BRISA Concessão Rodoviária, S.A.



Documentos relacionados
BRISA Concessão Rodoviária, S.A.

Receitas Operacionais Os proveitos operacionais ascenderam a 447,1 M, elevando-se as receitas de portagem a 432,9 M, sendo 11,4% inferiores a 2011.

Resultados 1ºTrimestre 2009

Resultado Líquido da Reditus aumenta 57,7% no 1º semestre de 2014

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação

Análise Financeira 2º semestre

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CONTABILIDADE FINANCEIRA II

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL (Não Auditada) Sede: R. GENERAL NORTON DE MATOS, 68, PORTO NIPC:

Comunicado Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007

31. A DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

Balanço e análise setorial

I B 1:) CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS. Introdução

Apresentação de Resultados. 3.º trimestre 2011

Relatório de Gestão. Exercício de 2014 INSTITUTO CARDIOLOGIA PREVENTIVA DE ALMADA. Audite Gestão Financeira

CONTABILIDADE FINANCEIRA AVANÇADA

SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE VISEU Rua Conselheiro Afonso de Melo VISEU N.º de Identificação Fiscal

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL relativa à actividade desenvolvida durante o 1º TRIMESTRE DE 2001

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Reuters: BANIF.LS Bloomberg: BANIF PL ISIN: PTBAF0AM S2015 RESULTADOS CONSOLIDADOS. Informação não auditada.

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE JUNHO DE

COMUNICADO. Consolidação da informação divulgada durante os últimos 12 meses

Balanço e demonstração de resultados Plus

Banco de Portugal divulga estatísticas de balanço e taxas de juro dos bancos relativas a 2013

8.2 NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Resultados de »» As vendas consolidadas do Grupo VAA cresceram 20,3% face ao ano anterior atingindo os 65,2 milhões de euros;

1º Semestre Relatório e Contas 2010

A prestação de contas de 2011 é elaborada de acordo com o SNC 1, não existiram alterações no capital nem perdas ou ganhos por imparidade.

Relatório de Gestão 2. Balanço 5. Demonstração de Resultados por Naturezas 7. Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados 8

Resultado Líquido das atividades continuadas fortemente influenciado por reforço de provisões e imparidades bem como encargos financeiros de 49,6 M

1. O Fluxo de Caixa para á Análise Financeira

Relatório de Gestão 2. Balanço 5. Demonstração de Resultados por Naturezas 7. Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados 8

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CONTABILIDADE FINANCEIRA II EXAME FINAL

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 1T de Maio de 2015

EXEMPLO. Prática Financeira II Gestão Financeira

RELATÓRIO E CONTAS ANÁLISE ECONÓMICO - FINANCEIRA

CONTABILIDADE FINANCEIRA II. 2ª Frequência. Responda a cada grupo em folha separada

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL (3T10)

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Imomar

SPMS, E.P.E. Índice 1. Enquadramento Orçamento de Exploração Orçamento de Tesouraria Orçamento de Investimento...

ANEXO PE, EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2010

Atividade Consolidada Grupo Caixa Geral de Depósitos. 31 de março de 2015 Contas não auditadas

1.5. Sede da entidade-mãe Largo Cónego José Maria Gomes Guimarães Portugal.

RESULTADOS PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

AULA 06. Demonstração de Resultados

GESTÃO FINANCEIRA. Demonstração de Fluxos de Caixa

FOLHETO DE TAXAS DE JURO

Earnings Release. Press Release. Resultados anuais de fevereiro de 2013

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 12% no primeiro semestre de 2011

Informação Financeira

Balanço e Demonstração de Resultados. Conheça em detalhe a Avaliação de Risco. Risco Elevado SOCIEDADE EXEMPLO, LDA AVALIAÇÃO DO RISCO COMERCIAL

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ANUAIS de Março de 2015

Resultados 1T07 10 de maio de 2007

Lançamento nº 2 - Eliminação de operações internas (VNDs e CMPs) entre A e B

Contabilidade Financeira II 2008/2009

Lisboa, 29 de Outubro de 2007 Comunicado: Contas da IMPRESA em Setembro Principais factos em Setembro 2007

SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta

Grupo Reditus reforça crescimento em 2008

1. Resultados do Exercício

! " # $%&' (") *+)( *+)* , " # - %. " / 012 $ )"* *+)( 012+"4 "# *+)( 012 5"5 " 6! ! " '.! " 7 . % "' *+)( $%, % " ## *++* -. - ! $ ." )+#.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DEFIR ANGOLA

Resultados do 1º trimestre de 2015

ABC da Gestão Financeira

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Beirafundo

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Imorocha

O EBITDA no 4T13 foi de 9,6 M, o que corresponde a uma margem EBITDA de 7 %

Comunicado à Imprensa. S&P reafirma ratings da Tele Norte Leste Participações S.A.

Anexo ao balanço e à Demonstração de Resultados

SPMS, E.P.E. Índice. 1. Enquadramento Orçamento de Exploração Orçamento de Tesouraria Orçamento de Investimentos...

Scal - Mediação de Seguros, S. A.

COMUNICADO. Resultados Consolidados do 1º Semestre de 2007 (Não Auditados)

3.3 Cenários Analisados

ÁREA DE FORMAÇÃO: POUPAR E INVESTIR REMUNERAÇÃO DE UM DEPÓSITO A PRAZO

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental

CASA DO POVO DA ALAGOA. Demonstrações Financeiras e Anexo

BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Quinta da Torre da Aguilha, Edifício Brisa, São Domingos de Rana Capital social de euros CRC sob o número

RELATÓRIO DE GESTÃO Período findo em 31 de Dezembro de 2014

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

LOCALIZA RENT A CAR S.A. 5ª Emissão Pública de Debêntures

IAPMEI. (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação)

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO RESULTADOS 2011 ESTRUTURA FINANCEIRA PERSPETIVAS CALENDÁRIO FINANCEIRO 2012

Portugal Telecom. Relatório e contas consolidadas Primeiro semestre 2007

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2

GESTÃO FINANCEIRA. Objectivo

Contabilidade Financeira II 1G111

F. RAMADA INVESTIMENTOS, S.G.P.S., S.A. Sociedade Aberta

Fundação Denise Lester

DE 1 DE JANEIRO DE 2014 A 31 DE DEZEMBRO DE

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Fundolis

Caraterização do setor dos serviços em Portugal. Paula Menezes Coordenadora da Área da Central de Balanços 1 dezembro 2014 Lisboa

newsletter Nº 82 NOVEMBRO / 2013

Contabilidade Financeira II 2008/2009

RESULTADOS CONSOLIDADOS

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014)

Preçário BANCO PRIVADO ATLANTICO. Instituição Financeira Bancária TABELA DE TAXAS DE JURO. Data de Entrada em vigor: 2 de Outubro 2015

Transcrição:

BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Sede: Quinta da Torre da Aguilha, Edifício BRISA, São Domingos de Rana Capital social: EUR 75 000 000, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Cascais, sob o número único e de pessoa colectiva 502790024 COMUNICADO Resultados Anuais de 2014 No ano de 2014 manteve-se a trajectória de recuperação gradual da economia portuguesa iniciada em 2013, baseada no crescimento do consumo privado e do investimento, e num crescimento mais lento das exportações. A evolução destes indicadores reflecte a melhoria do mercado de trabalho e do nível de confiança dos consumidores, o que, na rede BCR, se traduziu num crescimento sustentado de tráfego ao longo do ano. Em 2014, o Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) na Brisa Concessão Rodoviária (BCR) aumentou 4,5%. Proveitos Operacionais Os proveitos operacionais ascenderam a 465,5 M, incluindo receitas de portagem de 451,1 M, superiores em 5,5% às do período homólogo. Custos operacionais Os custos operacionais do exercício ascenderam a 283,2 M. A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos reflecte essencialmente os custos dos serviços de Operação e Manutenção da rede de auto-estradas concessionadas, bem como os custos de cobrança electrónica de portagens. www.brisaconcessao.pt Pág 1 de 6

A rubrica de Amortizações e Provisões (159,7 M ) inclui 25,4 M de provisões relacionadas com custos em que a BCR irá incorrer no futuro, relacionados com grandes reparações a efectuar na rede. Resultados operacionais A margem EBITDA foi de 73,5%, verificando-se um aumento de 1,4pp relativamente a 2013. O resultado operacional, de 182,3 M, aumentou 20 M comparativamente a 2013. Investimento O investimento na rede concessionada totalizou 26,9 M maioritariamente afecto a obras de beneficiação e reforço de pavimentos. Consideradas aqui como investimento, as grandes reparações (15,6 M ) são contabilisticamente provisionadas até ao momento da realização da obra. Foram igualmente realizados outros investimentos na rede, nomeadamente em barreiras acústicas e equipamentos, no valor de 5,4 M. Resultados Financeiros Os Resultados Financeiros da BCR registaram em 2014 um valor negativo de 118,9 M, representando uma melhoria de 6 M em relação ao período homólogo anterior. Os Proveitos Financeiros, que correspondem inteiramente à rúbrica de Juros Obtidos, atingiram 4,2 M, o que representa uma redução de 0,6 M face a 2013, reflectindo as baixas taxas de remuneração oferecidas pelos Depósitos Bancários, ainda que parcialmente compensadas pelo elevado saldo de Disponibilidades. Os Custos Financeiros baixaram de 130,2 M para 123,1 M, com origem essencialmente na rubrica de Juros Suportados, cuja redução em 5,5 M se deve ao efeito conjugado de redução de dívida e de taxas de juro de financiamento inferiores. www.brisaconcessao.pt Pág 2 de 6

Dívida Financeira Em 2014 a BCR fortaleceu a sua liquidez, reduziu o montante de dívida líquida e aumentou a maturidade da sua dívida, tendo para isso muito contribuído a realização de uma emissão de obrigações no montante de 300 M com maturidade em 2021. Adicionalmente, a BCR dispunha, à data de 31 de Dezembro de 2014 de programas para emissão de papel comercial com garantia de subscrição que, no seu conjunto, ascendiam a um montante total de 270M, encontrando-se utilizados 52,4 M. No final de 2014 a dívida líquida da BCR ascendia a 1 798,6 M, tendo diminuído 175,2 M em relação ao final do ano anterior. A BCR finalizou o ano com cerca de 339,4 M de liquidez, estando 143,4 M colocados em contas de reserva. No final de 2014 cerca de 70% da dívida da BCR estava sujeito ao regime de taxa de juro fixa e cerca de 30% ao regime de taxa de juro variável. As notações de Rating atribuídas à BCR são de BBB (Negative Outlook) pela Fitch Ratings e de Baa3 (Stable Outlook) pela Moody s. Existem também quatro covenants sob a forma de rácios financeiros (designados de Net Senior Debt/EBITDA, Historic ICR, Forward Looking ICR e CLCR), relativamente aos quais estão definidos dois limites - um sob forma de trigger event e outro sob forma de event of default - cuja ultrapassagem implica diferentes consequências. De referir que todos estes rácios se encontravam, à data de 31 de Dezembro de 2014, em total cumprimento com os limites estabelecidos, sendo de destacar não só a melhoria no rácio Net Senior Debt/EBITDA - que evoluiu de 6,44 no final de 2013 para 5,38 no final de 2014, ou seja, abaixo do limite máximo de 6,25 definido para o respectivo nível de trigger event -, como também a evolução bastante positiva no rácio Historic ICR - que evoluiu de 3,16 no final de 2013 para 3,51 no final de 2014, ou seja, acima do limite mínimo de 2,25 definido para o respectivo nível de trigger event. www.brisaconcessao.pt Pág 3 de 6

Resultado Líquido O resultado líquido ascendeu a 41,8 M positivos um aumento de 14,3 M em relação ao período homólogo decorrente de um resultado antes de impostos de 63,4 M. Posição Financeira No final de 2014, o Activo Líquido total ascendia a 3 155 M, sendo tal montante, essencialmente, relativo ao activo intangível respeitante à concessão da rede de auto-estradas da BCR. O Capital Próprio no final de 2014 ascendia a 727 M, sendo o Passivo Total de 2 428 M. Em relação a 2013, o passivo total aumentou 48 M e o capital próprio aumentou 41 M. www.brisaconcessao.pt Pág 4 de 6

Anexo I Demonstração sintética da Posição Financeira Milhões 31-Dez-13 31-Dez-14 Var.% Activos não correntes Activos intangíveis 2829.6 2712.9-4.1% Activos fixos tangíveis 14.9 11.9-20.2% Activos por impostos diferidos 49.9 52.0 4.2% Outros 3.8 0.1-98.3% Total activos não correntes 2898.2 2776.9-4.2% Activos correntes Caixa e equivalentes 138.7 339.4 144.6% Outros 29.6 38.9 31.3% Total activos correntes 168.4 378.3 124.6% Total do activo 3066.6 3155.1 2.9% Total do capital próprio 686.9 727.4 5.9% Passivos não correntes Empréstimos a MLP 1750.2 1956.0 11.8% Outros 195.9 202.3 3.3% Total de passivos não correntes 1946.2 2158.3 10.9% Passivos correntes Empréstimos a CP 362.3 182.0-49.8% Outros 71.3 87.5 22.8% Total de passivos correntes 433.5 269.5-37.8% Total do capital próprio e passivo 3066.6 3155.1 2.9% www.brisaconcessao.pt Pág 5 de 6

Anexo II Demonstração sintética dos Resultados Milhões 31-Dez-13 31-Dez-14 Var.% Proveitos operacionais 439,6 465,5 5,9% Receita de portagem 427,5 451,1 5,5% Áreas de serviço 8,6 8,9 3,7% Outros proveitos operacionais 3,5 5,5 59,1% Custos operacionais 122,7 123,5 0,7% FSEs 120,2 120,9 0,6% Custos com pessoal 1,4 1,5 5,3% Outros custos operacionais 1,1 1,1-0,9% EBITDA 316,9 342,1 7,9% Amortizações, Provisões, Reversões 154,5 159,7 3,4% EBIT 162,4 182,3 12,3% Proveitos construção (IAS11/IFRIC12) 14,7 11,0-25,5% Custos construção (IAS11/IFRIC12) -14,7-11,0-25,5% Resultado financeiro -124,9-118,9-4,8% Custos financeiros 130,2 123,1-5,5% Proveitos financeiros 4,8 4,2-12,7% Investimentos financeiros 0,5 0,0 - Resultado antes de imposto 37,5 63,4 69,4% Imposto -9,9-21,6 117,8% Resultado líquido 27,5 41,8 52,0% www.brisaconcessao.pt Pág 6 de 6