Variabilidade glicêmica no diabetes: a quais características o médico deve estar atento?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Variabilidade glicêmica no diabetes: a quais características o médico deve estar atento?"

Transcrição

1 Variabilidade glicêmica no diabetes: a quais características o médico deve estar atento? Author : Dr. Thiago Santos Hirose Categories : Endocrinologia Date : 26 de julho de 2018 Compartilhe conhecimento! 2 Shares O controle da glicemia nos pacientes diabéticos tem grande importância para a prevenção de complicações agudas e crônicas da doença. Para isto, lança-se mão das seguintes ferramentas para o seguimento dos pacientes: Glicemia capilar: por meio do exame da gota de sangue em fita e aparelho apropriados, o paciente é capaz de aferir a glicemia capilar em determinado momento do dia; Hemoglobina glicada (HbA1c): porção proteica presente nos glóbulos vermelhos e que se liga à glicose presente no sangue. Quanto maior a glicemia, maior será a hemoglobina glicada. As hemácias têm uma meia-vida média de 90 a 120 dias; sendo assim, a hemoglobina glicada reflete uma média das glicemias do paciente neste período. De acordo com a hemoglobina glicada, pode-se estimar a glicemia média do paciente conforme a tabela abaixo: CORRESPONDÊNCIA ENTRE OS NÍVEIS DE A1C (%) E OS NÍVEIS MÉDIOS DE GLICEMIA DOS ÚLTIMOS 2 A 4 MESES (MG/DL) Nível de A1C (%) Estudos Originais Novos Estudos 1 / 8

2 META SBD/ADA Rotineiramente, usa-se a somatória da hemoglobina glicada mais uma tabela com as medidas das glicemias capilares para avaliar se o paciente diabético está bem controlado ou não. Porém, cada um dos métodos tem limitações para as quais devemos ficar atentos (2). Glicemia capilar vantagens e desvantagens Necessidade de várias picadas no dedo por dia; Medida instantânea da glicemia, sem avaliar previsões de subidas ou quedas futuras; Depende de um aparelho calibrado e de qualidade; Depende do paciente anotar os dados corretamente; Há dificuldade em avaliar hipoglicemias na madrugada e assintomáticas; Grande quantidade de materiais gastos por dia (fita, lanceta, algodão, álcool). CARACTERÍSTICAS AMGC SMCG FGM Número de testes Limitado Virtualmente sem limites Virtualmente sem limites Fluido utilizado Capilar Intersticial Intersticial Acurácia Boa Boa Boa Facilidade de interpretação Fácil Difícil Fácil Dependência do usuário Sim Sim Não Motivação requerida Sim Sim Mínima Habilidades necessárias Sim Sim Sim, mínima para o uso Disponibilidade imediata Sim Não Não dos resultados Ligação com bomba de Sim Sim Não 2 / 8

3 insulina Comparação das três possibilidades de medição da glicemia. Hemoglobina glicada vantagens e desvantagens Avalia as médias das glicemias nos últimos 3 meses, mas não verifica a variabilidade glicêmica neste período, podendo levar a resultados falsamente normais; Algumas doenças e condições limitam a leitura da hemoglobina glicada, como anemias e a gestação (diluição da hemoglobina); Não reflete, necessariamente, as mudanças realizadas durante o tratamento; Não detecta hipo e hiperglicemias neste período; Exame dependente da qualidade do laboratório que o realiza. Para aprimorar o controle das glicemias diárias do paciente diabético, criou-se o formato de monitoramento contínuo de glicemia (MCG), em que há a detecção da glicose do fluido intersticial de forma contínua por meio de um sensor acoplado ao corpo. Assim, diminui-se a quantidade de picadas de dedo e pode-se observar as tendências das variações glicêmicas ao longo do dia inteiro. O QUE É A VARIABILIDADE GLICÊMICA? SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA DIÁRIA DO CONTROLE DO DIABETES Variabilidade glicêmica é a avaliação das glicemias nos diferentes horários do dia. Esta análise inclui o estudo de amplitude, frequência e duração da flutuação glicêmica. Com isto, pode-se observar com maior precisão os riscos de hipo e hiperglicemia do paciente diabético, facilitando o tratamento. 3 / 8

4 Clique para ampliar Clique para ampliar 4 / 8

5 QUAIS CARACTERÍSTICAS PODEM SER AVALIADAS NA VARIABILIDADE GLICÊMICA? Na avaliação da variabilidade glicêmica de um paciente com diabetes sob MCG, algumas características podem ser analisadas: Tempo de glicemia no alvo: é o tempo em que se pretende manter a glicemia dentro de uma faixa-alvo estabelecida pelo médico para o paciente diabético. Na maioria dos pacientes, a faixa-alvo de glicemia é estabelecida entre 70 e 180 mg/dl (em alguns casos, de 70 a 140 mg/dl). Quanto maior o tempo na faixa-alvo, melhor o controle metabólico. Alguns trabalhos citam que, em pacientes com pelo menos 50% do tempo da glicemia na faixa-alvo, há correlação com hemoglobina glicada Com ou sem sintomas Alerta de risco para hipoglicemia clinicamente significativa Hipoglicemia Nível 2 < 54 mg/dl Com ou sem sintomas Hipoglicemia clinicamente significativa e requer atenção imediata Hipoglicemia Nível 3 Valor específico não definido Hipoglicemia severa Prejuízo cognitivo que requer assistência externa para recuperação Necessita de ajuda Tempo na Meta 70 a 180 mg/dl Tempo de permanência, em porcentagem, do indivíduo na meta glicêmica 5 / 8

6 Acima de 50% haverá correlação com HbA1c Acima da Meta Entre 180 e 250 mg/dl Condição acima da meta nível 1: Alto Severamente Alto > 250 mg/dl Condição acima da meta nível 2: Severamente alto Desvio Padrão < 50 mg/dl Avalia a variabilidade glicêmica Quanto maior o desvio padrão, mais instável é a glicemia Coeficiente de Variação Estável: Avalia variabilidade glicêmica Desvio padrão dividido pela média GLICOSE INTERSTICIAL Abaixo do alvo? ESTÁVEL? Ingerir CHO Bomba: alterar basal temporário e reavaliar em 15 minutos No alvo Ingerir CHO se?? ou sintomas Bomba: alterar basal temporário e reavaliar entre minutos Acima do alvo Reavaliar entre 1-2h ou fazer bolus de correção (exceto?? ou último bolus Bolus de correção (exceto último bolus Bolus de correção (exceto Ingerir CHO se sintomas Bomba: alterar basal temporário e reavaliar entre 15 e 30 minutos Ingerir CHO se sintomas (e se comeu CHO pela última vez >15 minutos) Reavaliar Observar Reavaliar entre minutos 6 / 8

7 último bolus 250 mg%) CONCLUSÕES A maioria dos pacientes ainda realiza o controle da glicemia pela ponta de dedo, seguindo também o acompanhamento da hemoglobina glicada. Porém, cada vez mais, o tema variabilidade glicêmica difunde-se na comunidade médica e entre os próprios pacientes, por conta das vantagens de uso dos sensores de glicemia no dia a dia dos diabéticos. Dentro em breve, haverá um maior leque de informações relacionadas ao tratamento do paciente na prática médica, e os profissionais terão de conhecê-los e saber como interpretá-los. A variabilidade glicêmica é uma dessas novidades nas quais precisamos prestar atenção. Até a próxima! REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS Automonitorização glicêmica e monitorização contínua da glicose Diabetes na prática clínica E-book 2.0 Sociedade Brasileira de Diabetes Módulo 3 Cap.1. Métodos para avaliação do controle glicêmico Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes pg International consensus on use of continuous glucose monitoring Diabetes Care 2017; 40: Practical implementation, education and interpretation guidelines for continuous glucose monitoring: a French position statement. Diabetes & metabolism 2018; 44: / 8

8 Powered by TCPDF ( 8 / 8

NOVAS ABORDAGENS INTENSIVAS PARA O CONTROLE DO DIABETES TIPO 2

NOVAS ABORDAGENS INTENSIVAS PARA O CONTROLE DO DIABETES TIPO 2 NOVAS ABORDAGENS INTENSIVAS PARA O CONTROLE DO DIABETES TIPO 2 DR. AUGUSTO PIMAZONI NETTO Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes Hospital do Rim Universidade Federal de São Paulo UNIFESP

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições legais, e

MINISTÉRIO DA SAÚDE. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições legais, e MINISTÉRIO DA SAÚDE PORTARIA nº 2.583 de 10 de outubro de 2007 Define elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, nos termos da Lei nº 11.347/2006, aos usuários portadores

Leia mais

O CUSTO DO DIABETES. Novas tecnologias para o tratamento do Diabetes Tipo 1

O CUSTO DO DIABETES. Novas tecnologias para o tratamento do Diabetes Tipo 1 Compartilhe conhecimento: De bombas de insulina a monitores contínuos de glicemia, novas tecnologias ajudam médicos e pacientes a administrar os níveis de açúcar no sangue e evitar as complicações da doença.

Leia mais

ANÁLISE DO MONITORAMENTO DA GLICEMIA CAPILAR EM INSULINODEPENDENTES PARA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO DIABETES MELLITUS

ANÁLISE DO MONITORAMENTO DA GLICEMIA CAPILAR EM INSULINODEPENDENTES PARA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO DIABETES MELLITUS ANÁLISE DO MONITORAMENTO DA GLICEMIA CAPILAR EM INSULINODEPENDENTES PARA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO DIABETES MELLITUS Marina Soares Monteiro Fontenele (1); Maria Amanda Correia Lima (1);

Leia mais

MÉTODOS DE CONTROLE DA GLICEMIA. Prof. Dr. Daniel Panarotto

MÉTODOS DE CONTROLE DA GLICEMIA. Prof. Dr. Daniel Panarotto MÉTODOS DE CONTROLE DA GLICEMIA Prof. Dr. Daniel Panarotto Conteúdo Carta do Autor Por que monitorar a glicemia? Quais as Metas de Controle? Métodos para Medir a Glicose Novidades Conclusões 3 4 5 6 8

Leia mais

INSULINOTERAPIA NO TRATAMENTO DO DM TIPO 2

INSULINOTERAPIA NO TRATAMENTO DO DM TIPO 2 apresentam INSULINOTERAPIA NO TRATAMENTO DO DM TIPO 2 PAULO DE TARSO FREITAS CRM/SC 7564 RQE 3776 ENDOCRINOLOGISTA MÉDICO REG ULADOR DA G ECOR/SES TELECONSULTOR EM ENDOCRINOLOGIA/SES Introdução O diabetes

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS

A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS A ética retratada através da metodologia do psicocine 37 A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS

Leia mais

Protocolo para controle glicêmico de paciente não crítico com diagnóstico prévio ou não de diabetes mellitus

Protocolo para controle glicêmico de paciente não crítico com diagnóstico prévio ou não de diabetes mellitus Protocolo para controle glicêmico de paciente não crítico com diagnóstico prévio ou não de diabetes mellitus A) PACIENTES SEM DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS PRÉVIO B) PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

Leia mais

Controvérsias e Avanços Tecnológicos sobre Hemoglobina Glicada (A1C)

Controvérsias e Avanços Tecnológicos sobre Hemoglobina Glicada (A1C) Controvérsias e Avanços Tecnológicos sobre Hemoglobina Glicada (A1C) DR. AUGUSTO PIMAZONI NETTO Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim Universidade Federal de São Paulo

Leia mais

NOVAS TECNOLOGIAS NA DIABETES

NOVAS TECNOLOGIAS NA DIABETES VI JORNADAS DE ENDOCRINOLOGIA, DIABETES E NUTRIÇÃO DE AVEIRO III SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO NOVAS TECNOLOGIAS NA DIABETES Teresa Azevedo Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Nutrição do Centro Hospitalar do

Leia mais

TPC Módulo 3 As respostas obtidas

TPC Módulo 3 As respostas obtidas TPC Módulo 3 As respostas obtidas TPC Módulo 2 As soluções 1) Relativamente aos tipos de insulina, assinale a afirmação verdadeira: a) A insulina detemir é uma insulina humana de ação prolongada. b) A

Leia mais

Capacitar os pacientes com informações

Capacitar os pacientes com informações Checar mais vezes o nível de glicose reduz a duração de episódios de hipo e hiperglicemia em pessoas com diabetes, mostra levantamento da Abbott Usuários do Freestyle Libre, sistema que elimina a necessidade

Leia mais

DIÁRIO DE GLICEMIAS CAPILARES

DIÁRIO DE GLICEMIAS CAPILARES DIÁRIO DE GLICEMIAS CAPILARES GRUPO SANTA CASA DE BELO HORIZONTE Ambulatório de Diabetes Tipo 1 Santa Casa de Belo Horizonte SOU PORTADOR DE DIABETES E ESSE É MEU DIÁRIO DE GLICEMIAS: Nome: Endereço:

Leia mais

Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica

Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica Daiani de Bem Borges Farmacêutica (NASF/PMF) Preceptora da Residência Multiprofissional em Saúde/UFSC/PMF Doutoranda - Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva/UFSC

Leia mais

Estudo comparativo entre os níveis de glicemia venosa e glicemia capilar

Estudo comparativo entre os níveis de glicemia venosa e glicemia capilar Estudo comparativo entre os níveis de glicemia venosa e glicemia capilar Bárbara de Castro Borges 1 Tania Cristina Andrade 2 Resumo A manutenção da glicemia normal depende principalmente da capacidade

Leia mais

Controle Glicêmico Intra-Hospitalar. Introdução

Controle Glicêmico Intra-Hospitalar. Introdução Controle Glicêmico Intra-Hospitalar Introdução A hiperglicemia é comum em doenças agudas, sendo mais frequente ainda em pacientes internados. Cerca de 38% dos pacientes internados foram identificados como

Leia mais

Sergio Luiz Alves de Queiroz. Laudo. Sangue

Sergio Luiz Alves de Queiroz. Laudo. Sangue (705562-11/07/2016 06::2) Endereço: R Itaipava, 62, Apto 0 - Jd Botanico - Rio de Janeiro - RJ Nascimento:12/08/1951 (64 anos), Sexo: M Medico: Luiz Maurino Abreu (RJ-CRM-5255942) Posto de Coleta: Leblon

Leia mais

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO A PARTICIPAÇÃO DE ACADÊMICOS DO CURSO DE FARMÁCIA

Leia mais

Contagem de Carboidratos

Contagem de Carboidratos Leticia Fuganti Campos Nutricionista da Nutropar Mestre pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Especialista em Nutrição Clínica pelo GANEP Pós-graduanda em Educação em Diabetes Treinamento

Leia mais

5) Hiperglicemia hospitalar

5) Hiperglicemia hospitalar 79 5) Hiperglicemia hospitalar Grupo de Hiperglicemia Hospitalar do HCFMUSP: Ana Claudia Latronico, Marcia Nery, Simão Lottenberg, Marcos Tadashi Kakitani Toyoshima, Sharon Nina Admoni, Priscilla Cukier.

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE DISPOSITIVO MÉDICO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE DISPOSITIVO MÉDICO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PEDIDO DE COMPARTICIPAÇÃO DE DISPOSITIVO MÉDICO Dispositivo Médico sensor para determinação de glicose intersticial N.º Registo Nome Comercial Descrição Fabricante / Representante

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Diabetes Mellitus Parte 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Tratamentos para DM: - Não medicamentoso Dieta Atividade física - Medicamentoso Oral Insulina Tratamentos

Leia mais

É muito comum, tanto no mundo leigo quanto entre profissionais da saúde, ouvirmos as seguintes expressões:

É muito comum, tanto no mundo leigo quanto entre profissionais da saúde, ouvirmos as seguintes expressões: Compartilhe conhecimento! 398 Shares É muito comum, tanto no mundo leigo quanto entre profissionais da saúde, ouvirmos as seguintes expressões: Quem tem diabetes é porque comeu doce! Estes são apenas alguns

Leia mais

O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública

O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública DR. AUGUSTO PIMAZONI NETTO Coordenador dos Grupos de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de

Leia mais

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade C: Apresentação de pesquisas advindas da extensão universitária

16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade C: Apresentação de pesquisas advindas da extensão universitária 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO AVALIAÇÃO DO PERFIL GLICÊMICO COM ANÁLISE INDIVIDUAL

Leia mais

MANUAIS ISGH UTILIZAÇÃO DE INSULINA ENDOVENOSA

MANUAIS ISGH UTILIZAÇÃO DE INSULINA ENDOVENOSA E L A B O R A Ç Ã O Kessy Vasconcelos de Aquino Médica Consultora ISGH Meton Soares de Alencar Médico UTI HRC Mozart Ney Rolim Teixeira Henderson Médico Consultor ISGH Nárya Maria Gonçalves de Brito Enfermeira

Leia mais

Tratamento de hiperglicemia no paciente internado

Tratamento de hiperglicemia no paciente internado Tratamento de hiperglicemia no paciente internado Dra. Roberta Frota Villas-Boas GruPAC DM Hiperglicemia x internação alta incidência pouco valorizada aumenta morbi-mortalidade e permanência hospitalar

Leia mais

RASTREAMENTO DE PRESSÃO ARTERIAL E GLICEMIA

RASTREAMENTO DE PRESSÃO ARTERIAL E GLICEMIA RASTREAMENTO DE PRESSÃO ARTERIAL E GLICEMIA Andreza de Jesus Dutra Silva Mestre em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente - UniFOA Arielly Cristina VillarinhoVimar Mestranda em Ensino em Ciências

Leia mais

DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 2.512, DE 19 DE JULHO DE 2017.

DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 2.512, DE 19 DE JULHO DE 2017. DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 2.512, DE 19 DE JULHO DE 2017. Aprova o Protocolo Estadual para Dispensação de Insumos para Monitoramento de Diabetes no âmbito do SUS-MG. A Comissão Intergestores Bipartite do

Leia mais

ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR PARA O ATENDIMENTO AOS PACIENTES DIABÉTICOS INTERNADOS

ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR PARA O ATENDIMENTO AOS PACIENTES DIABÉTICOS INTERNADOS ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR PARA O ATENDIMENTO AOS PACIENTES DIABÉTICOS INTERNADOS DR. RUBENS ALDO SARGAÇO MEMBRO DO GRUPO DE DIABETES HOSPITALAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES FINALIDADE DO GRUPO

Leia mais

I Data: 15/11/04. II Grupo de Estudo: Adolfo Parenzi Silvana Kelles Regina Celi Silveira Clemilda Coelho Elen Queiroz Luciana Bernardino Gilmara Areal

I Data: 15/11/04. II Grupo de Estudo: Adolfo Parenzi Silvana Kelles Regina Celi Silveira Clemilda Coelho Elen Queiroz Luciana Bernardino Gilmara Areal Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 007/04 Tema: MONITORIZAÇÃO CONTÍNUA DE GLICOSE SUBCUTÂNEA I Data: 15/11/04 II Grupo de Estudo: Adolfo Parenzi Silvana Kelles Regina Celi Silveira Clemilda

Leia mais

SIC. Casos Clínicos ENDOCRINOLOGIA CLÍNICA MÉDICA

SIC. Casos Clínicos ENDOCRINOLOGIA CLÍNICA MÉDICA SIC Casos Clínicos CLÍNICA MÉDICA ENDOCRINOLOGIA AUTORES Leandro Arthur Diehl Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica e em Endocrinologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista

Leia mais

DOSAGEM DE 25 - HIDROXIVITAMINA D

DOSAGEM DE 25 - HIDROXIVITAMINA D DOSAGEM DE 25 - HIDROXIVITAMINA D Método: Quimioluminescência. Resultado: 25,7 ng/ml. Valores de Referência: Deficiência : Menor que 20,0 ng/ml. Insuficiência : 20,0 a 29,9 ng/ml. Suficiência : Igual ou

Leia mais

Insulinoterapia no pré per e pós operatório. Profa. Fernanda Oliveira Magalhães

Insulinoterapia no pré per e pós operatório. Profa. Fernanda Oliveira Magalhães Insulinoterapia no pré per e pós operatório Profa. Fernanda Oliveira Magalhães Mais de 50% dos pacientes diabéticos têm chance de serem submetidos a alguma cirurgia pelo menos uma vez na vida. O diagnóstico

Leia mais

Experiência do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Braga no Tratamento de Diabéticos Tipo 1 com Bombas Infusoras de Insulina

Experiência do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Braga no Tratamento de Diabéticos Tipo 1 com Bombas Infusoras de Insulina 5ª Congresso ALGEDM Associação Luso-Galaica de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo Experiência do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Braga no Tratamento de Diabéticos Tipo 1 com Bombas Infusoras

Leia mais

Diário de Glicemia. O diabetes sob controle

Diário de Glicemia. O diabetes sob controle Diário de O diabetes sob controle Apresentação Com o desenvolvimento de novos medicamentos antidiabéticos, insulinas e equipamentos que auxiliam o controle da glicemia, o diabético pode viver bem. Entre

Leia mais

TRATAMENTO DIETÉTICO DO DIABETES MELLITUS. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas

TRATAMENTO DIETÉTICO DO DIABETES MELLITUS. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas TRATAMENTO DIETÉTICO DO DIABETES MELLITUS Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas Como Avaliar o Sucesso do tratamento Alvos do controle clínico e metabólico Glicemia préprandial (mg/dl) Glicemia pósprandial

Leia mais

número 29 - setembro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

número 29 - setembro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS número 29 - setembro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS INSULINAS ANÁLOGAS RÁPIDAS NO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS

Leia mais

HEMOGRAMA COMPLETO Material: Sangue Total Método : Automação: ABX MICROS 60 REFERÊNCIAS. Médico: Dr(ª) JOSE BERNARDO N. JUNIOR

HEMOGRAMA COMPLETO Material: Sangue Total Método : Automação: ABX MICROS 60 REFERÊNCIAS. Médico: Dr(ª) JOSE BERNARDO N. JUNIOR Setor: HEMATOLOGIA HEMOGRAMA COMPLETO Total Método : Automação: ABX MICROS 60 SÉRIE VERMELHA HEMATÓCRITO... 42,7 % MASCULINO: 39 a 54 FEMININO : 37 a 46 HEMÁCIAS... 4,60 milhões/mm³ MASCULINO: 4,5 a 6

Leia mais

PROTOCOLO UTILIZAÇÃO DE INSULINA ENDOVENOSA E L A B O R A Ç Ã O

PROTOCOLO UTILIZAÇÃO DE INSULINA ENDOVENOSA E L A B O R A Ç Ã O E L A B O R A Ç Ã O Kessy Vasconcelos de Aquino Médica Consultora ISGH Meton Soares de Alencar Médico UTI HRC Mozart Ney Rolim Teixeira Henderson Consultor Técnico Terapia Intensiva - ISGH Rafaela Neres

Leia mais

Diabetes Mellitus Tipo 1 Cetoacidose diabética

Diabetes Mellitus Tipo 1 Cetoacidose diabética HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ LIPED - UNIOESTE RESIDÊNCIA MÉDICA DE PEDIATRIA Diabetes Mellitus Tipo 1 Cetoacidose

Leia mais

Dra. Roberta Frota Villas-Boas. GruPAC9: Diabetes

Dra. Roberta Frota Villas-Boas. GruPAC9: Diabetes Dra. Roberta Frota Villas-Boas GruPAC9: Diabetes Hiperglicemia X Internação alta incidência e prevalência (40%) aumento da morbi-mortalidade (infecções, complicações CV) Aumenta a duração da internação

Leia mais

Diretrizes e Posicionamentos DM1 Ao Longo da Vida: Position Statement da American Diabetes Association

Diretrizes e Posicionamentos DM1 Ao Longo da Vida: Position Statement da American Diabetes Association DM1 Ao Longo da Vida: Position Statement da American Diabetes Association Fonte: ADA Metas do Tratamento Considerações Gerais A hiperglicemia define o Diabetes e está diretamente relacionada à incidência

Leia mais

XIII Curso de Capacitação em Diabetes

XIII Curso de Capacitação em Diabetes XIII Curso de Capacitação em Diabetes Coordenador e responsável: Prof. Dr. Orsine Valente UNIFESP/ABRAN/FMABC - Doutor em Endocrinologia pela Universidade Federal de São Paulo - Professor Titular da Disciplina

Leia mais

Determinação de níveis de glicémia

Determinação de níveis de glicémia Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica Determinação de níveis de glicémia Fisiologia de Sistemas Pedro Castel-Branco, nº 62830 Mafalda Sottomayor Negrão, nº 62847 Matilde Neffe, nº 63992 Ana Filipa

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Jejum mínimo. de 8h. Tolerância à glicose diminuída 100 a a 199 -

DIABETES MELLITUS. Jejum mínimo. de 8h. Tolerância à glicose diminuída 100 a a 199 - DIABETES MELLITUS 3.3 - Diagnóstico Glicemias (mg/dl) Categorias Jejum mínimo de 8h 2hs após 75g de glicose Casual Normal 70 a 99 até 139 - Tolerância à glicose diminuída 100 a 125 140 a 199 - Diabetes

Leia mais

3) Complicações agudas do diabetes

3) Complicações agudas do diabetes 73 3) Complicações agudas do diabetes Hiperglicemias As emergências hiperglicêmicas do diabetes melitus são classificadas em: cetoacidose diabética (CAD) e estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH), que

Leia mais

INITIAL INSULIN THERAPY MANAGEMENT FOR PATIENTS WITH TYPE 2 DIABETES MELLITUS

INITIAL INSULIN THERAPY MANAGEMENT FOR PATIENTS WITH TYPE 2 DIABETES MELLITUS INITIAL INSULIN THERAPY MANAGEMENT FOR PATIENTS WITH TYPE 2 DIABETES MELLITUS MANEJO INICIAL DA INSULINOTERAPIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 UNITERMOS INSULINOTERAPIA; DIABETES MELLITUS TIPO

Leia mais

Insulinoterapia no Diabetes tipo 1. Profa. Fernanda Oliveira Magalhães

Insulinoterapia no Diabetes tipo 1. Profa. Fernanda Oliveira Magalhães Insulinoterapia no Diabetes tipo 1 Profa. Fernanda Oliveira Magalhães Doença crônica caracterizada pela destruição parcial ou total das células beta das ilhotas de Langerhans pancreáticas, resultando na

Leia mais

DIABETES MELLITUS INAUGURAL SEM ACIDOSE

DIABETES MELLITUS INAUGURAL SEM ACIDOSE DIABETES MELLITUS INAUGURAL SEM ACIDOSE GRUPO DE TRABALHO DE DIABETES MELLITUS Luís Ribeiro, Júlia Galhardo, Ana Cristina Monteiro, Ana Sofia Martins, Ângela Dias, Catarina Mendes, Carla Meireles, Cíntia

Leia mais

PLANO DE MANEJO DO DIABETES NA ESCOLA (PMDE)

PLANO DE MANEJO DO DIABETES NA ESCOLA (PMDE) PLANO DE MANEJO DO DIABETES NA ESCOLA (PMDE) Este plano deve ser preenchido pelos profissionais da saúde responsáveis pelo tratamento do aluno com diabetes juntamente com os pais ou responsáveis. O plano

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Diabetes Mellitus Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - Estima-se a população mundial com diabetes (DM): 382 milhões de pessoas; deverá atingir 471 milhões

Leia mais

AÇÃO DE FORMAÇÃO ACTUALIZAÇÃO EM DIABETES

AÇÃO DE FORMAÇÃO ACTUALIZAÇÃO EM DIABETES AÇÃO DE FORMAÇÃO ACTUALIZAÇÃO EM DIABETES DESTINATÁRIOS: Médicos FORMADORES: Dr. André Carvalho, - Endocrinologista Dra. Conceição Bacelar - Endocrinologista Dr. Fernando Pichel - Nutricionista Dr. Romeu

Leia mais

Uso Correto da Medicação. Oral e Insulina Parte 4. Denise Reis Franco Médica. Alessandra Gonçalves de Souza Nutricionista

Uso Correto da Medicação. Oral e Insulina Parte 4. Denise Reis Franco Médica. Alessandra Gonçalves de Souza Nutricionista Uso Correto da Medicação Denise Reis Franco Médica Alessandra Gonçalves de Souza Nutricionista Eliana M Wendland Doutora em Epidemiologia Oral e Insulina Parte 4 Perfil de ação das insulinas disponíveis

Leia mais

HEMOGRAMA, sangue total ================================================== SÉRIE BRANCA =========================================================

HEMOGRAMA, sangue total ================================================== SÉRIE BRANCA ========================================================= Resultados de Exames Imprimir Fechar Ficha: 6350110009 Cliente: ALCIR DE MELO PIMENTA Data: 06/06/2018 Médico: JOSE ANTONIO M BAGUEIRA LEAL HEMOGRAMA, sangue total ==================================================

Leia mais

HIPERGLICEMIA HOSPITALAR GRUPO DE ESTUDO DA HIPERGLICEMIA HOSPITALAR

HIPERGLICEMIA HOSPITALAR GRUPO DE ESTUDO DA HIPERGLICEMIA HOSPITALAR HIPERGLICEMIA HOSPITALAR GRUPO DE ESTUDO DA HIPERGLICEMIA HOSPITALAR Grupo de Estudo de Hiperglicemia Hospitalar Marcos Tadashi K. Toyoshima Sharon Nina Admoni Priscilla Cukier Simão Augusto Lottenberg

Leia mais

Introdução Descrição da condição

Introdução Descrição da condição Introdução Descrição da condição Diabetes mellitus: desordem metabólica resultante de defeito na secreção e\ou ação do hormônio insulina. Consequência primária: hiperglicemia. Crônica: diagnóstico de diabetes.

Leia mais

MODY: QUANDO SUSPEITAR? COMO INVESTIGAR? YARA MEDEIROS CONGRESSO CATARINENSE DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 2015

MODY: QUANDO SUSPEITAR? COMO INVESTIGAR? YARA MEDEIROS CONGRESSO CATARINENSE DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 2015 MODY: QUANDO SUSPEITAR? COMO INVESTIGAR? YARA MEDEIROS CONGRESSO CATARINENSE DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 2015 MODY: QUANDO SUSPEITAR? QUANDO INVESTIGAR? IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO: TRATAMENTO: escolha

Leia mais

DIABETES Cirurgia. Protocolo elaborado pela Unidade de Endocrinologia Pediátrica, Diabetes e Crescimento.

DIABETES Cirurgia. Protocolo elaborado pela Unidade de Endocrinologia Pediátrica, Diabetes e Crescimento. Objectivo: Divulgar normas de orientação sobre problemas específicos do doente diabético (manutenção do estado de hidratação e controlo glicémico) quando submetido a procedimentos com sedação ou anestesia

Leia mais

CUIDADOS FARMACÊUTICOS EM DIABETES. Roberto B. Bazotte Universidade Estadual de Maringá

CUIDADOS FARMACÊUTICOS EM DIABETES. Roberto B. Bazotte Universidade Estadual de Maringá CUIDADOS FARMACÊUTICOS EM DIABETES Roberto B. Bazotte Universidade Estadual de Maringá Conceito e Classificação do Diabetes Conceito: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica acarretada por uma deficiência

Leia mais

LINHA DE CUIDADO GERAL EM DIABETE

LINHA DE CUIDADO GERAL EM DIABETE LINHA DE CUIDADO GERAL EM DIABETE Nível de Atenção Ações em Saúde Ações e Procedimentos Específicos Promoção/Prevenção - Estímulo aos hábitos alimentares saudáveis, atividade física regular, redução do

Leia mais

DOSAGEM DE HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE (TSH) - ULTRA-SENSÍVEL

DOSAGEM DE HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE (TSH) - ULTRA-SENSÍVEL DOSAGEM DE HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE (TSH) - ULTRA-SENSÍVEL Método: Quimioluminescência. Resultado: 4,26 uui/ml. Confirmado e reanalisado na mesma amostra. Valores de Referência: Crianças (Idade) - 1 ano

Leia mais

RELATÓRIO DE VALORES POR FAIXA DE CONSUMO

RELATÓRIO DE VALORES POR FAIXA DE CONSUMO 10 R$ 18,40 % 0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 9,20 % 0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 27,60 11 R$ 21,43 % 0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 10,72 % 0 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 32,15 12 R$ 24,68 % 0 R$ 0,00 R$ 0,00

Leia mais

Diagnóstico e metas do controle glicêmico no diabetes gestacional

Diagnóstico e metas do controle glicêmico no diabetes gestacional Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Diagnóstico e metas do controle glicêmico no diabetes gestacional Profa Dra Elaine Christine Dantas Moisés Diabetes Mellitus Gestacional

Leia mais

ACARBOSE. Hipoglicemiante

ACARBOSE. Hipoglicemiante ACARBOSE Hipoglicemiante INTRODUÇÃO Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) a síndrome metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica.

Leia mais

Sessão Televoter Diabetes

Sessão Televoter Diabetes 2011 16 de Abril Sábado Sessão Televoter Diabetes António Pedro Machado Daniel Braga Jácome de Castro Simões-Pereira Objectivos glicémicos em adultos (mulheres não grávidas) A1C < 7.0% - Objectivo global

Leia mais

Diário da Diabetes. Nome. Endereço. Telefone / Telemóvel. . Disponível em

Diário da Diabetes. Nome. Endereço. Telefone / Telemóvel.  . Disponível em Nome Diário da Diabetes Endereço Telefone / Telemóvel E-mail Disponível em www.controlaradiabetes.pt www.msd.pt Tel.: 214 465 700 Merck Sharp & Dohme, Lda. Quinta da Fonte, Edifício Vasco da Gama, 19 -

Leia mais

Insulinoterapia na prática clínica Toujeo - A nova geração de insulina basal

Insulinoterapia na prática clínica Toujeo - A nova geração de insulina basal Insulinoterapia na prática clínica Toujeo - A nova geração de insulina basal Miguel Melo Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Faculdade de Medicina

Leia mais

Acompanhamento farmacoterapêutico do paciente portador de Diabetes mellitus tipo 2 em uso de insulina. Georgiane de Castro Oliveira

Acompanhamento farmacoterapêutico do paciente portador de Diabetes mellitus tipo 2 em uso de insulina. Georgiane de Castro Oliveira Acompanhamento farmacoterapêutico do paciente portador de Diabetes mellitus tipo 2 em uso de insulina Georgiane de Castro Oliveira Doença e evolução Diabetes Mellitus é um grupo de doenças caracterizado

Leia mais

Data / Hora: RG...: RENATA MIRANDA VILACA 17/04/1987 / F BARBACENA (01901) {UNIMED UNIPART} JAQUELINE DE FARIA ROSA

Data / Hora: RG...: RENATA MIRANDA VILACA 17/04/1987 / F BARBACENA (01901) {UNIMED UNIPART} JAQUELINE DE FARIA ROSA JAQUELINE DE FARIA ROSA Página: 1/32 CURVA DE TOLERANCIA A GLICOSE (2 HS) GLICOSE JEJUM..: 83 mg/dl VR: 70 a 99 mg/dl : Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus (Diabetes Care, Vol. 32, Sup. 1,

Leia mais

PROTOCOLO DE CONTROLE GLICÊMICO INTENSIVO

PROTOCOLO DE CONTROLE GLICÊMICO INTENSIVO Data de 1. Definições 1.1 Procedimento que detalha o manejo dos pacientes com necessidade de controle glicêmico intensivo 1.2 Desde a publicação de Van den Berghe et al em 2001¹, muito tem sido discutido

Leia mais

+ Título e numeração de seção

+ Título e numeração de seção + Título e numeração de seção Guardian Angel - Módulo Diabetes. Henry Jansen Bevervanso. // Questionário a ser usado no sistema Validação do estudo. Identificar e validar com um profissional de saúde:

Leia mais

_Comentários Iniciais

_Comentários Iniciais _manualdousuário _Comentários Iniciais O presente Manual medbem foi desenvolvido para proporcionar o monitoramento domiciliar da glicemia à distância, visando ações preventivas para o gerenciamento de

Leia mais

Questionário - Proficiência Clínica

Questionário - Proficiência Clínica Tema HEMOGLOBINA GLICADA Elaborador Texto Introdutório Questão 1 Questão 2 Questão 3 Nairo M. Sumita, Professor Assistente Doutor da Disciplina de Patologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade

Leia mais

AUTOMONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR NO DOMICÍLIO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.

AUTOMONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR NO DOMICÍLIO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. AUTOMONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA CAPILAR NO DOMICÍLIO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. Brena Kelly Sousa Lopes 1,Vivian Saraiva Veras 2, Resumo: A Automonitorização da

Leia mais

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS Acadêmica de medicina: Jéssica Stacciarini Liga de diabetes 15/04/2015 Benefícios do exercício físico em relação ao diabetes mellitus:

Leia mais

2.OBJETIVOS Prover controle glicêmico adequado aos pacientes graves admitdos no Setor de Terapia Intensiva.

2.OBJETIVOS Prover controle glicêmico adequado aos pacientes graves admitdos no Setor de Terapia Intensiva. Página: 1/10 1. INTRODUÇÃO Desde a publicação de Van den Berghe et al em 2001¹, muito tem sido discutido acerca do controle glicêmico em pacientes gravemente enfermos. O entendimento inicial, de que o

Leia mais

FARMÁCIA UNOESC NA PRAÇA RESUMO. objetivo a conscientização da população sobre as questões que afetam a

FARMÁCIA UNOESC NA PRAÇA RESUMO. objetivo a conscientização da população sobre as questões que afetam a FARMÁCIA UNOESC NA PRAÇA Bibiana Paula Dambrós* Ana Paula Scherer de Brum** Elisandra Minotto*** Mônica Frighetto**** RESUMO O Dia Mundial da Saúde é comemorado no dia 7 de abril e tem como objetivo a

Leia mais

DECRETO Nº 8.389, DE 04 DE JULHO DE 2016.

DECRETO Nº 8.389, DE 04 DE JULHO DE 2016. DECRETO Nº 8.389, DE 04 DE JULHO DE 2016. Define os critérios para o fornecimento de insumos destinados ao monitoramento da glicemia capilar aos portadores de diabetes cadastrados em Programa de Hipertensão

Leia mais

NEFROPATIA DIABÉTICA. Vinicius D. A. Delfino. Prof. Titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Brasil

NEFROPATIA DIABÉTICA. Vinicius D. A. Delfino. Prof. Titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Brasil NEFROPATIA DIABÉTICA Vinicius D. A. Delfino Prof. Titular de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Brasil Prof. Adjunto de Nefrologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Londrina,

Leia mais

Histórico. Dr. Fábio Cabar

Histórico. Dr. Fábio Cabar Dr. Fábio Cabar Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP. Residência Médica em Obstetrícia e Ginecologia no Hospital das Clínicas da USP. Foi médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia

Leia mais

Disk Novo Nordisk: 0800 14 44 88

Disk Novo Nordisk: 0800 14 44 88 NNK-07- Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda. Av. Francisco Matarazzo, 1.500 - º andar CEP 0-0 - São Paulo/SP - Brasil Marca registrada Novo Nordisk A/S Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda. www.novonordisk.com.br

Leia mais

EXAMES BIOQUÍMICOS. Profa Dra Sandra Zeitoun Aula 3

EXAMES BIOQUÍMICOS. Profa Dra Sandra Zeitoun Aula 3 EXAMES BIOQUÍMICOS Profa Dra Sandra Zeitoun Aula 3 Íons/Eletrólitos do plasma No plasma existem diversos eletrólitos positivos: Na+, K+, Ca², Mg² E eletrólitos negativos: Cl-, HCO3-, fosfatos e proteínas.

Leia mais

TÍTULO: EFEITO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO2 E PERIODONTITE CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO

TÍTULO: EFEITO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO2 E PERIODONTITE CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO 16 TÍTULO: EFEITO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO2 E PERIODONTITE CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Leia mais

Principais sintomas: - Poliúria (urinar muitas vezes ao dia e em grandes quantidades); - Polidipsia (sede exagerada); - Polifagia (comer muito);

Principais sintomas: - Poliúria (urinar muitas vezes ao dia e em grandes quantidades); - Polidipsia (sede exagerada); - Polifagia (comer muito); O diabetes mellitus é uma doença crônica que se caracteriza por uma elevada taxa de glicose (açúcar) no sangue. Essa elevação ocorre, na maioria das vezes, por uma deficiência do organismo em produzir

Leia mais

XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril ú ç

XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril ú ç XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril 2014 é í é A Diabetes em Portugal Prevalência elevada - 39,2% (20-79 anos) Diabetes ou Pré-Diabetes Aumento de 80% na incidência na última década Uma das principais

Leia mais

GLICEMIA DE JEJUM NA AVALIAÇÃO DO METABOLISMO GLICÍDICO

GLICEMIA DE JEJUM NA AVALIAÇÃO DO METABOLISMO GLICÍDICO 8. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE GLICEMIA DE JEJUM NA AVALIAÇÃO DO METABOLISMO GLICÍDICO Apresentador 1 OLIVEIRA, Lorrany Siefert de Apresentador 2 SALINA MACIEL, Margarete

Leia mais

RESOLUÇÃO CFM Nº 2.172, DE

RESOLUÇÃO CFM Nº 2.172, DE RESOLUÇÃO CFM Nº 2.172, DE 22.11.2017 Reconhece a cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2, com IMC entre 30 kg/m 2 e 34,9 kg/m 2, sem resposta ao tratamento

Leia mais

Resultados Anteriores: Data: 17/08/ /02/ /03/ /04/ /01/ /04/2013 Valor:

Resultados Anteriores: Data: 17/08/ /02/ /03/ /04/ /01/ /04/2013 Valor: GLICOSE...: 169 mg/dl V.R. 70 a 99 mg/dl : Normal 100 a 120 mg/dl : Intolerancia a glicose (investigar) > de 126 mg/dl : Sugere Diabetes (investigar) NOTA: Valores obtidos com base na Sociedade Brasileira

Leia mais

2007 Medtronic MiniMed. Todos os direitos reservados Guia de referência para os relatórios do CareLink Pro

2007 Medtronic MiniMed. Todos os direitos reservados Guia de referência para os relatórios do CareLink Pro S O F T WA R E DE G E S T Ã O D A T E R A P I A D A D I A B E T E S Guia de referência para os relatórios Report Interpretation Guide 2007 Medtronic MiniMed. Todos os direitos reservados. 6025274-191 120707

Leia mais

AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA OBSTÉTRICA ENDOB

AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA OBSTÉTRICA ENDOB AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA OBSTÉTRICA ENDOB 1- Hipóteses diagnósticas que devem ser encaminhadas para este ambulatório 1a) Diabetes Mellitus Tipo 1, Tipo 2, Gestacional (DMG): com indicação de administração

Leia mais

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição O diabetes surge de um distúrbio na produção ou na utilização da insulina por isso é considerado um distúrbio endócrino provocado pela falta de produção ou de ação

Leia mais

Aprenda a Viver com a Diabetes

Aprenda a Viver com a Diabetes Aprenda a Viver com a Diabetes Diabetes A Diabetes é uma grave condição de saúde que atinge de 150 milhões de pessoas em todo o Mundo e estima-se que em Portugal existam cerca de 900 mil pessoas com Diabetes.

Leia mais

Desempenho de rigor e precisão do Sistema Accu-Chek Go. Introdução. Método

Desempenho de rigor e precisão do Sistema Accu-Chek Go. Introdução. Método Desempenho de rigor e precisão do Sistema Accu-Chek Go I. RIGOR O rigor do sistema foi avaliado através da norma ISO 15197. Introdução Este estudo teve como objectivo determinar o rigor do sistema de glucose

Leia mais

Desempenho de rigor e precisão do Sistema Accu-Chek Active. Introdução. Método

Desempenho de rigor e precisão do Sistema Accu-Chek Active. Introdução. Método Desempenho de rigor e precisão do Sistema Accu-Chek Active I. RIGOR O rigor do sistema foi avaliado através da norma ISO 15197. Introdução Este estudo teve como objectivo determinar o rigor do sistema

Leia mais

Frederico F.R. Maia Levimar R. Araújo RESUMO

Frederico F.R. Maia Levimar R. Araújo RESUMO Acurácia, Efeitos na Terapia Insulínica e Controle Glicêmico e Complicações do Sistema de Monitorização Contínua da Glicose em Pacientes Com Diabetes Mellitus Tipo 1 Accuracy, Effect on Insulin Therapy

Leia mais