Núcleo de Pós Graduação Pitágoras Professor: Fernando Zaidan Disciplina: Arquitetura da Informática e Automação MBA Gestão em Tecnologia da Informaçao Agosto-2008 NFe Nota Fiscal Eletrônica Referências COMPUTERWORLD. SP deve emitir 60 milhões de notas fiscais eletrônicas por mês até 2009. Disnponível em: <http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2006/06/28/idgnoticia. 2006-06-28.6014258993/IDGNoticia_view>. Acesso em: 25 nov. 2006. LAUDON, K. C.; LAUDON J. P. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa digital. 7. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007. MOREIRA, Daniela. Saiba como funciona a nota fiscal eletrônica. Disponível em: <http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2006/08/15/idgnoticia.2006-08- 15.0728303763/IDGNoticia_view>. Acesso em : 17 ago. 2006. NOTA FISCAL Eletrônica SEF-MG. Disponível em:<http://portalnfe.fazenda.mg.gov.br/>. Acesso em: 17 ago. 2008. O BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2004. PROJETO NFe - Manual de Integração v.202 Contribuinte: padrões técnicos de comunicação. Disponível em: <http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/docs/manual_de_integracao- Contribuinte_versao202_2007-06-29.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2007. PROJETO NFe - Manual de Integração v.202a Contribuinte: padrões técnicos de comunicação. Disponível em: < http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/docs/manual_integracao_contribuinte _v_2.02a_2008_06_16.pdf >. Acesso em: 17 ago. 2008. 1
Contexto Agenda Objetivos OProjetoNFe Como funciona na prática Arquitetura de Comunicação Assinatura Digital e Certificados Digitais Padrões da NFe A NFe em Minas Gerais Contexto Os sistemas das organizações para a emissão e controle das notas fiscais, por exemplo, os ERP s, podem estar nas mais diversificadas arquiteturas. Emissoras Receptoras Governo Contabilidade O Governo possui sistemas de informação em plataformas bastante diversificadas. A emissão e controle manual das notas fiscais muitas vezes são feitos em sistemas com uma informatização mínima, e sem integração com os próprios sistemas internos. Outro agravante são as empresas que fazem os serviços de contabilidade externamente, também sem integração. Neste caso, a apuração dos impostos é feita de maneira isolada, manualmente, enviando para o Fisco apenas os valores apurados. 2
Objetivos O objetivo da NF-e é substituir a nota fiscal em papel, simplificando as obrigações dos contribuintes e permitindo o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco. As notas fiscais a serem substituidas são os modelos 1 e 1A NFs Modelos 1 e 1A A integração e cooperação entre administrações tributárias têm sido temas muito debatidos em países federativos, especialmente naqueles que, como o Brasil, possuem forte grau de descentralização fiscal. A autonomia tib tributária tái tem gerado: multiplicidade li id d de rotinas de trabalho, burocracia, baixo grau de troca de informações e falta de compatibilidade entre os dados econômico-fiscais dos contribuintes. O controle apresenta-se difícil porque falta de gestão e visão integrada das ações dos contribuintes. A integração e compartilhamento de informações têm o objetivo de racionalizar e modernizar a administração tributária brasileira, reduzindo custos, burocracia e facilitando o cumprimento das obrigações tributárias. Além de fortalecer o controle e a fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias. 3
O Projeto Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) A NFe é um documento digital emitido e armazenado eletronicamente. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e a autorização do uso fornecida pela administração tributária onde reside o contribuinte. Embora o sistema adotado pelas secretarias esteja baseado em Java, é válido destacar que sua compatibilidade se dá com qualquer solução desenvolvida em código aberto. Segundo Ministério da Fazenda, os benefícios são: Para o contribuinte vendedor (emissor da NFe): redução de custos de impressão e de papel; incentivo ao (B2B); Para o contribuinte comprador (receptor da NFe): eliminação de digitação de NF na recepção de mercadorias; redução de erros de escrituração; planejamento de logística de entrega pela recepção antecipada da informação da NFe; incentivo ao (B2B); Para a sociedade: redução do consumo de papel; incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; padronização entre empresas; Para as administrações tributárias: aumento na confiabilidade da NF; melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos; diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. 4
Como funciona a NFe na prática Etapa 1 Solicitação para emissão da NFe Figura 01: Etapa 1 da NFe Fonte: PROJETO NFe SEF-MG Como funciona a NFe na prática Etapa 2 Emissão e transmissão da NFe Figura 02: Etapa 2 da NFe Fonte: PROJETO NFe SEF-MG Como funciona a NFe na prática Etapa 3 Envio para Receita Federal e outras UFs Figura 03: Etapa 3 da NFe Fonte: PROJETO NFe SEF-MG 5
Como funciona a NFe na prática Etapa 4 Consulta da NFe pela internet Figura 04: Etapa 4 da NFe Fonte: PROJETO NFe SEF-MG Como funciona a NFe na prática Etapa 5 Confirmação e recebimento da NFe pelo destinatário Figura 05: Etapa 5 da NFe Fonte: PROJETO NFe SEF-MG Com a chave de acesso, o destinatário poderá consultar o documento eletrônico. Em papel teremos a impressão de uma representação gráfica simplificada da NFe, chamado DANFE (documento auxiliar da NFe): chave de acesso para consulta da NFe na internet; código de barras bidimensional; Os postos fiscais estão aparelhados e treinados. Mesmo que a empresa receptora não emita a NFe, ela deverá validar o recebimento para que seja aproveitado o crédito de impostos desta nota. 6
Figura 06: DANFE - Fonte: PROJETO Nfe Arquitetura de comunicação Os Portais das Secretarias de Fazenda Estaduais irão disponibilizar os seguintes serviços: a) Recepção de NF-e; 1) Recepção de Lote; 2) Consulta Processamento de Lote; b) Cancelamento de NF-e; c) Inutilização de numeração de NF-e; d) Consulta da situação atual da NF-e; e) Consulta do status do serviço. Cada serviço tem um Web Service específico. É permitido sanar erros por meio da carta de correção (observar disposto do parágrafo) O fluxo de comunicação é sempre iniciado pelo aplicativo do contribuinte através do envio de uma mensagem ao Web Service com a solicitação do serviço desejado. O Web Service sempre devolve uma mensagem de resposta confirmando o recebimento da solicitação de serviço ao aplicativo do contribuinte tib i t na mesma conexão. A comunicação entre o contribuinte e a Secretaria de Fazenda Estadual será baseada em Web Services disponibilizados nos Portais das respectivas Secretarias de Fazenda da circunscrição do contribuinte. 7
Fluxo conceitual de comunicação Figura 07: Fluxo conceitual de comunicação Fonte: PROJETO Nfe - Manual de Integração v.202a Assinatura Digital e Certificados Digitais da NFe Criptografias Chave Simétrica Remetente e destinatário criam uma única chave criptografada, que é enviada ao destinatário. Desta forma, os dois compartilham a mesma chave. A segurança está ligada ao comprimento de bits desta chave. Problema: a chave precisa ser compartilhada entre o remetente e o destinatário, deixando-a exposta a invasores que podem interceptar e descriptografar. 8
Chave Pública É mais segura, pois usa duas chaves; Uma chave compartilhada (pública) e outra totalmente privada; As chaves são matematicamente relacionadas - só descriptografa os dados que foram criptografados pela chave em comum; Para o início de envio e recebimento de mensagens, as duas partes envolvidas criam pares separados de chaves públicas e privadas; A pública é mantida em um diretório aberto; A privada deve ser mantida em segredo, somente usada para descriptografar a mensagem. Assinaturas digitais e certificados digitais Auxiliam a autenticação; Assinatura digital é uma mensagem criptografada (por exemplo, com o nome do remetente) que somente o remetente pode criar por meio de sua chave privada. É usada para verificar as origens e conteúdo de uma mensagem; Podemos comparar com uma assinatura escrita, pois associa uma mensagem ao seu remetente. (LAUDON; LAUDON, 2007). Certificados digitais São arquivos de dados usados para determinar a identidade de pessoas e ativos eletrônicos, com o intuito de proteger transações on-line. Um certificado digital usa uma terceira parte (fidedigna) conhecida como autoridade certificadora (certificate authority - CA), para validar a identidade de um usuário. Existem muitas CA nos EUA e em todo o mundo, tais como: Microsoft; Federal Reserce System; Verisign. No Brasil: SERPRO; Certisign; SERASA; IMESP; PRODEMG; CEF; SINCOR. 9
Padrões da NF-e O Projeto Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) está sendo desenvolvido, de forma integrada, pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal, a partir da assinatura do Protocolo ENAT 03/2005 (27/08/2005). Este protocolo atribui ao Encontro Nacional de coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto NF-e. Padrão de codificação A especificação do documento XML adotada é a recomendação W3C para XML 1.0, disponível em www.w3.org/tr/rec-xml e a codificação dos caracteres será em UTF-8. Validação de Schema Para garantir minimamente a integridade das informações prestadas e a correta formação dos arquivos XML, o contribuinte deverá submeter o arquivo da NF-e e as demais mensagens XML para validação pelo Schema do XML (XSD XML Schema Definition), disponibilizado pela Secretaria de Fazenda Estadual antes de seu envio. 10
Padrão de comunicação AcomunicaçãoentreocontribuinteeaSecretariadeFazenda Estadual será baseada em Web Services. O meio físico de comunicação utilizado será a Internet, t comouso do protocolo SSL (certificados seguros digitais - Secure Sockets Layer), que além de garantir um duto de comunicação seguro na Internet, permite a identificação do servidor e do cliente através de certificados digitais, eliminando a necessidade de identificação do usuário através de nome ou código de usuário e senha. A troca de mensagens entre os Web Services do Portal da Secretaria de Fazenda Estadual e o aplicativo do contribuinte será realizada no padrão SOAP, com troca de mensagens XML. Padrão de Certificado Digital As mensagens enviadas ao Portal da Secretaria de Fazenda Estadual são documentos eletrônicos elaborados no padrão XML e devem ser assinados digitalmente com um certificado digital que contenha o CNPJ do estabelecimento emissor da NF-e objeto do pedido. Figura 08: Padrões técnicos Fonte: PROJETO NFe Manual de Integração v.202a 11
Exemplo do XML <NFe xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe"> <ide> <natop>venda de merc. adquiridarecebida de 3s - ST</natOp> <indpag>1</indpag> <mod>55</mod> <serie>10</serie> <nnf>1</nnf> <demi>2006-09-14</demi> <dsaient>2006-09-15</dsaient> <tpnf>1</tpnf> </ide> <emit> <CNPJ>33009911004711</CNPJ> <xnome>souza CRUZ S.A.</xNome> <xlgr>r PROF SARMENTO BARATA</xLgr> <nro>297</nro> <xmun>porto ALEGRE</xMun> <UF>RS</UF> <fone>8008882223</fone> </emit> <dest> <CNPJ>00870198000326</CNPJ> <xnome>posto LIBERDADE LTDA</xNome> <xlgr>av IPIRANGA</xLgr> <nro>2495</nro> <xbairro>pr BELAS</xBairro> <xmun>porto ALEGRE</xMun> </dest> <prod> <cprod>7000032</cprod> <cean/> <xprod>carlton RED</xProd> <genero>24</genero> <CFOP>5403</CFOP> <qcom>2.400</qcom> C <vprod>292.82</vprod> <picms>25.00</picms> <vicmsst>9.29</vicmsst> </ICMS10></ICMS> <cenq>999</cenq> <IPITrib><CST>50</CST> <qunid>2.400</qunid> <vunid>35.9000</vunid> </prod> </NFe> Figura 09: Trecho XML da NFe Souza Cruz Fonte: PROJETO NFe - Manual de Integração v. 202a (texto adaptado) <?xml version="1.0" encoding="utf-8"?> <xs:schema xmlns:xs="http://www.w3.org/2001/xmlschema" xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe" xmlns:ds="http://www.w3.org/2000/09/xmldsig#"targetnamespace="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe" elementformdefault="qualified" attributeformdefault="unqualified"> <xs:element name="cabecmsg"> <xs:annotation> <xs:documentation>schema XML de validação do cabeçalho da mensagem de Web Service </xs:documentation> </xs:annotation> <xs:complextype> <xs:sequence> <xs:element name="versaodados"> <xs:annotation> <xs:documentation>versão da Leiaute XML da área de Dados </xs:documentation> </xs:annotation> <xs:simpletype> <xs:restriction base="xs:decimal"> <xs:pattern value="[1-9]{1}[0-9]{0,1}\.[0-9]{2}"/> </xs:restriction> </xs:simpletype> </xs:element> </xs:sequence> <xs:attribute name="versao" use="required" fixed="1.02"> <xs:simpletype> <xs:restriction base="xs:decimal"> <xs:totaldigits value="4"/> <xs:fractiondigits value="2"/>.... Figura 10: Trecho XML Schema Fonte: PROJETO Nfe - Manual de Integração v.202a (texto adaptado) 12
Exemplo do SOAP <?xml version="1.0" encoding="utf-8"?> <soap:envelope xmlns:soap="http://schemas.xmlsoap.org/soap/envelope/" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/xmlschema-instance" xmlns:xsd="http://www.w3.org/2001/xmlschema"> <SOAP:Body> <nferecepcaolotexmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe/wsdl/nferecepcao" <!----- XML Área de Cabeçalho -----> <nfecabecmsg> <?xml version="1.0" encoding="utf-8"?> <cabecmsg xmlns="http://www.portalfiscal.inf.br/nfe" versao="1.02"> <versaodados>1.07</versaodados> </cabecmsg> </nfecabecmsg> <!----- XML Área de Dados -----> Figura 11: Techo de código SOAP Fonte: PROJETO Nfe - Manual de Integração v.202a (texto adaptado) NFe em Minas Gerais A partir de 01/04/2008, alguns ramos de empresas, no estado de MG, estão obrigados a emitir a NFe: - fabricantes de cigarros; - distribuidores de cigarros; - produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; - distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; - transportadores e revendedores retalhistas TRR, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; 13
Empresas integrantes do processo em Minas Gerais (Maio/2008): Companhia Ultragaz S/A Iveco Latin América Ltda. Sadia S/A Souza Cruz S.A. Teksid do Brasil Ltda. Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A - Usiminas Wickbold & Nosso Pão Indústrias Alimentícias Ltda. 1º. Setembro de 2008 - Obrigatoriedade de utilização da NFe Segmentos: - fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas; - fabricantes de cimento; - fabricantes e distribuidores de medicamentos alopáticos para uso humano; - agentes que, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), vendam energia elétrica ao consumidor final; - fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos; relaminados, trefilados e perfilados de aço; e - fabricantes de ferro gusa. 1º. Setembro de 2008 - Obrigatoriedade de utilização da NFe Se os contribuintes desses segmentos deixem de utilizar a sistemática da NFe, pagarão multa e terão suas mercadorias apreendidas, além de recolherem o ICMS devido. A partir de 1º de setembro de 2008, as notas fiscais em papel emitidas por esses contribuintes serão consideradas inidôneas, ou seja, não terão mais validade. 14
Telas de Consultas 28 Maio 2008 Figura 12: Qte e valor de NF-e autorizadas até 17/08/2008 20:00hs Fonte: Portal Nacional da NFe Figura 13: Disponibilidade de Serviços das SEFAZ 17/08/2008 Fonte: Portal Nacional da NFe 15
Figura 14: Consulta de uma NF-e Fonte: Portal Nacional da NFe Figura 15: Tela de visualização da NFe-SPED - Sistema público de escrituração digital Fonte: Arquivo pessoal Figura 16: Tela informações da NFe-SPED - Sistema público de escrituração digital Fonte: Arquivo pessoal 16
Figura 17: Tela assinatura digital da NFe-SPED - Sistema público de escrituração digital Fonte: Arquivo pessoal Figura 18: Assinador da NFe Fonte: Arquivo pessoal Obrigado! zaidan@consultoriacorporativa.com.br Mestrando em Administração pela Universidade FUMEC (disciplinas concluídas e projeto qualificado) - linha de pesquisa na fronteira entre Administração, Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento (previsão de defesa Outubro de 2008). Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade FUMEC. Gestor e desenvolvedor de Sistemas Web pelo UNI-BH. Analista de Sistemas e Programador de Computadores pela UFMG. Experiência profissional de 24 anos inclui cargos de diretor de empresas de desenvolvimento de software, administrador de TI, analista/desenvolvedor de sistemas, consultor tecnológico e organizacional em diversas empresas. Professor: Graduação Faculdade INED e Pós-Graduação Pitágoras. Autor de artigos. Aquilo que eu escuto, eu esqueço. Aquilo que eu vejo, eu lembro. Aquilo que eu faço, eu aprendo. - Confúcio 17