Certificado de Operações Estruturadas (COE) Sergio Odilon dos Anjos Departamento de Regulação do Sistema Financeiro São Paulo, 15 de maio 2014
Agenda 1. Linha do tempo e status atual 2. Base legal 3. Contexto 4. Regulamentação 5. Mercado 2
Linha do tempo e status atual 2003 2007 2009 2010 2011 2012 2013 Circ. 3.206/03 permitiu previsão contratual de mais de uma base de remuneração às operações (desde que prevaleça a maior remuneração ao investidor Criação do GT ANBIMA Notas Estruturadas em julho de 2007 MP n. 472/09 MARCO LEGAL Lei 12.249/10 BCB: Minuta de Resolução. BCB: Res. 4.263/13 Discussões Circulares BC técnicas internas, com a CVM e com a Indústria. Internacionalmente, produtos estruturados já são uma opção de funding desde a década de 80 3
Base regulamentar Lei n o 12.249, de 2010 (antiga MP n o 472, de 2009): Art. 43. As instituições financeiras podem emitir Certificado de Operações Estruturadas, representativo de operações realizadas com base em instrumentos financeiros derivativos, nas condições especificadas em regulamento do CMN. Resolução CMN n o 4.263, de 5/9/2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições financeiras que especifica. 4
Contexto Operações estruturadas já realizadas no mercado local de forma dispersa: fundos multimercado contratos combinados (captação+derivativo) notas estruturadas registradas como derivativos de balcão Operações Estruturadas Derivativos de Balcão Res. 3505/07 (Mercado) Res. 2933/02 (Crédito) Derivativos de Balcão + Renda Fixa Res. 3454/07 (CDB) Fundos Multimercado Inst CVM 409/04 (ex. capital protegido) COE Res. CMN 4.263/13 5
Certificado de Operações Estruturadas Desenvolvimen to do Mercado de Capitais Necessidade de Regulação Inovação Financeira / Alternativa de Investimento Alongamento de Prazos COE Transparência / Registro Operações Estruturadas / Renda Fixa x Variável Monitoramento e Supervisão Captação de Recursos Suitability / Compromisso do Mercado 6
Contexto Necessidade de regular! Operações já realizadas no mercado financeiro de forma dispersa Registros dispersos dificultam o a avaliação e acompanhamento do payoff tanto por parte do investidor final como pelas autoridades de supervisão; COE Maior transparência e redução dos custos de observância relacionados ao controle/monitoramento dos riscos das IF emissoras. 7
Contexto Maior eficiência e fortalecimento do mercado de capitais brasileiro Redução dos custos de transações, custos indiretos de controle e custos de observância. Solução customizada para necessidades e objetivos de investimento. Maiores oportunidades de investimentos e possibilidades de diversificação. Acesso a novos mercados. Disseminação da cultura de investimento de longo prazo Possibilidade de investimentos com risco intermediário entre renda fixa e mercado de ações. 8
Conceito Operações Estruturadas Instrumento de Captação Produto Único e Indivisível COE 9
Mercado Customizado Investidor Institucional / Cliente Private Varejo Cliente Bancário / Investidor PF Admitida a oferta pública! 10
Modalidades Valor Nominal Protegido Valor Nominal em Risco Com chance de perda ilimitada 11
Registro Valor de mercado e análise de sensibilidade A transferência de titularidade efetiva-se por meio do sistema de registro, que deve manter a sequência histórica das negociações Permite a apuração e a parametrização da estrutura de rentabilidades Emitido exclusivamente sob a forma escritural 12
Contexto A regulamentação do COE surge em um contexto de fortalecimento e amadurecimento do nosso mercado financeiro: o aprimoramento dos mecanismos e instrumentos disponíveis ao longo do processo de formação de poupança e de alocação de recursos por parte dos agentes econômicos. A disciplina de operações estruturadas de captação, contribuindo para um ambiente dotado de maior transparência e de procedimentos de monitoramento e supervisão mais eficazes e eficientes. 13
Contexto Promoção da competitividade, do desenvolvimento e da eficiência do mercado de capitais brasileiro. o Modalidade suficientemente flexível para atender às diferentes estratégias das instituições emissoras e às variadas demandas dos investidores Potencial de alongamento de prazos das operações financeiras 14
Suitability Compromisso do Mercado Suitability Adesão a padrões estabelecidos pela indústria Foco no Cliente: adequação ao perfil dos investidores - necessidades, interesses e objetivos. 15
Contexto Marco inicial em relação ao estabelecimento de regras específicas de suitability para um determinado produto financeiro. o As instituições devem oferecer condições que assegurem a adequação dos certificados de sua emissão ao perfil dos seus potenciais investidores. Regras com o objetivo permitir ao investidor ampla compreensão sobre as condições de funcionamento do certificado e os riscos incorridos, inclusive enfatizando a existência de exposição ao risco de crédito do emissor do COE. 16
Salvaguardas Gestão de Riscos Controles Operacionais I - observar a decomposição adequada das exposições nos fatores de risco de mercado e de risco de crédito, se houver; II - considerar as exposições decorrentes de não linearidades e assimetrias; III - avaliar a exposição ao risco de liquidez; IV - mensurar exposições e riscos tanto de forma integrada quanto por produto, por fator de risco e por outras dimensões consideradas relevantes; e V - prever a realização de testes de estresse I - permitir a apuração do valor marcado a mercado; II - ser baseados em critérios e procedimentos claramente definidos e documentados; III - possibilitar o controle contínuo de verificação dos limites operacionais; IV - garantir a consistência das informações constantes do registro; e V - conter controles sistematizados de prevenção a falhas operacionais e a emissões incompatíveis com os preços de mercado. 17
Contexto Em função de sua maior sofisticação e complexidade comparadas com as modalidades convencionais de captação disponíveis, o normativo estabelece requisitos adicionais aos processos de controles operacionais e de gestão de riscos das instituições emissoras. 18
Mercado Volume em circulação R$ 2 bilhões Modalidades 96,7% VN Protegido Perfil de investidor 97,8% Banco-Cliente (Varejo) 19
OBRIGADO Sergio Odilon dos Anjos Chefe de Unidade DENOR - Departamento de Regulação do Sistema Financeiro Tel.: +55 (61) 3414-1503 Email: sergio.odilon@bcb.gov.br 20