PAINEL II - O MERCADO DE GÁS NATURAL NO BRASIL, DESAFIOS À COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA

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1 PAINEL II - O MERCADO DE GÁS NATURAL NO BRASIL, DESAFIOS À COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA Camila Schoti Diretora de Energia 20 de junho de 2017

2 TWh Quem somos Fundada em agosto de Associadas (+ 500 unidades de consumo) Focada na competitividade e no desenvolvimento sustentável do País e na modernização, transparência e integração competitiva do setor de energia Consumo de Energia Elétrica Abrace Chile Colômbia Peru Equador Uruguai Paraguai Bolivia Fonte: Energy International Energy - Key World Energy Statistics 2012 Consumo de Energia Elétrica Abrace 62% 38% Outras Indústrias Consumo de Gás Natural 58% Abrace 42% Outras Indústrias

3 Quem somos

4 Agenda 1. Custos do Gás Natural para a Indústria 2. Cenário Atual e Visão de Futuro 3. Agenda Mínima para a Indústria 4. Considerações finais

5 Evolução dos custos do Gás Natural

6 Evolução dos custos do Gás Natural Evolução Preço do Gás Natural, até maio/2017 (US$/MMbtu) Custo de transporte atual é de aproximadamente US$ 1,75/MMBTU Fonte: Abrace com base em dados do Platts. Custo do transporte, fonte MME

7 Evolução dos custos do Gás Natural Tarifas de Gás Natural por Estado, março/2017

8 Evolução dos custos do Gás Natural ESTIMATIVA Tarifas de DISTRIBUIÇÃO por estado, março/17

9 Cenário Atual e Visão de Futuro Aumento da produção de gás natural em território nacional e perspectivas de crescimento no futuro ainda não se traduziram em diversificação da oferta e competição entre produtores Grande dependência de importação e incertezas em relação à renovação de contratos com a Bolívia Redução de preço do petróleo, desaquecimento da economia, crise financeira reduziram capacidade de investimentos do incumbente e incentivaram desinvestimentos na IGN que abrem espaço para novos players; Alinhamento entre os agentes em torno de uma visão de futuro de mercado: novos players, acesso à infraestrutura existente e liquidez; Gás para Crescer reflete esse alinhamento e, mais do que bem vindo, é necessário para o amadurecimento da IGN.

10 Cenário Atual e Visão de Futuro Desenho atual Visão de Futuro Segmento de consumo Consumo 100% regulado Fomento do mercado livre, autoprodução e autoimportação Segmento de comercialização Oferta concentrado (monopólio) Competição na comercialização Segmento de transporte Segmento de produção Transporte inacessível a terceiros Uso privativo infraestrutura s essenciais Livre acesso à capacidade de transporte Uso compartilhad o infraestrutura s essenciais

11 Perspectivas e principais questões Programa Gás para Crescer do Ministério de Minas e Energia no centro das iniciativas de modernização da IGN Desenvolvimento competitivo do mercado de gás Atração de investimentos e vários players atuando no mercado (diversificação da oferta) Transparência e amplo acesso às informações e custos competitivos para o transporte e infraestruturas essenciais Abertura do mercado e promoção da liquidez nas contratações de gás natural Integração com o setor elétrico Iniciativa refletiu empenho de agentes em contribuir com os aperfeiçoamentos necessário à Lei do Gás 9 subcomitês técnicos com dezenas de participantes ativos Exemplo Subcomitê Transporte e Estocagem: 13 reuniões em 2 meses e meio, com cerca de 25 participantes frequentes, 11 apresentações de técnicos especialistas discutindo sobre temas diversos.

12 Agenda Mínima 1. Aperfeiçoamento da estrutura tributária i. Desvinculação do fluxo físico e contábil de gás na incidência de tributos. Condição necessária para garantir a operacionalidade do mercado em um cenário com múltiplos ofertantes 2. Livre acesso ao Mercado i. Transporte: gestão independente, visando coordenar e organizar o mercado e atuando em favor da liberação da capacidade não utilizada nos gasodutos e garantia de transparência e eficiência ii. Acesso à Oferta: acesso não discriminatório de terceiros interessados, em bases transparentes, aos dutos de escoamento, UPGNs e terminais de GNL iii. Acesso à Demanda: definir fronteira de competência à definição de serviço local de gás canalizado, com diretrizes, por meio de legislação federal, para abertura dos mercados estaduais e para ambiente de negociação de curto prazo e balcão iv. Estabelecimento das atividades de contabilização e liquidação dos imbalances sob o âmbito do Gestor Independente do Mercado de Gás 3. Estímulo à Competitividade i. Medidas para a mitigação de práticas de self-dealing e estímulo à competitividade, sob a fiscalização dos órgãos reguladores ii. Fomento ao Mercado de Curto Prazo (MCP), para proporcionar transparência e eficiência econômica na formação de preços iii. Ajustes no Modelo do Setor Elétrico, especificamente nos temas relacionados ao segmento termelétrico, buscando a integração dos setores de energia elétrica e gás natural

13 Resultados Esperados Criação de um mercado dinâmico, competitivo, líquido e sustentável de gás natural Incentivos à expansão e diversificação da oferta de gás natural (offshore e onshore) Viabilização de investimentos estruturantes para uso do gás natural, em especial onshore Aumento da competição entre comercializadores e maior liberdade de escolha para consumidores Ampliação do consumo de gás, gerando maior movimentação (e receita) tanto no transporte quanto na distribuição Incentivo à competividade e aumento da produção de indústrias energointensivas Aumento da competitividade do gás natural dentro da matriz eletroenergética nacional

14 Considerações finais Gás Para Crescer promoveu diálogo intenso e construiu, com a colaboração de agentes, propostas com importante nível de adesão. Propostas refletem uma visão de futuro, ainda é preciso discutir a operacionalização da transição até lá. Status quo implica em ineficiências, limitação do acesso de terceiros ao mercado, pouca ou nenhuma competição e custos elevados para a indústria. A expansão da oferta, venha de onde vier, será tão mais competitiva, quanto mais se avançar nos aperfeiçoamentos à Lei do Gás e das legislações e regulações estaduais de distribuição de GN.

15 Obrigada! SBN Quadra 1 Bloco B, 14 Sala 701 Edifício CNC Brasília DF (61) abrace@abrace.org.br