PROGRAMA DE GEOGRAFIA 13ª Classe
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- Daniela Azambuja Mendonça
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1 E43 PROGRAMA DE GEOGRAFIA 13ª Classe Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário Formação Profissional
2 Ficha Técnica Título Programa de Geografia - 13ª Classe Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário Editora Editora Moderna, S.A. Pré-impressão, Impressão e Acabamento GestGráfica, S.A. Ano / Edição / Tiragem / N.º de Exemplares 2013 / 2.ª Edição / 1.ª Tiragem / Ex. geral@editoramoderna.com 2013 EDITORA MODERNA Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.
3 ÍNDICE Introdução Objectivos Gerais Temas/Conteúdos Sugestões Metodológicas Avaliação Bibliografia
4 13ª CLASSE INTRODUÇÃO O curso de Geografia na 13ª Classe tem como objectivo principal consolidar conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades adquiridas nas classes anteriores, sobre a importância da ciência geográfica, em geral, das particularidades do planeta Terra e formas de representá-las, do território angolano, assim como aspectos físicos/geográficos e de desenvolvimento das grandes regiões do planeta. Compreende um estudo geral onde se relacionam aspectos estudados nos cursos de Geografia da 10ª, 11ª e 12ª classes. O curso de Conclusões de Geografia pretende também, estreitamente vinculado aos diferentes conteúdos, aprofundar o tratamento de um conjunto de princípios didácticos. O princípio didáctico do carácter científico dos conhecimentos estará presente através do conteúdo deste curso de Conclusões, pelo que cada conceito adquirido reflectirá sempre a realidade de maneira correcta. Apenas os conhecimentos científicos oferecem a possibilidade de os futuros professores interiorizarem uma clara e objectiva realidade do mundo. O carácter científico dos conhecimentos é um princípio de indiscutível cumprimento na educação e muito especialmente no processo de formação dos futuros professores. O princípio da percepção sensorial, embora com aplicações limitadas dadas as realidades actuais, deve potenciar, sempre que possível, a observação directa de objectos e fenómenos, sem pôr de lado o trabalho com os mapas, tanto os do atlas geográfico como os de parede (gerais e temáticos). O curso de consolidação dos conhecimentos adquiridos anteriormente deve, em igual sentido, aprofundar a interpretação e o desenvolvimento de habilidades práticas e capacidades de leitura e interpretação de mapas geográficos. A elaboração de tabelas, quadros e gráficos deve merecer tratamento diferenciado neste curso de Geografia. Por último, pretende-se que este curso de Geografia contribua para o desenvolvimento de competências, tanto geográficas como pedagógicas, dos futuros professores. 4
5 PROGRAMA DE GEOGRAFIA OBJECTIVOS GERAIS Compreender características físicas e geográficas, humanas e do desenvolvimento do espaço geográfico angolano e das grandes regiões geográficas do planeta; Relacionar a existência de conflitos na gestão dos recursos naturais com situações de diferentes graus de desenvolvimento a nível de Angola e das grandes regiões geográficas do planeta; Avaliar o contributo da ciência geográfica na compreensão de problemas populacionais, ambientais e de desenvolvimento; Utilizar correctamente a terminologia específica da disciplina; Utilizar técnicas de expressão gráfica e cartográfica, desenvolvidas ao longo do processo de aprendizagem; Recolher, através de pesquisas e inquéritos, diferentes tipos de informações e processá-las; Desenvolver capacidades de análise, síntese, comparação e generalização; Desenvolver o sentido de localização e inserção em diferentes dimensões espaciais angolanas; Avaliar a importância das relações de cooperação entre os Estados. 5
6 13ª CLASSE TEMAS/CONTEÚDOS Tema 1 - O Território Angolano horas 1.1. O espaço angolano Evolução da divisão administrativa Morfologia litoral. Os problemas do litoral O relevo: características principais Os climas predominantes Os recursos naturais: hídricos, minerais, energéticos, florestais, marinhos Características dos solos angolanos. A gestão e utilização do solo arável O ordenamento do território: os planos de desenvolvimento Características sociodemográficas da população angolana. A questão da pobreza Angola no plano internacional. Tema 2 - As Grandes Regiões Geográficas horas 2.1. África Europa. 2.3 Ásia Austrália e a Oceânia Antárctida As Américas. Tema 3 - O Ensino da Geografia horas 3.1. A divisão da Geografia. 6
7 PROGRAMA DE GEOGRAFIA 3.2. O planeta Terra em transformação A questão das horas (fusos horários) A responsabilidade social dos geógrafos A importância das representações geográficas Papel da Geografia no desenvolvimento sustentável. 7
8 13ª CLASSE SUGESTÕES METODOLÓGICAS As Escolas de Formação de Professores têm como propósito fundamental formar professores capazes de, como cidadãos, associar autonomia e solidariedade, dominar simultaneamente os conhecimentos a transmitir de forma estruturante, mantendo permanentemente a disposição de auto-superação para actualizar o seu desempenho científico e pedagógico. O futuro professor deve ver a escola onde desempenhará a sua função como facilitadora de apropriação pessoal e de desenvolvimento integrado de atitudes/ valores, de capacidades/competências e de conhecimento. Não se deve esquecer que na actualidade, de forma contraditória, a escola funciona segmentando o saber por áreas disciplinares, determinadas pelas estruturas sociais e científicas do contexto actual do sistema de ensino. Para gerir esta contradição e porque o que interessa é que os alunos adquiram do Mundo uma imagem plurifacetada, mas coerente e integrada, é preciso equacionar a aprendizagem dos alunos tendo em conta o valor formativo dos processos de pesquisa em Geografia, numa perspectiva entre o que se aprende e a forma como se aprende. A luta contra o insucesso escolar que ainda se verifica nas Escolas passa pela adopção de uma pedagogia activa, aberta sobre o exterior, mobilizando a experiência e o interesse dos alunos; uma pedagogia criadora de verdadeiras situações de comunicação, propondo tarefas e situações didácticas que favoreçam a procura de informação, a observação do real, formulação de hipóteses, a imaginação, a elaboração de procedimentos, a tomada de decisões, a organização autónoma, o trabalho de equipa, a realização de projectos. O ensino da Geografia conclusiva, conforme os estudos realizados nas classes anteriores, deve beneficiar de uma nova visão pedagógica, que consiste na diversificação dos métodos de ensino e dos recursos didácticos a explorar. Na prática, este ensino deve conseguir identificar o valor potencial do meio que rodeia a escola, não só como objecto de estudo, mas também em recursos científicos e pedagógicos. Na realidade, para além dos problemas concretos que a realidade sempre proporciona e que podem converter-se em áreas de questionamento de âmbito disciplinar e interdisciplinar, é possível também discriminar no espaço em que a escola está inserida e fontes de informação ao nível dos conhecimentos produzidos e sistematizados nas classes precedentes. 8
9 PROGRAMA DE GEOGRAFIA Várias instituições angolanas e estrangeiras publicam estatísticas, estudos, programas e relatórios contendo dados actualizados, utilizáveis no processo de formação dos futuros professores. É importante diversificar as fontes a que se recorre e multiplicar as formas de abordar os problemas para que não exista a possibilidade de uma experiência qualquer inovadora se transformar, pela repetição acrítica ao longo dos anos, em mais uma prática rotineira e estereotipada, sem fundamento. Pelo contrário, o caminho deve ser o que leva da percepção do problema à sua delimitação e levantamento de hipóteses que encaminhem o processo de pesquisa, extremamente importante na formação de professores. O ensino e aprendizagem da Geografia na 13ª classe, mesmo com conclusões dos estudos realizados anteriormente, devem proporcionar um vasto campo de articulação com outros saberes, em particular com os que operam também importantes funções instrumentais de todo o conhecimento. Referimo-nos, naturalmente, à Língua Portuguesa, à Matemática e, ainda, ao contributo das novas tecnologias. Pela sua própria natureza, é o sentido do português que mais pode beneficiar com esta orientação. Na abordagem dos diferentes conteúdos é imprescindível a realização de actividades que implicam o manuseio sistemático, diversificado e personalizado da Língua Portuguesa, o que promoverá a competência do futuro professor nesta área. Da mesma maneira, através da explicitação de termos, noções e conceitos a utilizar e a aprender no tratamento de cada conteúdo, pretende-se não só consolidar as estruturas do conhecimento em Geografia como enriquecer, especificar e aprofundar o sistema geral de vocabulário. Situando-nos no âmbito do programa proposto para a disciplina de Geografia na 13ª classe, e de acordo com os pressupostos explicitados, privilegiou-se iniciar a consolidação dos aspectos físicos, humanos e de desenvolvimento do território angolano, e seguidamente o tratamento de questões referidas às características físicas, geográficas, humanas e de desenvolvimento das grandes regiões geográficas, para concluir com aspectos relativos à ciência geográfica em si, partindo não só das diferentes definições existentes, mas da sua divisão e do papel desta no desenvolvimento sustentável. A abordagem do Tema 1 O território angolano, deve ser orientada pelos seguintes vectores, a saber: 9
10 13ª CLASSE A explicitação detalhada, a partir de diversas fontes, da posição matemática de Angola, área superficial, localização relativa e aspectos históricos da evolução da sua divisão político-administrativa; A problemática da morfologia litoral, salientando a fragilidade costeira, os factores que influenciam a morfologia litoral e aspectos relevantes do relevo; A análise dos factores que influenciam a caracterização climática do espaço angolano. A inventariação dos recursos naturais na perspectiva da problemática que envolve a sua utilização, seja no contexto da generalidade das actividades económicas, seja como contributo para o bem-estar e qualidade de vida das populações; A analise, a partir de diversos documentos sobre planos directores, do enquadramento do território nacional em contextos espaciais mais vastos, considerando as perspectivas de desenvolvimento das diferentes províncias; O enquadramento de Angola no âmbito das relações culturais, científicas, económicas e políticas com outros países e com organizações internacionais; Abordagens diferenciadas acerca das características gerais próprias das grandes regiões do planeta, relacionadas com as populações humanas e aspectos de desenvolvimento; A potencialização da Geografia como uma das ciências da Terra. É ainda de salientar que, quando qualquer dos conteúdos em questão revelar maior interesse para o Tema, local e/ou regional, tendo em conta a eventual importância económica e social que aí assumem os recursos e as actividades económicas em causa, sugere-se um estudo mais exaustivo, reforçando a articulação das diferentes escalas de análise (local, nacional, regional, mundial) dos problemas e o recurso a estratégias que preconizem uma maior interacção escola-meio, valorizando, assim, a dimensão regional do ensino da disciplina. Dever-se-á prestar especial atenção ao tratamento dos termos e conceitos na perspectiva de permanente (re)construção. A concretização dos anteriores vectores implica a adopção de estratégias indissociáveis de uma escolha cuidada e criteriosa de técnicas e actividades a utilizar dentro e fora da sala de aula, dentro e fora da escola. 10
11 PROGRAMA DE GEOGRAFIA Neste sentido, devem privilegiar-se actividades que impliquem contactos planeados, presenciais ou à distância, estruturados em projectos coerentes, com diversos intervenientes na tomada de decisões relativas à gestão e organização do território angolano, entendido nas suas múltiplas dimensões. Esses contactos podem traduzir-se na realização de entrevistas e inquéritos, na participação em seminários ou conferências, no convite de especialistas para debate de temas em análise, na cooperação com órgãos de decisão, no estudo de casos concretos e na sua eventual solução. Em simultâneo, a recolha de informação deve fomentar a observação directa, recorrendo a visitas de estudo, excursões ou a iniciativas individuais, e à pesquisa documental, baseada em publicações estatísticas, documentação cartográfica, relatórios, legislação, planos de ordenamento territorial, textos de imprensa, etc. A organização e sistematização dos dados podem proporcionar a produção de recursos, tais como ficheiros de conceitos, de imagens, de problemas, bibliografias e dossiers temáticos. É também de salientar a vantagem decorrente da utilização da cartografia relativa ao território nacional. O trabalho com mapas topográficos do território nacional ou parte deste deve constituir outro dos documentos a utilizar, assim como fotografias aéreas. Torna-se imprescindível, ainda, o trabalho com mapas temáticos de parede de Angola e das grandes regiões geográficas. A utilização de meios informáticos na concretização das múltiplas actividades propostas assume um papel fundamental no ensino da Geografia. Armazenar, processar e transmitir informação são hoje tarefas infinitamente facilitadas com a generalização daqueles meios. Esperamos que a leccionação do programa proposto contribua de forma efectiva para a educação geográfica dos futuros professores na sua derradeira fase de formação. 11
12 13ª CLASSE AVALIAÇÃO Uma pedagogia activa, centrada na interacção professor-aluno e numa relação dinâmica com o saber implica considerar, com atenção e rigor, os efeitos da avaliação, a qual deverá ser coerente com o perfil de professor que se deseja formar. Toda a avaliação implica uma recolha de informação e elaboração de juízos e a tomada de decisões adaptadas a cada aluno, tendo uma função reguladora do acto educativo. Na 13ª classe, a avaliação deverá permitir: Ao futuro professor controlar os passos da sua aprendizagem geográfica, tomar consciência das suas dificuldades, reflectir sobre a sua prática futura e a sua evolução; Ao professor que lecciona o programa da 13ª classe analisar a sua intervenção, definindo estratégias alternativas e introduzindo mecanismos de correcção. A avaliação deverá ser integrada, integral, contínua e sistemática. Integrada porque faz parte do conjunto de actividades de ensino e aprendizagem, e integral porque tem em conta tanto a aquisição de novos conceitos como de procedimentos, de atitudes, de capacidades de relação e comunicação e o desenvolvimento autónomo de cada futuro professor. A avaliação deverá incidir, embora não desprezando a recolha de informação sobre os produtos de aprendizagem, essencialmente sobre os processos, fazendo-o de forma sistemática através da interacção permanente professor-aluno-alunos, desenvolvendo atitudes de auto e heteroavaliação. Só assim a avaliação assumirá toda a sua dimensão formativa, favorecendo a autoconfiança e a progressão na aprendizagem, estimulando o sucesso educativo e o fortalecimento de competências do futuro professor. Na 13ª classe deverão ser objecto de avaliação: As actividades realizadas pelo aluno (individualmente ou em grupo), atendendo à consolidação e aprofundamento dos conceitos, ao progressivo domínio de técnicas de pesquisa e organização da informação, ao o estudo 12
13 PROGRAMA DE GEOGRAFIA de caso, à capacidade para comunicar e organizar-se tendo por objectivo a resolução de problemas, às atitudes desenvolvidas face às tarefas propostas; A participação nas diferentes actividades, tanto na sala de aula como na Escola. As normas específicas da avaliação estão contidas no Sistema de Avaliação das Aprendizagens que deverão ser consultadas permanentemente. 13
14 13ª CLASSE BIBLIOGRAFIA. Geografia. Ensino de Base 8.ª Classe. NORPRINT, Geografia 11.ª Classe. 2.º Ciclo do Ensino Secundário. Texto Editores. Luanda, ADAMS, Simon e ANN KAY, Anita Ganeri. Enciclopédia Geográfica 1. Editorial Verbo: Lisboa, Julho de ADAMS, Simon e ANN KAY, Anita Ganeri. Enciclopédia Geográfica 2. Editorial Verbo: Lisboa, Setembro de ADAMS, Simon e ANN KAY, Anita Ganeri. Enciclopédia Geográfica 3. Editorial Verbo: Lisboa, Dezembro de ANGOLA, Instituto Nacional de Estatística. Departamento de Demografia e Inquéritos. Boletim Demográfico N.º 09. Projecção da População por Províncias e Grupos Quinquenais de Idade para o Período 1985/2010. ANGOLA, Ministério da Cultura. A evolução das Fronteiras de Angola. Arquivo Histórico Nacional. Lito Tipo, Lda, ANGOLA, Ministério da Energia e Águas. Relatório sobre Recursos Hídricos de Angola. Setembro de ANGOLA, Ministério da Energia e Águas. Relatório sobre Sistemas de Abastecimento de Água e saneamento. Situação Resumida em cada Província. Outubro de ANGOLA, Ministério do Planeamento. Cadernos de População e Desenvolvimento. Ano V, Vol.9, N.º 1, Fevereiro de Departamento de Estudo e Prospectiva. Projecto AGO/5/P201/101. ANGOLA, Ministério do Urbanismo e Ambiente. Estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade ( ). Projecto de estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade (NBSAP). Junho
15 PROGRAMA DE GEOGRAFIA ANGOLA, Ministério do Urbanismo e Ambiente. Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo. Lei n.º 3/04 de 25 de Junho. República de Angola, ANGOLA, Ministério do Urbanismo e Ambiente, Primeiro Relatório do Estado Geral do Ambiente em Angola. Draft Programa de Investimento Ambiental. DINIZ, Alberto Castanheira. Angola: o Meio Físico e Potencialidades Agrárias. Instituto de Cooperação Portuguesa: Fevereiro de DUARTE MORAIS, Maria Luísa. A Costa Angolana: sua evolução e compreensão. Curso de Aperfeiçoamento e Superação Pedagógica para Coordenadores Provinciais e Professores de Geografia. Luanda, 18 de Novembro a 14 de Dezembro de MORAIS, Miguel, TORRES FORTUNATO, Olívia e MARTINS, Maria José. Biodiversidade Marinha e Costeira em Angola. Identificação e Análise de Pressões de Origem Antropogénica. Projecto de Estratégia e Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade (NBSAP). Ministério do Urbanismo e Ambiente. Janeiro SABINO, Margarida. Geografia 8.ª Classe. Manual do Aluno. 1º Ciclo do Ensino Secundário. Luanda: Luanda Editora: SÃO PAULO, Secretaria de Estado da Educação. Fundamentos para o Ensino da Geografia. Selecção de Textos. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. São Paulo, ZERQUERA, Julián. Geografia 8. Caderno de Actividades. 1.ª Edição. Luanda: Luanda Editora, Dezembro de
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