2014/2015. 9º Ano Turma A. Orientação Escolar e Vocacional



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Orientação Escolar e Profissional Ao mesmo tempo que o sujeito explora e, mais tarde, decide, ele clarifica o conhecimento que tem de si mesmo e do meio ambiente, especifica as suas intenções de futuro e as condições da sua realização (Guichard & Huteau, 2001, p. 121; cit por, Fumega, 2008), sendo que tal constitui um dos objectivos da Orientação Vocacional (Fumega, 2008). A Orientação Vocacional é um processo de desenvolvimento pessoal, educacional e social, mas também, fruto e criadora de um processo de crescimento, progresso e integração (Reis, 2008). Desta forma, não cabe ao psicólogo definir o caminho mais indicado para o jovem, mas sim apoiá-lo na construção do seu projecto. Contudo, as decisões que o jovem for tomando não determinam necessariamente todo o seu futuro, visto que novos interesses, novas informações e oportunidades podem contribuir para a alteração das suas escolhas iniciais. Neste processo, para além do psicólogo, também outras pessoas com as quais o jovem se relaciona desempenham um papel importante. É com os amigos, colegas, professores, pais e outros familiares, que o jovem partilha experiências, sonhos, dificuldades, angústias, projectos e opiniões. Esta partilha, de forma implícita ou explícita acaba por influenciar as decisões que se vão tomando ao longo da vida. As escolhas vocacionais não se fazem no vazio, nem são produto de características inatas do sujeito, mas surgem da relação energética que o sujeito estabelece com o mundo em termos de satisfação pessoal, gostos, preferências e valorizações Estas relações são influenciadas pelas várias experiências proporcionadas pelos contextos de vida onde o sujeito interage, como a família, a escola, o grupo de pares, a comunidade de pertença, os tempos de lazer, os meios de comunicação social (Campos, 1989)

O Papel dos Pais na Orientação Vocacional Orientar e guiar, esse é o papel dos pais e encarregados de educação que pode ser iniciado a qualquer momento, sem aflições, sem pressões, sem ansiedade. Orientar não significa escolher pelo seu filho/educando ou escolher para ele. É estar presente, é motivar, é realçar os aspectos positivos do seu filho/educando, é apoiar as suas opções, para que este tenha mais condições de tomar uma decisão ponderada, coerente e reflectida. Aos pais e encarregados de educação deve sempre caber um papel fundamental na educação e na formação dos jovens estudantes. À medida que o adolescente se envolve de forma mais activa, os pais devem assumir um papel cada vez mais periférico. Os pais devem deixar claro aos filhos/educandos que aceitam e esperam deles uma decisão individual quanto à escolha de um curso/profissão. Os filhos/educandos crescem rumo à autonomia e a escolha a que nos referimos devia ser intransmissível tal como o bilhete de identidade. A necessidade de os jovens se sentirem apoiados pelos seus pais, pode ser traduzida em actividades simples e quotidianas, a desenvolver em conjunto, tais como: Procurar acompanhar o processo de orientação vocacional e profissional do seu filho/educando; Colaborar em actividades directas de contacto com o mundo das profissões (ex.: facilitando a visita a locais de trabalho, entrevistas a profissionais de áreas diferentes, etc.); Discutir quais os seu interesses profissionais; Discutir quais os aspectos considerados importantes para o desempenho de uma profissão; Analisar e discutir as diversas alternativas de formação; Analisar o percurso escolar e profissional dos pais; Falar abertamente, enquanto pai/mãe, acerca da sua atitude perante o trabalho; Falar abertamente sobre os possíveis riscos, vantagens e consequências das diferentes opções consideradas, com vista a uma decisão realista; Responsabilizar o jovem pela tomada de decisão relativa ao seu percurso escolar e profissional.

Os pais/encarregados de educação devem no entanto encorajar os filhos/educandos a efectuarem uma exploração planeada em vez de esperarem apenas uma tomada de decisão relativamente ao curso/profissão pretendida. Ou seja, o mais importante não é, por exemplo, o jovem ser capaz de dizer eu quero ser veterinário, mas sim o processo em si. A forma como o jovem se implica e participa, com o objectivo de se descobrir a si mesmo e construir um projecto para si. Com a sua ajuda, o seu filho/educando vai ser capaz de realizar uma exploração planeada e de, por fim, solucionar da melhor forma a tarefa de escolher uma profissão. Referências Bibliográficas Campos, B. (1989). Intervenção em orientação vocacional, algumas questões de valores. Inovação, 2. 4, 403 409. Fumega, I. D. D. (2008). Intervenção Psicológica em Adolescentes Sobredotados: Uma Proposta de Orientação Vocacional. Disponível em URL: http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/tl0118.pdf, a 1de Fevereiro de 2011. Faculdade de Psicologia e Ciencias da Educação da Universidade do Porto. Porto. Reis, M. A. P. (2008). A Orientação Vocacional como um Processo Social de Desenvolvimento. Disponível em URL: http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/a0421.pdf a 30 de Janeiro de 2011. Faculdade de Psicologia e Ciencias da Educação da Universidade do Porto. Porto.

Programa de Orientação Vocacional Introdução: O Programa de Orientação Vocacional destina-se a ser aplicado no âmbito das Acções de Orientação Escolar e Profissional que fazem parte dos projectos desenvolvidos pelo Departamento dos Serviços Educativos, no ano lectivo 2014/2015. População Alvo: Alunos que frequentam o 9º Ano de Escolaridade. Psicóloga: Raquel Roby Objectivos Gerais: 1. Apoiar o Processo de Tomada de Decisão Vocacional 2. Orientar os alunos para o ensino secundário ou profissional 3. Proporcionar um conjunto de actividades de exploração e contacto com diversas alternativas de formação e profissões 4. Promover o desenvolvimento global do aluno, pessoal e profissional 5. Desenvolvimento de comportamentos exploratórios Momentos Fundamentais: Exploração do conhecimento de si próprio Exploração dos interesses, aspirações e desejos Exploração das capacidades, aptidões e potencialidades Exploração do mundo profissional Exploração das oportunidades de formação existentes a nível escolar Integração do processo em termos de tomada de decisão vocacional Estrutura do Programa: Número de sessões - entre 6 e 10. Duração das sessões 45 a 60 minutos. Periodicidade Semanal ou quinzenal Regime de participação Voluntária Número de participantes por grupo Máximo de 16 Metodologia Acção/Reflexão