DIAGNÓSTICO FINANCEIRO DE UMA PEQUENA OU MÉDIA INDÚSTRIA



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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - IFCH DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO ECONÔMICO - DEPE CENTRO TÉCNICO ECONÔMICO DE ASSESSORIA EMPRESARIAL - CTAE DIAGNÓSTICO FINANCEIRO DE UMA PEQUENA OU MÉDIA INDÚSTRIA Luiz Antônio T. Vasconcelos Mauro Arruda V. Boas Filho Ário Roberto Uhle Leonel Mazzali Material exclusivo para os cursos do CTAE F 1. 03-08.78-100/7 1978

2 INTRODUÇÃO O diagnóstico Financeiro uma empresa consiste no Levantamento e Análise dos elementos fundamentais da sua função financeira com o objetivo : 1. Avaliar a sua administração financeira 2. Avaliar a sua estratégia financeira 3. Determinar a situação financeira da empresa a Curto Prazo. Os elementos fundamentais que vem ser investigados são os seguintes: a) A taxa retorno do capital produtivo total b) A estrutura do capital da empresa c) A política stinação dos lucros. d) Os instrumentos gestão utilizados pela administração financeira. Como po ser visto no Esquema Integrado Gestão Financeira (Anexo I), as raízes uma dada situação econômico-financeira não se encontram somente no âmbito da função financeira, e geralmente pom ser intificados nas funções produção e/ou comercialização. O Diagnóstico Financeiro, para cumprir seus objetivos ve, portanto, penetrar em outras funções até o nível em que se explicitem as causas para uma terminada situação, e, em seguida com a solução proposta, voltar à função financeira para monstrar os resultados das possíveis modificações. Parte I - Roteiro para elaboração do Diagnóstico Financeiro 1. Análise da Administração Financeira 1.1 Pessoal existente e atividas senvolvidas no setor (Organograma) 1.2 Fluxo informações e controles do setor a) Controles contas a receber b) Controles contas a pagar c) Controles saldos bancários d) Relatório caixa e) Controles dupl. scontadas/caução

3 f) Controles dupl. em cobrança g) Controles dupl. carteira h) Controles cheques i) Controles estoque (valor) j) Controles estoque (físico) k) Controles cadastro clientes l) Controle spesas correntes m) Programação Investimentos Fixos n) Programação Caixa 2. Caracterização da Estrutura Receitas 2.1. Determinação da Composição Receitas 2.2. Análise dos principais produtos ou linha produtos. 2.3. Análise dos principais mercados e canais distribuição. 3. Caracterização da Estrutura Custos 3.1. Determinação do Quadro Estrutural Custos Análise dos seus principais componentes. 3.2. Determinação do quadro custos fixos e variáveis. 4. Análise da Taxa Retorno Total 4.1. Análise da Margem sobre as vendas (para o cálculo do resultado econômico do período do período vi anexo II). 4.2. Análise da rotação do capital produtivo total 5. Caracterização da Estrutura 5.1. Levantamento das Fontes Terceiros utilizadas e seus respectivos custos. 5.2. Determinação da relação entre o capital próprio e o capital terceiros (grau endividamento) 5.3. Análise da aquação ou não da estrutura capital.

4 6. Análise do Risco Solvência 6.1. Análise da compatibilida entre os prazos das fontes e aplicações capital. 7. Análise da situação financeira da empresa a curto prazo 7.1. Projeção do fluxo caixa para o curto prazo. 7.2. Análise da situação liquiz 8. Dimensionamento e Análise do Giro 8.1. Análise das oscilações das compras e das vendas (intificação períodos característicos sazonalida) 8.2. Política Crédito aos clientes (limites e prazos) 8.3. Política cobrança 8.4. Política Estoques (matéria prima e produto acabado) 8.5. Análise disponibilida (caixa e bancos) 9. Dimensionamento e Análise do Fixo 9.1. Política Investimentos

Custos Fixos Custos Variáveis Vendas Custos totais Ladi= Vendas-custos Ladi vendas Esquema Integrado para a Gestão Financeira Ladi x vendas Vendas capital produtivo total Montante lucro antes do juro EIR. (LADI) Taxa retorno total (T) Estrutura Próprio terceiros l Análise T para interpretar a tendência T é maior do que TJ Orçamento Caixa para terminar a fonte e o prazo da aplicação T é estável Há risco solvência Análise T para interpretar a tendência T é estável ANEXO I 5 Determinar a aplicação do excente Estoque matéria prima Estoque produtos em processo Estoque produtos acabados fixo circulante produtivo Vendas produtivo Taxa retorno do capital próprio (TP) Montante Lucro Líquido (L) Política stinação lucros Reinversão dos Lucros Taxa retorno do capital terceiros (TJ) Montante Lucro Terceiros (J) Distribuição Aplicações externas Há risco solvência T é estável Análise T para interpretar a T é estável Análise T para interpretar a Tendência Planejamento Financeiro para avaliar as possibilidas modificação da estrutura Situação pendênci a financeira crítica Duplicatas a receber Caixa e bancos Acumulação do capital produtivo próprio Produto A Produto B Vendas Análise da taxa Estratégia da empresa Análise da Estrutura e do Produto C

6 APURAÇÃO DO LUCRO 1) Renda Operacional Bruta 1.1 Venda Produtos 1.2 Prestação Serviços 2) Imposto Faturado (IPI) 3) Renda Operacional Líquida 4) Custos dos Produtos Vendidos (custo direto) (ver anexo III) 5) Margem Contribuição 6) Custos Fixos 6.1 Administração 6.2 Vendas 6.3 Produção 6.4 Gerais 7) Lucro Operacional 8) Despesas Financeiras 9) Rendas não Operacionais 10) Despesas não Operacionais 11) Lucro antes do Imposto Renda

7 Apuração do Custo dos Produtos Vendidos Estoque Inicial (Custos Variáveis) + Custos Variáveis Matérias Primas Diretas Mão--obra Direta Custos Indiretos Fabricação, Variáveis Custos Administrativos Variáveis Custos Vendas (Variáveis) Sub Total - Estoque Final (Custos Variáveis)