FÍSICA ATÓMICA E NUCLEAR. DETECÇÃO DE RADIAÇÕES β E γ ESTUDO DE UM DETECTOR GEIGER. σ =
|
|
- Maria das Dores Valente Diegues
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 FÍSICA ATÓMICA E NUCLEAR DETECÇÃO DE RADIAÇÕES β E γ ESTUDO DE UM DETECTOR GEIGER OBJECTIVO : familiarizar o estudante com as propriedades da radioactividade (em particular de radiações β e γ) e sua interacção com a matéria, usando um detector de Geiger-Müller. 1 INTRODUÇÃO [1] Qualquer método de determinação numérica de uma grandeza está sempre sujeito a erros. Estes erros designam-se de uma maneira geral por erros de observação. Estes podem classificar-se em erros sistemáticos e em erros aleatórios ou acidentais. Os erros sistemáticos são inerentes ao método de observação em si: eistem sempre que se utilize o referido método e não são susceptíveis de tratamento estatístico. O observador deve sempre fazer intervir no cálculo do erro do resultado final uma parcela que traduza o somatório dos erros sistemáticos envolvidos no método de medição. Os erros aleatórios são devidos a um grande número de causas que não podem ser controladas pelo eperimentador. Os erros devidos a estas causas flutuam pois de forma irregular de uma observação para outra e não é possível predizer os seus valores com eactidão. São considerados como variáveis aleatórias e tratados por métodos da Teoria das Probabilidades. Considere-se a situação que ocorre quando se fazem determinações da actividade de uma fonte radioactiva. Admita-se que se trata de uma fonte cujo período de semidesintegração é suficientemente longo para que se possa considerar a sua actividade constante no decurso de uma eperiência. Nestas condições verifica-se que não só a medição (baseada na interacção da radiação com a matéria) é aleatória mas também o próprio processo de decaimento é inerentemente aleatório. A emissão radioactiva é um fenómeno estatístico ao qual está associada a probabilidade de desintegração de um núcleo por unidade de tempo - constante de desintegração radioactiva, λ. O problema situa-se em saber em que medida é que o resultado de uma única determinação ou de um conjunto de determinações de actividade representa a "actividade" da fonte radioactiva. É fácil mostrar que a emissão radioactiva segue a lei de Poisson (ver apêndice I) e que esta tende para a lei normal de variância igual à média (aproimação esta que é já válida para valores de média 30). 2. LEI DE DISTRIBUIÇÃO DE POISSON Como é sabido as melhores estimativas dos parâmetros m (média) e σ (desvio padrão) de uma distribuição, calculados a partir de uma amostra de n medidas ( 1,..., n ) são dadas por: m = n i e σ = 2 ( i m) (1) n 1 A medida da actividade de uma fonte radioactiva (com T 1/2 >> t) eibe flutuações estatísticas dadas pela lei de distribuição de Poisson, 0
2 k P( k,m ) = k m e k! m com k = 0, 1, 2,... P(k,m) representa a probablilidade de o resultado de uma medida ser k contagens e m é o valor médio da distribuição. O desvio padrão de uma distribuição de Poisson é σ = m (2) Distribuição de Poisson frequência k m e P( k,m ) = k! σ = m m # N = 100 m = 4,16 k Fig. 1 Histograma de um conjunto de 100 valores de uma variável aleatória k que obedece a uma lei de distribuição de Poisson. O valor médio de k é 100 ki i=1 m = =4,16. Os símbolos a azul são 100 os valores obtidos da epressão da lei de Poisson usando este valor da média. Para valores grandes de m a lei de distribuição de Poisson aproima-se de uma lei de distribuição de Gauss (ou normal) com σ = m, 1 lim P( k;m) = e m 2π m 2 ( k-m) / 2m Atendendo ao significado de média e desvio padrão resulta que, se se fizer um conjunto de n determinações (k 1, k 2,..., k n ) cuja média é m ou uma única determinação k então há 68% de probabilidade de, fazendo nova determinação, o valor obtido se encontrar no intervalo m ± m ou que 68% das determinações pertençam ao referido intervalo. Pode ainda dizer-se que há 68% de probabilidade de o valor "verdadeiro" se encontrar no intervalo m ± σ n. σ m = σ é o desvio padrão da média e significa que, se se fizer um novo conjunto de determinações de média m' há 68% de probabilidade de m' pertencer ao intervalo m ± σ m. É óbvio que se se fizer uma única determinação então σ m = m = σ, razão porque também σ se denomina desvio padrão de uma observação isolada. n 3. CORRECÇÃO DE FUNDO Mesmo na ausência de fontes radioactivas, são contados impulsos no sistema de medição. A eistência destes impulsos, chamados contagens de fundo, deve-se a ruido electrónico e à eistência de radiações cósmicas e radiações provenientes de isótopos radioactivos naturais. 1
3 Se se pretende fazer uma determinação correcta de actividade de uma fonte as contagens de fundo devem ser subtraidas da contagem total. Normalmente o fundo, se for constante, não introduz erro significativo a não ser que se esteja a medir uma fonte pouco intensa em locais onde o fundo possa ser apreciável. Nos casos em que se impõe fazer a correcção de fundo deve o erro da sua determinação entrar no cálculo do erro do resultado. 4. DETECTOR GEIGER (ver Apêndice II [1] e bibliografia aconselhada [2], por e.) 5. BIBLIOGRAFIA 1. Demonstração de que o decaimento de uma fonte radioactiva de período T 1/2, muito maior do que o tempo durante o qual se faz a medição, segue a lei de Poisson., guião de trabalhos práticos de Física Laboratorial II, Radiation Detection and Measurement, G. Knoll, 3 rd ed. (New York: Wiley), Introduction to Nuclear Physics, K. Krane, New York: Wiley, Modern Physics, R. Serway, C. J. Moses, C. A. Moyer, 3 rd ed., Thomson Brooks/Cole, Data Reduction and Error Analysis for the Physical Science, P. Bevington e D. Keith Robinson, McGraw-Hill Inc
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL MATERIAL : Sistema integrado ST150 que contem contador, tubo GM e suporte para amostras, ligado através de um interface a um PC; Conjunto de fontes radioactivas (Cs-137, Co-60, Tl-104) Placas de vários materiais e várias espessuras. Actividade nº 1 Determinação do patamar e tensão de trabalho do detector GM. 1) Inicialize o sistema. 2) Coloque uma fonte de Cs-137 na prateleira nº 3; 3) Vá aumentando a tensão devagar até começar a registar acontecimentos no contador. A partir desse valor de tensão, aumente a tensão 20 V de cada vez (usando as teclas UP/DOWN) e registe o nº de contagens para cada valor de tensão. Registe também o valor do intervalo de tempo de medida. A taa de contagens deve permanecer aproimadamente constante entre V 1 e V 2 (zona do patamar) começando a aumentar rapidamente a partir de V 2. Reduza imediatamente a tensão do GM e represente graficamente o nº de contagens em função da tensão aplicada. 4) Escolha para tensão de operação do GM um valor de tensão que esteja a meio da região de patamar. Fig. 2 Patamar de um GM 5) Determine o declive do patamar, que é definido por N N 100 N V V 2 1 declive = % 2 1 Em que N 1 e N 2 são as taas de contagem para as tensões V 1 e V 2, respectivamente. Actividade nº 2 - Determinação do tempo de resolução do GM 1) Use para esta actividade a fonte de Tl-104 (emissor β - ). Dispõe de 2 amostras em forma de meia lua com idêntica actividade e uma meia lua não radioactiva (para manter a geometria correcta). 3
5 2) Coloque uma das meias luas emissoras (F1) juntamente com a meia lua não radioactiva a cerca de 2 cm da janela do GM (se a taa de contagens for inferior a 2500c/mi, aproime a fonte do detector). 3) Registe o nº de contagens durante um 1 minuto (N 1 ). 4) Substitua a meia lua não radioactiva pela outra meia lua radioactiva (F2) e registe o nº de contagens durante 1 mi (N T ). 5) Retire agora a 1ª meia lua que colocou (F1) e substitua-a pela meia lua não radiactiva. Registe o nº contagens durante 1 mi (N 2 ) 6) Calcule o tempo morto do GM. 7) Repita o procedimento com a fonte a uma distância maior do detector. 8) Comente os resultados obtidos. (Nota: indique sempre as incertezas nos valores medidos e calculados) Actividade nº 3 Absorção da radiação γ pela matéria 1) Coloque a fonte de Co-60 numa das parateleiras do suporte (~ a 4 cm da janela do GM). 2) Verifique como varia a taa de contagens em função da espessura do material (alumínio, chumbo, cobre, aço ino, plástico) atravessado pela radiação e em função do material absorvedor. 3) Comente. (Nota: Faça a correcção de fundo para todas as medidas e a de tempo morto sempre que necessário) Actividade nº 4 Lei do inverso do quadrado 1) Coloque a fonte de Co-60 na prateleira mais próima da janela do GM (~1 cm); 2) Escolha um tempo de aquisição que permite ter uma estatística razoável (~5000 contagens); 3) Repita a medida, no mesmo intervalo de tempo, com a fonte a 2 cm, 3 cm, etc. 4) Introduza as correcções de fundo e de tempo morto e represente os valores corrigidos em função do inverso do quadrado da distância ao GM. 5) Analise e comente os resultados. Actividade nº 5 Estatística de Poisson 1) Faça uma contagem de fundo durante 5 minutos. 2) Coloque a fonte de Co-60 a uma distância do detector que lhe permita ter taas médias de contagem de cerca de 1-2 c/s. Anote a posição da prateleira em que colocou a fonte. 3) Faça 300 medidas do número de contagens durante um intervalo de tempo de 1 s. 4) Mova a fonte uma prateleira para cima. 5) Obtenha um novo conjunto de 300 medidas do nº de contagens com t=1 s. 6) Mova ainda a fonte uma prateira para cima. 7) Faça 300 medidas com t =1 s. 8) Faça uma nova contagem de fundo durante 5 minutos. 9) Determine, para cada caso, a média e o desvio padrão da amostra usando as epressões (1). Compare os valores obtidos. 10) Verifique se 68% das medições estão no intervalo N ± σ. Comente o resultado. 11) Faça, para cada caso, o histograma de frequências. 4
6 12) Compare e comente os resultados obtidos para o fundo. 13) Compare os valores médios das taas de contagem, corrigidas do fundo, obtidas nas alíneas anteriores e as respectivas incertezas. Sabendo que a actividade da fonte era de 1 µci em Novembro de 1998 e que T 1/2 = 5,271 anos para o 60 Co, determine a taa de contagens que esperaria obter se a eficiência de detecção do detector Geiger-Muller fosse de 100%. Comente os resultados. (Diâmetro da janela do GM ver apêndice III) 5
7 APÊNDICE I Demonstração de que o decaimento de uma fonte radioactiva de período T 1/2, muito maior do que o tempo durante o qual se faz a medição, segue a lei de Poisson. I.1 - Lei Binomial Considere-se o caso simples de um saco contendo bolas brancas e pretas. Pretende saber-se qual a probabilidade de em n etracções de uma bola do saco (com reposição) saia vezes bola branca. Seja: p a probabilidade do acontecimento favorável (saída de bola branca), que deverá ser constante para que este esquema seja válido. A reposição da bola no saco assegura que p = constante. q = 1 - p a probabilidade de saída de bola preta. É fácil provar que a distribuição de probabilidade em causa é dada por: n n P() = Cp q com C n = n!!( n )! Por aplicação da definição de momentos a esta distribuição conclui-se que os momentos de primeira e segunda ordem são respectivamente dados por: m = n p σ = n p q Para valores de n muito grandes a lei binomial torna-se porém pouco prática. No entanto, no caso de se verificarem simultaneamente as seguintes condições: 1) - a probabilidade do acontecimento favorável ser muito pequena, p << 1; 2) - o número n de eperiências ser muito grande; 3) - é possível considerar constante o produto np = m; então a Lei Binomial (com n e p 0) tende para a Lei de Poisson conforme a seguir se demonstra. Demonstração P() = n! p (1-p) n- que multiplicado por n dá!( n )! 6
8 P() = n! ( n )! n ( np)! (1-p) n- e como n p = m vem P() = n n n ( 1)...( + 1) m ( 1 p) n. n... n! ( 1 p) [ 1 1 n ][ 1 2 n ]... [ 1 ( 1) n ] = m 1 p ( 1 p)! ( ) n n mas 1 p np p (1-p) n = [( 1 ) ] por definição lim ( ) / z z z = e pelo que ainda lim [ ( ) p np np p ] = e = e p m lim ( 1 1 n )... = 1 n, p 0 ( 1 p ) logo no limite quando n e p 0 vem: m e P m ( ) =! epressão que traduz a Lei de Poisson. Diz-se então que o acontecimento em causa e que verifica as condições anteriores segue a Estatística de Poisson. Esta aproimação é já aceitável para valores de n 100 e p < I.2 - Analogia do esquema da Lei Binominal com a Desintegração Radioactiva Eperiência: tirar uma bola do saco "observar" um átomo num intervalo t Resultado: bola branca ou bola preta decai ou não decai Probab. do acont. favorável p λ t = constante numa ep. simples nº de eperiências: n nº de átomos radioactivos na amostra, N(t).. 7
9 Aproimação necessária: N(t) = n considera-se constante. De facto o número de núcleos radioactivos é tão elevado que o decaimento da fonte durante o tempo da medição não produz alteração significativa nesse número. Logo, o fenómeno da desintegração radioactiva pode ser descrito pela lei binominal. Mas, uma vez que N(t) é muito elevado e que a medição da actividade de uma fonte só tem sentido se o período for muito grande relativamente ao tempo de medição então λ dt << 1. Ainda, como m = np = =N(t)λdt se pode considerar constante, uma vez que λ e N(t) são constantes, tem-se que a desintegração radioactiva segue a lei de Poisson. Matematicamente como aproimação da Lei Binomiaì para n >> e elevado é também possível chegar à seguinte epressão: P( ) = 1 2m e 2 ( m) 2m que é a epressão da lei normal (também conhecida por Lei de Gauss) com σ = m. Verifica-se que para valores m 30 já esta aproimação é razoável. Resumindo: Para contagem de uma fonte muito fraca, ou de fundo, por eemplo, deve usar-se a lei de Poisson; para contagens de uma fonte radioactiva usa-se normalmente a lei de Gauss com σ = m pois no geral se tem n > 30 cpm. A verificação destas leis, além do interesse como trabalho de estatística, pode servir para testar o funcionamento do sistema de medição. 8
10 APÊNDICE II - O Tubo de GEIGER - MULLER 1 - Descrição sumária O tubo de Geiger é constituído essencialmente por dois eléctrodos, o cátodo e o ânodo, encerrados num recipiente de paredes metálicas ou de vidro, recipiente esse onde eiste uma atmosfera especial. Este conjunto tem, no geral, simetria cilíndrica, sendo o cátodo constituído por uma manga metálica e o ânodo por um fio metálico, colocado segundo o eio do cátodo (Fig. 1). As paredes do tubo, a envolver o cátodo podem ser mais ou menos espessas, designando-se o tubo, no caso de elas serem bastantes finas, (cerca de 30 mg/cm 2 quando de vidro) por tubo de Geiger de paredes finas. Eistem outros tubos em que uma das etremidades do invólucro é particularmente fina, com uma espessura de poucos mg/cm 2 de mica: são os tubos de Geiger de janela que permitem a detecção de partículas facilmente absorvíveis como é o caso das partículas α. A atmosfera que enche o tubo é em geral constituída por argon a uma pressão de 4 a 10cmHg podendo ou não ter misturado um gás poliatómico como o álcool etílico, a uma pressão de 1cmHg. Fig Princípio de funcionamento Aplica-se entre o ânodo e o cátodo uma diferença de potencial elevada da ordem de grandeza das centenas de volt fornecida por uma fonte de alta tensão (HT na Fig. 2). Utiliza-se uma resistência R 1 de cerca de 1 MΩ e liga-se o cátodo à terra. Na resistência R 1 não passa corrente (o circuito está interrompido dentro do tubo, entre o cátodo e o ânodo). O potencial a que se encontra o ânodo é pois a tensão V fornecida pela fonte. Quando uma radiação nuclear atravessa as paredes do tubo produzem-se, na atmosfera gasosa interior, fenómenos de ionização: são arrancados electrões às moléculas que a radiação encontra no seu percurso formando-se iões positivos. O número de electrões assim libertados depende da velocidade (energia) e natureza da partícula ionizante e do gás utilizado. Para termos uma ideia da ordem de grandeza desse número, basta dizer que um electrão rápido com um percurso de 2 cm, num tubo cheio de argon a uma pressão de 10 cm Hg, liberta em média 8 electrões. Cada um dos electrões libertados nesta ionização, que chamaremos primária, é acelerado em direcção ao ânodo por uma força de grandeza F r = e E r em que e é o valor da carga de electrão e E a grandeza do campo eléctrico no ponto em que se encontra o electrão. 9
11 A C H.V. HV fonte de alta tensão A amplificador C - contador Fig. 2 Devido à geometria dos eléctrodos utilizada, o campo cresce à medida que se consideram pontos mais próimos do ânodo, atingindo valores muito elevados nas suas proimidades. Por outro lado o percurso livre médio dum electrão no seio do gás que enche o tubo, nas condições que indicámos, é da ordem de grandeza de 10-3 cm. Quer isto dizer que cada um dos electrões formados na ionização primária percorre no seu trajecto em direcção ao ânodo cerca de 10-3 cm, em média, antes de chocar com uma molécula de gás, e que depois do choque reinicia o seu movimento de migração percorrendo outra vez aquela distância até novo choque, e assim sucessivamente. A energia que o electrão adquire em cada um desses percursos livres depende da força que sobre ele está aplicada, ou seja do valor do campo eléctrico em cada ponto da sua trajectória. Percebe-se portanto que nas proimidades do ânodo, onde o campo é muito forte, o electrão possa adquirir entre dois choques sucessivos uma energia cinética superior ao potencial de ionização das moléculas do gás (11,3 ev para álcool metílico e 15,7 ev para o argon). Assim do choque desse electrão com uma molécula vai resultar uma nova ionização, a que chamaremos secundária. Estas sucessivas ionizações dão origem a um processo de multiplicação de electrões (avalanche) até que todos os electrões sejam recolhidos no ânodo. Entretanto, mais lentamente que os electrões, os iões positivos que se vão formando, dirigem-se para o cátodo onde são recolhidos. Nesses choques dos iões com o cátodo podem libertar-se novos electrões. É para evitar que estes electrões iniciem nova série de ionizações sucessivas (que conduziria a um novo processo de avalanche) que se mistura o álcool etílico ao argon, não nos interessando discutir como isso se consegue. O tempo que demora o processo completo, isto é, desde que se produz a primeira ionização até os últimos iões positivos serem recolhidos, é da ordem de grandeza de 10-4 segundos. Durante este lapso de tempo o circuito da Fig. 2 fica fechado e eiste uma pequena queda de tensão δv ao longo da resistência. Como consequência o potencial do ânodo, que era V, passa a V - δv. 3 - Sistema contador de radiações nucleares com o tubo de Geiger Vimos que, quando a tensão aplicada ao tubo de Geiger é convenientemente escolhida, a cada radiação nuclear que nele incide, atravessando as suas paredes, corresponde uma pequena 10
12 variação -δv do potencial do ânodo. Uma contagem destas pequenas variações dá-nos o número de radiações que, nesse intervalo de tempo, produzem interacção no interior do tubo de Geiger. Essa contagem consegue fazer-se com o auílio de circuitos electrónicos que amplificam aquele pequeno sinal δv até que accione um contador de impulsos. Todo este conjunto funciona pois como um sistema contador de radiações nucleares. 4 - Tempo de resolução Quando pela passagem de uma partícula (electrão, fotão, etc.) num detector de Geiger produzindo um sinal, há um certo intervalo de tempo durante o qual o detector fica insensível a outras radiações. Este intervalo de tempo, variável de sistema para sistema, denomina-se tempo de resolução do sistema e designa-se usualmente pela letra τ. Qualquer partícula que chegue ao detector durante este intervalo de tempo não é contada, podendo dar ("paralyzable systems" - tipo I) ou não ("non-paralyzable systems" - tipo II) origem a novo tempo de resolução. É necessário, portanto, corrigir a taa de contagem observada, para obter a taa verdadeira. Essa correcção deve ser feita a cada medida individual e antes de lhe subtraír o fundo. Os sistemas que mais vulgarmente se usam - contadores Geiger-Muller self-quenching, cintiladores, contadores proporcionais, etc. - são do tipo II: o intervalo de tempo morto não aumenta pela chegada de nova(s) partícula(s). Para estes, se for n a taa de contagem medida e τ o tempo de resolução, a correspondente taa corrigida, n τ, vem dada por n = n τ e - τn Esta epressão, quando τn<<1, toma a forma: n τ = n 1 - τn Portanto, esta epressão correntemente utilizada, para corrigir as taas medidas é aproimada e serve apenas para taas de contagem a que correspondem valores de τn<<1. 11
13 Specifications for ST150 Nuclear Lab Station: APÊNDICE III Specifications for ST350 Radiation Counter Detector Geiger-Muller G35: 35mm end window, 2mg/cm2, 150v plateau, 150 microsec. deadtime, BNC connector. 35mm OD, 90mm L. 12
Estudo de um Detetor de Geiger Mestrado Integrado em Engenharia Física
Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra Departamento de Física Estudo de um Detetor de Geiger Mestrado Integrado em Engenharia Física Laboratórios de Física TP1 Emanuel Duarte 21314629
Leia mais4. Estudo da dispersão estatística do número de contagens.
O DETECTOR DE GEIGER-MÜLLER Introdução Neste trabalho estudam-se as características do detector: seu princípio de detecção e modo de operação, tipo de partículas que detecta, taxas de contagem que suporta
Leia maisFÍSICA NUCLEAR E PARTÍCULAS
FÍSICA NUCLEAR E PARTÍCULAS Apêndice - O Tubo de Geiger - Müller 1 - Descrição sumária O tubo de Geiger é constituido essencialmente por dois eléctrodos, o cátodo e o ânodo, encerrados num recipiente de
Leia maisFÍSICA NUCLEAR E PARTÍCULAS
FÍSICA NUCLEAR E PARTÍCULAS DETERMINAÇÃO DA ABUNDÂNCIA NATURAL DO 40 K O potássio natural é fracamente radioactivo, contendo uma parte em 10 4 de 40 K, um isótopo de potássio emissor de electrões. Conhecendo
Leia mais18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 20/Maio/2016 Aula 22
18/Maio/2016 Aula 21 Introdução à Física Nuclear Estrutura e propriedades do núcleo 20/Maio/2016 Aula 22 Radioactividade: Poder de penetração. Regras de conservação. Actividade radioactiva. Tempo de meia
Leia maisLaboratório de Física I para Matemáticos. Experiência 4 Medidas de desintegração nuclear utilizando contador Geiger. 1 o semestre de 2011
43115 Laboratório de Física I para Matemáticos Experiência 4 Medidas de desintegração nuclear utilizando contador Geiger 1 o semestre de 2011 26 de abril de 2011 4. Medidas de desintegração nuclear utilizando
Leia maisCaracterísticas Gerais dos Detectores de Radiação
Características Gerais dos Detectores de Radiação Princípio básico: transferência da energia da radiação incidente para o material do detector Transferência de energia: excitação ou ionização dos átomos
Leia maisDeclínio Radioactivo
5º trabalho laboratorial de FGII para LEI, semana de 20 de Janeiro de 2008 Departamento de Física, Universidade do Algarve Declínio Radioactivo Neste trabalho vamos verificar três propriedades fundamentais
Leia maisDETECTORES DE RADIAÇÃO
DETECTORES DE RADIAÇÃO PARTE 1 PAULO R. COSTA Detectores de radiação Transdutores Produção de sinal elétrico Aumento da temperatura Mudança de cor Surgimento de danos nos cromossomos Identificar Presença
Leia maisRelatório de Laboratório Detetor de Geiser-Müller
Física da Radiação Relatório de Laboratório Detetor de Geiser-Müller João Apura n. o 67330 Tânia Agostinho n. o 70974 Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica Instituto Superior Técnico 10 de Outubro
Leia maisDifracção de electrões
Difracção de electrões Objectivos: i) Verificar que electrões com energias da ordem de -0 kev são difractados por um filme de grafite, exibindo o seu carácter ondulatório; ii) verificar a relação de de
Leia maisdefi departamento de física
defi departamento de física Laboratórios de Física www.defi.isep.ipp.pt Interferómetro de Michelson Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida,
Leia maisFÍSICA NUCLEAR E PARTÍCULAS
FÍSICA NUCLEAR E PARTÍCULAS ESPECTROSCOPIA DA RADIAÇÃO GAMA OBJECTIVO : Estudo das propriedades dos espectros da radiação gama quando observados com um detector de cintilação, o NaI(Tl), acoplado a um
Leia mais10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC
10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo
Leia maisDefinição da Distribuição de Poisson
Capítulo IX Distribuição de Poisson Definição da Distribuição de Poisson Significado do parâmetro Propriedades da Distribuição de Poisson Aproximação Gaussiana da Distribuição de Poisson O problema do
Leia maisELECTROTECNIA TEÓRICA MEEC IST
ELECTROTECNIA TEÓRICA MEEC IST º Semestre 07/8 º TRABALHO LABORATORIAL DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA MATRIZ DE COEFICIENTES DE CAPACIDADE DE UM SISTEMA DE N+ CONDUTORES (VIA ANALOGIA REO-ELÉCTRICA) Prof.
Leia maisOrigens históricas dos raios-x. Tubos de Crookes
Origens históricas dos raios-x Tubos de Crookes http://www.answers.com/topic/crookes-tube Origens históricas dos raios-x Tubo de Raios-X http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/energianuclear/imagens/energia-nuclear99.jpg
Leia maisDeterminação da meia-vida do nuclídeos
Determinação da meia-vida do nuclídeos 116m In, 108 Ag e 110 Ag O objectivo deste trabalho é medir a meia-vida (ou período de semi-desintegração) dos nuclídeos 116m In, 108 Ag e 110 Ag. Estes radionuclídeos
Leia maisRevisão de Conceitos e Fundamentos de Física das Radiações (B)
Revisão de Conceitos e Fundamentos de Física das Radiações (B) Augusto Oliveira adoliv@ctn.ist.utl.pt PSR WP4 ARIAS 2014 Resumo 1. A radiação 2. Energia 3. O jogo do lego da natureza 4. O átomo 5. Níveis
Leia maisOlimpíadas de Física Seleção para as provas internacionais. Prova Experimental B
SOCIEDADE PORTUGUESA DE FÍSICA Olimpíadas de Física 2016 Seleção para as provas internacionais Prova Experimental B 21/maio/2016 Olimpíadas de Física 2016 Seleção para as provas internacionais Prova Experimental
Leia maisFichas de electromagnetismo
Capítulo 3 Fichas de electromagnetismo básico Electrostática - Noções básicas 1. Enuncie as principais diferenças e semelhanças entre a lei da a atracção gravitacional e a lei da interacção eléctrica.
Leia maisTrabalho prático: Espectrometria gama com detectores de cintilação
Trabalho prático: Espectrometria gama com detectores de cintilação O detector de NaI(Tl) Durante a década de 1950 começaram a ser desenvolvidos detectores de cintilação de elevada eficiência, grande rapidez
Leia mais4. Distribuições de probabilidade e
4. Distribuições de probabilidade e características Valor esperado de uma variável aleatória. Definição 4.1: Dada uma v.a. discreta (contínua) X com f.m.p. (f.d.p.) f X (), o valor esperado (ou valor médio
Leia mais8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC
8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo que
Leia mais2 o TRABALHO EXPERIMENTAL O Detector de Geiger-Müller
Disciplina de Física da Radiação Mestrado Integrado em ENGENHARIA BIOMÉDICA 5 o Ano, 1 o Semestre 2010/2011 2 o TRABALHO EXPERIMENTAL O Detector de Geiger-Müller Joana Nunes*, João Marques** e Miguel Amador***
Leia maisElectromagnetismo e Óptica
Electromagnetismo e Óptica Laboratório 1 Experiência de Thomson OBJECTIVOS Observar o efeito da força de Lorentz. Medir o campo de indução magnética produzido por bobinas de Helmholtz. Determinar experimentalmente
Leia maisDetectores de Radiação
Detectores de Radiação Paulo R. Costa Instituto de Física da Universidade de São Paulo Laboratório de Física Moderna 2010 O que vamos aprender? Aula 1 Contadores Geiger-Mueller Fontes de radiação gama
Leia maisLaboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD. Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de Detectores a Gás
Laboratório de Sistemas de Detecção Seminários do LSD Rio de Janeiro, Brasil 11 de Outubro de 2016 Detectores a Gás Parte 1: Princípio de Funcionamento Paulo Marinho, DSc. Coordenação de Instalações Nucleares
Leia maisLaboratório de Estrutura da Matéria II
Roteiro: Prof. Dr. Jair Freitas UFES - Vitória Laboratório de Estrutura da Matéria II Difração de raios X PRINCÍPIO E OBJETIVOS Feixes de raios X são analisados através de difração por monocristais, para
Leia maisFísica Nuclear
Enquadramento: Objectivos Programa Bibliografia Requisitos Funcionamento Método de avaliação Objectivos Pretende-se que os alunos complementem a sua formação através da familiarização com a constituição
Leia maisIntrodução. A disciplina de Técnicas Laboratoriais de Física
A disciplina de Técnicas Laboratoriais de Física Objectivos formativos 8 Programa 8 Bibliografia 8 Outros elementos de estudo facultados 8 Modo de funcionamento 9 Avaliação 11 A importância da formação
Leia maisEspectroscopia de emissão/absorção com espectrómetro de prisma
Estrutura da Matéria 5/6 Espectroscopia de emissão/absorção com espectrómetro de prisma Objectivo: Estudar o espectro de emissão de um sólido incandescente (filamento de tungsténio); egistar e interpretar
Leia maisDetectores de Radiação
Detectores de Radiação Paulo R. Costa Instituto de Física da Universidade de São Paulo Laboratório de Física Moderna 2010 CINTILADORES Detectores Cintiladores Convertem a energia depositada em um pulso
Leia maisALGUMAS DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE PROBABILIDADE
ALGUMAS DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS DE PROBABILIDADE 4. 1 INTRODUÇÃO Serão apresentadas aqui algumas distribuições de probabilidade associadas a v.a. s contínuas. A mais importante delas é a distribuição Normal
Leia mais1. Qual das seguintes grandezas NÃO é vectorial? A Aceleração B Força C Temperatura D Velocidade
República de Moçambique Física Ministério da Educação Exame Extraordinário 12ª Classe / 2013 Conselho Nacional de Exames, Certificação e Equivalências 120 Minutos Esta prova contém 40 perguntas com 4 alternativas
Leia maisDETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DE UM CABELO ATRAVÉS DE PADRÕES DE DIFRACÇÃO
1 Trabalho nº 6 DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DE UM CABELO ATRAVÉS DE PADRÕES DE DIFRACÇÃO por A. J. Silvestre 2 1 Objectivo Determinar a espessura de um cabelo através do estudo do padrão de difracção gerado
Leia maisESPECTROMETRIA DE RAIOS X
ESPECTROMETRIA DE RAIOS X 1. Resumo Neste trabalho pretende se estudar o espectro de baixa energia essencialmente constituído por raios X de vários isótopos recorrendo a um detector para baixas energias
Leia maisTrabalho Prático nº 5
ONDAS E ÓPTICA - 2008/2009 Trabalho Prático nº 5 LENTES ESPESSAS; ASSOCIAÇÃO DE LENTES 1 Objectivo Pretende-se verificar experimentalmente a formação da imagem dada por sistemas ópticos simples, constituídos
Leia maisDetecção e Medida de Radiações Ionizantes
Detecção e Medida de Radiações Ionizantes Luis Portugal portugal@ctn.ist.utl.pt 1 Resumo Dosimetros individuais Monitores de radiação Espectrometria gama Cintilação líquida Espectrometria alfa RPM s Técnicas
Leia maisPROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA
PROVA 315/9 Págs. PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA 12. Ano de Escolaridade Cursos Gerais (Programa implementado em 2005/06) Duração da prova: 90 minutos 2ª Fase / 2008 PROVA ESCRITA DE FÍSICA Ao iniciar
Leia maisDecaimento radioativo
Decaimento radioativo Processo pelo qual um nuclídeo instável transforma-se em outro, tendendo a uma configuração energeticamente mais favorável. Tipos de decaimento: (Z, A) * (Z, A) (Z, A) (Z, A)! γ!
Leia maisRadioactividade. Instabilidade dos núcleos:
Radioactividade Instabilidade dos núcleos: Radioactividade Carácter aleatório do decaimento: N ( t) = N 0 e t/τ τ é o tempo de vida média. O período de semidesintegração T1/2 (ou seja o tempo que leva
Leia mais4 e 6/Maio/2016 Aulas 17 e 18
9/Abril/016 Aula 16 Princípio de Incerteza de Heisenberg. Probabilidade de encontrar uma partícula numa certa região. Posição média de uma partícula. Partícula numa caixa de potencial: funções de onda
Leia maisMEDIDA DA CARGA ESPECÍFICA DO ELÉTRON (Thomson)
UFSC DEPARTAMENTO DE FÍSICA FSC55: LABORATÓRIO DE FÍSICA MODERNA MEDIDA DA CARGA ESPECÍFICA DO ELÉTRON (Thomson) OBJETIVO: Medir a carga específica do elétron e comparar com o método de Busch e com o valor
Leia maisTrabalho 1 Detecção de Radiação Gama com um Geiger
Trabalho 1 Detecção de Radiação Gama com um Geiger A - Determinação do patamar do Geiger e do seu tempo morto e da variação da intensidade de uma fonte radioactiva com a distância OBJECTIVOS a) Determinação
Leia maisTrabalho 1 Detecção de Radiação Gama com um contador Geiger NOTA: para além da realização do trabalho (partes A e
Trabalho 1 Detecção de Radiação Gama com um contador Geiger NOTA: para além da realização do trabalho (partes A e B), terá de fazer durante a aula, o tratamento de resultados assinalado por meio de sublinhado.
Leia maisVariáveis aleatórias discretas
Probabilidades e Estatística + Probabilidades e Estatística I Colectânea de Exercícios 2002/03 LEFT + LMAC Capítulo 3 Variáveis aleatórias discretas Exercício 3.1 Uma caixa contém 6 iogurtes dos quais
Leia mais11ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC
11ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC 1. A vida média de uma partícula é 100 ns no seu referencial próprio. 1.a) Qual a duração da partícula no laboratório, sabendo
Leia maisOrigens históricas dos raios-x. Tubos de Crookes
Origens históricas dos raios-x Tubos de Crookes http://www.answers.com/topic/crookes-tube Origens históricas dos raios-x Tubo de Raios-X http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/energianuclear/imagens/energia-nuclear99.jpg
Leia maisCAPÍTULO 4 CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES
CAPÍTULO 4 CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA E PROBABILIDADES. INTRODUÇÃO - Conceito de população desconhecida π e proporção da amostra observada P. π P + pequeno erro Perguntas: - Qual é o pequeno erro?
Leia maisMétodos Experimentais da Física Licenciatura em Física e Química 2005/2006
Métodos Experimentais da Física Licenciatura em Física e Química 2005/2006 26 de Setembro de 2005 Responsável: Rui Guerra Gabinete 2.36, rguerra@ualg.pt Início das aulas: 19 de Setembro de 2003 Início
Leia maisNoções básicas sobre o núcleo e o declínio radioactivo
Noções básicas sobre o núcleo e o declínio radioactivo 26 de Setembro de 2005 1 Constituição do núcleo O átomo é uma nuvem de Z electrões que rodeia um núcleo constituído por Z protões e N neutrões. Figura
Leia maisDepartamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T2 FÍSICA EXPERIMENTAL I /08 FORÇA GRAVÍTICA
Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T2 FÍSICA EXPERIMENTAL I - 2007/08 1. Objectivo FORÇA GRAVÍTICA Comparar a precisão de diferentes processos de medida; Linearizar
Leia maisEFEITO FOTOELÉCTRICO
EFEITO FOTOELÉCTRICO 1. Resumo Neste trabalho pretende se efectuar a verificação experimental do efeito fotoeléctrico e, partindo daí, determinar o valor de uma das constantes fundamentais da natureza,
Leia maisTrabalho prático: O contador de Geiger-Muller. Descrição geral
Trabalho prático: O contador de Geiger-Muller Descrição geral Um dos primeiros tipos de detector desenvolvidos foi o chamado contador (ou tubo) de Geiger-Muller. Este contador permite detectar a presença
Leia mais4. Duas partículas, A e B, movem-se numa trajectória recta, de modo que suas posições obedecem às equações: s A
. Um automóvel percorre km em min e imediatamente após percorre 5,8 km em 4 min. Sua velocidade média, em km/h, foi de: A 7 B 9, C 68,8 D 8,8. A velocidade escalar de um automóvel é 6 km/h. A distância
Leia maisNoções básicas sobre o núcleo e o declínio radioactivo
Noções básicas sobre o núcleo e o declínio radioactivo 20 de Abril de 2005 1 Constituição do núcleo O átomo é uma nuvem de Z electrões que rodeia um núcleo constituído por Z protões e N neutrões. Figura
Leia maisNOÇÕES RÁPIDAS DE ESTATÍSTICA E TRATAMENTO DE DADOS
NOÇÕES RÁPIDAS DE ESTATÍSTICA E TRATAMENTO DE DADOS Prof. Érica Polycarpo Bibliografia: Data reduction and error analysis for the physica sciences (Philip R. Bevington and D. Keith Robinson) A practical
Leia maisElectromagnetismo e Física Moderna. Conhecer um método para a determinação da capacidade eléctrica
Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Física 1 Compreender o que é um condensador eléctrico Electromagnetismo e Física Moderna Capacidade e condensadores Conhecer
Leia maisDetectores de partículas e radiação
Detectores de partículas e radiação The Standard Model Sergio Bertolucci Weak 2 Courtesy of Mário Pimenta Detecção de partículas As propriedades da interacção das partículas com as matéria são utilizadas
Leia maisVida Média. Grupo 4E: Emanuel Ricardo, nº65677 Luís Cebola, nº65701 Tomás Cruz, nº65725
Mestrado em Engenharia Física Tecnológica L.F.E.A. - Laboratório de Física Experimental Avançada Professor responsável: João Mendanha Dias Vida Média Grupo 4E: Emanuel Ricardo, nº65677 Luís Cebola, nº65701
Leia maisCap. 6 Variáveis aleatórias contínuas
Estatística para Cursos de Engenharia e Informática Pedro Alberto Barbetta / Marcelo Menezes Reis / Antonio Cezar Bornia São Paulo: Atlas, 004 Cap. 6 Variáveis aleatórias contínuas APOIO: Fundação de Apoio
Leia maisMas, se tem uma meia vida tão curta, de onde vem o 99 Tc usado nos hospitais?
99 Tc : o radionuclídeo mais usado em medicina nuclear RADIAÇÃO γ NA IMAGIOLOGIA MÉDICA SPECT (Single Photon Emission Computed Tomography) - Com raios gama emitidos de dentro do corpo humano pode obter-se
Leia maisdefi departamento de física
defi departamento de física Laboratórios de Física www.defi.isep.ipp.pt Difracção de ultra-sons Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431
Leia maisGUIA DE LABORATÓRIO LABORATÓRIO 1 TANQUE ELECTROLÍTICO
GUIA DE LABORATÓRIO LABORATÓRIO 1 TANQUE ELECTROLÍTICO 1. RESUMO Estudo do campo eléctrico estático entre superfícies equipotenciais. Determinação experimental das linhas equipotenciais e do campo eléctrico.
Leia maisCap. 6 Variáveis aleatórias contínuas
Estatística para Cursos de Engenharia e Informática Pedro Alberto Barbetta / Marcelo Menezes Reis / Antonio Cezar Bornia São Paulo: Atlas, 2004 Cap. 6 Variáveis aleatórias contínuas APOIO: Fundação de
Leia maisFORÇA ELECTROMOTRIZ INDUZIDA
Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Electromagnetismo A 2009/2010 FORÇA ELECTROMOTRIZ INDUZIDA Neste trabalho é induzida uma força electromotriz num circuito condutor
Leia maisElectromagnetismo e Óptica
Electromagnetismo e Óptica Experiência de Thomson (Grupos D e E) OBJECTIVOS Observar o efeito da força de Lorentz. Medir o campo de indução magnética produzido por bobinas de Helmholtz. Determinar experimentalmente
Leia maisO efeito fotoeléctrico
O efeito fotoeléctrico 27 de Outubro de 2005 1 O efeito fotoeléctrico Desde os ns do século 19 que se sabe que certos metais podem emitir electrões por incidência da luz. A este efeito chama-se efeito
Leia maisQuímica 12º Ano. Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente. Actividades de Projecto Laboratorial. Janeiro Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva
Calibração e utilização de um sensor de temperatura Química 12º Ano Unidade 2 Combustíveis, Energia e Ambiente Actividades de Projecto Laboratorial Janeiro 2006 Jorge R. Frade, Ana Teresa Paiva Dep. Eng.
Leia maisEFEITO FOTO-ELÉCTRICO DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE PLANCK
EFEITO FOTO-ELÉCTRICO DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE PLANCK Objectivo: O objectivo desta experiência é o estudo do efeito fotoeléctrico de um metal, e a determinação da constante de Planck. Introdução :
Leia maisESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA. Utilização e Organização dos Laboratórios Escolares. Actividade Laboratorial Física 12º Ano
ESCOLA SECUNDÁRIA FILIPA DE VILHENA Utilização e Organização dos Laboratórios Escolares Actividade Laboratorial Física 12º Ano Característica de um LED e determinação da constante de Planck (Actividade
Leia maisFLUORESCÊNCIA DE RAIOS X
FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X A análise por fluorescência de raios X é um método de análise elementar qualitativo e quantitativo que se aplica à identificação de praticamente todos os elementos (Z > 13). O
Leia maisFísica Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama
Carlos Ramos (Poli USP)-2016/Andrius Poškus (Vilnius University) - 2012 4323301 Física Experimental C Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Grupo: Nome No. USP No. Turma OBJETIVOS - Medir curvas de atenuação
Leia maisMedição da Velocidade da Luz
Laboratório de Introdução à Física Experimental 2017/18 1 Medição da Velocidade da Luz em diferentes materiais homogéneos e isotrópicos 1 Introdução Em muitas das experiências descritas na literatura para
Leia maisIncertezas nas medidas
Incertezas nas medidas O objectivo de qualquer medição é avaliar um produto ou o resultado, aceitando ou rejeitando esse produto ou esse teste (e. calibração, inspecção, investigação científica, comércio,
Leia mais9 Integrais e Primitivas.
Eercícios de Cálculo p. Informática, 006-07 9 Integrais e Primitivas. E 9- Determine a primitiva F da função f que satisfaz a condição indicada, em cada um dos casos seguintes: a) f() = sin, F (π) = 3.
Leia maisTRABALHO Nº 1 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DE UMA RADIAÇÃO DUPLA FENDA DE YOUNG
TRABALHO Nº 1 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DE UMA RADIAÇÃO DUPLA FENDA DE YOUNG Pretende-se realizar a experiência clássica de Thomas Young e utilizar o padrão de interferência de duas fontes pontuais
Leia maisTrabalho N.º 1 Leis de Kirchhoff. Medição de Correntes e Tensões.
ANÁLISE DE CIRCUITOS LABORATÓRIO Ano Lectivo 20 / 20 Curso Grupo Classif. Rubrica Trabalho N.º 1 Leis de Kirchhoff. Medição de Correntes e Tensões. Plano de Trabalhos e Relatório: 1. Estudo teórico - prático
Leia maisMecânica e Ondas. Guia das Ondas em Cordas Trabalho laboratorial sobre Ondas estacionárias em fios. Introdução, Objectivos e Equipamento
Mecânica e Ondas Guia das Ondas em rabalho laboratorial sobre Ondas estacionárias em fios. Introdução, Objectivos e Equipamento Pretende-se com este trabalho laboratorial levar os estudantes ao contacto
Leia maisSistemas eléctricos e magnéticos
Sistemas eléctricos e magnéticos Circuitos eléctricos Prof. Luís Perna 00/ Corrente eléctrica Qual a condição para que haja corrente eléctrica entre dois condutores A e B? Que tipo de corrente eléctrica
Leia maisFísica Laboratorial Ano Lectivo 2003/04 OSCILOSCÓPIO
1. Introdução OSCILOSCÓPIO O osciloscópio (fig. 1) é o mais útil e versátil dos instrumentos utilizados para testes de circuitos electrónicos, uma vez que nos permite visualizar a evolução de uma diferença
Leia maisSérie de exercícios para apoio à disciplina de Mecânica e Ondas no IST Licenciatura: LEGM e LEIC Ano Lectivo: 2010/2011, 2 o Semestre
Série de exercícios para apoio à disciplina de Mecânica e Ondas no IST Licenciatura: LEGM e LEIC Ano Lectivo: 2010/2011, 2 o Semestre Grandezas, unidades e medições de grandezas em Física Apêndice 1. Usando
Leia maisUnidade Curricular: Física Aplicada
Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Unidade Curricular: Física Aplicada Aulas Laboratoriais Trabalho laboratorial n.º 3 (1.ª parte) Viscosidade de Líquidos DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE VISCOSIDADE
Leia maisDepartamento de Matemática e Ciências Experimentais
Departamento de Matemática e Ciências Experimentais Física e Química A 10.º Ano Atividade Prático-Laboratorial AL 2.1 Física Assunto: Características de uma pilha Objetivo geral Determinar as características
Leia maisEscola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico Dr. Joaquim de Carvalho. 6º Teste de Avaliação de Física. GRUPO I (Versão 1)
Escola Secundária com º Ciclo do Ensino Básico Dr. Joaquim de Carvalho 8- Figueira da Fo Telefone: Fa: 9 E-mail: esjcff@mail.telepac.pt 6º Teste de Avaliação de Física º ano, turma A de Junho de 6 GRUPO
Leia maisTERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA
UNIVERSIDADE DA MADEIRA 1. OBJECTIVOS TERMODINÂMICA E TEORIA CINÉTICA T8. Mecanismos de transmissão do calor Estudo do fenómeno de condução térmica. Determinação da condutividade térmica do vidro. Verificar
Leia maisTermodinâmica e Estrutura da Matéria
e Estrutura da Matéria A 1ª Lei da Parte 2 J. Seixas 1ª Lei da Processos não Imaginemos um processo que leva do estado 1 ao estado 2 através do caminho C. Nesse caso 0 C 2 1ª Lei da Processos não Imaginemos
Leia maisAs seguintes considerações devem ser feitas inicialmente ou ao longo do trabalho:
EXPERIÊNCIA 1: Pesa-espíritos EXEMPLO DE RESOLUÇÃO: Esquema da montagem: H 0 h 0 M As seguintes considerações devem ser feitas inicialmente ou ao longo do trabalho: M = massa do tubo + massa adicionada
Leia maisPROBABILIDADES E ESTATÍSTICA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE SETÚBAL DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA Cursos: EA, EACI, EEC, EI, EM o Teste o Semestre 007/008 Data: Sábado, 3 de Maio de 008 Duração: 5h às 7h
Leia maisdefi departamento de física
defi departamento de física Laboratórios de Física www.defi.isep.ipp.pt Determinação da constante de Planck Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de
Leia maisObservações em altas energias
Observações em altas energias Nesta seção vamos mostrar como o comprimento de onda ou a energia do fóton a ser detectado influi nas técnicas de observação. Utilizaremos para isso as técnicas de coleta
Leia maisActividade Laboratorial Física Bloco 2 (11º / 12º ano) Escola Secundària Aurélia de Sousa
AL 1.2 Salto para a piscina O que se pretende Escola Secundària Aurélia de Sousa 1. Projectar um escorrega para um aquaparque, de modo que os utentes possam cair em segurança numa determinada zona da piscina.
Leia maisSugestão de resolução do Teste Intermédio de Janeiro de 2008
Sugestão de resolução do Teste Intermédio de Janeiro de 008 1. Leia atentamente o seguinte texto. O receptor GPS utilizado nos carros é uma parte do chamado sistema GPS (Global Positioning System), que
Leia maisCAMPO ELÉCTRICO E POTENCIAL
TRALHO PRÁTICO Nº 5 CAMPO ELÉCTRICO E POTENCIAL Objectivo - O objectivo deste trabalho é estudar a forma do campo eléctrico criado por algumas distribuições de carga. Experimentalmente determinam-se linhas
Leia maisProblemas de Física Estatística e Termodinâmica
1 Problemas de Física Estatística e Termodinâmica Todas as grandezas físicas se supõem expressas no Sistema Internacional de Unidades. 1. Uma variável aleatória y pode tomar valores no conjunto {1,2,3,4,5}
Leia maisPolarização induzida. Mecanismo da Polarização Induzida
Polarização induzida Usando um método standard de quatro eléctrodos (dois para a injecção de corrente e dois para medir a tensão) em corrente contínua e se desligar-mos a corrente, o potencial entre os
Leia maisFísica Experimental II. Exercícios
Física Experimental II Lista de exercícios e problema preparatório para a Prova P2 Exercícios 1) Foi realizado um experimento para determinar o tipo de movimento de um corpo. Mediu-se a posição deste corpo
Leia mais