Modelo de Ising e suas Propriedades

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Modelo de Ising e suas Propriedades"

Transcrição

1 Modelo de Ising e suas Propriedades Eric Ossami Endo (Universidade de São Paulo) 13 de junho de 2015 II EPA Dinâmica 1 / 34

2 Quem é Ernst Ising? 1 Ernst Ising ( ) foi um físico alemão, professor de física na Bradley University até sua aposentadoria em Em 1924 obteve seu doutorado, o qual abordou o problema sugerido por seu professor, Wilhelm Lenz. 3 Esse problema veio de um modelo atualmente conhecido como Modelo de Ising. Ernst Ising Wilhelm Lenz 2 / 34

3 O que é o Modelo de Ising? O modelo de Ising preocupa com a física de transição de fase. 3 / 34

4 O que é o Modelo de Ising? O modelo de Ising preocupa com a física de transição de fase. Causa: Pequena mudança de um parâmetro temperatura ou pressão. 3 / 34

5 O que é o Modelo de Ising? O modelo de Ising preocupa com a física de transição de fase. Causa: Pequena mudança de um parâmetro temperatura ou pressão. Consequência: Grande mudança qualitativa no estado do sistema. 3 / 34

6 O que é o Modelo de Ising? O modelo de Ising preocupa com a física de transição de fase. Causa: Pequena mudança de um parâmetro temperatura ou pressão. Consequência: Grande mudança qualitativa no estado do sistema. Um exemplo onde ocorre tal transição de fase: Experiência de Curie. 3 / 34

7 O Modelo 1 Trabalharemos em um conjunto finito Λ da rede Z d ; 2 Os vértices de Z d são chamado de sítios, e as arestas, de elos; 3 Estado: Associamos a cada sítio x em Z d um valor σ x igual a 1 ou 1; 4 Configuração: Uma sequência σ = (σ x ) x Z d de estados em Z d ; 5 O espaço de configurações é { 1, 1} Zd. 6 Energia: Função H Λ : { 1, 1} Zd R dada por H Λ (σ) = J {x,y} Λ x y 1 =1 onde J > 0 e h são números reais. σ x σ y h x Λ σ x 4 / 34

8 O Modelo Exemplo de uma configuração em Z 2 5 / 34

9 O Modelo H Λ (σ) = J {x,y} Λ x y 1 =1 σ x σ y h x Λ σ x. 1 J > 0 é a constante de acoplamento ferromagnético. J é positivo pois uma configuração magnetizada (todos os sítios com mesmo estado) tem um nível de energia baixo que outras configurações. 2 h é o campo magnético externo, o qual tende a alinhar os estados dos sítios na direção do campo. 6 / 34

10 O Modelo A função partição é dada por Z(β, Λ) = σ { 1,1} Λ e βhλ(σ) onde β = (kt ) 1, k é a constante de Boltzmann e T é a temperatura. 1 A função partição é essencial na mecânica estatística, pois é a constante normalizadora no cálculo de probabilidades. 2 A probabilidade de uma configuração σ { 1, 1} Λ é dada pela fórmula µ β,λ (σ) = e βh Λ(σ) Z(β, Λ) chamada de medida de Gibbs a volume finito. 7 / 34

11 O Modelo µ β,λ (σ) = e βh Λ(σ) Z(β, Λ) 1 O sinal negativo confere uma alta probabilidade sobre os estados com baixa energia. 2 Os valores pequenos de β tende a achatar a distribuição, deixando todas as configurações ficarem aproximadamente parecidos. 3 Os valores grandes de β tende a acentuar as probabilidades dos estados de baixa energia. 8 / 34

12 Magnetização Espontânea Definição Definimos a pressão como 1 P(β, J, h) = lim log Z(β, Λ), Λ Z d Λ onde o limite é sobre sequência de van Hove. Se a pressão é diferenciável em h, definimos a magnetização por m(β, h) = h P(β, J, h). Caso não seja diferenciável, definimos m + (β, h) = h +P(β, J, h) m (β, h) = h P(β, J, h) 9 / 34

13 Magnetização Espontânea 1 Suponhamos que uma rede de material magnético é colocada em um campo magnético em uma temperatura constante. 10 / 34

14 Magnetização Espontânea 1 Suponhamos que uma rede de material magnético é colocada em um campo magnético em uma temperatura constante. 2 Agora suponha que o campo externo desapareça devagarmente. O que ocorre com a rede? 10 / 34

15 Magnetização Espontânea 1 Suponhamos que uma rede de material magnético é colocada em um campo magnético em uma temperatura constante. 2 Agora suponha que o campo externo desapareça devagarmente. O que ocorre com a rede? 1 Para altas temperaturas, a rede retorna para a condição não magnética. 10 / 34

16 Magnetização Espontânea 1 Suponhamos que uma rede de material magnético é colocada em um campo magnético em uma temperatura constante. 2 Agora suponha que o campo externo desapareça devagarmente. O que ocorre com a rede? 1 Para altas temperaturas, a rede retorna para a condição não magnética. 2 Para baixas temperaturas, a rede retém um grau de magnetismo. Isso é chamado magnetização espontânea. 10 / 34

17 Magnetização Espontânea 1 Suponhamos que uma rede de material magnético é colocada em um campo magnético em uma temperatura constante. 2 Agora suponha que o campo externo desapareça devagarmente. O que ocorre com a rede? 1 Para altas temperaturas, a rede retorna para a condição não magnética. 2 Para baixas temperaturas, a rede retém um grau de magnetismo. Isso é chamado magnetização espontânea. 3 Existe uma temperatura crítica a qual a magnetização espontânea irá aparecer, e que é onde ocorre a transição de fase. 10 / 34

18 Magnetização Espontânea Gráfico (idealizado) entre a força do campo externo (eixo x) e a magnetização induzida (eixo y) para três temperaturas. T > T c T = T c T < T c 11 / 34

19 História 1 Em 1925, E. Ising mostrou que no modelo de Ising não há transição de fase para d = 1. Ele concluiu erroneamente que em dimensões maiores a afirmação continuaria válida. 2 Em 1936, R. Peierls mostrou com um argumento geométrico e combinatório que, em dimensão dois, existe transição de fase. 3 Em 1944, L. Onsager deu uma solução anaĺıtica completa para o modelo bidimensional com h = 0. 4 Em 1952, T. Lee e C. Yang mostraram que não há transição de fase quando há campo externo, isto é, h 0. 5 Em 1982, J. Avron, G. Roepstorff e L. Schulmann mostraram que existe transição de fase para dimensões maiores que dois. 6 Em 2010, S. Smirnov recebeu melhada Fields no modelo de Ising. 12 / 34

20 Medida de Gibbs Considere o espaço Ω = {w 1,..., w k } e uma medida de probabilidade µ = (p 1,..., p k ). Definimos U : Ω R a energia, e h(µ) = k j=1 p j log p j a entropia. 1 Supomos que não há nenhum conhecimento inicial sobre o sistema, então a medida µ que modela seu comportamento estatístico tem entropia máxima. 2 Observações empíricas de diversos sistemas físicos mostram que boas descrições probabiĺısticas são aquelas que os estados mais prováveis de equiĺıbrio do sistema são aqueles de mais baixa energia. 13 / 34

21 Medida de Gibbs Problema Encontrar uma medida de probabilidade µ que realiza o supremo abaixo, [ ] sup h(ν) Udν. ν M Ω Em outras palavras, dada uma função de energia U : Ω R queremos saber se existe uma medida de probabilidade µ M que maximiza a entropia e minimiza a energia, isto é, h(µ) Ω [ Udµ = sup h(ν) ν M Ω ] Udν 14 / 34

22 Medida de Gibbs Teorema Sejam Ω = {w 1,..., w k } um conjunto não vazio, U : Ω R uma função arbitrária e M o conjunto das medidas de probabilidade em P(Ω). Então [ ] sup h(ν) Udν = log Z, ν M Ω onde Z = w Ω e U(w). Ademais este supremo é atingido pela medida µ M dada por µ({w}) = e U(w). Z 15 / 34

23 Medida de Gibbs Queremos trabalhar com medidas de Gibbs definidas em { 1, 1} Zd. 1 Ω = { 1, 1} Zd ; 2 F = σ-álgebra gerada pelos cilindros de Ω; 3 M 1 (Ω, F) = {µ : F [0, 1] : µ é medida de probabilidade}. 16 / 34

24 Medida de Gibbs Condição de fronteira Sejam σ, ω { 1, 1} Zd duas configurações arbitrárias e Λ Z d um conjunto finito. Denotemos por σ Λ ω Λ c uma configuração η { 1, 1} Zd definida por { η x = σ x, se x Λ; η x = ω x, se x Λ c ; Definimos a medida de Gibbs a volume finito com condição de fronteira ω por { ) e βhλ(σλωλc µ ω Λ,β (σ) = ZΛ,β ω, se σ Λ c = ω Λ c 0, caso contrário. 17 / 34

25 Medida de Gibbs Definição Seja (Λ n ) n N uma sequência de conjuntos finitos de Z d. Denotemos por Λ n Z d se Λ n Λ n+1 ; n 1 Λ n = Z d. Definição O conjunto da medida de Gibbs de modelo de Ising ao inverso da temperatura β é o fecho convexo em M 1 (Ω, F) do conjunto G β = {µ M 1 (Ω, F) : existe uma sequência Λ n Z d e ω n { 1, 1} Zd tal que µ ωn Λ n,β µ}. 18 / 34

26 Argumento de Peierls Definimos µ ω β quando µω Λ n,β µω β. µ + β quando a condição de fronteira é ω x = +1. µ β quando a condição de fronteira é ω x = 1. Teorema São equivalentes, para h = 0, 1 conv G β = 1. 2 µ + β = µ β. 3 h +P(β, J, h) = h P(β, J, h). 19 / 34

27 Argumento de Peierls 1 Mostremos que existe β c > 0 tal que, para todo β > β c, temos µ + β µ β. 2 Basta mostrar que µ + β (σ 0 = 1) < Usaremos noção de contorno em Z / 34

28 Argumento de Peierls Usaremos noção de contorno em Z / 34

29 Argumento de Peierls Usaremos noção de contorno em Z / 34

30 Argumento de Peierls Usaremos noção de contorno em Z / 34

31 Argumento de Peierls Existe uma bijeção entre contorno e configuração. Seja {γ 1,..., γ k } um conjunto de contornos em Λ. Definimos γ o número de elos no contorno γ. Sejam B + (σ) = { elos onde os sítios tem estados iguais.} B (σ) = { elos onde os sítios tem estados diferentes.} Temos B (σ) = γ γ k. Podemos escrever a energia como H Λ,β (σ Λ ω Λ c ) = J σ x σ y = J[ B + (σ) B (σ) ]. {x,y} Λ x y 1 =1 24 / 34

32 Argumento de Peierls Assim, µ + Λ,β (σ 0 = 1) µ + Λ,β ( γ : γ 0) γ 0 = n 4 e 2βJ γ γ 0 γ =n e 2βJn = n 4 e 2βJn {γ 0, γ = n}. n 4 e 2βJn 4.3 n. < 1, para β suficientemente grande / 34

33 Alguns Resultados Legais Qual o valor de β c? Ising (1925) mostrou que, para d = 1, β c (1) = +. Teorema (Kramers Wannier, 1941) No modelo de Ising para dimensão dois, temos β c (2) = 1 2J log(1 + 2). Teorema Para o modelo de Ising com dimensão d 2, temos β c (d) β c (d 1) β c (2) <. 26 / 34

34 Alguns Resultados Legais Seja C = {γ 0, γ = n}. Argumento de Peierls em Z d : C 2d(2d 1) n. Teorema (Lebowitz Mazel, 1998) No modelo de Ising de dimensão d 2, temos C (Cd) 64n/d. Teorema (Lebowitz Mazel, 1998) A expansão de poĺımero construída no modelo de Ising em termos do contorno de Peierls converge na inversa da temperatura β para todo β 64(log d)/d. 27 / 34

35 Alguns Resultados Legais Teorema (Balister Bollobás, 2007) No modelo de Ising de dimensão d 2, temos C (Cd) 2n/d. Teorema (Balister Bollobás, 2007) A expansão de poĺımero construída no modelo de Ising em termos do contorno de Peierls converge na inversa da temperatura β para todo β 2(log 11d)/d. 28 / 34

36 Alguns Resultados Legais Definição O conjunto da medida de Gibbs de modelo de Ising ao inverso da temperatura β é o fecho convexo em M 1 (Ω, F) do conjunto G β = {µ M 1 (Ω, F) : existe uma sequência Λ n Z d e Pergunta: Como é a cara de conv G β? ω n { 1, 1} Zd tal que µ ωn Λ n,β µ}. 29 / 34

37 Alguns Resultados Legais Teorema (Aizenmann, 1980 Higuchi, 1979) Toda medida de Gibbs a volume infinito em Z 2 no modelo de Ising à inversa da temperatura β é da forma αµ + β + (1 α)µ β, onde 0 α 1. Isto é, conv G β = [µ β, µ+ β ]. 30 / 34

38 Alguns Resultados Legais Para curtos alcances em geral? Teorema (Bodineau, 2006) Toda medida de Gibbs a volume infinito em dimensão d 3 no modelo de Ising de curto alcance à inversa da temperatura β é da forma αµ + β + (1 α)µ β, onde 0 α 1. Isto é, conv G β = [µ β, µ+ β ]. Conjectura Toda medida de Gibbs a volume infinito em Z 2 no modelo de Ising de curto alcance à inversa da temperatura β é da forma αµ + β + (1 α)µ β, onde 0 α / 34

39 Alguns Resultados Legais Pergunta: Existem medidas em conv G β que não são limite de nenhuma sequência de medidas de a volume finito? L. Coquille (2015): Sim!!! (Examples of DLR states which are not weak limits of finite volume Gibbs measures with deterministic boundary conditions Journal of Statistical Physics, 159) 32 / 34

40 Stanislav Smirnov Stanislav Smirnov recebeu a medalha Fields em 2010 pela prova de invariância de percolação conforme e no modelo de ising planar em mecânica estatística. Foi conjecturado em 1990, e usado em diversos estudos, que o limite de escala de modelos bidimensionais em mecânica estatística tem uma simetria inesperada, o qual é chamada de invariância conforme. Smirnov foi o primeiro a provar rigorosamente em dois casos importantes, percolação em redes triangulares e no modelo de Ising planar. A prova é elegante e é baseada em argumentos combinatórios. 33 / 34

41 Muito obrigado!!! 34 / 34

Introdução à Teoria das Medidas de Gibbs

Introdução à Teoria das Medidas de Gibbs Introdução à Teoria das Medidas de Gibbs Notas de aula R. Bissacot e L. Cioletti c Draft data 21 de fevereiro de 2012 Sumário 1 Preliminares 1 1.1 spaços Mensuráveis................................. 1

Leia mais

O Modelo de Ising. para sistemas clássicos. Mateus Schmidt. ...Centro de Ciências Naturais e Exatas Grupo de Teoria da Matéria Condensada

O Modelo de Ising. para sistemas clássicos. Mateus Schmidt. ...Centro de Ciências Naturais e Exatas Grupo de Teoria da Matéria Condensada .....Universidade Federal de Santa Maria...Centro de Ciências Naturais e Exatas Grupo de Teoria da Matéria Condensada O Modelo de Ising para sistemas clássicos Mateus Schmidt Santa Maria - RS, 2012 1 /

Leia mais

Curso Livre sobre Teoria do Campo. Entropia. Medidas de Gibbs

Curso Livre sobre Teoria do Campo. Entropia. Medidas de Gibbs 1. Informação e entropia 1 Centro de Matemática da Universidade do Porto Centro de Física do Porto Curso Livre sobre Teoria do Campo Aviso... Este texto é provisório e destina-se ao uso dos participantes

Leia mais

A solução de Onsager para o modelo de Ising em 2D: a complexidade do Magnetismo Quântico

A solução de Onsager para o modelo de Ising em 2D: a complexidade do Magnetismo Quântico A solução de Onsager para o modelo de Ising em 2D: a complexidade do Magnetismo Quântico Ivan de Paula Miranda Nanomagnetismo Redução do tamanho efeitos quânticos individuais Desenvolvimento de técnicas

Leia mais

Transição de Fase Difusiva-Balística em Polímeros Aleatórios

Transição de Fase Difusiva-Balística em Polímeros Aleatórios Transição de Fase Difusiva-Balística em Polímeros Aleatórios por Simone Vasconcelos da Silva Orientador: Leandro Martins Cioletti Brasília 204 AGRADECIMETOS Agradeço aos professores Leandro Cioletti e

Leia mais

O Modelo de Ising 2D

O Modelo de Ising 2D Física Estatísica - O Modelo de Ising D 1 O Modelo de Ising D Lucas Modesto da Costa Instituto de Física, Departamento de Física Geral - USP O modelo de Ising é uma ferramenta importante para o estudo

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Transporte de medidas Teoria da Medida e Integração (MAT505) Transporte de medidas e medidas invariantes. Teorema de Recorrência de Poincaré V. Araújo Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia

Leia mais

Ferromagnetismo. 2 Modelo de Ising

Ferromagnetismo. 2 Modelo de Ising Capítulo 8 Ferromagnetismo 1 Introdução As substâncias ferromagnéticas são caracterizadas por possuírem uma magnetizaçao (espontânea) que pode persistir mesmo na ausência de um campo magnético. Esse comportamento

Leia mais

Processos de ramificação e o grafo de Erdös Rényi

Processos de ramificação e o grafo de Erdös Rényi Processos de ramificação e o grafo de Erdös Rényi 1 de Abril de 2014 1 Básico de processos de ramificação Seja P uma distribuição de probabilidade sobre N := {0, 1, 2, 3,... } com primeiro momento finito.

Leia mais

PROVA 2 DE MATEMÁTICA DISCRETA 2O. SEMESTRE DE 2008

PROVA 2 DE MATEMÁTICA DISCRETA 2O. SEMESTRE DE 2008 PROVA 2 DE MATEMÁTICA DISCRETA 2O SEMESTRE DE 2008 Instruções: 1 As soluções a serem entregues devem ser elaboradas individualmente Entretanto, você pode discutir os problemas com colegas e professores

Leia mais

Modelos e técnicas para epidemias na rede

Modelos e técnicas para epidemias na rede Modelos e técnicas para epidemias na rede Wellington G. Dantas 4 de março de 2010 W. G. Dantas () Modelos e técnicas 4 de março de 2010 1 / 28 1 Sistemas em equiĺıbrio e fora-do-equiĺıbrio Condições de

Leia mais

Paramagneto, Ferromagneto e Transições de Fase

Paramagneto, Ferromagneto e Transições de Fase Paramagneto, Ferromagneto e Transições de Fase Estudo a partir da mecânica estatística Mecânica Estatística 014 Sistemas paramagnéticos Sistemas ferromagnéticos Transições de fase Modelo de Ising Sistema

Leia mais

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período Probabilidade IV Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período 2014.2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade IV Período 2014.2 1 / 20 Sumário 1 Apresentação

Leia mais

Questão 3 q-exponencial e q-logaritmo I

Questão 3 q-exponencial e q-logaritmo I Lista Mecânica Estatística Não Extensiva 202/0 CBPF Disciplina: Mecânica Estatística Não Extensiva CBPF (PES002) Período: 202/0 Professor: Constantino Tsallis Monitores: Leonardo J. L. Cirto (304B) & Max

Leia mais

Método de Monte Carlo para o estudo de transições de fase e fenômenos críticos

Método de Monte Carlo para o estudo de transições de fase e fenômenos críticos 1 / 23 Método de Monte Carlo para o estudo de transições de fase e fenômenos críticos February 21, 2018 Revisão 2 / 23 A enumeração exata das configurações é possível apenas para sistemas pequenos; Amostragem

Leia mais

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R.

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R. UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM095 - Análise I Prof José Carlos Eidam Lista 4 INSTRUÇÕES Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam

Leia mais

CRÍTICOS MAGNÉTICOS. Aluno: Ney M. Barraz Jr. UFRGS - INSTITUTO DE FÍSICA. 3 de julho de 2009

CRÍTICOS MAGNÉTICOS. Aluno: Ney M. Barraz Jr. UFRGS - INSTITUTO DE FÍSICA. 3 de julho de 2009 TRANSIÇÃO DE FASE E FENÔMENOS CRÍTICOS MAGNÉTICOS Aluno: Ney M. Barraz Jr. UFRGS - INSTITUTO DE FÍSICA 3 de julho de 2009 IF - UFRGS (UFRGS - INSTITUTO DE FÍSICA) 3 de julho de 2009 1 / 20 Onde se encontra

Leia mais

Melhoramentos em Percolação

Melhoramentos em Percolação Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Melhoramentos em Percolação Felipe César Ferreira Orientador: Bernardo Nunes Borges de Lima Belo Horizonte 2016

Leia mais

Modelagem em Sistemas Complexos

Modelagem em Sistemas Complexos Modelagem em Sistemas Complexos Bifurcação local de campos vetoriais Marcone C. Pereira Escola de Artes, Ciências e Humanidades Universidade de São Paulo São Paulo - Brasil Abril de 2012 Nesta aula discutiremos

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 12

Sumário. 2 Índice Remissivo 12 i Sumário 1 Definições Básicas 1 1.1 Fundamentos de Probabilidade............................. 1 1.2 Noções de Probabilidade................................ 3 1.3 Espaços Amostrais Finitos...............................

Leia mais

O Teorema da Amizade

O Teorema da Amizade O Teorema da Amizade Seminário Diagonal David Mesquita Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 13 de Maio de 2009 Teorema da Amizade,TA Formulação Original Suponha-se que numa sociedade, cada par

Leia mais

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO MODELO DE ISING BIDIMENSIONAL VIA MONTE CARLO

PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO MODELO DE ISING BIDIMENSIONAL VIA MONTE CARLO EXATAS E DA TERRA PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DO MODELO DE ISING BIDIMENSIONAL VIA MONTE CARLO FRANCELINO, Isabella Grinberg. Estudante do Curso de Engenharia Física- ILACVN UNILA; E-mail: isabella.francelino@aluno.unila.edu.br;

Leia mais

Modelo de Ising ferromagnético com campo externo periódico. Manuel Alejandro González Navarrete

Modelo de Ising ferromagnético com campo externo periódico. Manuel Alejandro González Navarrete Modelo de Ising ferromagnético com campo externo periódico Tese apresentada ao Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências Programa:

Leia mais

Probabilidade de Ruína e Processos de Lévy α-estáveis

Probabilidade de Ruína e Processos de Lévy α-estáveis Apresentação Probabilidade de Ruína e Processos de Lévy α-estáveis Universidade de São Paulo IME - USP 08 de abril, 2010 Apresentação Distribuições Estáveis e Processos de Lévy α-estáveis Convergência

Leia mais

) a sucessão definida por y n

) a sucessão definida por y n aula 05 Sucessões 5.1 Sucessões Uma sucessão de números reais é simplesmente uma função x N R. É conveniente visualizar uma sucessão como uma sequência infinita: (x(), x(), x(), ). Neste contexto é usual

Leia mais

MAT Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004

MAT Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004 MAT 317 - Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004 1 Nome : Número USP : Assinatura : Professor : Severino Toscano do Rêgo Melo 2 3 4 5 Total Podem tentar fazer todas as questões.

Leia mais

Distribuies de Probabilidade

Distribuies de Probabilidade Distribuies de Probabilidade Roberto Imbuzeiro M. F. de Oliveira 23 de Março de 2009 Resumo Exerçícios sobre as distribuições de v.a. s. 1 Toda variável aleatória real é uniforme Seja X : Ω R com função

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

Refinamentos de Equilíbrios de Nash

Refinamentos de Equilíbrios de Nash Refinamentos de Equilíbrios de Nash Prof. Leandro Chaves Rêgo Programa de Pós-Graduação em Estatística - UFPE Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFPE Recife, 06 de Outubro de 2014 Equilíbrio

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA. Medida e Probabilidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA. Medida e Probabilidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA Medida e Probabilidade Aluno: Daniel Cassimiro Carneiro da Cunha Professor: Andre Toom 1 Resumo Este trabalho contem um resumo dos principais

Leia mais

Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy

Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy Séries de Laurent e Teoremas de Cauchy Roberto Imbuzeiro Oliveira 3 de Abril de 20 A maior parte destas notas tem como refererência o livro de David Ullrich, Complex Made Simple. Preliminares sobre séries

Leia mais

{ 1 se x é racional, 0 se x é irracional. cos(k!πx) = cos(mπ) = ±1. { 1 se x Ak

{ 1 se x é racional, 0 se x é irracional. cos(k!πx) = cos(mπ) = ±1. { 1 se x Ak Solução dos Exercícios Capítulo 0 Exercício 0.: Seja f k : [0, ] R a função definida por Mostre que f k (x) = lim j (cos k!πx)2j. { f k (x) = se x {/k!, 2/k!,..., }, 0 senão e que f k converge pontualmente

Leia mais

σ-álgebras, geradores e independência

σ-álgebras, geradores e independência σ-álgebras, geradores e independência Roberto Imbuzeiro M. F. de Oliveira 15 de Março de 2009 Resumo Notas sobre a σ-álgebra gerada por uma variável aleatória X e sobre as condições de independência de

Leia mais

Álgebra Linear I - Aula 3. Roteiro

Álgebra Linear I - Aula 3. Roteiro Álgebra Linear I - Aula 3 1. Produto escalar. Ângulos. 2. Desigualdade triangular. Roteiro 1 Produto escalar Considere dois vetores ū = (u 1, u 2, u 3 ) e v = (v 1, v 2, v 3 ) de R 3. O produto escalar

Leia mais

Modelo de Ising ferromagnetico com campo externo periódico. Manuel Alejandro González Navarrete

Modelo de Ising ferromagnetico com campo externo periódico. Manuel Alejandro González Navarrete Modelo de Ising ferromagnetico com campo externo periódico Tese apresentada ao Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências Programa:

Leia mais

Física Estatística Computacional

Física Estatística Computacional Física Estatística Computacional Tereza Mendes IFSC USP http://lattice.ifsc.usp.br/cbpf.html Física Estatística Computacional Vamos trabalhar com sistemas estocásticos, em que um grande número de integrantes

Leia mais

Teoremas de uma, duas e três séries de Kolmogorov

Teoremas de uma, duas e três séries de Kolmogorov Teoremas de uma, duas e três séries de Kolmogorov 13 de Maio de 013 1 Introdução Nestas notas Z 1, Z, Z 3,... é uma sequência de variáveis aleatórias independentes. Buscaremos determinar condições sob

Leia mais

Reviso de Teoria da Medida e Elementos Bsicos de Probabilidade

Reviso de Teoria da Medida e Elementos Bsicos de Probabilidade Reviso de Teoria da Medida e Elementos Bsicos de Probabilidade Roberto Imbuzeiro Oliveira 9 de Março de 2009 Resumo Esta lista cobre o básico do básico sobre espaços e distribuições de probabilidade. Pouco

Leia mais

Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov

Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov Cap. 5 Estabilidade de Lyapunov 1 Motivação Considere as equações diferenciais que modelam o oscilador harmônico sem amortecimento e sem força aplicada, dada por: M z + Kz = 0 Escolhendo-se x 1 = z e x

Leia mais

Física Estatística. Vitor Oguri

Física Estatística. Vitor Oguri Física Estatística Vitor Oguri Departamento de Física Nuclear e Altas Energias (DFNAE) Instituto de Física Armando Dias Tavares (IFADT) Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 02 de março de 2014

Leia mais

Invariância da integral por homotopia, fórmula de Cauchy e séries de Taylor

Invariância da integral por homotopia, fórmula de Cauchy e séries de Taylor Invariância da integral por homotopia, fórmula de Cauchy e séries de Taylor Roberto Imbuzeiro Oliveira 6 de Abril de 20 Preliminares Nestas notas, U C sempre será um aberto e f : U C é contínua. Duas curvas

Leia mais

Demonstração. Ver demonstração em [1]. . Para que i j se tem µ i µ j? Determine a derivada no sentido de Radon-Nikodym em cada caso.

Demonstração. Ver demonstração em [1]. . Para que i j se tem µ i µ j? Determine a derivada no sentido de Radon-Nikodym em cada caso. Proposição 2.39 (Propriedades de e.). Sejam µ, λ, λ 1, λ 2 medidas no espaço mensurável (X, F). Então 1. se λ 1 µ e λ 2 µ então (λ 1 + λ 2 ) µ. 2. se λ 1 µ e λ 2 µ então (λ 1 + λ 2 ) µ. 3. se λ 1 µ e λ

Leia mais

Leandro Martins Cioletti

Leandro Martins Cioletti Comportamento Assintótico das Funções de Correlação para Modelos de Spins e Percolação de Alcance Misto Leandro Martins Cioletti Março de 2008 Comportamento Assintótico das Funções de Correlação para Modelos

Leia mais

2 Teoria da Informação

2 Teoria da Informação 2 Teoria da Informação Neste capítulo apresentamos alguns conceitos básicos sobre Teoria da Informação que utilizaremos durante este trabalho. 2.1 Alfabeto, texto, letras e caracteres Um alfabeto Σ = (σ

Leia mais

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 2. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 2. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3 Módulo e Produto Escalar - Parte 2 Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto Nesta segunda parte, veremos

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 6

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 6 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 6 O Teorema de Wold O Teorema de Wold Lei dos Grandes Números Teorema Central do Limite -M O Teorema de Wold

Leia mais

TEORIA ERGÓDICA, SISTEMAS DINÂMICOS E MEDIDAS INVARIANTES

TEORIA ERGÓDICA, SISTEMAS DINÂMICOS E MEDIDAS INVARIANTES TEORIA ERGÓDICA, SISTEMAS DINÂMICOS E MEDIDAS INVARIANTES Aluno: Juliana Arcoverde V. L. Ribeiro Orientador: Lorenzo Justiniano Díaz Casado Introdução A Teoria dos Sistemas Dinâmicos, ou mais exatamente

Leia mais

3 NOÇÕES DE PROBABILIDADE

3 NOÇÕES DE PROBABILIDADE 3 NOÇÕES DE PROILIDDE 3.1 Conjuntos Um conjunto pode ser considerado como uma coleção de objetos chamados elementos do conjunto. Em geral denota-se conjunto por letras maiúsculas,, C,... e a sua representação

Leia mais

O Método de Monte Carlo

O Método de Monte Carlo .....Universidade Federal de Santa Maria...Centro de Ciências Naturais e Exatas Grupo de Teoria da Matéria Condensada O Método de Monte Carlo Aplicações do algoritmo de Metropolis no Modelo de Ising Mateus

Leia mais

Física estatística. A distribuição de equiĺıbrio de um gás rarefeito: conjunto microcanónico e o método da distribuição mais provável MEFT, IST

Física estatística. A distribuição de equiĺıbrio de um gás rarefeito: conjunto microcanónico e o método da distribuição mais provável MEFT, IST Física estatística A distribuição de equiĺıbrio de um gás rarefeito: conjunto microcanónico e o método da distribuição mais provável MEFT, IST A realidade nem sempre é provável Jorge Luis Borges Equiĺıbrio

Leia mais

Magnetização Espontânea em Modelos de Ising Uni-Dimensionais com Interação de Longo Alcance

Magnetização Espontânea em Modelos de Ising Uni-Dimensionais com Interação de Longo Alcance Magnetização Espontânea em Modelos de Ising Uni-Dimensionais com Interação de Longo Alcance por Leonardo Cavalcanti de Mélo Orientador: Leandro Martins Cioletti Brasília 014 Leonardo Cavalcanti de Mélo

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Algoritmo para simular uma fila Medidas de interesse Média amostral Aula de hoje Teorema do Limite Central Intervalo de Confiança Variância amostral

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência V. Araújo Mestrado em Matemática, UFBA, 2014 1 Modos de convergência Modos de convergência Neste ponto já conhecemos quatro modos de convergência

Leia mais

Álgebra Linear I - Aula 2. Roteiro

Álgebra Linear I - Aula 2. Roteiro Álgebra Linear I - Aula 2 1. Produto escalar. Ângulos. 2. Desigualdade triangular. 3. Projeção ortugonal de vetores. Roteiro 1 Produto escalar Considere dois vetores = (u 1, u 2, u 3 ) e v = (v 1, v 2,

Leia mais

Problemas de Física Estatística e Termodinâmica

Problemas de Física Estatística e Termodinâmica 1 Problemas de Física Estatística e Termodinâmica Todas as grandezas físicas se supõem expressas no Sistema Internacional de Unidades. 1. Uma variável aleatória y pode tomar valores no conjunto {1,2,3,4,5}

Leia mais

b) (4 pt) Escreva a carga conservada em termos da Lagrangiana e a função f j (x).

b) (4 pt) Escreva a carga conservada em termos da Lagrangiana e a função f j (x). Mecânica Clássica ) Considere uma Lagrangiana L(x j, d dt xj ) onde j = a 3 que seja invariante sobre a transformação δx j = f j (x). Esta simetria implica a existência de uma carga conservada. a) ( pt)

Leia mais

Teoria dos Jogos. Prof. Maurício Bugarin ECO/UnB 2013-I. Aula 7 Teoria dos Jogos Maurício Bugarin. Cap. 2. Jogos Estáticos com Informação Completa

Teoria dos Jogos. Prof. Maurício Bugarin ECO/UnB 2013-I. Aula 7 Teoria dos Jogos Maurício Bugarin. Cap. 2. Jogos Estáticos com Informação Completa Teoria dos Jogos Prof Maurício Bugarin ECO/UnB 013-I Cap Jogos Estáticos com Informação Completa Roteiro Capítulo Jogos Estáticos com Informação Completa (Cap 1 do livro-texto) 1 A Forma Normal e o Conceito

Leia mais

Números - Aula 03. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

Números - Aula 03. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil Números - Aula 03 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 28 de Fevereiro de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2013106 - Engenharia Mecânica Corpos Vimos que o

Leia mais

1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades

1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades 1 Probabilidade: Axiomas e Propriedades 1.1 Definição Frequentista Considere um experimento aleatório que consiste no lançamento de um dado honesto. O espaço amostral desse experimento é Ω = {1, 2, 3,

Leia mais

Os Ensembles Caps. 4, 5, 7 do Salinas

Os Ensembles Caps. 4, 5, 7 do Salinas Os Ensembles Caps. 4, 5, 7 do Salinas ensemble = conjunto, coleção de sistemas em condições idênticas ao sistema que queremos estudar FFI319 - Física Estatística 20 27 de Setembro p. 1 Microcanônico Micro-estados

Leia mais

O que é Dimensão? Augusto GEROLIN (ENS-Lyon / Université Joseph-Fourier) 3 o EIAGIME - USP. 29 de agosto de 2010

O que é Dimensão? Augusto GEROLIN (ENS-Lyon / Université Joseph-Fourier) 3 o EIAGIME - USP. 29 de agosto de 2010 O que é Dimensão? Augusto GEROLIN agerolin@umpa.ens-lyon.fr (ENS-Lyon / Université Joseph-Fourier) 3 o EIAGIME - USP 29 de agosto de 2010 Outros possivéis títulos para O que é dimensão? Outros possivéis

Leia mais

Capítulo 0: Conjuntos, funções, relações

Capítulo 0: Conjuntos, funções, relações Capítulo 0: Conjuntos, funções, relações Notação. Usaremos Nat para representar o conjunto dos números naturais; Int para representar o conjunto dos números inteiros. Para cada n Nat, [n] representa o

Leia mais

x B A x X B B A τ x B 3 B 1 B 2

x B A x X B B A τ x B 3 B 1 B 2 1. Definição e exemplos. Bases. Dar uma topologia num conjunto X é especificar quais dos subconjuntos de X são abertos: Definição 1.1. Um espaço topológico é um par (X, τ) em que τ é uma colecção de subconjuntos

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032 UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e Da Natureza Centro Interdisciplinar de Ciências da Natureza ÁLGEBRA LINEAR I - MAT32 12 a Lista de exercícios

Leia mais

ÍNDICE. INTRODUÇÃO À FÍSICA ESTATÍSTICA xiii 1 PASSEIO ALEATÓRIO 1

ÍNDICE. INTRODUÇÃO À FÍSICA ESTATÍSTICA xiii 1 PASSEIO ALEATÓRIO 1 ÍNDICE INTRODUÇÃO À FÍSICA ESTATÍSTICA xiii 1 PASSEIO ALEATÓRIO 1 1.1 Probabilidades: definições elementares 3 1.2 Variáveis aleatórias e funções de distribuição 5 1.3 Passeio aleatório simples 9 1.3.1

Leia mais

Então (τ x, ) é um conjunto dirigido e se tomarmos x U U, para cada U vizinhança de x, então (x U ) U I é uma rede em X.

Então (τ x, ) é um conjunto dirigido e se tomarmos x U U, para cada U vizinhança de x, então (x U ) U I é uma rede em X. 1. Redes Quando trabalhamos no R n, podemos testar várias propriedades de um conjunto A usando seqüências. Por exemplo: se A = A, se A é compacto, ou se a função f : R n R m é contínua. Mas, em espaços

Leia mais

TEOREMAS LIMITE EM PROBABILIDADE RENATO ASSUNÇÃO DCC - UFMG

TEOREMAS LIMITE EM PROBABILIDADE RENATO ASSUNÇÃO DCC - UFMG TEOREMAS LIMITE EM PROBABILIDADE RENATO ASSUNÇÃO DCC - UFMG Referência para um estudo aprofundado das questões (e demonstrações das afirmações feitas aqui) LIMITE DE NÚMEROS REAIS Sequência de números

Leia mais

FAMÍLIA EXPONENCIAL DE DISTRIBUIÇÕES

FAMÍLIA EXPONENCIAL DE DISTRIBUIÇÕES FAMÍLIA EXPONENCIAL DE DISTRIBUIÇÕES 1 Os modelos lineares generalizados, propostos originalmente em Nelder e Wedderburn (1972), configuram etensões dos modelos lineares clássicos e permitem analisar a

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência. V. Araújo Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia Mestrado em Matemática, UFBA, 2014 Modos de convergência

Leia mais

Prof. Dr. Jeverson Teodoro Arantes Junior Engenharia de Materiais

Prof. Dr. Jeverson Teodoro Arantes Junior Engenharia de Materiais EN2815 Termodinâmica Estatística de Materiais Prof. Dr. Jeverson Teodoro Arantes Junior Engenharia de Materiais Para um N (número de partículas) fixo, uma equação de estado genérica, para vários gases,

Leia mais

Processos de Markov a Tempo Contínuo e Sistemas de Partículas Parte 1

Processos de Markov a Tempo Contínuo e Sistemas de Partículas Parte 1 Processos de Markov a Tempo Contínuo e Sistemas de Partículas Parte 1 Leandro Cioletti Departamento de Matemática - UnB 70910-900, Brasília, Brazil cioletti@mat.unb.br Ricardo Parreira Departamento de

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032 UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e Da Natureza Centro Interdisciplinar de Ciências da Natureza ÁLGEBRA LINEAR I - MAT0032 11 a Lista de

Leia mais

Introdução às superfícies de Riemann

Introdução às superfícies de Riemann Introdução às superfícies de Riemann Sylvain Bonnot Fevereiro 2015 Nessa primeira aula vamos apresentar o conteúdo do curso, os principais resultados e as definições basicas com primeiros examplos de superfícies

Leia mais

a convergência das distribuições de probabilidade para

a convergência das distribuições de probabilidade para Cadeia de Markov: modelo probabilístico e convergência das distribuições de probabilidade Markov chain: probabilistic model and convergence of probability distributions ISSN 2316-9664 Volume 11, dez. 2017

Leia mais

Física estatística MEFT, IST. Statistical thinking will one day be as necessary for efficient citizenship as the ability to read and write.

Física estatística MEFT, IST. Statistical thinking will one day be as necessary for efficient citizenship as the ability to read and write. Física estatística Gases ideais nas estatísticas quânticas: conjunto microcanónico MEFT, IST Statistical thinking will one day be as necessary for efficient citizenship as the ability to read and write.

Leia mais

Método do Gradiente Projetado Para Funções Convexas Generalizadas

Método do Gradiente Projetado Para Funções Convexas Generalizadas Método do Gradiente Projetado Para Funções Convexas Generalizadas Milton Gabriel Garcia dos SANTOS 1. Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Goiás, Campus II- Caixa Postal 131,

Leia mais

Fundamentos de Estatística

Fundamentos de Estatística Fundamentos de Estatística Clássica Workshop Análise de Incertezas e Validação Programa de Verão 2017 Marcio Borges 1 1LABORATÓRIO NACIONAL DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA mrborges@lncc.br Petrópolis, 9 de Fevereiro

Leia mais

Probabilidade I. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Probabilidade I 07/16 1 / 23

Probabilidade I. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Probabilidade I 07/16 1 / 23 I Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Probabilidade I 07/16 1 / 23 Probabilidade As definições de probabilidade apresentadas anteriormente podem

Leia mais

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS. Apresente e justifique todos os cálculos Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS TESTES DE RECUPERAÇÃO A - 6 DE JUNHO DE 9 - DAS H ÀS :3H Teste Apresente e justifique

Leia mais

UFPB - CCEN - DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA 1 a LISTA DE EXERCÍCIOS PERÍODO

UFPB - CCEN - DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA 1 a LISTA DE EXERCÍCIOS PERÍODO UFPB - CCEN - DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA a LISTA DE EXERCÍCIOS PERÍODO 0 Os exercícios 0 8 trazem um espaço vetorial V e um seu subconjunto W Sempre que W for um subespaço

Leia mais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 1. Números Naturais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 1. Números Naturais Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão 01 Lista 1 Números Naturais 1. Demonstre por indução as seguintes fórmulas: (a) (b) n (j 1) = n (soma dos n primeiros ímpares).

Leia mais

b b!. (2) [Sugestão para (iii ). Avalie (1+x) a por cima e por baixo para x = b/a. Use, para tanto, 1 + x e x e o binômio de Newton: (1 + x) a ( a

b b!. (2) [Sugestão para (iii ). Avalie (1+x) a por cima e por baixo para x = b/a. Use, para tanto, 1 + x e x e o binômio de Newton: (1 + x) a ( a EXERCÍCIOS DE MATEMÁTICA DISCRETA 2O. SEMESTRE DE 2007 1. Prove as seguintes estimativas. Nesta questão, escrevemos O(f(x)) para qualquer termo y tal que y C f(x) para todo x satisfazendo x x 0, onde C

Leia mais

Formalismo microcanônico ( ensemble microcanônico) Formalismo canônico ( ensemble canônico)

Formalismo microcanônico ( ensemble microcanônico) Formalismo canônico ( ensemble canônico) Formalismo microcanônico ( ensemble microcanônico) sist(j) estado j f j = Ω j Ω Formalismo canônico ( ensemble canônico) reservatório de temperatura tot res sistema f j = Ω res+sist(j) Ω tot sist(j) Física

Leia mais

Capítulo Topologia e sucessões. 7.1 Considere o subconjunto de R 2 : D = {(x, y) : xy > 1}.

Capítulo Topologia e sucessões. 7.1 Considere o subconjunto de R 2 : D = {(x, y) : xy > 1}. Capítulo 7 Introdução à Análise em R n 7. Topologia e sucessões 7. Considere o subconjunto de R 2 : D = {(x, y) : > }.. Indique um ponto interior, um ponto fronteiro e um ponto exterior ao conjunto D e

Leia mais

Teoria de Campo Médio Aplicada ao Modelo de Ising Quântico

Teoria de Campo Médio Aplicada ao Modelo de Ising Quântico 1 / 15 Teoria de Campo Médio Aplicada ao Modelo de Ising Quântico Jonas Maziero Bagé - RS, Novembro de 2012 Modelo xy Quântico 2 / 15 Hamiltoniano operador hermitiano em um espaço de estados H n, H = C

Leia mais

extensões algébricas.

extensões algébricas. META: Determinar condições necessárias e/ou suficientes para caracterizar extensões algébricas. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: Reconhecer se uma dada extensão é algébrica. PRÉ-REQUISITOS

Leia mais

SMA 5878 Análise Funcional II

SMA 5878 Análise Funcional II SMA 5878 Análise Funcional II Alexandre Nolasco de Carvalho Departamento de Matemática Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Universidade de São Paulo 16 de Março de 2017 Objetivos da Disciplina

Leia mais

Prova: Usando as definições e propriedades de números reais, temos λz = λx + iλy e

Prova: Usando as definições e propriedades de números reais, temos λz = λx + iλy e Lista Especial de Exercícios de Física Matemática I Soluções (Número complexo, sequência de Cauchy, função exponencial e movimento hamônico simples) IFUSP - 8 de Agosto de 08 Exercício Se z x + iy, x,

Leia mais

O TEOREMA ESPECTRAL PARA OPERADORES AUTO-ADJUNTOS

O TEOREMA ESPECTRAL PARA OPERADORES AUTO-ADJUNTOS O TEOEMA ESPECTAL PAA OPEADOES AUTO-ADJUNTOS Mariane Pigossi, oberto de A. Prado, Depto. de Matemática e Computação, FCT, UNESP, 19060-900, Presidente Prudente, SP E-mail: marianepigossi@gmail.com, robertoprado@fct.unesp.br

Leia mais

Gases reais. ρ(γ) = ρ(q 1,q 2,...,q 3N,p 1,p 2,...,p 3N ) (1)

Gases reais. ρ(γ) = ρ(q 1,q 2,...,q 3N,p 1,p 2,...,p 3N ) (1) Capítulo 7 Gases reais 1 Distribuição canônica Diferentemente do que foi feito nos capítulos anteriores vamos considerar agora sistemas de partículas interagentes. Por exemplo, um gás composto de N moléculas

Leia mais

Exercício 18. Demonstre a proposição anterior. (Dica: use as definições de continuidade e mensurabilidade)

Exercício 18. Demonstre a proposição anterior. (Dica: use as definições de continuidade e mensurabilidade) Proposição 2.7. Sejam Y e Z espaços métricos e X um espaço mensurável. Se f : X Y é uma função mensurável e g : Y Z é uma função contínua então g f : X Z é uma função mensurável. Exercício 18. Demonstre

Leia mais

3 Apresentação do processo e resultados preliminares

3 Apresentação do processo e resultados preliminares 3 Apresentação do processo e resultados preliminares O Capitulo 1 dá a ferramenta para construir uma cadeia de Markov a tempo contínuo, a partir de uma cadeia de Markov a tempo discreto. Agora, queremos

Leia mais

Modelo de Ising. 1 Introdução. Caroline Garcia Forlim e Paulo Matias. 18 de dezembro de O método de Monte Carlo

Modelo de Ising. 1 Introdução. Caroline Garcia Forlim e Paulo Matias. 18 de dezembro de O método de Monte Carlo Modelo de Ising Caroline Garcia Forlim e Paulo Matias 18 de dezembro de 2011 Resumo Neste trabalho simulamos o modelo de Ising bidimensional usando dois métodos: Metropolis e Banho Térmico. Aprendemos

Leia mais

Continuidade de processos gaussianos

Continuidade de processos gaussianos Continuidade de processos gaussianos Roberto Imbuzeiro Oliveira April, 008 Abstract 1 Intrudução Suponha que T é um certo conjunto de índices e c : T T R é uma função dada. Pergunta 1. Existe uma coleção

Leia mais

Representações Gráficas para Sistemas de Spins com presença de Campo Externo

Representações Gráficas para Sistemas de Spins com presença de Campo Externo Representações Gráficas para Sistemas de Spins com presença de Campo Externo Algumas relações em Teoria de Probabilidades por Roberto Vila Gabriel Departamento de Matemática Instituto de Ciências Exatas

Leia mais

Física estatística. Conjunto canónico MEFT, IST. Reality is merely an illusion, albeit a very persistent one. Albert Einstein

Física estatística. Conjunto canónico MEFT, IST. Reality is merely an illusion, albeit a very persistent one. Albert Einstein Física estatística Conjunto canónico MEFT, IST Reality is merely an illusion, albeit a very persistent one Albert Einstein Necessidade do conjunto canónico Fizémos o conjunto microcanónico, que descrece

Leia mais

No que segue, X sempre denota um espaço topológico localmente compacto

No que segue, X sempre denota um espaço topológico localmente compacto O TEOREMA DE REPRESENTAÇÃO DE RIESZ PARA MEDIDAS DANIEL V. TAUSK No que segue, sempre denota um espaço topológico localmente compacto Hausdorff. Se f : R é uma função, então supp f denota o{ suporte (relativamente

Leia mais

Curso Sistemas Markovianos de Particulas André Toom IME/USP, 1o semestre de 1998

Curso Sistemas Markovianos de Particulas André Toom IME/USP, 1o semestre de 1998 Dever de casa #1 (dado na 5 a feira, 5 março). Consideramos percolação orientada sobre uma rede infinita (olhe a diagrama). Cada elo horizontal está aberto a direita com a probabilidade ε e está fechado

Leia mais

EUF. Exame Unificado

EUF. Exame Unificado EUF Exame Unificado das Pós-graduações em Física Para o primeiro semestre de 2016 14 de outubro de 2015 Parte 1 Instruções ˆ Não escreva seu nome na prova. Ela deverá ser identificada apenas através do

Leia mais