O DRAMA DA ECONOMIA PORTUGUESA: DEVER MUITO e CRESCER POUCO. Vítor Bento Abril 2010
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- Nina Medina Garrido
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1 O DRAMA DA ECONOMIA PORTUGUESA: DEVER MUITO e CRESCER POUCO Vítor Bento Abril 2010
2 I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA ESTATAL V O CONTEXTO EUROPEU VI O DESAFIO MACROECONÓMICO VII CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 2
3 EVOLUÇÃO DA DÍVIDA POR SECTORES (% PIB) 0% - 100% - 200% - 300% A Dívida é um Pacto FausWano! - 400% - 500% - 600% - 700% FAMÍLIAS EMPRESAS ESTADO BANCOS (TOTAL S/ BANCOS) TOTAL GERAL 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: B. Portugal 3
4 EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA (% PIB) 140% N Valério 120% 100% AMECO AMECO Corrgda 80% 60% 40% 20% 0% 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte N. Valério e AMECO 4
5 POSIÇÃO DE INVESTIMENTO INTERNACIONAL (% PIB) 40% 20% 0% - 20% - 40% - 60% OUTROS IFNM BANCOS ADM. PÚBLICAS AUT. MONETÁRIAS TOTAL - 80% - 100% - 120% Abril.2010 Vítor Bento 5 Fonte: B. Portugal
6 COMPARAÇÃO DA PII (% PIB) 100% 50% 0% - 50% - 100% - 150% 20.Abril.2010 Vítor Bento 6 Fonte: FMI
7 TAXAS DE POUPANÇA NACIONAL (% PIB) 40% Germany Spain 35% Greece Portugal Ireland 30% EU15 25% 20% 15% 10% 5% 0% 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: AMECO 7
8 I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA ESTATAL V O CONTEXTO EUROPEU VI O DESAFIO MACROECONÓMICO VII CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 8
9 CRESCIMENTO E DESEMPREGO 14% 12% 10% Taxa Desemprego Crescº PIB Crescº (Méd 10Yr) 8% 6% 4% 2% 0% - 2% - 4% - 6% 20.Abril.2010 Vítor Bento 9 Fonte: AMECO
10 CRESCIMENTO POTENCIAL E DÉFICE EXTERNO 7% 6% Crescº Potencial (Esqª) BTC/PIB (dirª) 10% Cresccimento Potencial 5% 4% 3% 2% 5% 0% - 5% BTC/PIB 1% 0% - 10% - 1% - 15% 20.Abril.2010 Vítor Bento 10 Fonte: AMECO
11 INVESTIMENTO INEFICIENTE 50% 40% 30% 20% 10% 0% - 10% - 20% - 30% Invest/PIB Efic. Marg. K Crescº PIB (dirª) 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% - 2% - 4% - 6% Taxa Crescº PIB 20.Abril.2010 Vítor Bento 11 Fonte: AMECO
12 I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA ESTATAL V O CONTEXTO EUROPEU VI O DESAFIO MACROECONÓMICO VII CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 12
13 DINÂMICA DA DÍVIDA PÚBLICA (Requisitos para Estabilização do Rácio) 3% Para uma taxa de juro de 4.5% 2% Saldo Primário/PIB 1% 0% - 1% 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% - 2% - 3% Crescimento Nominal do PIB 20.Abril.2010 Vítor Bento 13
14 SALDO PRIMÁRIO (% PIB) 6% Saldo Primário/PIB 4% 2% 0% - 2% - 4% Crescto. 6% Crescto. 1.5% Crescto. 4% - 6% - 8% 20.Abril.2010 Vítor Bento 14 Fonte: AMECO
15 4% 3% DINÂMICA DA DÍVIDA EXTERNA (PII) (Requisitos para Estabilização do Rácio) Para uma taxa de juro de 4.75% (Balança C&K Rend.)/PIB 2% 1% 0% 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% - 1% - 2% - 3% - 4% Crescimento Nominal do PIB 20.Abril.2010 Vítor Bento 15
16 BC&K SEM RENDIMENTOS (% PIB) 8% 6% Balança C&K Rend./PIB 4% 2% 0% - 2% - 4% - 6% Crescto. 1.5% Crescto. 4% Crescto. 6% - 8% - 10% 20.Abril.2010 Vítor Bento 16 Fonte: AMECO
17 I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA ESTATAL V O CONTEXTO EUROPEU VI O DESAFIO MACROECONÓMICO VII CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 17
18 DÍVIDA PÚBLICA E CRESCIMENTO (Médias de 10 Anos) 120% 100% DIV/PIB DIV Corrg/PIB Crescto PIB (Dirª) 10% 8% Div/PIB 80% 60% 40% 6% 4% 2% Taxa Crescº PIB 20% 0% 0% - 2% 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: N. Valério, AMECO e MF 18
19 RECURSOS PÚBLICOS E CRESCIMENTO 20.Abril.2010 Vítor Bento 19
20 PESO DO ESTADO NO PIB 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% DESPESA TOTAL RECEITA TOTAL CARGA FISCAL 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: AMECO 20
21 I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA ESTATAL V O CONTEXTO EUROPEU VI O DESAFIO MACROECONÓMICO VII CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 21
22 DESALINHAMENTOS DO EURO (Problemas Crónicos da Integração Europeia) 1. INDISCIPLINA FINANCEIRA (da periferia ) Favorecida pela baixa das taxas de juro Só corrigida sob pressão externa 2. ( Demasiada ) EFICIÊNCIA ECONÓMICA ALEMÃ Atenuada, no passado, com revalorizações do Marco (perto de 20, desde 1960) Favoreceu polízca monetária branda => perda de compezzvidade na periferia 20.Abril.2010 Vítor Bento 22
23 COMPETITIVIDADE ALEMÃ (1Q/99=100) Ind Ctries Euro Area 23 IC (excpt Euro) Abril.2010 Vítor Bento Fonte: Bundesbank 23
24 QUOTAS DE EXPORTAÇÃO NA UE15 (1995=100) 20.Abril.2010 Vítor Bento Fonte: V. Constâncio 24
25 RELATÓRIO DELORS (1988) I exchange rate adjustments would no longer be available as an instrument to correct economic imbalances within the Community. Such imbalances might arise because the process of adjustment and restructuring set in mozon by the removal of physical, technical and fiscal barriers is unlikely to have an even impact on different regions or always produce sazsfactory results within reasonable periods of Zme. Imbalances might also emanate from labour and other cost developments, external shocks with differing repercussions on individual economies, or divergent economic policies pursued at nazonal level. 20.Abril.2010 Vítor Bento 25
26 RELATÓRIO DELORS (1988) II With parizes irrevocably fixed, foreign exchange markets would cease to be a source of pressure for nawonal policy correcwons when nawonal economic disequilibria developed and persisted. the measurement and the interpretawon of imbalances might become more difficult because balance- of- payments, currently a highly visible and sensiwve indicator of economic disequilibria, would no longer play such a significant role as a guidepost for policy- making. None the less, such imbalances, if le{ uncorrected, would manifest themselves as regional disequilibria. Measures designed to strengthen the mobility of factors of producwon and the flexibility of prices would help to deal with such imbalances. 20.Abril.2010 Vítor Bento 26
27 RELATÓRIO DELORS (1988) III Historical experience suggests, however, that in the absence of countervailing policies, the overall impact on peripheral regions could be negawve. Transport costs and economies of scale would tend to favour a shi{ in economic acwvity away from less developed regions, especially if they were at the periphery of the Community, to the highly developed areas at its centre. Wage flexibility and labour mobility are necessary to eliminate differences in compewwveness in different regions and countries of the Community. Otherwise there could be relawvely large declines in output and employment in areas with lower producwvity. 20.Abril.2010 Vítor Bento 27
28 I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA ESTATAL V O CONTEXTO EUROPEU VI O DESAFIO MACROECONÓMICO VII CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 28
29 O DESAFIO MACROECONÓMICO I - Inflação Excedente EQUILÍBRIO EXTERNO TAXA CÃMBIO REAL Desemprego Excedente PORTUGAL Inflação Défice PROBLEMA TÍPICO: Excesso de Despesa (interna) Câmbio Real sobrevalorizado + Desemprego Défice EQUILÍBRIO INTERNO - DESPESA + 20.Abril.2010 Vítor Bento 29
30 O DESAFIO MACROECONÓMICO II DESAFIO IMEDIATO: Rebalancear a Despesa Despesa Interna => Poupança Interna Exportações Estabilizar Dívida Pública Contracção Orçamental Estabilizar Dívida Externa CompeWWvidade Taxa de Câmbio Real => Crescimento 20.Abril.2010 Vítor Bento 30
31 DESAFIO MACROECONÓMICO III DESAFIO MEDIATO: ProduWvidade => Nível de Vida Reformas estruturais (desbloquear oferta) Mercado Laboral Concorrência Burocracia Eliminar rendas económicas (sector não transaccionável) Favorecer sector transaccionável SelecZvidade nos InvesZmentos Públicos => Eficiência económica Enriquecer Capital Humano (e Capital Social) 20.Abril.2010 Vítor Bento 31
32 O DESAFIO MACROECONÓMICO IV PROMOVER A COMPETITIVIDADE Médio Prazo => ProduWvidade/Eficiência (Slide anterior) Curto Prazo => Deflação RelaWva ( Desvalorização) Deflação absoluta (Redução de preços e salários) Inflação externa + Congelamento interno 20.Abril.2010 Vítor Bento 32
33 I UMA ECONOMIA (SOBRE)ENDIVIDADA II UM CRESCIMENTO ANÉMICO III DÍVIDA E CRESCIMENTO IV A ILUSÃO DA ALAVANCA ESTATAL V O CONTEXTO EUROPEU VI O DESAFIO MACROECONÓMICO VII CONCERTAÇÃO EUROPEIA 20.Abril.2010 Vítor Bento 33
34 CONCERTAÇÃO EUROPEIA I Soma de (vários) problemas nacionais (semelhantes) => Problema Sistémico (Zona Euro) Problema Sistémico => Solução Sistémica Soluções individuais => Risco de Espiral Contraccionista (sistémica) Solução Sistémica => Preservar Crescimento Contracção na periferia Expansão no centro 20.Abril.2010 Vítor Bento 34
35 CONCERTAÇÃO EUROPEIA II Solução Sistémica Ajustamento Financeiro Contracção Orçamental na periferia Expansão da Procura no centro Reposição da CompeWWvidade (deflação rela>va na periferia ) Congelamento de preços e custos internos do sector não transaccionável, na periferia Inflação no centro 20.Abril.2010 Vítor Bento 35
36 25% 20% 15% CONTRIBUIÇÃO PARA OS RISCOS DA ZONA EURO Variação Oct08- Mar09 (Sist. Financº) Oct09- Feb10 (Soberanos) 10% 5% 0% - 5% - 10% - 15% Grécia Portugal Espanha Itália França Irlanda Áustria Bélgica Alemanha Holanda 20.Abril.2010 Vítor Bento 36
37 NOTAL FINAL... depois do estoiro de uma grande bolha... e de uma crise financeira, a única saída normal é através de... exportações. A razão por que a crise financeira asiáyca foi resolvida em poucos anos foi porque as víymas beneficiaram de grandes desvalorizações.... Isto é impossível dentro da eurozona. Por isso espero que os países com grandes problemas fiscais... estejam em recessão por um período muito longo. Como responderão os políycos? Penso que essa é uma questão fascinante. MarWn Wolf, 17/4/10 20.Abril.2010 Vítor Bento 37
38 O DRAMA DA ECONOMIA PORTUGUESA: DEVER MUITO e CRESCER POUCO Vítor Bento Abril 2010
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