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Transcrição:

LUCRO DA ATENTO MAIS QUE DOBROU NO 3º TRIMESTRE A operadora de call centers Atento registrou aumento de 108,8% do lucro líquido no terceiro trimestre, para US$ 16,7 milhões, na comparação anual. Já a receita da companhia recuou 19% de julho a setembro, para US$ 476,2 milhões, ante o mesmo período do ano passado. Alcançamos um sólido crescimento sustentado, equilibrado e rentabilidade no terceiro trimestre, apesar de operar em um ambiente macroeconômico desafiador, disse Alejandro Reynal, presidente da Atento. Segundo a companhia, o resultado foi beneficiado pelo crescimento de 9% da receita no Brasil e de 15,9% no restante das Américas. O número, no entanto, é em moeda constante. A Atento também registrou queda de 69% na despesa financeira líquida, para US$ 9,5 milhões. Levando em conta a variação cambial, a receita da operação brasileira da Atento recuou 29,6% no período, para US$ 216,5 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) no país caiu 28,2%, para US$ 33,6 milhões. Este crescimento [no Brasil] foi apoiado por novos clientes, aumento de participação na carteira dos clientes existentes, particularmente em serviços financeiros, e um aumento da fatia de soluções de maior valor agregado, informou a companhia em seu balanço. http://bit.ly/1l6zxux 1

CENTRAIS APROVAM AGENDA PELO CRESCIMENTO As Centrais Sindicais reafirmam a unidade de ação e anunciam uma série de atos e medidas em defesa do emprego e pela retomada do crescimento econômico. As deliberações foram adotadas na manhã desta segunda (9), na sede do Dieese, no Centro de São Paulo. Participaram CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB, e CSB. O encontro centrou o debate na necessidade urgente de se recuperar os setores de petróleo, gás, construção pesada e naval, visando principalmente garantir os empregos atuais e recuperar os postos de trabalho que foram cortados. Agenda - Foi aprovada proposta apresentada por Sérgio Nobre, secretario geral da CUT, de realizar três grandes atos de peso. A agenda é a seguinte: dia 3 de dezembro, um grande debate sobre a economia e a retomada do crescimento, agregando sindicalistas, empresários, economistas e setor acadêmico. O local será a Casa de Portugal, na região central de São Paulo. Sede do Dieese lota com as Centrais e vários Sindicatos e Federações de diversos estados brasileiros O segundo ato, dia 8 de dezembro, será no Rio de Janeiro. Uma grande manifestação, reunirá milhares de trabalhadores, integrantes dos movimentos sociais e entidades da sociedade organizada em frente à sede nacional da Petrobras. O terceiro ato está marcado para 9 de dezembro, em Brasília. A ideia é levar um conjunto de propostas ao governo e ao congresso Nacional. Os sindicalistas pretendem se reunir também com Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior do Trabalho e Controladoria Geral da União. Cobertura - A Agência Sindical apoia a iniciativa das Centrais e entende que é preciso trazer para o movimento o setor produtivo, além de pressionar o governo, o Congresso e fazer gestões junto a órgãos do Estado. Nossa cobertura será antes, durante e depois dos eventos. http://bit.ly/1nztqxh 2

ENTENDA COMO A INFLAÇÃO FAZ O SALÁRIO PARECER MAIS CURTO A CADA MÊS No nível em que a inflação se encontra, próxima dos 10%, ela faz com que boa parte da população perca a noção de o que é caro ou barato Cerca de 70 milhões de brasileiros não conviveram com a inflação antes de que ela voltasse a ser uma preocupação no cenário econômico atual. De acordo com a Folha de S. Paulo, esse é o número de pessoas que ainda não eram adultos (ou não haviam nascido) quando os preços eram uma preocupação constante em 1993. Assim, é difícil entender como os valores de compra mudam de uma hora para outra e, principalmente, como o salário parece ser menor todos os meses. No nível em que a inflação se encontra, próxima dos 10%, ela faz com que boa parte da população perca a noção de o que é caro ou barato. Pensando nisso, a reportagem explica alguns conceitos e dá dicas de como viver no cenário atual. O que é inflação? É o aumento generalizado de preços. O que provoca inflação? 1) Procura maior que a oferta. 2) Aumento no custo de produção (alta do dólar, por exemplo). 3) Remarcação de preços por inflações passadas (reajuste no aluguel, escola e etc.) Por que há diferentes índices de inflação? Cada índice acompanha a variação de preços de uma determinada cesta de produtos. Qual o impacto para os brasileiros? A moeda perde poder de compra: há um ano uma família pagava R$ 100 para comprar alimentos e bebidas; hoje paga R$ 110,39 pelos mesmos produtos. Como se proteger? Compare preços. Uma pesquisa revelou que um mesmo modelo de celular podia custar entre R$ 521 e R$ 1.069. Vale a pena pesquisar. Antecipe as compras Como o salário perde o poder de compra, prefira usá-lo para o que já sabe ser necessário assim que o receber Não deixe dinheiro parado na conta Procure alternativas de investimento que pelo menos compensem a desvalorização provocada pela inflação. http://bit.ly/1nzwbil 3

GREVE SEM PEDIR SALÁRIO OU BENEFÍCIO PARA TRABALHADOR É INÉDITA Estudos elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) desde a década de 1980 mostram que raramente as paralisações de trabalhadores ocorrem por conta de pedidos que não envolvam reajuste salarial ou outros benefícios Lula durante greve na década de 1980 laborais. No último levantamento do órgão, no qual analisa o ano de 2012, constatou que 68% dos pleitos envolvem aumentos de salários ou de vales-alimentação. Naquele ano, quando as paralisações voltaram a crescer no país, houve 873 movimentos grevistas. Nenhum deles pedia a não-venda de ativos da Petrobras ou a renúncia presidencial, diferentemente dos dois protestos que ocorrem agora. Os dados do DIEESE mostram também que, entre 1985 e 2012, os governos que proporcionalmente mais enfrentaram greves foram, respectivamente, o de Fernando Collor (1990-1992) e o de José Sarney (1985-1990). Na gestão Collor, a cada dia ocorriam três movimentos grevistas e na de Sarney, 2,9. Várias dessas paralisações eram incentivadas pelo ex-metalúrgico e então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Quando este virou presidente, em 2003, viveu praticamente sem confrontos com os movimentos de trabalhadores. Nos anos Lula (2003-2010), foram registradas 2952 paralisações, média de uma por dia nos dois mandatos presidenciais. A sua sucessora, apesar de ser do mesmo partido, não teve a mesma sorte ou, o mesmo traquejo para negociar com as entidades laborais. Nos primeiros dois anos da gestão Dilma Rousseff (2011-2012), a média diária de paralisações saltou para 1,9 número superior aos anos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que era de 1,7. http://bit.ly/1pxofel 4

INDICADOR DE EMPREGO DA FGV SOBE 5% O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 5% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o índice atingiu 65,1 pontos. O resultado, porém, sucede o ponto mais baixo da série (iniciada em junho de 2008) atingido no mês passado. Além disso, em médias móveis trimestrais, o IAEmp cedeu 0,3%. "A melhora do IAEmp em outubro deve ser interpretada com cuidado, pois não há evidências de uma retomada das contratações, mas, provavelmente, de uma estabilização do emprego para o mês corrente. Ainda é cedo para se interpretar como uma inversão de tendência", avaliou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota oficial. As maiores contribuições para a alta do IAEmp vieram do indicador que mede o ânimo dos empresários da indústria para contratar nos próximos três meses (17,2%) e do índice que mensura a situação dos negócios para os próximos seis meses no setor de serviços (12,8%). O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das sondagens da indústria, de serviços e do consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País. Tendência O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 5,4% em outubro ante setembro, para 97,6 pontos, na série com ajuste sazonal. Tratase do maior nível desde março de 2007 (98,1 pontos). A alta significa que a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho piorou mais uma vez e sugere continuidade do aumento da taxa de desemprego no período. "A acentuada alta do ICD reflete a deterioração rápida e contínua do desemprego, puxada principalmente pela piora na percepção do mercado de trabalho de consumidores de famílias pobres e ricas, o que podem indicar elevada dificuldade em se obter uma vaga de trabalho", destacou Rodrigo Leandro de Moura. A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País atingiu 7,6% em setembro, a maior para o período desde 2009, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). http://bit.ly/1kkpvwk 5

DESOCUPAÇÃO SOBE, MAS GASTO COM SEGURO- DESEMPREGO CAI O Brasil ganhou 2,1 milhões de novos desempregados nos últimos 12 meses, somando, até setembro, 8,8 milhões de trabalhadores nessas condições. Apesar do aumento expressivo, o volume de novos beneficiários do segurodesemprego encolheu 13% no quadrimestre até agosto e quase 5% no ano queda suficiente para reduzir em termos reais os gastos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) com o benefício na comparação com 2014. Descontada a inflação, as despesas diminuíram 1,6%, conforme o relatório fiscal do Tesouro referente ao período janeirosetembro. A mudança recente nas regras de acesso ao seguro, que elevou o período mínimo de serviço dos novos requerentes de seis para 12 meses, explica em parte o cenário, que também reflete a dinâmica da recessão. Em 2015, o ritmo de demissões está menor e as empresas deixaram parte do ajuste do mercado de trabalho ser feito pelo congelamento das contratações. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a maior contribuição para o fechamento de 1,3 milhão de vagas com carteira assinada nos últimos 12 meses foi a redução das novas admissões, e não o crescimento dos desligamentos. Nos 12 meses encerrados em setembro, as empresas desligaram 900 mil pessoas a menos do que nos 12 meses anteriores e as demissões sem justa causa, as que permitem acesso ao benefício, ficaram estáveis. O ritmo de admissões, por outro lado, diminuiu muito mais. Entre outubro de 2013 e setembro de 2014, as empresas haviam feito 20,7 milhões de admissões, número que caiu para 18 milhões nos 12 meses seguintes, 2,7 milhões a menos. Essa mudança de comportamento tem implicações para o caixa das empresas, que poupam custos trabalhistas com a rescisão, para o bolso dos trabalhadores, que ficam sem acesso ao seguro, e para as contas públicas, já que gastase menos com o benefício. Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), diz que é típico dos momentos de crise que o ajuste do mercado de trabalho se faça pela não reposição de vagas. "As companhias deixam a alta rotatividade do mercado de trabalho jogar a seu favor", observa. No Brasil, em setembro do ano passado, 4% das vagas mudaram de "dono", percentual que caiu para 3,3% em setembro deste ano, segundo cálculos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base no Caged. A cada ano, 45% 6

a 50% das vagas trocavam de ocupante, percentual que nesse ano caminha para ficar mais próximo a 40%. Além da não reposição, as empresas estão efetivamente abrindo menos postos de trabalho, observa Rui Rocheta, presidente do Gi Group, empresa de soluções para o mercado de trabalho. "A abertura de vagas recuou 30%", diz ele, ponderando que essa retração está associada ao menor investimento e à queda nas vendas. "Projetos de abertura de novas lojas ou unidades de produção foram postergados e houve menor expansão ou até queda nas vendas. Tudo isso representa menor criação de empregos", avalia, acrescentando que, além do congelamento de contratações, algumas empresas também enxugaram operações, o que provocou aumento das demissões. As contratações são mais sensíveis aos ciclos econômicos do que os desligamentos, concorda o economista Gabriel Ulyssea, da PUCRJ. Além de frear a abertura de novas vagas, a desaceleração da atividade também tende a diminuir a taxa de rotatividade, ele acrescenta, e aliviar a pressão sobre as emissões de seguro-desemprego. Entre janeiro e agosto, o MTE habilitou 5,2 milhões de novos beneficiários, 488,5 mil menos do que no mesmo intervalo de 2014, retração de 4,8% que se deve ainda às mudanças implementadas na legislação neste ano, que endureceram os critérios de elegibilidade. Assim, mesmo com o aumento do salário mínimo, referência para o valor das parcelas, de R$ 724 para R$ 788 entre 2014 e 2015, os gastos do governo com seguro-desemprego caíram 1,6% em termos reais no acumulado entre janeiro e setembro, segundo dados do Tesouro. Os números do MTE, atualizados até 7

agosto, somam R$ 23,1 bilhões em pagamentos, alta nominal de 6,1% em relação a 2014, bem baixo do IPCA acumulado de 9,5%. A atual contração do mercado de trabalho terá ainda um efeito de médio prazo sobre as despesas com seguro-desemprego, ressalta Ulyssea, já que a tendência de redução do volume de emprego com carteira assinada diminui o total de trabalhadores que podem ter acesso ao benefício. "Os incentivos à formalização que existiam antes, como as linhas de crédito subsidiadas, diminuíram, ao mesmo tempo em que os custos desse tipo de contratação se mantiveram constantes ou subiram, sem um retorno para as empresas em forma de crescimento. Isso deve gerar um aumento da informalidade". Uma pesquisa da consultoria ManpowerGroup Brasil mostrou que apenas 9% dos empregadores, em um universo de 850 executivos de recursos humanos no país, pretendiam fazer contratações no último trimestre, menor percentual em toda a série da pesquisa. Além desse dado, chamou bastante a atenção de Márcia Almström, diretora de RH e marketing da Manpower, que 65% dos entrevistados tenham declarado que pretendem manter estável seu quadro de pessoal. "Esse é um sinal de que as empresas podem estar contando com uma retomada e estão pensando em estratégias para reter talentos", observa a executiva. "O custo da folha é muito alto, mas começar do zero, recontratar e treinar pode ser mais custoso depois", diz ela. O percentual de 65% é idêntico ao registrado em igual período do ano passado, mas como o cenário é mais recessivo, a expectativa era que esse ele estivesse menor. Do ponto de vista fiscal, Zylberstajn pondera que a contrapartida do menor número de desligados sem justa causa é a redução do número de pessoas que podem se habilitar ao seguro-desemprego, mas não necessariamente isso levará a um gasto menor com o benefício. Se as pessoas ficam mais tempo no emprego, reflexo da queda da rotatividade, quando elas forem demitidas terão direito a receber o seguro por mais tempo, o que acaba elevando as despesas federais com o benefício. http://bit.ly/1gt72zl 8

GOVERNO PODE MUDAR LEI PARA FACILITAR FUSÃO ENTRE OI E TIM O tempo para que a Oi pague suas dívidas está vencendo e, por isso, o governo se preocupa que ela possa quebrar A Oi enviou um documento ao Ministério das Comunicações com algumas reivindicações que, se atendidas, aumentarão o valor da companhia e farão com que o caminho para se fundir com a TIM fique mais fácil. Segundo a Folha de S. Paulo, a Oi tem uma dívida de R$ 50 bilhões e uma proposta do fundo russo LetterOne que injetaria US$ 4 bilhões na companhia - desde que ela se junte com a TIM. No entanto, a Telecom Italia só admite negociações caso haja mudança na legislação do setor. O tempo para que a Oi pague suas dívidas está vencendo e, por isso, o governo se preocupa que ela possa quebrar, aumentando a vontade de facilitar a fusão das duas companhias. A reportagem do jornal apurou que o grupo está responsável pelo assunto quer uma versão final da legislação em 90 dias. Isso evitaria que os russos investissem em outro lugar o dinheiro. As mudanças podem ser realizadas por decretos ou, ainda, através de manobras da Anatel. http://bit.ly/20hgzaa 9

VIVENDI NÃO FICARÁ CONTRA CONVERSÃO DE AÇÕES DA TELECOM Milão/Paris - A Vivendi, maior acionista da Telecom Italia, não vai se opor à conversão de ações sem direito a voto em papéis ordinários, apesar da operação resultar em diluição da fatia de 20 por cento do grupo de mídia francês na companhia italiana, disse uma pessoa com conhecimento do assunto. O Conselho da Telecom Italia aprovou a proposta para conversão de 6,03 bilhões de ações sem direito a voto na quinta-feira, em um movimento para ajudar a levantar caixa, mas que também dilui as participações de dois bilionários franceses que recentemente tiveram interesse na empresa. Sob os termos da proposta de conversão, Vincent Bollore, da Vivendi, poderia ver sua fatia de ações ordinárias diluída para até 13,9 por cento. Já o empresário de telecomunicações Xavier Niel, que surgiu na semana passada como potencial segundo maior investidor da Telecom Italia, com opções de compra referentes a 15,1 por cento, poderia ver sua participação potencial ser reduzida para cerca de 10 por cento. O momento da conversão também sugeriu que a direção da Telecom Italia poderia tentar cortar a potencial influência dos dois investidores franceses, disseram analistas. Enfrentando peso de uma dívida líquida de 26,8 bilhões de euros, a conversão poderia levantar até 573 milhões de euros em dinheiro se todas as ações sem direito a voto forem incluídas na operação, e a companhia também evitaria pagar 166 milhões de euros em dividendos anuais. Entretanto, outros desafios da Telecom Italia permanecem não solucionados, incluindo um mercado em deterioração no Brasil, que contribuiu para uma queda de 15 por cento no lucro da empresa. Em teleconferência com analistas, o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, afirmou que as perspectivas sobre o Brasil seguem difíceis e que o conselho de administração do grupo controlador da TIM vai considerar qualquer "oferta apropriada" pela operadora brasileira. http://abr.ai/1ozzx7u 10