CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 27/02/2018

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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 27/02/ tributario@legale.com.br AULA 32 TRIBUTOS EM ESPÉCIE - ITCMD O ITCMD incialmente trazia consigo o ITBI.

2 É necessário lei complementar para estabelecer as regras gerais. Por não haver lei federal que estabeleça as normas gerais do ITCMD, os Estados legislaram para regula-lo, posto a ausência de norma federal, conforme art. 24 da CF Assim, os Estados se utilizam da competência concorrente.

3 Transmissão que se dá ou se fez através da morte. A sucessão em razão da morte A lei vigente à época do fato é que regulará o ato, logo, a lei vigente quando da ocorrência do fato gerador é que deverá ser aplicada. Em observância ao princípio da irretroatividade Art. 106 CTN DOAÇÃO

4 Ato voluntario, por liberalidade. A doação de bens imóveis não se aplica ITBI, por mais que seja transmissão de bens imóveis a qualquer título. Na doação incidirá o ITCMD independente do que for transmitido, (qualquer bem ou direito). Para caracterizar o ato como doação deve ocorrer o empobrecimento do doador e o enriquecimento do donatário de modo gratuito. Intangível: marca A CF/88 insere a palavra quaisquer no conceito de ITCMD.

5 Se vale do disposto do artigo do Código Civil. O conceito do Código Civil também fundamenta o momento que se pratica o fato gerador. Na doação de bens móveis Tradição dos bens Na doação de bens imóveis No registro no Cartório de Registro de Imóveis. O Donatário assume a responsabilidade tributária quando ocorrer o aceite da doação; Art. 130 CTN.

6 No ITCMD não importa a quantidade de bens, mas sim a quantidade de herdeiros. Não há incidência de ITCMD nos alimentos para filhos, pois é obrigação/manutenção. Porém doação excessiva (descaracteriza o caráter alimentar), podendo haver a incidência do ITCMD.

7 Quando ocorre separação, se houver na partilha diferença para uma das partes, ocorrerá a transmissão de forma gratuita, assim incidirá ITCMD. Se não for de forma gratuita, e houver compensação financeira, fica descaracterizado a doação e não incidirá ITCMD. Os Estados/DF serão os sujeitos ativos, porém, a CF separa a legitimidade para quem arrecadar o ITCMD - Em caso de bens imóveis: deverá ser pago para o Estado em que o bem imóvel está localizado. - Em caso de bens móveis títulos e créditos: onde e processa o inventário ou no Domicilio do Autor. Exceto a Súmula 435 STF.

8 Lei complementar federal irá regular o tema de incidência do ITCMD nos bens deixados no exterior ou doador com residência no exterior. Art Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (...) I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (...) III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;

9 Lei Ordinária do Estado de São Paulo estabeleceu em seu art. 4º a hipótese regulamentando a questão dos bens e doador no exterior. O Estado ao legislar sobre matéria não apreciada por lei federal, careceu de legitimidade, em razão da guerra fiscal e o a utilização do meio legislativo incorreto. Nesta referida hipótese, o tema deveria ter sido veiculado por meio de lei federal, para assim impedir a guerra fiscal. Atualmente existe uma diferença de entendimento entre Valor Venal e Valor de Venda, mas tecnicamente os dois significam a mesma coisa. Ocorre que o Ente Público quando identificar o valor venal, o faz com defasagem (normalmente), diferenciando assim da prática do mercado. Valor Venal no CTN quer dizer valor de venda. A base de cálculo é apurada no momento da avaliação (pagamento) a alíquota será a vigente no momento da prática do fato gerador (abertura da sucessão - doação).

10 Sujeito passivo (causa mortis): herdeiro ou legatário. Sujeito passivo (doação): O CTN deixou aberto para qualquer das partes (doador/donatário) figurarem como sujeito passivo, deixando a regulamentação a cargo da lei Estadual. Assim, pode ocorrer que determinada lei estabeleça que ambos sejam cobrados de forma solidária. Cada Estado regulamenta da forma lhe é mais conveniente.

11 BONS ESTUDOS!!!! Prof. Ramiru Louzada