A Competitividade Externa da Economia Portuguesa

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1 Universidade de Aveiro DEGEI Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial Trabalho Individual Análise de dados 24 De Abril de 2014 A Competitividade Externa da Docente: João Paulo Bento Discente: Daniela da Fonseca Pinheiro, Nº Resumo A economia portuguesa enfrenta uma profunda crise económica, pelo que se torna importante fomentar a competitividade da mesma, de modo a assegurar a criação de emprego, o crescimento económico e a sustentabilidade das dívidas (pública e externa). O objectivo deste trabalho é analisar a evolução da competitividade com a entrada no euro através do estudo dos principais indicadores, enquadrados no contexto económico-financeiro europeu. Palavras-chave: Competitividade externa, Balança Corrente, Taxa de câmbio real, Sector transaccionável, Portugal;

2 Introdução O Tratado de Maastricht ou Tratado da União Europeia, a 10 de Dezembro de 1992, ditou o caminho de Portugal para a moeda única. Com este tratado, o país perdia a sua autonomia, ao ver eliminada a moeda nacional. Perante o processo de globalização e do alargamento da União Europeia, a passagem para um regime de câmbios fixos e de uma situação de moeda fraca para uma moeda forte gerou novas dificuldades que expuseram ainda mais as limitações da economia portuguesa. Apesar dos investimentos e do melhoramento das capacidades realizados pelas empresas ao longo dos últimos anos, tal não se revelou suficiente para ganhar a competitividade necessária de modo a enfrentar as novas exigências da concorrência na globalização e na União Europeia alargada. Os problemas de competitividade global da economia portuguesa acumularamse à medida que as empresas e as actividades mais vulneráveis iam perdendo força e velocidade, gerando pressões cada vez mais fortes sobre o crescimento económico, o emprego, o défice público e o endividamento externo. Esta crise de competitividade traduziu-se no reaparecimento de défices externos muito relevantes, na diminuição das remessas de emigrantes, no aumento do pagamento de juros e no aumento de dividendos a não residentes. Com este trabalho, pretendo analisar a evolução da competitividade da economia portuguesa com a entrada no euro, através do estudo dos principais indicadores (balança corrente, taxa de câmbio real e sector transaccionável), procurando relacionar com o contexto económico europeu. O objectivo será dar resposta à seguinte questão: A introdução do euro, como uma moeda forte, foi ou não determinante para a competitividade da economia portuguesa? Secção 1. Competitividade Externa da A competitividade de uma economia é um conceito essencialmente dinâmico e avalia-se pela sua capacidade de inserção na economia mundial, análise realizada na primeira parte deste trabalho. A avaliação da competitividade deve ter em conta indicadores, como a balança corrente, que permite a análise da situação de equilíbrio ou desequilíbrio das contas com 2

3 o exterior, a evolução da taxa de câmbio real e, por último, a proporção de produção de bens transaccionáveis 1 no total da produção. Secção 2. Análise de indicadores 2.1.Balança Corrente A balança corrente é um dos indicadores de competitividade externa. Nesta são contabilizados os recebimentos e pagamentos resultantes de transacções com não residentes em bens, serviços, rendimentos e transferências correntes. Analisemos, portanto, a sua evolução na seguinte figura. Figura 1. Balança corrente: Comparação entre Portugal e União Europeia (período ). Fonte: Augusto Mateus & Associados com base em FMI e Banco Mundial. Através da Figura 1, constato que a balança corrente agravou-se desde 1995, tendo mesmo atingido um máximo de 12.6 % do PIB em 2008, com o despoletar da crise económica. O persistente défice externo deve-se à diminuição das remessas dos emigrantes, ao aumento dos pagamentos de juros e dividendos a não residentes e ao facto de Portugal importar mais do que aquilo que exporta (figura 2). 1 Bens e serviços que competem com a produção de outros países, ao contrário dos bens e serviços não transaccionáveis que estão protegidos da concorrência internacional. 3

4 Ano 1995 Importações de Bens Exportações de e Serviços Bens e Serviços , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,2 O saldo da balança corrente primária depende negativamente da taxa de câmbio real: uma apreciação real (figura 4) corresponde a um aumento do preço relativo dos produtos nacionais em termos dos estrangeiros, a uma perda de competitividade externa da economia e, portanto faz aumentar as importações e diminuir as exportações , , , , , , , ,4 Figura 2. Importações e Exportações de bens e serviços em milhões de Euros (Base 2006). Fonte: INE Figura 3. Balança corrente: Comparação com a UE (2002 e 2010). Fonte: Augusto Mateus & Associados com base em FMI e Banco Mundial. A Figura 3 permite comparar a posição de Portugal com os restantes Estados- A Figura 3 permite comparar a posição de Portugal com os restantes estadosmembros da União Europeia. Verifica-se que Portugal é um dos países com um maior 2 Dados de 2011 provisórios 4

5 défice da balança corrente, cuja situação piorou de 2002 para A par de Portugal, encontram-se os países do Sul e do Leste, nomeadamente o Chipre, Grécia, Hungria, Letónia e Estónia. Contrariamente, países como Finlândia, Luxemburgo e Suécia apresentam uma posição mais favorável. 2.2.Taxa de câmbio real A taxa de câmbio real 3, calculada com base nos custos unitários da produção nas actividades mais expostas à concorrência internacional, constitui um indicador de competitividade, visto que reflecte a maior ou menor capacidade de uma economia ganhar capacidade concorrencial para o seu tecido empresarial. Figura 4. A evolução da taxa de câmbio real como indicador de competitividade nas economias europeias (sector transaccionável) Fonte: Caixa Geral de Depósitos com base em Comissão Europeia 3 A taxa de câmbio real conjuga os efeitos da apreciação/depreciação das moedas com os diferenciais de inflação nos diversos países ou, por outras palavras, preço relativo dum cabaz de produtos domésticos em termos dum cabaz de produtos do exterior. De facto, se a inflação interna for superior à de outro país, dizemos que há uma apreciação real. 5

6 A análise da evolução da taxa de câmbio real (Figura 4) das actividades transaccionáveis nas economias europeias mostra os diferentes desempenhos das várias economias, revelando assim as dificuldades competitivas da Europa do Sul, que representa as maiores perdas de competitividade. A Suécia é o país com maior ganho de competitividade (+ 21,1% entre o primeiro trimestre de 2010 e a média de ) ao contrário da economia italiana que apresenta a maior perda (-46.8%). Portugal apresenta uma perda de competitividade de (-14,6%) e situa-se numa numa posição intermédia entre o conjunto das economias da Europa do Sul, evidenciando um comportamento bem menos negativo que o da Itália ou da Espanha. A introdução de uma moeda única com as características do Euro (criada para ser tão forte como tinha sido o marco alemão) juntamente com o processo de globalização e de liberalização da economia mundial acentuou ainda mais as diferenças entre países mais competitivos e menos competitivos. (Ferreira do Amaral 2013) 2.3. Sector transaccionável Português Para o economista João Ferreira do Amaral, uma proporção decrescente da produção de bens transaccionáveis (figura 5) no total da produção de um país, se prolongada no tempo, é um indicador seguro da perda de competitividade desse país e pré-anúncio de dificuldades futuras no crescimento económico. Se o país produzir demais em sectores protegidos da concorrência internacional, mais cedo ou mais tarde gerará dificuldades a nível do equilíbrio das contas externas e terá de sofrer um processo de ajustamento que poderá ser penoso, pois passará pela redução relativa dos rendimentos e da procura interna, em particular do consumo das famílias, e pelo aumento do desemprego, como aliás se verificou na economia Figura 5. A dimensão das actividades de bens e serviços transaccionáveis, numa óptica de ramos, na economia portuguesa. Fonte: Caixa Geral de Depósitos com base em OCDE. 6

7 portuguesa. Ainda, assistiu-se a uma rápida desindustrialização, com uma diminuição do peso da agricultura, pescas e indústrias no PIB 4. Também, o facto de o euro se afirmar como uma moeda forte em pleno processo de competição comercial mundial, acrescido pelo avanço da globalização, tornou precária a existência de muitos sectores de bens transaccionáveis em Portugal e tornou muito mais rentável investir em sectores protegidos da concorrência externa: os sectores de bens não transaccionáveis, como o imobiliário. Figura 6. Rendibilidade das actividades económicas. Fonte: Augusto Mateus & Associados com base em Comissão Europeia. A indústria transformadora nacional, componente fundamental do sector transaccionável, perdeu competitividade face à economia como um todo. A rendibilidade caiu 11% na economia portuguesa e 19% na indústria transformadora nacional face à UE15 (Figura 6). A indústria transformadora portuguesa tem conseguido manter os seus níveis de rendibilidade 5 face ao padrão europeu (Figura 7), ocupando uma posição intermédia na UE27 e com registos mais favoráveis que as restantes indústrias transformadoras da 4 Gráfico em anexo. 5 A rendibilidade da indústria transformadora é aferida pela comparação do rácio entre os preços de exportação e os custos em trabalho por unidade produzida na indústria transformadora entre 1994 e 2010, considerando dois subperíodos: e

8 Europa do Sul (Letónia, por exemplo). Entre 1994 e 2010, a tendência generalizada das indústrias transformadoras do Sul europeu foi de agravamento dos preços de exportação e dos custos em trabalho por unidade produzida (Figura 8). No entanto, Portugal não está tão mal posicionado quanto Grécia, Itália ou Espanha. Desta forma, o sector transaccionável perdeu competitividade e rendibilidade face à UE27. Figura 7. Rendibilidade da indústria transformadora: a posição de Portugal na UE (1999 a 2010). Fonte: Augusto Mateus & Associados com base em Comissão Europeia. Figura 8. Custo em trabalho por unidade produzida (à direita) e preços de exportação no sector transaccionável (à esquerda) 1994 a Fonte: Augusto Mateus & Associados com base em Comissão Europeia. 8

9 Conclusão Portugal perdeu competitividade com a entrada no euro. A análise efectuada revela que a moeda única expôs ainda mais as dificuldades da economia portuguesa bem como acentuou as diferenças entre países mais competitivos e menos competitivos da Europa, criando desta forma um espaço desigual. De facto, a adesão de Portugal ao euro criou um problema ao levar à queda drástica das taxas de juro. Perante um acesso ao crédito mais barato, Estado, empresas e famílias foram-se endividando. Este nível de endividamento, cada vez mais preocupante e insustentável, foi suportado pelo financiamento externo. Financiamento este, que permitiu também suportar os défices da balança corrente, que se tornaram cada vez mais exagerados, com o aumento das importações e a diminuição das exportações. Além disto, a produção descolocou-se para o sector de bens não transaccionáveis, nomeadamente imobiliário e infra-estruturas. A maior rendibilidade deste sector levou as empresas de bens transaccionáveis a fechar e o investimento dirigiu-se fundamentalmente para o sector não transaccionável. Desta forma, Portugal tem que procurar melhorar a sua competitividade, apostando na qualidade dos produtos, na inovação do tecido empresarial (factor de bastante importância para a competitividade futura), de modo a ganhar novos mercados e a assumir uma posição forte a nível mundial. 9

10 Bibliografia: Amaral, João Ferreira Porque devemos sair do euro: o divórcio necessário para tirar Portugal da crise. Lua de Papel, Instituto Nacional de Estatística [INE] (2012). Importações e Exportações de bens e serviços em milhões de Euros, Lisboa: INE. Gabinete de Estudos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Desenvolvimento da. Disponível em Portuguesa-Maio2011.aspx [Consultado em ] Manuel dos Santos, Fundação Francisco Anos de Portugal europeu: A economia, a sociedade e os fundos estruturais. Disponível em: [Consultado em ]. 10

11 Anexos Anexo 1. Estrutura do valor acrescentado bruto em Portugal (1986 a 2008). 11

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