Ano II N 7 Outubro de 2018 Apresentação Realização: Caro Leitor, Viemos nessa edição dar continuidade ao trabalho por nós iniciados. Trazendo informações do que afetou o mercado de commodities (Principalmente as oleaginosas ) durante o mês. o mês. Buscamos manter lós sempre atualizados sobre os componentes do BIP do País. Esperamos que o nosso trabalho esteja sendo cumprido e fiquem satisfeito com a leitura. Qualquer sugestão è bem vinda, de modo melhor atende lós. Obrigado e uma ótima leitura. Seja parceiro: Entre em contato contato@biomercado.com.br Nesta edição: Caroço de algodão pg.2 e 3 Girassol e óleo pg.4 Amendoim e óleo pg.4 Milho pg.5 Soja pg.6 e 7
Algodão Mercado Externo Para a safra 2018/19, as informações disponíveis apontam para uma sustentação nos preços da pluma. Segundo o relatório de oferta e demanda do USDA de setembro, o déficit projetado hoje para a próxima safra é de 1,24 milhão de toneladas. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em seu relatório de setembro, a perspectiva é que sejam colhidos 19,50 milhões de fardos de algodão no país. Os estoques finais foram projetados em 5,20 milhões de fardos e as exportações em 15,50 milhões de fardos. Ainda de acordo com o USDA, na China os produtores deverão colher nesta temporada 27 milhões de fardos de algodão. Os estoques foram estimados em 33,42 milhões de fardos e as exportações em 50 mil fardos. Já a produção da Índia foi mantida em 28,50 milhões de fardos de algodão. Os estoques finais deverão somar 13,18 milhões de fardos e as exportações ficaram em 4,25 milhões de fardos Fontes: Conab, Cepea/Esalq e USDA Mercado Interno De acordo com o primeiro levantamento de safra de Conab para 18/19, há uma estimativa de aumento de área de plantio de algodão, variando de 8,2% a 20,4% em relação a safra anterior. Esse cenário de otimismo no setor é consequência de safras passadas bem-sucedidas e o aumento na demanda mundial pela pluma. incremento. O planejamento dos produtores indica que a área deve atingir entre 18,5 mil e 20,5 mil hectares. Esse incremento de área está relacionado a ganho estrutural, como a reativação de uma usina de beneficiamento de algodão, e a fatores de mercado, como a melhora na cotação da pluma de algodão. Dessa forma, alguns produtores retomaram as áreas de algodão plantadas em safras anteriores. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, o plantio ocorre apenas a partir de dezembro, quando se encerra o vazio sanitário da cultura. Todavia, já é possível estimar um aumento significativo na área plantada devido aos bons retornos financeiros da cultura. Os preços da pluma disponível desvalorizou em setembro, devido a injeção de oferta decorrente da colheita da safra 2017/18, mas ainda assim o patamar é considerado excelente e deve estimular a produção. Parte dos produtores segue beneficiando o algodão colhido na safra passada. Em Goiás, a expectativa é de aumento de área em decorrência da melhora nas cotações no mercado nacional e internacional, além da elevação do câmbio. Espera-se que a área aumente entre 20 a 26% em relação à safra passada. Grande parte dos produtores aderiram a safrinha tendo em vista a boa rentabilidade da soja plantada anteriormente. 2
Algodão Em São Paulo, a expectativa é de acréscimo considerável na área em virtude das condições atuais de preço da pluma e da cotação do dólar, tornando a cultura mais atraente em relação às outras. Os plantios ainda não iniciaram e deve acontecer após a totalização da colheita do trigo. Os paulistas têm investido em novas tecnologias, como exemplo a aquisição de maquinas de enfardamento cilíndrico. Em Minas Gerais, principal produtor regional, o plantio de algodão tem início apenas a partir de 20 de novembro, quando se encerra o período de vazio sanitário. De maneira geral, o plantio da safra verão é realizado a partir de dezembro. A área de plantio para a safra 2018/19 está estimada entre 25 e 25,5 mil hectares. Em Mato Grosso do Sul há a tendência de aumento da área devido às boas perspectivas de mercado. Estima-se, até o momento, uma área entre 30,4 mil e 34,3 mil hectares, cujas previsões serão confirmadas no decorrer do plantio. Os produtores estão dedicados em processar e comercializar o algodão da safra anterior, o qual se encontra em beneficiamento nas algodoeiras. Gráfico 1 Acompanhamento de preços do caroço de algodão (R$/ton) Girassol Em relação à safra anterior estimasse um aumento em quase todas as regiões. São Paulo o amendoim é plantado em outubro na entre safra da cana de açúcar, para recuperação do solo, houve um aumento de cerca de 3% na área plantada em relação à safra anterior. Já em Minas Gerais se estima o plantio seja em torno de 2,6 mil hectares. No Paraná o plantio do amendoim não é tão intenso se concentrando na região Paranavaí, lá seu plantio é intercalo com o da cana de açúcar, levando em comparação o histórico da região acredita se que sua produtividade seja de 2.894 kg/ha. Gráfico 2 Acompanhamento dos preços de amendoim (R$/25kg) em São Paulo. 2
Fonte: Elaborado pelos editores. Mercado Interno Na primeira quinzena de setembro, as cotações do milho registraram movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. No interior paulista, os preços recuaram, enquanto nas regiões do Centro-Oeste e Sul do País a retração produtora sustentou os valores e limitou as negociações. A partir da segunda quinzena, porém, os preços seguiram em queda no mercado interno, com exceção do Nordeste e do Rio Grande do Sul, devido à baixa disponibilidade de cereal nestas regiões. (CEPEA/ESALQ). A comercialização segue com ritmo lento, apesar da alta cotação do dólar, em função das questões relacionadas à economia mundial e à conjuntura política brasileira, ainda incentivar algumas negociações, inclusive para a exportação, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os produtores optaram por especular em busca de mais altas nos preços domésticos e pelo cenário positivo da venda de soja para a China. (CONAB) Segundo a Secretaria de Comércio Exterior Secex, no mês de agosto foram importadas cerca de 140,5 mil toneladas, oriundos da Argentina e Paraguai para atender os Estados de Sul e Nordeste. (CONAB) Como as exportações estão aquém do que se esperava, visto que o impasse em relação ao tabelamento de frete parece longe de uma solução e os line ups indicam valores mensais bem abaixo do que ocorreu mensalmente no ano anterior, acredita-se que o Brasil embarcará até janeiro de 2019 25,5 milhões de toneladas de milho. (CONAB) A estimativa de estoque final do milho para a safra 2017/18 é de 13,9 milhões de toneladas, um estoque que pode pesar sobre as cotações do milho, à medida que esfrie a demanda interna e haja a necessidade do produtor rural, que possui estoques vender seu produto para liberar os armazéns para safra seguinte. (CONAB) Milho Gráfico 3 : Preço (R$/Sc 60 kg) de milho nos principais estados brasileiros. Mercado externo No último dia 12/09/2018, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos Usda (sigla em inglês) publicou o novo relatório de oferta e demanda, onde, diferentemente do que previa o mercado, foi estimado um novo aumento na produção norteamericana de milho.(conab) Destacando a questão da produção dos Estados Unidos, o Usda indicou um aumento de 6,0 milhões de toneladas, apresentando uma produção recorde e uma produtividade média 11,38 ton/ha, que é a maior produtividade média de milho da história dos Estados Unidos. (CONAB) A produção mundial de milho se aproxima da produção registrada em 2016/17, ficando em 1,07 bilhão de toneladas. (CONAB) O relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, indica um novo aumento da área plantada de milho na Argentina (de 5,4 para 5,8 milhões de há). (CONAB) O consumo mundial do grão também teve um aumento, na ordem de 2,0 milhões de toneladas e os estoques finais mundiais tiveram uma projeção de aumento praticamente no mesmo volume que o mantendo a relação estoque/consumo com pouca alteração em relação ao mês anterior, ficando em 14,3%. (CONAB) Em relação ao consumo, destaca-se o forte aumento do consumo de milho na China, em relação à safra anterior, em quase 10,0 milhões de toneladas, porém a um incremento da produção na mesma ordem. (CONAB) 4
Soja Mercado Interno Atentos ao menor excedente interno, sojicultores estiveram retraídos para a venda do grão remanescente da safra 2017/18 e ainda mais cautelosos nas comercializações da temporada 2018/19. Essa retração vendedora foi intensificada após a divulgação da nova tabela de frete mínimo pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) no dia 5 houve reajuste médio de 5%, depois da alta de 13% no preço do óleo diesel anunciada no final de agosto. (CEPEA/ESALQ) Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações da oleaginosa subiram 4% no mercado de balcão (preço pago ao produtor) e 5,2% no de lotes (negociações entre empresas) entre agosto e setembro. De modo geral, em setembro, agentes estiveram atentos ao clima em praticamente todo o Brasil. Para o trimestre outubro-novembrodezembro, dados do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) indicam possível início do fenômeno El Niño, seguindo até março-abril-maio de 2019 o El Niño é caracterizado por elevar o volume de chuvas no Centro-Sul do País e reduzir no Norte e Nordeste. Quanto aos derivados, a liquidez esteve lenta, visto que compradores estão abastecidos. No caso do farelo de soja, pecuaristas, principais compradores desse derivado, trabalham com margem de lucro reduzida desde o início do ano, especialmente avicultores e suinocultores. Diante disso, parte dos agentes do setor pecuário mostrou interesse em importar o produto da Argentina. (CEPEA/ESALQ) Para o óleo de soja, com o maior processamento para o farelo neste ano, a oferta tem ficado acima da demanda. No dia 28, o Crush Margin calculado pelo Cepea no porto de Paranaguá estava em -US$ 6,62/tonelada para o contrato Novembro/18.(CEPEA/ESALQ) O preço do farelo de soja subiu 3,2% entre agosto e setembro na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. O óleo de soja na cidade de São Paulo (com 12% de ICMS) se valorizou 3,1% no mesmo comparativo, a R$ 2,842,59/tonelada na média de setembro.(cepea/esalq) Gráfico 5 Preços da soja (R$/Sc.) nos principais estados produtores Gráfico 5 Preço da soja (U$/ton.) nos principais mercados externos 6
Soja Mercado Externo Nos Estados Unidos, a colheita segue aquecida. Segundo o USDA, até o dia 30 de setembro, 23% da área havia sido colhida, 3 p.p a mais frente ao mesmo período do ano passado. Em relação à qualidade do grão que ainda está na lavoura, 68% estão em condições boas e excelentes, 22%, em médias e 10%, em situação ruim. (CEPEA/ESALQ) Na CME Group (Bolsa de Chicago), entre agosto e setembro, o primeiro vencimento da soja recuou 3,2%, a US$ 8,3397/bushel (US$ 18,39/sc de 60 kg) no último mês. No mesmo comparativo, o contrato de primeiro vencimento do óleo de soja cedeu 1,1%, a US$ 0,2795/lp (US$ 616,21/t). Os futuros de farelo de soja registraram queda de 4,5% entre os dois últimos meses, a US$ 308,60/tonelada curta (US$ 340,17/t).(CEPEA/ESALQ) O lado bom para os vendedores é que a taxa cambial (dólar x Real) esteve elevada em setembro, quando atingiu o maior valor desde a implementação do Plano Real. Isso atraiu compradores externos para o Brasil, que exportou volume recorde no mês em relação ao mesmo período de anos anteriores. Nesse cenário, os preços domésticos seguem nos maiores patamares desde julho/16, em termos reais (IGP-DI, agosto/18). (CEPEA/ESALQ) Embora os embarques tenham caído 43,3% de agosto para setembro, o total foi de 4,6 milhões de toneladas de soja em grão, o maior volume exportado neste período. Na parcial do ano (de janeiro a setembro), o País já embarcou 69,2 milhões de toneladas, 13,1% a mais que o verificado no mesmo período de 2017, segundo a Secex. O principal comprador de soja em grão do Brasil é a China. (CEPEA/ESALQ) As vendas externas de óleo de soja também estiveram aquecidas em setembro. Embora os embarques tenham recuado 59,6% de agosto para setembro, no último mês, as exportações somaram 84,59 mil toneladas, ante apenas 10,44 mil em setembro de 2018. Na parcial do ano, os embarques de óleo de soja somam 1,20 milhão de toneladas, 21,5% a mais que no mesmo período de 2017. (CEPEA/ESALQ) Gráfico 6 Preço da soja (U$/ton.) nos principais mercados externos 6
EXPEDIENTE O Bioinformativo é uma publicação mensal do centro de referência da Cadeia de Produção de Biocombustíveis para a agricultura familiar, da Universidade Federal de Viçosa. EQUIPE BIOMERCADO Coordenador do Centro: Prof. Ronaldo Perez Endereço: CCBioenergia, Vila Gianetti 25, Campus Universitário Viçosa, MG. CEP: 36570-000 Telefone: (31) 3899-1791 e-mail: contato@biomercado.com.br Estagiários: Adecrescio Aguiar Gabriel Lourenço Heitor Braga Loren Ferreira Marcela Macedo 8