Aprenda a Viver com a Diabetes

Transcrição

1 Aprenda a Viver com a Diabetes

2 Diabetes A Diabetes é uma grave condição de saúde que atinge de 150 milhões de pessoas em todo o Mundo e estima-se que em Portugal existam cerca de 900 mil pessoas com Diabetes.

3 Definição de Diabetes É uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue.

4 Porque aumenta o açúcar? Os níveis de açúcar no sangue aumentam devido a uma alteração da insulina.

5 Insulina: o que é? A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas e é responsável pela degradação da glicose.

6 Acção da Insulina A insulina promove o transporte da glicose presente na circulação sanguínea para o interior das células para que seja transformada e utilizada pelos músculos como energia.

7 Acção da Insulina Insulina Glicose Energia Transformada em Utilizada pelos Glicose

8 Que tipos de Diabetes existem?

9 Tipo de Diabetes Existem dois tipo de Diabetes: Diabetes Mellitus tipo 1 Diabetes Mellitus tipo 2

10 Diabetes Mellitus Tipo 1 Menos comum (10% da população mundial de diabéticos); Desenvolve-se maioritariamente em crianças ou jovens, mas pode também aparecer em adultos e até em idosos.

11 Diabetes Mellitus Tipo 1 O organismo destrói as próprias células do pâncreas produtoras de insulina A não produção de insulina Necessário seguir um plano diário de injecções de insulina para controlar os níveis de açúcar do sangue (glicemia).

12 Diabetes Mellitus Tipo 2 Mais comum (90% da população mundial de diabéticos); Atinge mais as pessoas com mais de 40 anos. Está mais associada a indivíduos com excesso de peso e pouca actividade física.

13 Diabetes Mellitus Tipo 2 Pâncreas produz insulina porém, o organismo é incapaz de reagir à sua acção (insulino-resistência). Maior esforço do pâncreas até que a capacidade de produção é ultrapassada Diabetes

14 Sinais e Sintomas da Diabetes

15 Sintomas da Diabetes Polifagia Fome constante Polidipsia Sede constante e intensa Poliúria Urinar muitas vezes e em grande quantidade

16 Outros sintomas: Fadiga Visão turva Infecções frequentes Emagrecimento Difícil cicatrização de feridas

17 Factores de Risco

18 Factores de Risco Sedentarismo; Obesidade; Alterações genéticas; Hereditariedade; Idade igual ou superior a 40 anos História de Diabetes gestacional.

19 Factores de Risco Sedentarismo: Contribui para o aumento da massa gorda.

20 Factores de Risco Obesidade: Excesso de Alimentos + Sedentarismo Acumulação de tecido gordo Insulino-resistência

21 Factores de Risco Insulino-resistência As células tornam-se resistentes à acção da insulina, o que impede a conversão da glicose em energia. Devido ao excesso de glicose na circulação sanguínea, o pâncreas esgota a sua capacidade para produzir mais insulina Diabetes Mellitus tipo 2

22 Complicações da Diabetes Agudas Crónicas

23 Complicações As complicações agudas surgem devido a alterações rápidas do valor de glicemia. São reversíveis. As complicações crónicas resultam do mau controlo metabólico; as alterações da glicemia danificam o sistema vascular e nervoso. São irreversíveis.

24 Complicações Agudas: Hipoglicemia Coma hipoglicémico Crónicas: Retinopatia Nefropatia Neuropatia

25 Hipoglicemia Hipoglicemia valor muito baixo da glicemia. Menor que 70 mg/dl Surge devido a: Saltar ou não terminar as refeições; Praticar mais exercício do que o habitual; Toma exagerada de medicamentos para a diabetes; Ingestão excessiva de álcool.

26 Hipoglicemia Sintomas mais comuns: Tremor Suores frios Fome Sensação de fraqueza Taquicardia Visão turva Tonturas Dor de cabeça

27 Hipoglicemia O que fazer para prevenir a hipoglicemia: Administrar alimentos açucarados; Após estabilização deve ingerir hidratos de carbono.

28 Hipoglicemia Prevenção das hipoglicemias: Horário de alimentação regular Ingestão de quantidades moderadas de hidratos de carbono antes de exercícios imprevistos Ajuste das doses de medicamentos as suas necessidades reais

29 Coma Hipoglicémico Perda de consciência causada por uma hipoglicemia grave. Chamar o 112 ou Levar o doente ao hospital

30 Retinopatia Retinopatia diabética (lesão da retina) Cegueira

31 Nefropatia Nefropatia diabética (lesões microvasculares nos rins) Estas lesões não permitem que determinados produtos sejam excretados pela urina, consequentemente os rins entram em falência. Diálise

32 Neuropatia Neuropatia diabética (lesão dos nervos) Estas lesões podem levar ao aparecimento de dor intensa, dormência, formigueiro, perda de sensibilidade nos pés e pernas Amputação

33 Complicações Crónicas Porquê cuidar do pé? Em caso de lesão no pé, uma ferida no pé pode não causar dor; Sem dor, a ferida passa despercebida e o pé pode ficar gravemente infectado; Devido ao fluxo sanguíneo reduzido e aos elevados níveis de glicemia, o organismo não consegue combater a infecção Amputação do pé

34 Como prevenir?

35 O melhor tratamento é a prevenção Medicação Educação + Motivação Alimentação Saúde (controlo da Diabetes) Actividade Física

36 Alimentação Uma alimentação saudável deve ser praticada por todas as pessoas para promover a saúde e reduzir o risco de desenvolvimento de doenças.

37 Alimentação A nova Roda dos Alimentos é a representação gráfica na forma de um circulo que se divide em sectores de diferentes tamanhos designados por grupos e que reúnem os alimentos com propriedades nutricionais semelhantes.

38 Alimentação Ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária.

39 Regras básicas para uma Alimentação Saudável Comer a horas certas; Não saltar refeições; Realizar refeições em ambiente calmo; Não abusar das gorduras; Limitar a ingestão de açúcar; Cozinhar os alimentos de forma saudável; Reduzir o consumo de sal; Comer sopa ás principais refeições; Bebidas alcoólicas: CUIDADO!

40 Regras básicas para uma Alimentação Saudável Fazer 6 a 7 refeições por dia Incluir de forma equilibrada todos os grupos de alimentos existentes Variar os alimentos de forma a garantir o aporte de todos os nutrientes necessários ao organismo; Não comer em excesso nem em muito pouca quantidade

41 Regras básicas para uma Alimentação Saudável Cada pessoa deve ter um plano alimentar individualizado adaptado a hábitos e gostos pessoais.

42 Regras básicas para uma Alimentação Saudável A alimentação aconselhada às pessoas com Diabetes: Completa: Comer alimentos de cada grupo e Beber água diariamente Equilibrada: Comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maiores dimensões Variada: Comer alimentos diferentes dentro de cada grupo

43 Chave da culinária saudável Culinária Saudável Variar com Estufados / guisados Com pouca Ou nenhuma gordura Preferir cozidos. grelhados e caldeiradas/jardineiras com pouca gordura Evitar fritos

44 Actividade Física Para manter a diabetes sob controle, a actividade física é um dos factores indispensáveis

45 Benefícios da Actividade Física Estimula a produção de insulina; Aumenta a sensibilidade celular à insulina; Eleva a capacidade de captação de glicose pelos músculos; Diminui a gordura corporal, a qual está relacionada à diabetes tipo II; Diminui as complicações da Diabetes.

46 Auto-Vigilância A auto-vigilância constitui uma forma de prevenção de complicações agudas e tardias da Diabetes Mellitus.

47 Parâmetros a avaliar: Peso IMC Perímetro abdominal HbA1c

48 Peso corporal Como saber se tem excesso de peso? Utiliza-se o Índice de Massa Corporal (IMC) que é o indicador mais comum para determinar se o peso do individuo se encontra a baixo, no intervalo ou acima dos valores normais, através de uma relação com a altura.

49 Perímetro da cintura O perímetro da cintura é um bom indicador do estado de saúde, uma vez que permite classificar a obesidade segundo o tipo de distribuição da gordura corporal. Obesidade Andróide Obesidade Ginóide

50 Tipos de Obesidade Obesidade Andróide tipo Maça Obesidade Ginóide tipo Pêra

51 Importância do controlo metabólico Hemoglobina glicosilada HbA1c Fornece uma indicação das concentrações médias da glicose no sangue nos últimos 2 a 3 meses e inclui tanto a glicemia em jejum como a glicemia pós-prandial. Valor de referência: menos de 6%

52 Auto-Vigilância Monitorizar glicemia capilar A monitorização da glicemia capilar, pelo próprio, deve fazer parte integrante dos cuidados de saúde.

53 Auto-Vigilância Com que regularidade se deve fazer a pesquisa da glicemia capilar? O autocontrolo deve ser estabelecido individualmente de acordo com as metas a atingir Pesquisas a diferentes horas do dia

54 Exemplo de um esquema de pesquisa de glicemia Dia da Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo Hora do dia Em jejum Antes do almoço 2h após o almoço Antes do jantar 2h após o jantar Em jejum 2h após o almoço

55 Valores de Referência da Glicose Antes das refeições: menos de 110 mg/dl 1 a 2 horas após as refeições: menos de 145 mg/dl

56 Esquema de pesquisa de glicemia A frequência deve ser alterada sempre que: Hipoglicemias ou Hiperglicemias Modificação do estilo de vida Alterações da medicação Presença de uma doença intercorrente

57 Medicação Siga as indicações da sua Equipa de Saúde: Médico e Enfermeiro de Família!

58 A diabetes é uma doença que, de momento, não tem cura. Com o acompanhamento dos profissionais de saúde, cuidados na alimentação, exercício físico e hábitos de vida saudáveis, a Diabetes pode ser controlada.

59 Em caso de dúvida, contacte a sua equipa de saúde!