RELATÓRIO TÉCNICO GÁS NATURAL
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- Ana Lívia Chaves
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1 RELATÓRIO TÉCNICO GÁS NATURAL Setembro 2018
2 Sumário Executivo O presente relatório elaborado pela equipe da ABRACE - Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres tem como principal objetivo ser um disseminador de informações quali - quantitativas do mercado de energia e servir como mais um instrumento de auxílio à tomada de decisões dos associados. Neste sentido, apresentamos resumidamente abaixo os principais destaques desta publicação. Até o fechamento desta edição, os dados relativos à importação e consumo de gás natural referentes ao mês de agosto de 2018 ainda não haviam sido divulgados. Análise 4ª Revisão tarifária das concessionárias Ceg e Ceg Rio Ciclo A AGENERSA (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro) abriu segunda etapa de consultas públicas para a quarta revisão tarifária das concessionárias CEG e CEG- Rio. O prazo de contribuição foi realizado entre os dias 1 e 8 de outubro. Após manifestação dos agentes do setor à primeira etapa do processo, a Agência contratou a consultoria da Universidade Federal Fluminense (UFF) para avaliar as propostas das concessionárias e as contribuições encaminhadas pelo mercado. Nos dias 11 de junho e 28 de agosto foram, respectivamente, disponibilizados o Relatório 2 e 4 da consultoria. Por último, quatro dias antes do prazo de manifestação da segunda etapa, foram publicadas as novas propostas das concessionárias. Produção Nacional de Gás Natural no Brasil Em agosto de 2018 a produção bruta foi de 106,37 milhões de m³/dia, estes são os dados mais atuais obtidos. Destacam-se o aumento de 2,3 milhões de m³/dia na produção do Rio de Janeiro e a redução de 7,3 milhões de m³/dia na produção de São Paulo, comparando-as com o mesmo período do ano passado. Queima de Gás Representando 3% da produção bruta, a queima de gás registrada no mês de agosto/18 foi de 3,13 milhões de m³/dia, volume 19,3% inferior se comparado com o mês anterior e 7,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Reinjeção de Gás Representando 36% da produção bruta, a reinjeção de gás registrada no mês de agosto/18 foi de 37,99 milhões de m³/dia, volume 5,1% maior se comparado com o mês anterior e 36,3% superior em relação ao mesmo período do ano passado. Importação de Gás Natural O volume total de gás natural importado em julho/18 foi de 37 milhões de m³/dia, que representa um acréscimo de 8% se compararmos com junho/18 e um aumento de 24% em relação a julho/17. Do total, 23,6 milhões de m³/dia foram provenientes da Bolívia e 13,4 milhões de m³/dia de GNL. Consumo Industrial A partir dos dados de julho/18, o segmento industrial comercializou ao todo 41,4 milhões de m³/dia (industrial distribuidoras + Refinarias e Fafens), tendo um decréscimo de 0,66% em relação ao mês anterior. 2
3 Sumário 1 ANÁLISE 04 MERCADO DE GÁS 3 OFERTA 3.1 Produção Nacional 3.2 Queima de gás 3.3 Reinjeção DEMANDA 10 5 PREÇOS 5.1 Preços de compra das distribuidoras 5.2 Preços Internacionais 5.3 Preços de venda das distribuidoras MERCADO DE PETRÓLEO 6 OFERTA 6.1 Produção Nacional Derivados de Petróleo 6.2 Importação e Exportação 6.3 Competitividade Gás, Óleo Combustível, Diesel e GLP 5.4 Petróleo
4 1 ANÁLISE - 4ª Revisão tarifária das concessionárias Ceg e Ceg Rio Ciclo A AGENERSA (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro) abriu segunda etapa de consultas públicas para a quarta revisão tarifária das concessionárias CEG e CEG- Rio. O prazo de contribuição foi realizado entre os dias 1 e 8 de outubro. Após manifestação dos agentes do setor à primeira etapa do processo, a Agência contratou a consultoria da Universidade Federal Fluminense (UFF) para avaliar as propostas das concessionárias e as contribuições encaminhadas pelo mercado. Nos dias 11 de junho e 28 de agosto foram, respectivamente, disponibilizados o Relatório 2 e 4 da consultoria. Por último, quatro dias antes do prazo de manifestação da segunda etapa, foram publicadas as novas propostas das concessionárias. De maneira resumida, a consultoria trouxe elementos importantes ao contrapor premissas utilizadas pela concessionária em seus pleitos. Incoerências determinantes foram identificadas, o que fortalece a necessidade de ampla e total transparência das informações para contribuição da sociedade. Com relação ao novo pleito das concessionárias, foram propostos aumentos nas margens de distribuição de 26,68% para CEG e 15,10% para CEG Rio. Esse aumento pode colocar o estado do Rio de Janeiro na contramão dos esforços que vem sendo realizados em outras unidades da Federação, por exemplo, a revisão tarifária de Santa Catarina, a exclusão do cômputo dos impostos associados ao resultado do cálculo da margem de distribuição da BR Distribuidora no Espírito Santo, assim como a implementação de um novo contrato de concessão. Essas ações colaboram para uma margem mais justa aos usuários de gás natural, contribuindo com a recuperação da competitividade da indústria. A fim de evitar prejuízos aos consumidores fluminenses, a Abrace propôs à Agenersa, de forma resumida, as seguintes considerações: 1. Não considerar os efeitos do 3º Termo Aditivo (cobrança de outorga compensatória mediante posterior reconhecimento destes valores na base de ativos das concessionárias); 2. Realizar aditivo contratual para retificar cláusula que prevê a inclusão da depreciação dos investimentos realizados do quinquênio anterior na base inicial da RTQ; 3. Realizar Consulta Pública específica para, em resolução, estabelecer critérios claros para determinação da base de ativos que devem compor a base de remuneração; 4. Ao final deste processo, determinar à concessionária contratação de empresa especializada para levantamento e auditoria da base de ativos. 5. Determinação à concessionária da forma de disponibilização das informações dos ativos, bem como sua atualização monetária e depreciação. As planilhas com estes dados devem ter ampla publicidade, de forma que a sociedade verifique as informações sobre os ativos da concessão. 6. CEG: houve redução de 21% no OPEX em relação ao novo pleito da concessionária, assim como o aumento de 53% no volume térmico e 4% no volume não térmico, além de taxa de remuneração de capital 9,11% a, resultando em uma redução de 10% no Índice de reposicionamento tarifário. 7. CEG Rio: também houve redução de 26% no OPEX em relação ao novo pleito da concessionária, aumento de 19% no volume térmico e 9% no volume não térmico, resultando em uma redução de 47% no Índice de reposicionamento tarifário. 4
5 Até o fechamento desta edição, os dados relativos à importação de gás natural referente ao mês de agosto 2018 ainda não haviam sido divulgados. Por este motivo, os dados de demanda na Tabela 1, Figura 1 e nas Seções 2.2 e 3 são referentes a julho de BALANÇO DE GÁS NATURAL NACIONAL MERCADO DE GÁS A produção bruta de gás natural nacional registrada no mês de julho/18 foi de 116 milhões de m³/dia. Comparando com o mesmo período do ano passado observa-se que houve um crescimento de 0,8% nesta produção, já em relação a junho de 2018 houve um acréscimo de 0,91%. (Tabela 1; Figura 1) Tabela 1 Movimentação de Gás Natural no Brasil (Mil m³/dia) DESCRIÇÃO JUL/17 AGO/17 SET/17 OUT/17 NOV/17 DEZ/17 JAN/18 FEV/17 MAR/18 ABR/18 MAI/18 JUN/18 JUL/18 Crescimento jul/17 p/ jul/18 Produção Bruta ,8% Reinjeção ,5% Queima e Perdas ,2% Consumo Próprio * ,1% Absorção em UPGNs ** ,2% Produção Líquida ,4% Importação ,0% Bolívia ,0% GNL ,3% OFERTA TOTAL ,0% Consumo Distribuidoras ,0% Consumo Outros ** ,8% DEMANDA TOTAL ,0% * Refere-se ao consumo próprio nas áreas de produção e nas UPGNs. ** Consumo das refinarias, Fafen s e Térmicas, além de consumo nos processos de tratamento e transporte que não passam pela distribuidora * Refere-se ao consumo próprio nas áreas de produção e das UPGNs Urucu I e II, Guamaré I e II, Atalaia, Carmópolis, Candeias, Catu e Lagoa Parda. Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis, ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, MME - Ministério de Minas e Energia A produção líquida ou oferta de gás nacional em julho/2018 apresentou baixa de 8,4% se comparada com o ano anterior, e em comparação com o mês anterior, houve um decréscimo de 0,7% na oferta. Já em relação ao consumo de gás natural no mês de julho/2018, este apresentou variação negativa de 1,1% se comparada com o mesmo período do ano de E se comparado ao volume consumido no mês de junho/18, este foi 0,4% superior. A importação do combustível foi 8% superior se comparado ao mês de junho/18 e acréscimo de 24% frente ao mesmo período de
6 Figura 1 Balanço de gás natural no Brasil (Milhão m³/dia) Produção Nacional Bruta 107,2 / 115,0 / 115,9 Importação 29,6 / 29,9 / 37,0 Bolívia 28,1 / 26,5 / 23,6 GNL 1,5 / 3,3 / 13,4 Produção Nacional Líquida 50,6 / 63,1 / 57,8 Reinjeção 35,2 / 29,5 / 36,1 Perdas 4,4 / 4,2 / 3,9 Cons. Próprio 12,9 / 13,6 / 13,5 Absorção em UPGNs 4,0 / 4,5 / 4,6 Oferta total 80,3 / 92,9 / 94,8 Consumo nas Distribuidoras 49,4 / 69,0 / 69,0 Consumo Gasodutos 5,6 / 5,0 / 5,24 Demanda total 74,6 / 87,9 / 89,6 Consumo Outros* 25,3 / 18,9 / 20,6 Julho/2016 Julho/2017 Julho/2018 *Consumo das refinarias, Fafen s e Térmicas, além de consumo nos processos de tratamento e transporte que não passam pela distribuidora Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis, ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, MME - Ministério de Minas e Energia A oferta total de gás natural em julho de 2018 foi de 94,85 Milhão m³/dia, a parcela de produção líquida e a de importação podem ser visualizadas no Gráfico 1. Gráfico 1 Oferta de Gás Natural no Brasil (Mil m³/dia) l m³/dia Produção Líquida Importação Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Ministério do Desenvolvimento, MME - Ministério de Minas e Energia 6
7 3 OFERTA NACIONAL 3.1 Produção Nacional Em agosto de 2018 a produção bruta foi de 106,37 milhões de m³/dia, estes são os dados mais atuais obtidos. Destacam-se o aumento de 2,3 milhões de m³/dia na produção do Rio de Janeiro e a redução de 7,3 milhões de m³/dia na produção de São Paulo, comparando-as com o mesmo período do ano passado. (Tabela 2; Gráfico 2). Tabela 2 Produção Bruta de Gás Natural por Estado (Mil m³/dia) ESTADOS AGO/17 SET/17 OUT/17 NOV/17 DEZ/17 JAN/18 FEV/18 MAR/18 ABR/18 MAI/18 JUN/18 JUL/18 AGO/18 Crescimento ago/17 p/ ago/18 Alagoas Amazonas Bahia Ceará Espírito Santo Paraná Rio de Janeiro Rio G. do Norte São Paulo Sergipe TOTAL Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis Gráfico 2 Produção Bruta de Gás Natural por Estado (Mil m³/dia) mil m³/dia AL AM BA CE ES MA PR RJ RN SP SE OFFSHORE ONSHORE Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Já a média da produção bruta de gás natural até o momento, em 2018, é de 110,42 milhões de m³/dia. (Gráfico 3). 7
8 Gráfico 3 Produção Bruta de Gás Natural no Brasil (Milhão de m³/dia) Mm³/dia ,42 109,58 103,51 95,95 87, ,97 70,56 62,67 65,75 58,99 79,75 88,15 89,06 57,75 73,03 63,87 56,45 53,83 36,40 38,36 42,53 46,50 48,49 48,51 49,72 43,27 41,85 46,20 48,95 41,24 25,22 28,28 30,20 32,50 25,63 24,89 22,06 22,39 14,3 16,0 16,9 18,4 21,3 20,2 18,3 17,2 17,1 16,5 16,5 16,8 16,7 20,5 23,2 22,9 23,8 21,4 21, Mar Terra Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 3.2 Queima de gás Representando 3% da produção bruta, a queima de gás registrada no mês de agosto/18 foi de 3,13 milhões de m³/dia, volume 19,3% inferior se comparado com o mês anterior e 7,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado. (Gráfico 4) Gráfico 4 Queima de Gás natural no Brasil (Milhões m³/dia) Mm³ /dia % % 6,0 9,4 6,6 11% 7% 6% 5%5%4% 3% 4%4% 3% 4%4%5%5% 4% 4% 3%3%5% 5% 4% 4%3% 4% 5% 3%3%3% 4%4% 4% 3%3%4% 4% 4%3%3%3% 3% 3% 4% 3% 3%3% 4%4% 3% 3% 4,8 4,4 4,6 4,9 4,74,6 3,9 4,0 3,6 3,6 3,23,83,7 4,0 4,1 4,4 5,0 4,0 3,7 3,2 3,33,43,3 3,5 3,63,73,8 4,34,3 4,5 4,2 3,8 3,53,6 3,7 3,43,43,4 3,63,94,0 4,14,2 3,9 3,5 3,3 3,4 3,1 0 Queima e Perdas Participação na Produção Bruta Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 8
9 3.3 Reinjeção Representando 36% da produção bruta, a reinjeção de gás registrada no mês de agosto/18 foi de 37,99 milhões de m³/dia, volume 5,1% maior se comparado com o mês anterior e 36,3% superior em relação ao mesmo período do ano passado. (Gráfico 5) Gráfico 5 Reinjeção de gás natural no Brasil (Milhões m³/dia) Mm³ /dia 50,00 40,00% 45,00 40,00 35,00 30,00 25,00 33% 32% 31% 31% 31% 31% 30% 29% 30% 31% 30% 35,2 28% 28% 34,0 26% 33,4 29% 28% 26% 26% 27% 32,7 31,9 31,5 25% 25% 31,8 30,4 30,4 30,4 24%24%24% 27% 29,4 29,5 29,5 30,0 28,4 27,5 28,0 28,0 25% 28,5 27,9 24% 25% 27,6 26,8 26,4 25,7 26,3 24% 26,6 26,8 26,7 36% 31% 30% 36,2 36,2 34,4 38,0 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 20,00 15,00 10,00 5,00 15,00% 10,00% 5,00% 0,00 0,00% Reinjeção Participação na Produção Bruta Fonte: MME - Ministério de Minas e Energia 9
10 4 DEMANDA Em julho de 2018, o volume médio comercializado pelas distribuidoras foi de 73,5 milhões de m³/dia, acréscimo de 6,4% ou 4,4 milhões de m³/dia se comparado com o mesmo período de Comparando com o mês de junho de 2018, houve um acréscimo de 1,5% ou 1,1 milhões de m³/dia (Tabelas 1, 3 e 4; gráfico 6). Tabela 3 Volume Comercializado por Estado em julho/18 (mil m³/d) Industrial Automotivo Térmica Res/Comer/ Outros Total Consolidado AL BA ES DF RJ CE AM SP PR PE MG PI GO MS MT PB RN SC SE RS MA T Fonte: ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás canalizado A evolução do consumo de gás das distribuidoras dos segmentos industrial e termoelétrico é demonstrada de forma estratificada nos gráficos abaixo. 10
11 Gráfico 6 Volume Industrial Comercializado por Região (Mil m³/dia) mil m³/dia Consumo jul/17 a jul/18: SE: + 2,2% / + 3,97 MMm³/d S: + 22,9% / + 7,9 MMm³/d NE: + 5,0% / + 3,15 MMm³/d CO: + 79,1% / + 2,7 MMm³/d Consumo jun/18 a jul/18: SE: + 0,6% / + 1,2 MMm³/d S: + 13,2% / + 4,8 MMm³/d NE: + 7,6% / + 4,6 MMm³/d CO: + 2,6% / + 0,15 MMm³/d jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 SE NE S CO Fonte: ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás canalizado Gráfico 7 Volume Termoelétrico Comercializado por Região (Mil m³/dia) mil m³/dia jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 SE NE S N Fonte: ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás canalizado 11
12 O gráfico abaixo demonstra o consumo de gás por estado. Em julho/18, o volume comercializado em Rio de Janeiro representou 25,1% do total, seguido de São Paulo com 24,7% e Maranhão com 10,5%. Gráfico 8 Consumo de Gás Natural por Estado (Mil m³/dia) mil m³/dia jan/00 jul/00 jan/01 jul/01 jan/02 jul/02 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18 jul/18 RJ SP BA RS MG Outros PE MA Fonte: ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás canalizado A demanda total de gás natural é obtida por meio do somatório de: (i) demanda das distribuidoras locais de gás canalizado (disponibilizado pela Abegás); (ii) consumo das refinarias e Fábrica de Fertilizantes Fafens; e (iii) consumo de usinas termelétricas informado por outros agentes (consumidor livre e autoprodutor). (Tabela 4) Tabela 4 Demanda total de gás natural (milhões de m3/dia) Demanda de Gás Natural (milhões de m3/dia) jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 Distribuidoras 69,04 76,46 75,34 77,15 74,98 70,68 61,80 60,50 57,40 57,20 59,50 72,30 73,46 Refinarias + Fafens 13,98 13,09 12,95 12,33 12,18 11,87 11,35 11,73 11,09 11,02 11,47 12,35 11,53 Termoelétrico informado por outros agentes 4,23 7,80 6,79 7,18 7,13 7,93 4,15 3,46 4,69 3,64 4,69 3,09 4,62 Demanda Total 87,25 97,35 95,08 96,66 94,29 90,48 77,30 75,69 73,18 71,86 75,66 87,74 89,61 Os dados de demanda total de gás natural para o mês de agosto ainda não estavam disponíveis no Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural do MME. A partir dos dados de julho/18, o segmento industrial comercializou ao todo 41,4 milhões de m³/dia (industrial distribuidoras + Refinarias e Fafens), tendo um decréscimo de 0,66% em relação ao mês anterior. Ainda em relação ao mês anterior, destaca-se o aumento de 8,5% no segmento termelétrico (termelétrico distribuidoras + termelétrico informado por outros agentes). (Tabela 5). Tabela 5 Variação do consumo de gás natural por segmento (Mil m³/dia) Segmento jun/18 jul/18 Variação (%) Variação Industrial ,66% 271 Automotivo ,47% (28) Termoelétrica ,02% Outros ,51% 528 Total ,07% Fonte: ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás canalizado 12
13 Gráfico 9 Volume total comercializado (Mil m³/dia) mil m³/dia Consumo jul/17 a jul/18: Total: + 2,7% ou + 23,6 MMm³/dia Industrial*: - 1,65% ou - 6,9 MMm³/dia Consumo jun/18 a jul/18: Total: + 2,1% ou + 18,1 MMm³/dia Industrial*: + 0,7% ou + 2,72 MMm³/dia *Industrial: industrial distribuidoras + Refinarias e Fafens jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 Industrial Refinarias e Fafens Automotivo Termoelétrica Termoelétrica informado por outros agentes Outros Fonte: ABEGÁS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás canalizado 5 PREÇOS 5.1 Preços de compra das distribuidoras Os gráficos abaixo demonstram a evolução e tendência dos preços praticados pela Petrobras às distribuidoras estaduais para o gás de origem nacional e importado. Nos Gráficos 10 e 11, a partir de novembro de 2015, está desconsiderado o desconto do preço do gás natural de origem nacional, que vinha sendo implementado através de descontos comerciais trimestrais pela Petrobras desde maio de A partir de dezembro de 2016 passaram a vigorar renegociações do Contrato Nova Política de Preços Aditiva (NPPA). Gráfico 11 Evolução e previsão preço gás natural (R$/ m³) 1,4 1,2 1,29 1,11 1,0 1,02 0,8 0,6 0,4 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 NPP NPPA BOLVIANO nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 Fonte: ABRACE 13
14 Gráfico 12 Evolução e previsão preço gás natural (US$/ MMBTU) 10,0 9,0 8,81 8,0 7,57 7,0 6,97 6,0 5,0 4,0 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 NPP NPPA BOLIVIANO Fonte: ABRACE A cotação média do dólar no mês de agosto é R$ 3,9317. Fator de conversão US$/MMBTU para US$/mil m³: 37,299. Para o trimestre de agosto a outubro de 2018 o preço do Gás Natural Nacional NPP praticado será de R$ 1,1096/m³ ou US$ 7,56 / MMBTU (cotação dólar agosto/18). O Preço do Gás Natural Nacional NPPA R$ foi de 1,2922/m³ ou US$ 8,81 /MMBTU. Para o trimestre de julho a setembro o preço do gás boliviano praticado é de US$ 6,97 /MMBTU ou R$ 1,0227/m³ (cotação dólar agosto/18). Estima-se que o Preço do Gás Natural Nacional NPP, para o trimestre de novembro a janeiro de 2019, será de R$ 1,2399 /m³ (+ 12% em relação ao trimestre anterior) ou US$ 8,52 /MMBTU (Parcela Variável + Parcela Fixa). Estima-se que o Preço do Gás Natural Nacional NPPA, para o trimestre de novembro a janeiro de 2019, será R$ 1,4693 /m³ (+ 14% em relação ao trimestre anterior) ou US$ 1010 /MMBTU (Parcela Molécula e Transporte). A expectativa de reajuste do preço (commodity + transporte) do gás natural importado para o 4 trimestre de 2018 é de aumento de 6%, correspondendo à US$ 7,38 /MMBtu. O preço do petróleo correlaciona-se diretamente com a cesta de óleos que influencia os preços do gás natural. Destacamos que variações no câmbio influenciam diretamente o preço final aos consumidores em R$/m³. O preço do gás nacional é estabelecido em R$/mil m³ e reajustado trimestralmente nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro. O preço do gás boliviano é estabelecido em US$/MMBtu e é reajustado trimestralmente nos meses de janeiro, abril, julho e outubro. 14
15 5.2 Preços Internacionais O gráfico abaixo apresenta o histórico comparativo de preços de Gás Natural praticados internacionalmente. Gráfico 12 Evolução dos preços internacionais de Gás Natural (US$/ MMBTU) ,50 10,00 US$/MMBtu 8 6 8,00 7,54 7, ,83 0 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 nov/17 jan/18 mar/18 mai/18 jul/18 Gás Russo na fronteira da Alemanha NBP Henry Hub GNL utilizado no Japão GNL da Indonésia no Japão GNL utilizado no Brasil Fonte: MME - Ministério de Minas e Energia 5.3 Preços de venda das distribuidoras Em agosto/18 houve reajuste de tarifas na distribuidora Algás (+9,24%), BR Distribuidora (+8,5%), CEG (+8,07%), CEG Vidreiras (+8,71%), CEG RIO (+10,61%), CEG RIO Vidreiras (+10,70%), CEGÁS (+7,98%), GASMIG (+11,46%), POTIGÁS (+11,01%), SERGÁS (+11,50%), SULGÁS (+14,80%) e PBGÁS (+12,56%). Segue abaixo a competitividade do gás natural por Estado no mês de agosto/18. (Tabelas 6 e 7, gráfico 13). 15
16 Tabela 6 Tarifas de venda por distribuidora em agosto/18 (Ex-impostos e em US$/MMBTU) Distribuidora Faixa de consumo em m³/dia Compagás PR 9,76 9,46 9,41 9,38 9,37 9,37 Scgás SC 8,14 7,75 7,60 7,23 7,08 7,01 Sulgás RS 9,95 9,46 9,18 8,83 8,62 8,48 Copergás PE 8,97 8,76 8,63 8,16 7,92 7,80 Gasmig MG 11,45 11,28 11,17 10,94 10,65 10,33 Comgás Comgás-SP 9,74 8,78 8,55 8,39 8,34 8,31 GNSPS GNSPS-SP 12,22 10,81 10,69 10,53 10,50 10,48 Gás Brasiliano Gás Brasiliano-SP 11,41 10,06 9,79 9,62 9,56 9,54 Pbgás PB 14,20 13,74 13,19 12,36 12,03 11,86 Cegás CE 10,34 10,06 9,89 9,77 9,73 9,70 Msgás MS 9,84 9,81 9,80 9,80 9,80 9,80 BR ES 10,20 9,96 9,91 9,87 9,81 9,76 Ceg Ceg-RJ 12,75 11,34 11,12 10,80 10,70 10,65 Algás AL 9,67 9,36 9,27 9,15 9,07 9,04 Bahiagás BA 9,66 9,28 9,10 8,96 8,90 8,80 Sergás SE 11,44 10,96 10,63 10,25 10,02 9,91 Potigás RN 12,59 11,85 11,42 10,60 10,04 9,66 Valores em US$/MMBTU Dólar US$ = R$ 3,9317 Fonte: Distribuidoras de Gás Natural Canalizado e Agências Reguladoras Tabela 7 Margens por distribuidora em agosto/18 (Ex-impostos e em US$/MMBTU) Distribuidora Faixa de consumo em m³/dia Compagás PR 2,79 2,48 2,44 2,41 2,40 2,40 Scgás SC 1,84 1,44 1,29 0,92 0,78 0,71 Sulgás RS 2,98 2,49 2,21 1,86 1,65 1,51 Copergás PE 1,41 1,20 1,06 0,59 0,35 0,23 Gasmig MG 2,60 2,44 2,32 2,09 1,81 1,48 Comgás Comgás-SP 3,42 2,45 2,23 2,07 2,02 1,99 GNSPS GNSPS-SP Gás Brasiliano Gás Brasiliano-SP Pbgás PB 6,64 6,17 5,62 4,80 4,46 4,30 Cegás CE 2,78 2,50 2,33 2,20 2,16 2,14 Msgás MS 5,28 5,24 5,24 5,24 5,24 5,23 BR ES 1,39 1,15 1,09 1,06 1,00 0,94 Ceg Ceg-RJ 5,25 3,84 3,62 3,31 3,21 3,16 Algás AL 2,11 1,79 1,71 1,58 1,51 1,47 Bahiagás BA 2,09 1,72 1,53 1,40 1,33 1,23 Sergás SE 2,62 2,14 1,82 1,43 1,21 1,10 Potigás RN 5,02 4,29 3,85 3,04 2,47 2,09 Valores em US$/MMBTU Dólar US$ = R$ 3,9317 Fonte: ABRACE 16
17 Gráfico 13 Tarifa média do gás natural por estado em agosto/18 (Ex-impostos e em US$/MMBTU) valores ex-impostos p/ volume 100 mil m³/d 14,00 13,19 US$/MMBTU 12,00 10,00 8,00 6,00 11,42 9,41 11,17 8,79 9,80 9,89 10,11 8,63 9,91 9,10 9,18 9,27 8,55 7,6 0 Margem Preço 4,00 2,00 0,00 Dólar: 3,9317 Fonte: ABRACE 17
18 6 OFERTA MERCADO DE PETRÓLEO 6.1 Produção Nacional Derivados de Petróleo Comparando agosto de 2018 com agosto de 2017, verifica-se que houve um aumento de 9,6 % na produção nacional dos derivados de petróleo nas refinarias. Nesse período, destaca-se a retração de 14,33% na produção de Coque, já para a produção de Nafta houve um acréscimo de 113,6% (Gráfico 14 e Tabela 8). Gráfico 14 Produção Nacional Derivados de Petróleo nas Refinarias de agosto/00 a agosto/18 (Mton/mês) 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 Ago/18 Ago/17 Ago/16 Ago/15 Ago/14 Ago/13 Ago/12 Ago/11 Ago/10 Ago/09 Ago/08 Ago/07 Ago/06 Ago/05 Ago/04 Ago/03 Ago/02 Ago/01 Ago/00 Coque GLP Nafta Óleo Comb. Diesel Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Tabela 7 Produção Nacional Derivados de Petróleo nas Refinarias em agosto/18 (ton/mês) ESTADOS DIESEL ÓLEO COMB NAFTA GLP COQUE Amazonas Bahia Ceará Minas Gerais Paraná Pernambuco Rio de Janeiro Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul São Paulo TOTAL Importação e Exportação Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Apresentamos abaixo a evolução das importações e exportações dos principais derivados de petróleo no período de agosto/17 a agosto/18. 18
19 Tabela 8 Importação de derivados do Petróleo (ton/mês) Derivados ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 Tabela 9 Exportação de derivados do Petróleo (ton/mês) Gráfico 17 Comparativo de Preços do Produtor (US$/MMBtu) Variação ago/17 a ago/18 Coque % GLP % Nafta % Óleo Comb Diesel % Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Derivados ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 Variação ago/17 a ago/18 Coque % GLP % Nafta % Óleo Comb % Diesel % 6.3 Competitividade Gás, Óleo Combustível, Diesel e GLP Segue abaixo a competitividade entre os energéticos. Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis No cenário brasileiro, analisando o preço do produtor em US$ no período de jan/15 a ago/18, observa-se uma taxa de reajuste de -23% do Gás Natural Importado, contra -32% do Gás Natural Nacional, +16% do Óleo A1, -13% do Diesel, +21% do GLP e +5% do Gás Natural nos EUA (dado de julho/18) (Gráfico 15). US$/MMBtu 30,00 20,00 17,75 16,45 14,76 12,92 12,40 10,00 8,46 7,74 4,54 0,00 Gas Nacional* S/ desconto Gas Nacional* C/ desconto Gas Boliviano Óleo 1A ** U.S. Natural Gas City Gate Diesel*** GLP Óleo Internacional**** Diesel Internacional***** *Preços praticados no Estado de São Paulo com Pis/Cofins sem ICMS. O desconto da Petrobras no preço do gás natural nacional deixou de vigorar em novembro de ** Preço Médio do óleo A1 com Pis/Cofins e sem ICMS *** Preço Médio do Diesel Nacional com Pis/Cofins e sem ICMS **** Residual Fuel (Publicação Platt s Oilgram Price Report) ***** U.S. Gulf Coast No 2 Diesel Low Sulfur Spot Price FOB Fontes: ANP, Energy Information Administration, International Energy Agency, Platt s Oilgram Price Report 19
20 6.4 Petróleo Apresentamos no gráfico abaixo a evolução das cotações do barril de petróleo. Gráfico 18 Evolução da cotação do Petróleo (US$/barril) U$/bbl ,37 125, ,52 81, ,53 75,24 82,30 68, , ,42 41, ,93 22,86 18,07 12, BRENT WTI Fonte: U.S. Energy Information Administration Gráfico 19 Evolução da cotação do Petróleo (US$/barril) ,53 68, Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro Janeiro Março Maio Julho WTI BRENT Fonte: U.S. Energy Information Administration. 20
21 ASSOCIADAS ABRACE
22 Expediente Esta é uma publicação da ABRACE Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres Coordenação Edvaldo Alves de Santana Presidente-executivo da ABRACE Execução Equipe de Energia Térmica Adrianno Farias Lorenzon Juliana Rodrigues de Melo Silva Jéssica Guimarães Lopes Karoline Martins Cabral Designer responsável Karine Pacheco SBN - Quadra 01, Bloco B, nº 14, salas 701/702 Edifício CNC - Asa Norte - Brasília - DF tel.: (61) abrace@abrace.org.br
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