois de ouvir os alunos, contextualizar o movimento da Pop Art destacando questões como: Utilizavam como fonte de inspiração os símbolos da cultura de massa: efêmera, descartável, barata, espirituosa, instigante e inovadora; Quem são seus principais artistas; O nome Pop Art é relacionado, por muitos críticos, à colagem de Richard Hamilton de 1956: "O que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?"; Apresente a eles algumas obras significativas da Pop Art, contextualizando-as: http://fotografeumaideia.com.br/site/images/stories/autores/0_artigos_2012/andy_warhol/a ndy_warhol_2.jpg Andy Warhol, Marilyn Moroe (1962) http://identidadesolida.files.wordpress.com/2010/05/campbells_soup_cans_moma-1964.jpg - Andy Warhol, 32 Campbell s Soup Cans http://www.artexpertswebsite.com/pages/artists/warhol/dollarsign.jpg $9 - Destacar a questão da reprodutibilidade das imagens nessas obras, que repetem várias vezes a mesma imagem com algumas alterações. http://designrn.files.wordpress.com/2009/03/2.jpg Roy Lichtenstein - Crying Girl http://www.thecityreview.com/f06cco1p.jpg Roy Lichtenstein - A ironia do artista em representar uma pincelada expressionista por meio da linguagem de impressão industrial, mas usando a técnica de óleo sobre tela. http://24.media.tumblr.com/tumblr_m61vyng6sf1r8qzhwo1_500.jpg - Tom Wesselman- 'Still Life http://weblogs.clarin.com/data/revistaenie-testigoocular/archives/wes%2048,.jpg-grande nu americano Nº 48. 1963. Tom Welssemann - Seus nus femininos estão em situações tão corriqueiras que se pode dizer que eles representam um erotismo banalizado. http://2.bp.blogspot.com/_thghll9ia5o/s8zeblafbli/aaaaaaaaceg/m835lkozlyy/s1600/cla es+oldenburg5.jpg O hambúrguer gigante e mole... Claes Oldenburg http://4.bp.blogspot.com/- MTEu60w3ysk/TbBX0XN0NfI/AAAAAAAABpQ/7r4UwLbxV8U/s1600/Claes%2BOldenburg%2BS

oft%2btoilet%2b1966.jpg- Soft Toilet, Claes Oldenburg (1966)- seus objetos sempre possuem algo de surpreendente, seja em seu tamanho, em seu material ou em sua textura. http://www.cursodehistoriadaarte.com.br/wp-content/uploads/james-rosenquist-president- Elect-1960-61.jpg President Elect, 1960 61 James Rosenquist http://www.cursodehistoriadaarte.com.br/wp-content/uploads/james-rosenquist-i-love-youwith-my-ford-1961.jpg - Love You with My Ford, James Rosenquist (1961) - emprega imagens enormes, mas em fragmentos. Andy Warhol: Gostaria de eliminar totalmente a ideia de arte manual. Seus quadros de personagens famosos, deformados pelo acréscimo de suas próprias variações cromáticas, são a reinterpretação da nova iconografia social representada por estrelas do cinema e astros do rock. A operação de Lichtenstein é exata como uma análise de laboratório. O objeto da análise é a estrutura da história em quadrinhos. Lichtenstein isola uma dessas imagens e a reproduz à mão, ampliada. Retira-a assim do consumo normal, olha-a pelo microscópio, reconstrói seu tecido (na prática, o retículo tipográfico), utilizando uma técnica gráfica e pictórica. (ARGAN, 1992, p.646) Oldenburg é mais um criador de objetos do que um pintor, e esses objetos sempre possuem algo de surpreendente, seja em seu tamanho, em seu material ou em sua textura. Cria hambúrgueres gigantes em pano e gesso, e equipamentos de banheiro em plástico recheado de estopa. [...] Rosenquist emprega imagens enormes, mas em fragmentos. As várias partes são reunidas de modo a formar um padrão quase abstrato. (STANGOS, 1993, p.163) Wesselman foi o responsável pela recuperação do nu figurativo na arte pop, mas sem perder a essência desta corrente, ou seja, num contexto de cotidiano e quase completamente despojado de seu erotismo. Seus nus femininos estão em situações tão corriqueiras que se pode dizer que eles representam um erotismo banalizado.

1ª ATIVIDADE Peça ao grupo que realize uma colagem inspirada em Richard Hamilton, porém utilizando elementos que cada um julgue indispensável à vida humana. Cada grupo apresentará sua colagem para os colegas de sala expondo suas ideias. 2ª ATIVIDADE A Pop Art trabalha com estereótipos, com símbolos que já foram assimilados pelo público reproduzindo esses símbolos, tirando-os de seus contextos. O objeto perde sua identidade e se transforma em objeto de arte. Exercitando esse conceito, forme duplas e distribua folhas inteiras de jornal. Solicite aos alunos que selecionem uma imagem contornando-a com uma cor de tinta, em seguida, farão uma leitura do jornal e discutirão a relação da imagem com os textos. Pergunte se aquela imagem é uma fotografia, se acompanha uma reportagem ou se ilustra uma propaganda. Pergunte sobre os motivos que os levaram a escolher a imagem. Oriente a turma a pintar toda a folha com a cor do contorno, deixando apenas a figura em destaque. Coloque todas as folhas no chão e observe o significado de cada imagem. Ela se transforma ao ser retirada de seu contexto original? Debata com os alunos. 3ª ATIVIDADE: Convide os alunos a ir além da realização das colagens criando assemblages (http://vitorraposooficinadeartes.blogspot.com.br/2011/11/assemblage.html), um tipo de colagem tridimensional. Aproveite para introduzir a ideia de criação de uma obra a partir da apropriação e da reunião de diversos tipos de objetos - ou fragmentos de objetos - e materiais de diferentes naturezas, neste caso específico, rótulos, panfletos, tampinhas, dinheiro, moedas, embalagens de produtos, CD, imagens de artistas, de bandas de música entre outros. As colagens podem ser realizadas utilizando meios físicos ou digitais. Os alunos podem criar vídeos ou apresentações em computador tratando da temática sugerida. Após a conclusão, as criações deverão ser apresentadas para a turma.

Fim dos trabalhos! É hora de criar um texto relacionando alguns dos conceitos analisados e trabalhados durante as aulas, argumentando sobre sua própria produção visual. O que mais o influenciou no momento de produzir? Os trabalhos realizados pelos alunos serão expostos para toda a escola. AVALIAÇÃO: Participação coletiva e individual; Resultado dos trabalhos no que diz respeito à criatividade e coerência com o tema proposto; Pertinência e coerência na produção textual, no tocante à contextualização e a análise das imagens do cotidiano.

REFERÊNCIAS ARGAN, Giulio Carlos. Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutividade. In Obras Escolhidas. São Paulo, Brasiliense, 1985. BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.. Olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. São Paulo: Cortez, 1996. CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins, 2005. ECO, Humberto. Leitura do texto literário. Lisboa: Presença, 1983. HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000. MACCARTHY, David. Arte Pop. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. MARCONDES, Pyr. Uma história da propaganda brasileira: as melhores campanhas, gênios da criação, personagens. São Paulo: Ediouro, 2001. OSTROWER, Fayga. Acasos e criação artística. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Campos, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte. Paraná, 2008. SANTAELLA, Lucia. O que é semiótica. 1ª. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.. Semiótica aplicada. São Paulo: Cengage Learning, 2010. SANTOS, Jair Ferreira. O que é Pós-Moderno? São Paulo: Brasiliense, 2000. SOUZA, João. A Imagem na Publicidade. Princípios para uma retórica. Lisboa: ISTC, 1997. STANGOS, Nikos. Conceitos da Arte Moderna. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. VESTERGAARD, Torben; SCHRODER, Kim. A linguagem da propaganda. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

SITES: www.artenaescola.org.br/index.php www.educacao.pr.gov.br www.google.com.br www.youtube.com