O DRAMA DA ECONOMIA PORTUGUESA: DEVER MUITO e CRESCER POUCO. Vítor Bento Abril 2010

Documentos relacionados
O DRAMA DA ECONOMIA PORTUGUESA: DEVER MUITO e CRESCER POUCO. Vítor Bento Abril 2010

ASSIM VAI O MUNDO ALGUMAS GRANDES TENDÊNCIAS MARCANTES. VÍTOR BENTO Outubro 2016

SEMINÁRIO A Gestão de Energia nas PMEs. Os novos desafios das PME. 14 Julho Museu do Oriente - Lisboa. Vítor Bento

Seminário sobre Financiamento

Portugal Exportador. aicep Portugal Global Marta Jorge 14 de novembro 2018

Crise na Área do Euro

Private Debt Dívida Privada. dossiers. Economic Outlook Conjuntura Económica. Conjuntura Económica. Banca e Seguros. Portugal Economy Probe (PE Probe)

Knowledge and Information Centre (KIC) Survey - DRAFT.xlsx 4/15/2013 1

SITUAÇÃO E PERSPETIVAS DA INDÚSTRIA PORTUGUESA

As Diretivas de 2014 e os Mercados Públicos Nacionais

Crescimento Económico: experiência recente e perspectivas

Ciência: O Desafio da Qualidade

IP/09/1064. Bruxelas, 1 de Julho de 2009

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

Perspetivas para a construção até 2014

OS DESAFIOS DO AJUSTAMENTO PORTUGUÊS. VÍTOR BENTO - Nov.2012

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

Benchmark individual e colectivo Resultados do 1º Inquérito as Empresas Jean Pol Piquard

E depois da troika? Viver com o memorando. Fernando Faria de Oliveira. Caixa Geral de Depósitos

Luis Magalhães Presidente da UMIC Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP

Crescimento e inclusão social no Brasil. (Avanços, Obstáculos e Propostas) INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS SÃO LEOPOLDO ABRIL DE 2018

QUEM PERDE E QUEM GANHA COM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA? UMA ANÁLISE PELA VARIAÇÃO DA RIQUEZA ATUARIAL DO CIDADÃO BRASILEIRO

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

Sessão 4 - Ciclos e crises financeiras. Neves (2016) Causas dos ciclos. A realidade económica é sempre muito instável:

FECUNDIDADE E MERCADO DE TRABALHO

As Diretivas e o Decreto-Lei 111-B/2017 : Como melhorar a contratação pública?

A Previdência Social ao redor do mundo

TRATADO INTERGOVERNAMENTAL

Emílio Rui Vilar Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa 7 de Maio 2013

Relatório Semanal sobre Combustíveis. 10 de abril de 2019

O QUE ESPERAR DO BRASIL PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS PETROLÍFERAS

IDEFE O Orçamento visto pelo IDEFF Uma primeira leitura do Orçamento de Orçamento de Estado de 2013 O Ensino Superior.

A FUNDAÇÃO PARA A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA (FCT)

EUROPA, EUROPA ORIENTAL, ISRAEL, TURQUIA, NORUEGA E REINO UNIDO VÁLIDO DESDE 1 DE SETEMBRO A 31 DE OUTUBRO 2016

Livro Verde sobre a eficiência energética

Luís Filipe Reis Fim de tarde na Ordem 22 Março Luís Filipe Reis. Fim de tarde na Ordem 22 Março 2017

A CRISE DO EURO E O FUTURO DA EUROPA

ETWINNING, ENSINAR E APRENDER EM COLABORAÇÃO

O Contributo do Ensino Superior

O Veículo Eléctrico na perspectiva da mobilidade

ESTUDO ECONÔMICO DA OCDE

O Estado e a competitividade da economia

A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM NÚMEROS

O Investimento em Protecção Social no Brasil: uma análise comparativa. Ronaldo Alves Nogueira

Caracterização competitiva da Fileira da Construção e Obras Públicas da Região Norte na UE27. Jean Pol Piquard

A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM NÚMEROS THE PHARMACEUTICAL INDUSTRY IN FIGURES

Regulamento dos Produtos de Construção - As novas exigências para a Marcação CE

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

Indicadores sobre o álcool em Portugal e no mundo

Condições de Estabilidade do Rácio da Dívida Pública

A sustentabilidade da dívida pública

RICARDO PAES DE BARROS

Curso de Formação em Planeamento da Ação Estratégica de Promoção da Qualidade das Aprendizagens

A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM NÚMEROS

A INTEGRAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO

A evolução dos impostos nos países da OCDE, no período de 1990 a 2003: Comparação com Portugal

Assessing PORTUGAL s Competitiveness The Global Competitiveness Index Report Lisboa,

Crescimento sustentado e desenvolvimento da economia portuguesa

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO

Proposta de Abordagem para Construção da Reforma Tributária

do Banco de Portugal na Assembleia da República

A ECONOMIA PORTUGUESA NO MUNDO

Assessing PORTUGAL s Competitiveness The Global Competitiveness Index Report Lisboa,

O ORÇAMENTO DE ESTADO EM ANÁLISE

PRESCRIÇÃO DE QUINOLONAS

Geografia Económica e Política Regional

Cooperação NATO-Industria: Novos Desafios e Oportunidades para Portugal

Seminário Qualidade do Ar Interior Porto, 4 de Junho de 2009

Eduardo Catroga Eduardo Catroga 1

EMF Cap 8 e 9 Oferta de Moeda e Política Monetária. Cap.8 e 9 MA 1. Enquadramento Institucional do Processo de Criação Monetaria na Zona Euro

A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM NÚMEROS THE PHARMACEUTICAL INDUSTRY IN FIGURES

O potencial analítico da balança de pagamentos para a compreensão da economia portuguesa

O Sector dos Edifícios de Serviços na União Europeia

CRISE E GOVERNAÇÃO ECONÓMICA V Eurobarómetro do Parlamento Europeu (EB77.2) Síntese

A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM NÚMEROS THE PHARMACEUTICAL INDUSTRY IN FIGURES

A economia portuguesa, por onde vai?

CARTA DO DIRETOR-EXECUTIVO

CARTA DO DIRETOR-EXECUTIVO

REFORMAS PARA UM PAÍS MAIS ENVELHECIDO, MAS MAIS PRÓSPERO. Álvaro Santos Pereira

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro

Previsão Salarial 2016 Korn Ferry Hay Group aponta que turbulência econômica afetará os salários no Brasil

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Vítor Gaspar

Oferta de Moeda e Política Monetária na área do euro. Margarida Abreu EMF - ISEG 1

CONFERÊNCIA: SIM OU NÃO AO TRATADO INTERGOVERNAMENTAL

Price The missing link

Agrocombustíveis, a política da UE e os projetos de MDL Nusa Urbancic

A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS E DO ESTADO DESAFIOS DA ECONOMIA PORTUGUESA

I Cenário Mundial. II Contexto Internacional e o Brasil. III Brasil: Situação Externa e Interna. Tendências. IV Paraná em Destaque V Brasil:

Projectos em desenvolvimento no IPQ enquanto Organismo Nacional de Normalização

Portugal 2011 Vir o Fundo ou ir ao fundo?

COST Action TD Innovación en la gestión inteligente de los edificios históricos (i2mhb)

CARTA DO DIRETOR-EXECUTIVO

CARTA DO DIRETOR-EXECUTIVO

3 A economia na sociedade actual

III Congresso Português de Demografia. Maria Filomena Mendes Isabel Tiago de Oliveira

Aula Teórica nº 1. Apresentação O que é a Macroeconomia?

Transcrição:

O DRAMA DA ECONOMIA PORTUGUESA: DEVER MUITO e CRESCER POUCO Vítor Bento Abril 2010

I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA DO ESTADO V O DESAFIO MACROECONÓMICO VI CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 2

EVOLUÇÃO DA DÍVIDA POR SECTORES (% PIB) - 10-20 - 30-40 - 50-60 - 70 2008 Var (2008-1999) FAMÍLIAS EMPRESAS ESTADO BANCOS (TOTAL S/ BANCOS) TOTAL GERAL 20.Abril.2010 Vítor Bento 3 Fonte: B. Portugal

DÍVIDA PÚBLICA NO CONTEXTO EURO 14 12 10 DIV/PIB (2009) 3 25% 2 15% DIV/PIB (Var2009-1999) 8 1 6 5% 4-5% 2-1 - 15% - 2 Italy Greece Belgium EURO 16 France PORTUGAL EU27 Germany Malta Austria Ireland Netherlands Cyprus Spain Finland Slovenia Slovakia Luxembourg PORTUGAL France Ireland Greece Germany Malta Slovenia EU27 Luxembourg EURO 16 Italy Netherlands Austria Finland Cyprus Spain Slovakia Belgium 20.Abril.2010 Vítor Bento 4

DÉFICE PÚBLICO NO CONTEXTO EURO 16% 14% DÉFICE/PIB (2009) 4% DIFERENÇA NOS REPORTES DO DÉFICE PÚBLICO (MAR10- SET09) 12% 3% 1 8% 6% 4% 2% 2% 1% - 1% - 2% Ireland Greece Spain PORTUGAL France Slovakia Cyprus Belgium Slovenia italy Netherlands Malta Austria Germany Finland Luxembourg PORTUGAL Cyprus Ireland Spain Greece Netherlands Slovakia Belgium Malta italy Germany France Slovenia Austria Finland Luxembourg 20.Abril.2010 Vítor Bento 5

POSIÇÃO DE INVESTIMENTO INTERNACIONAL (% PIB) 4 2-2 - 4-6 OUTROS IFNM BANCOS ADM. PÚBLICAS AUT. MONETÁRIAS TOTAL - 8-10 - 12 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 20.Abril.2010 Vítor Bento 6 Fonte: B. Portugal

COMPARAÇÃO DA PII (% PIB) 10 5-5 - 10-15 20.Abril.2010 Vítor Bento 7 Fonte: FMI

POUPANÇA NACIONAL (% PIB) 3 25% Poupança/PIB (2009) 2% Poupança/PIB (Var 2009-1999) 2-2% 15% - 4% - 6% 1-8% 5% - 1-12% - 14% Luxembourg Austria Belgium Slovenia Netherlands Germany Finland Slovakia Spain EURO 16 France Italy Ireland Malta PORTUGAL Cyprus Greece Germany Austria Slovenia EURO 16 Spain Belgium Malta Italy France Slovakia Luxembourg Netherlands Finland Cyprus Greece PORTUGAL Ireland 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: AMECO 8

I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA DO ESTADO V O DESAFIO MACROECONÓMICO VI CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 9

CRESCIMENTO E DESEMPREGO 14% 12% 1 Taxa Desemprego Crescº PIB Crescº (Méd 10Yr) 8% 6% 4% 2% - 2% - 4% - 6% 20.Abril.2010 Vítor Bento 10 Fonte: AMECO

CRESCIMENTO NO CONTEXTO EUROPEU 7 Crescimento do PIB, Acumulado 1999/2009 6 5 4 3 2 1 Estonia Bulgaria Slovakia Latvia Romania Lithuania Poland Ireland Greece Luxembourg Cyprus Czech Republic Slovenia Spain Hungary Finland Sweden Malta United Kingdom EU27 Austria Belgium France Netherlands EURO16 Denmark Portugal Germany Italy Iceland 20.Abril.2010 Vítor Bento 11

CRESCIMENTO POTENCIAL E DÉFICE EXTERNO 7% 6% Crescº Potencial (Esqª) BTC/PIB (dirª) 1 Cresccimento Potencial 5% 4% 3% 2% 5% - 5% BTC/PIB 1% - 1-1% - 15% 20.Abril.2010 Vítor Bento 12 Fonte: AMECO

INVESTIMENTO INEFICIENTE 5 4 3 2 1-1 - 2-3 Invest/PIB Efic. Marg. K Crescº PIB (dirª) 14% 12% 1 8% 6% 4% 2% - 2% - 4% - 6% Taxa Crescº PIB 20.Abril.2010 Vítor Bento 13 Fonte: AMECO

I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA DO ESTADO V O DESAFIO MACROECONÓMICO VI CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 14

DINÂMICA DA DÍVIDA PÚBLICA (Requisitos para Estabilização do Rácio) 3% Para uma taxa de juro de 4.5% 2% Saldo Primário/PIB 1% - 1% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% - 2% - 3% Crescimento Nominal do PIB 20.Abril.2010 Vítor Bento 15

SALDO PRIMÁRIO (% PIB) (História e Requisitos) 6% Saldo Primário/PIB 4% 2% - 2% - 4% - 6% - 8% Crescto PIB 6% PREVISÃO DO PEC: Saldo Primário (2009): - 6.4% Saldo Primário (2013) : +1.3% Crescº nom PIB (2013): +3.8% Deflactor PIB (2013): 2. Crescto PIB 1.5% Crescto PIB 4% 20.Abril.2010 Vítor Bento 16 Fonte: AMECO

4% 3% DINÂMICA DA DÍVIDA EXTERNA (PII) (Requisitos para Estabilização do Rácio) Para uma taxa de juro de 4.75% (Balança C&K Rend.)/PIB 2% 1% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% - 1% - 2% - 3% - 4% Crescimento Nominal do PIB 20.Abril.2010 Vítor Bento 17

BC&K SEM RENDIMENTOS (% PIB) (História e Requisitos) 8% 6% 4% Crescto PIB 1.5% Balança C&K Rend./PIB 2% - 2% - 4% - 6% - 8% PREVISÃO DO PEC: Saldo (2009): - 5.4% Saldo (2013) : - 3.8% => PII (2014) : < - 15 CresctoPIB 4% Crescto PIB 6% - 1 20.Abril.2010 Vítor Bento 18 Fonte: AMECO

I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA DO ESTADO V O DESAFIO MACROECONÓMICO VI CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 19

DÍVIDA PÚBLICA E CRESCIMENTO (Médias de 10 Anos) 12 10 DIV/PIB DIV Corrg/PIB Crescto PIB (Dirª) 1 8% Div/PIB 8 6 4 6% 4% 2% Taxa Crescº PIB 2-2% 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: N. Valério, AMECO e MF 20

RECURSOS PÚBLICOS E CRESCIMENTO 20.Abril.2010 Vítor Bento 21

I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA DO ESTADO V O DESAFIO MACROECONÓMICO VI CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 22

PORTUGAL NO CONTEXTO DO EURO (2009) Maior PII negasva 5ª maior Dívida Pública, e com maior crescimento (99-09) 4º maior Défice Público (e maior subesjmação, reportes Set09/Mar10) 3ª Pior Taxa de Poupança e maior queda (99-09) 3º Pior crescº económico (99-09) ( par com Alemanha e só Itália pior) Pior eficiência marginal do capital (99-09) (com Itália) 20.Abril.2010 Vítor Bento 23

O DESAFIO MACROECONÓMICO I - Inflação Excedente EQUILÍBRIO EXTERNO TAXA CÃMBIO REAL Desemprego Excedente PORTUGAL Inflação Défice PROBLEMA TÍPICO: Excesso de Despesa (interna) Câmbio Real sobrevalorizado + Desemprego Défice EQUILÍBRIO INTERNO - DESPESA + 20.Abril.2010 Vítor Bento 24

O DESAFIO MACROECONÓMICO II DESAFIO IMEDIATO: Rebalancear a Despesa Despesa Interna => Poupança Interna Exportações Estabilizar Dívida Pública Contracção Orçamental Estabilizar Dívida Externa Compessvidade Taxa de Câmbio Real => Crescimento 20.Abril.2010 Vítor Bento 25

DESAFIO MACROECONÓMICO III DESAFIO MEDIATO: Produsvidade => Nível de Vida Reformas estruturais (desbloquear oferta) Mercado Laboral Concorrência Burocracia Eliminar rendas económicas (sector não transaccionável) Favorecer sector transaccionável Selechvidade nos Inveshmentos Públicos => Eficiência económica Enriquecer Capital Humano (e Capital Social) 20.Abril.2010 Vítor Bento 26

O DESAFIO MACROECONÓMICO IV PROMOVER A COMPETITIVIDADE Médio Prazo => Produsvidade/Eficiência (Slide anterior) Curto Prazo => Deflação Relasva ( Desvalorização) Deflação absoluta (Redução de preços e salários) Inflação externa + Congelamento interno 20.Abril.2010 Vítor Bento 27

I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA DO ESTADO V O DESAFIO MACROECONÓMICO VI CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 28

CONCERTAÇÃO EUROPEIA I Soma de (vários) problemas nacionais (semelhantes) => Problema Sistémico (Zona Euro) Problema Sistémico => Solução Sistémica Soluções individuais => Risco de Espiral Contraccionista (sistémica) Solução Sistémica => Preservar Crescimento Contracção na periferia Expansão no centro 20.Abril.2010 Vítor Bento 29

CONCERTAÇÃO EUROPEIA II Solução Sistémica Ajustamento Financeiro Contracção Orçamental na periferia Expansão da Procura no centro Reposição da Compessvidade (deflação relahva na periferia ) Congelamento de preços e custos internos do sector não transaccionável, na periferia Inflação no centro (MUITO POUCO PROVÁVEL) 20.Abril.2010 Vítor Bento 30

CONCERTAÇÃO EUROPEIA III Solução Sistémica (ConHnuação) Reposição da Compessvidade (ALTERNATIVA, aplicável à Periferia em crise) Congelamento/corte de preços e custos internos do sector não transaccionável Derrogação temporária das regras concorrenciais (comunitárias) que proíbem apoios directos ao sector transaccionável Programa especial de fundos comunitários especialmente dirigido à reestruturação e reapetrechamento compehhvo do sector transaccionável (rigidamente regulado e supervisionado) (ECONOMICAMENTE PREFERÍVEL A UM BAIL- OUT) 20.Abril.2010 Vítor Bento 31

NOTAL FINAL... depois do estoiro de uma grande bolha... e de uma crise financeira, a única saída normal é através de... exportações. A razão por que a crise financeira asiájca foi resolvida em poucos anos foi porque as víjmas beneficiaram de grandes desvalorizações.... Isto é impossível dentro da eurozona. Por isso espero que os países com grandes problemas fiscais... estejam em recessão por um período muito longo. Como responderão os políjcos? Penso que essa é uma questão fascinante. Marsn Wolf, 17/4/10 20.Abril.2010 Vítor Bento 32

O DRAMA DA ECONOMIA PORTUGUESA: DEVER MUITO e CRESCER POUCO Vítor Bento Abril 2010

BACK-UP O CONTEXTO EUROPEU

DESALINHAMENTOS DO EURO (Problemas Crónicos da Integração Europeia) 1. INDISCIPLINA FINANCEIRA (da periferia ) Favorecida pela baixa das taxas de juro Só corrigida sob pressão externa 2. ( Demasiada ) EFICIÊNCIA ECONÓMICA ALEMÃ Atenuada, no passado, com revalorizações do Marco (perto de 20, desde 1960) Favoreceu políhca monetária branda => perda de compehhvidade na periferia 20.Abril.2010 Vítor Bento 35

COMPETITIVIDADE ALEMÃ (1Q/99=100) 140 120 100 80 60 40 20 0 23 Ind Ctries Euro Area 23 IC (excpt Euro) 1972-01 1973-01 1974-01 1975-01 1976-01 1977-01 1978-01 1979-01 1980-01 1981-01 1982-01 1983-01 1984-01 1985-01 1986-01 1987-01 1988-01 1989-01 1990-01 1991-01 1992-01 1993-01 1994-01 1995-01 1996-01 1997-01 1998-01 1999-01 2000-01 2001-01 2002-01 2003-01 2004-01 2005-01 2006-01 2007-01 2008-01 2009-01 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: Bundesbank 36

QUOTAS DE EXPORTAÇÃO NA UE15 (1995=100) 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: V. Constâncio 37

RELATÓRIO DELORS (1988) I Exchange rate adjustments would no longer be available as an instrument to correct economic imbalances within the Community. Such imbalances might arise because the process of adjustment and restructuring set in mohon by the removal of physical, technical and fiscal barriers is unlikely to have an even impact on different regions Economic imbalances among member countries would have to be corrected by policies affecsng the structure of their economies and costs of producson if major regional disparises in output and employment were to be avoided. 20.Abril.2010 Vítor Bento 38

RELATÓRIO DELORS (1988) II Uncoordinated and divergent nasonal budgetary policies would undermine monetary stability and generate imbalances in the real and financial sectors of the Community. Strong divergences in wage levels and developments, not jussfied by different trends in producsvity, would produce economic tensions and pressures for monetary expansion. 20.Abril.2010 Vítor Bento 39

RELATÓRIO DELORS (1988) III foreign exchange markets would cease to be a source of pressure for nasonal policy correcsons when nasonal economic disequilibria developed and persisted. the measurement and the interpretason of imbalances might become more difficult because balance- of- payments would no longer play such a significant role as a guidepost for policy- making. None the less, such imbalances, if le uncorrected, would manifest themselves as regional disequilibria. 20.Abril.2010 Vítor Bento 40

RELATÓRIO DELORS (1988) IV Historical experience suggests that in the absence of countervailing policies, the overall impact on peripheral regions could be negasve. Transport costs and economies of scale would tend to favour a shi in economic acsvity away from less developed regions, especially if they were at the periphery of the Community, to the highly developed areas at its centre. Wage flexibility and labour mobility are necessary to eliminate differences in compessveness in different regions and countries of the Community. Otherwise there could be relasvely large declines in output and employment in areas with lower producsvity. 20.Abril.2010 Vítor Bento 41

25% 2 15% CONTRIBUIÇÃO PARA OS RISCOS DA ZONA EURO Variação Oct08- Mar09 (Sist. Financº) Oct09- Feb10 (Soberanos) 1 5% - 5% - 1-15% Grécia Portugal Espanha Itália França Irlanda Áustria Bélgica Alemanha Holanda 20.Abril.2010 Vítor Bento 42