CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/11/2017

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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 09/11/ tributario@legale.com.br AULA 19 Responsabilidade Tributária Fenômeno que permite que pessoa diversa da que efetivamente praticou o fato gerador arque com o tributo. SUJEITO PASSIVO CONTIBUINTE DE DIREITO TERCEIRO RESPONSÁVEL SUBSTITUTO Pessoal Subsidiaria Solidaria Adquirente Arrematante Arca com o Crédito Tributário Sub-roga-se ao preço arrematado Observação: A Certidão Negativa de Débito exclui a responsabilidade do adquirente de débitos anteriores a compra.

2 Resposta: Neste caso, os débitos são do antigo proprietário, posto que o comprador de boa-fé solicitou a certidão. Tributos que o adquirente paga na responsabilidade de bens imóveis: IPTU ITR TAXA DE SERVIÇO CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

3 2 RESPONSABILIDADE DE BENS MÓVEIS - Responderá por todos os tributos relativos aos bens adquiridos. - O Adjudicante substitui o Remitente.

4 Resposta: O CTB por ser lei ordinária, não pode versar sob responsabilidade tributária, pois, este tema é reservado a lei complementar. Ocorre que o CTB pode estabelecer responsabilidade das infrações de transito, pois, esta não é tributo. Art. 130, Parágrafo único, CTN. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço. Por ser uma aquisição originária, a responsabilidade se limita ao preço pago. Ocorre que o art. 130 do CTN, trata sobre a aquisição de bens imóveis. No texto legal, há lacuna quanto a aquisição de bens móveis em hasta pública. Como nos dois casos o objeto é o direito real de propriedade, pode se utilizar a analogia (art. 108, I, CTN) para aplicar o disposto no artigo 130 para a aquisição de bens móveis.

5 Crédito tributário: Tributo + Juros+ Multa Tributo: Valor do tributo. Art Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Art São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; As responsabilidades de bens imóveis (art. 130) e de bens móveis (art. 131) estabelecem que o adquirente/arrematante arcariam com o crédito tributário/tributo respectivamente. O STJ firmou entendimento que toda vez que houver a responsabilização, sempre será pelo crédito tributário, e não apenas pelo tributo. Súmula 554-STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

6 3 RESPONSABILIDADE SUCESSÃO MORTE Espólio conjunto de bens deixado pelo de cujos, mas não possui personalidade.

7 O Inventariante é responsável, representará o conjunto patrimonial do de cujos a fim de liquidar todas as obrigações até a partilha final. - Não pode haver bem sem dono, nesse sentido a lei criou que a sucessão se dá de modo imediato a partir do evento morte. A responsabilidade do herdeiro ou meeiro é limitada ao quinhão recebido. - Só haverá a finalização da partilha, após a prova da quitação dos tributos.

8 STJ O STJ tem o entendimento que o espólio é responsável pelo crédito. STF O STF tem o entendimento que o espólio é responsável pelo tributo.

9 Resposta: Não pode mudar a sujeição passiva na execução SÚMULA N. 392, STJ - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução Assim, deve a execução ser extinta e com uma nova CDA em nome do sujeito passivo correto poderia ser ajuizada novamente. Exemplo: Lançamento Dívida Ativa CDA Execução Fiscal Transmissão Transmissão Aplica a súmula 392 Não aplica a 392 Nulidade da Execução, pois a transmissão se deu antes da execução, logo a execução tem ser ajuizada novamente.

10 4 - RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

11 A regra no art. 124, PU Art. 124.CTN. São solidariamente obrigadas: (...) A Solidariedade não comporta benefício de ordem. Pois somente se o contribuinte não pagar, o responsável arcará Neste caso a responsabilidade é subsidiaria. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. Respondem subsidiariamente. III Administrador de bens de terceiros Imobiliária sob o bem que administra IV Responde o inventariante pelos tributos devidos pelo espolio O Inventariante responde pelos tributos do espólio

12 2014 ESPÓLIO De cujo é contribuinte Espólio será o responsável Tributos anteriores a morte Espolio é contribuinte O inventariante é responsável FG após a morte do de cujos O Inventariante é responsável pelos tributos que o espolio foi o contribuinte e não o de cujus. Art Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: (...) VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. O sócio é responsável subsidiário na liquidação regular da sociedade. Não há responsabilização do sócio no mero inadimplemento do tributo por parte da empresa.

13 O terceiro do art.134 apenas responde pelo tributo e juros de mora, mas não responde pela multa. Responsabilidade pessoal, é a desconsideração do contribuinte para apenas executar o responsável. O Art. 135 disciplina apenas caso que ocorram infração. Art São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. Na responsabilidade do art. 135 o responsável arca com o crédito tributário. INFRAÇÃO LEI/CONTR. SOC./ESTATUTO EXCESSO DE PODER DISSOLUÇÃO IRREGULAR CRIME Súmula 435 STJ Lei 8137/90

14 Súmula 435, STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sóciogerente. - Basta demonstrar o DOLO nos atos de infração para o sócio responder nos termos do art Observação: Se o sócio estiver inscrito na dívida ativa junto com a empresa, quando houver o ajuizamento da execução, caberá ao sócio provar que não atuou com nenhuma hipótese do art Se o Sócio só for incluído na execução, caberá ao fisco provar se houve a prática das condutas do art. 135 do CTN. Observação: apenas o sócio gerente responde, sócio que meramente figura no contrato social não responde.

15 BONS ESTUDOS!!!! Prof. Ramiru Louzada