Andréia Kusiack Gollo

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1 1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA Andréia Kusiack Gollo RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Ijuí, RS, Brasil 2017

2 2 Andréia Kusiack Gollo RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Relatório de estágio curricular supervisionado na área de anestesiologia veterinária apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ - RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária. Orientador: Prof. Dr. Fernando Silvério Ferreira da Cruz Ijuí, RS 2017

3 3 Andréia Kusiack Gollo RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Relatório de estágio curricular supervisionado na área de anestesiologia veterinária apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ - RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médica Veterinária. Aprovado em 10 de junho de 2017: Fernando Silvério Ferreira da Cruz, Dr.(UNIJUÍ) (Orientador) Luciana Mori Viero, Dra. (UNIJUÍ) (Banca) Ijuí, RS 2017

4 4 AGRADECIMENTOS Durante esta caminhada, muitas pessoas se fizeram presentes e me ajudaram de alguma maneira para eu conseguir alcançar este sonho. Porém nada disso seria possível sem muita fé e determinação. Primeiramente quero agradecer a Deus, por me guiar nas escolhas e estar sempre iluminando meu caminho. Aos meus pais, aos quais dedico minha conquista. Nunca mediram esforços para me ajudar e sempre estiveram ao meu lado, até mesmo quando pensei em desistir. Não há palavras para agradecer o amor de vocês. Ao meu irmão, que sempre me incentivou e me mostrou que não podemos desistir de nossos sonhos, custe o que custar. E, que juntamente com a minha cunhada me acolheu para eu poder concluir a ultima etapa desse sonho. Ao meu professor e orientador Fernando Silvério Ferreira da Cruz, o qual me incentivou e me apoiou durante grande parte da graduação, e que nessa etapa final me deu toda orientação necessária, além de sua eterna amizade. Aos professores da Unijuí, por não medirem esforços para passar conhecimento. Em especial aos professores Cristiane Beck, Gustavo Toscan, Luciana Mori Viero e Roberta Carneiro da Fontoura Pereira que juntamente com meus colegas Adair A. Bulegon Jr, Anaísa F. Brudna, Anderson Buratti, Bruna Salvati, Laureani Schuster, Raquel S. de Almeida e Ronaldo Jr. da Silva, se tornaram não só a minha família durante cinco anos e meio, mas meus amigos para a vida toda. A toda equipe do HV Unijuí, por estar sempre à disposição dos seus alunos. Aos profissionais, médicos veterinários, com os quais tive oportunidade de conviver e aprender um pouco mais durante esta caminhada, Gleide Marsicano, Marcos da Silva Azevedo e Rafael Lukarsewski. E, a toda equipe do HCV-UFPel, principalmente ao professor Dr. Martielo Ivan Gehrcke que se disponibilizaram para que eu realizasse meu estágio final, tendo um vasto aprendizado.

5 5 O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis. (José de Alencar)

6 6 RESUMO RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA AUTORA: ANDRÉIA KUSIACK GOLLO ORIENTADOR: FERNANDO SILVÉRIO FERREIRA DA CRUZ O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no período de 15 de fevereiro a 22 de março de 2017, no Hospital de Clínicas Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (HCV UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, totalizando 150 horas.tendo supervisão do Médico Veterinário Prof. Dr. Martielo Ivan Gehrcke e orientação do Prof. Dr. Fernando Silvério Ferreira da Cruz. Sendo o estágio realizado na área de anestesiologia veterinária, foi acompanhado um total de 53 pacientes entre cães e gatos, começando no pré operatório, sendo realizada a escolha de um protocolo anestésico, na anestesia durante o trans operatório e a recuperação do paciente, assim como, a analgesia pós operatória. Diante do acompanhamento de variados protocolos em anestesiologia veterinária, o uso de infusões contínuas foi o que mais despertou interesse, optando-se em realizar uma revisão bibliográfica sobre o uso de infusões contínuas na anestesia e analgesiade pequenos animais. Palavras - chave: Anestesiologia. TIVA. Medicina Veterinária. Cães. Gatos.

7 7 ABSTRACT SUPERVISIONED CURRICULAR INTERNSHIP REPORT IN VETERINARY MEDICINE AUTHOR: ANDRÉIA KUSIACK GOLLO ADVISOR: FERNANDO SILVÉRIO FERREIRA DA CRUZ The Supervisioned Curricular Internship in Veterinary Medicine was carried out from February 15 to March 22, 2017, at the Veterinary Clinics Hospital of the Federal University of Pelotas (HCV - UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil, totaling 150 hours. It was supervisioned of the Veterinarian Prof. Dr. Martielo Ivan Gehrcke and orientation of Prof. Dr. Fernando Silvério Ferreira da Cruz. The veterinary anesthesiology stage consisted in a total of 53 patients between dogs and cats, starting with preoperative period, with the choice of an anesthetic protocol, anesthesia during the trans-operative period and patient recovery, as well postoperative analgesia. Due to the monitoring of several protocols in veterinary anesthesiology, the use of continuous infusions was the one that most aroused interest, choosing to perform a bibliographic review about the use of continuous infusions in anesthesia and analgesia of small animals. Keywords: Anesthesiology. TIVA. Veterinary Medicine. Dogs. Cats.

8 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1 Hospital de Clínicas Veterinárias HCV - UFPel Ilustração 2 Recepção do HCV UFPel Ilustração 3 Ambulatórios para atendimento dos pacientes Ilustração 4 Sala de pré-operatórios e atendimentos emergenciais Ilustração 5 Sala de pós-operatórios Ilustração 6 Espaço de internação para os pacientes Ilustração 7 Bloco cirúrgico Ilustração 8 Farmácia e sala de enfermagem Ilustração 9 Sala dos residentes e sala dos plantonistas Ilustração 10 Setor de Diagnóstico por Imagem Ilustração 11 Laboratório de patologia clínica

9 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Tabela 2 - Protocolos de medicação pré-anestésica (MPA) acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Tabela 3 - Protocolos de indução anestésica acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Tabela 4 - Protocolos de manutenção anestésica acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Tabela 5 - Técnicas anestésicas locorregionais acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Tabela 6 - Protocolos analgésicos no pós-operatório imediato acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Tabela 7 - Protocolos analgésicos pós-operatórios tardios acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de

10 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS % Porcentagem ºC Graus Célsius μg Microgramas FC Frequência Cardíaca FR Frequência Respiratória h Hora HCV UFPel Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas IM Intramuscular IV Intravenoso kg Quilograma min Minutos ml Mililitros mg Miligramas MPA Medicação Pré-Anestésica NMDA N-metil-D-aspartato PA Pressão Arterial PaCo2 Pressão parcial de dióxido de carbono no sangue arterial PaO2 Pressão parcial de oxigênio no sangue arterial PIC Pressão Intracraniana PIO Pressão Intraocular SC Subcutâneo SNC Sistema Nervoso Central Tº Temperatura TIVA Anestesia Total Intravenosa TPC Tempo de Perfusão Capilar

11 11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS USO DE INFUSÃO CONTÍNUA PARA ANESTESIA E ANALGESIA EM PEQUENOS ANIMAIS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA INTRODUÇÃO ANESTESIA TOTAL INTRAVENOSA (TIVA) BOMBAS DE INFUSÃO FÁRMACOS UTILIZADOS EM INFUSÃO CONTÍNUA Anestésicos Gerais Propofol Analgésicos opióides Morfina Fentanil Anestesicos dissociativos Cetamina Anestésicos Locais Lídocaina CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONCLUSÃO... 40

12 12 1. INTRODUÇÃO O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é uma atividade de extrema importância para a formação profissional e pessoal do Médico Veterinário. Durante este período se realiza uma vivência da rotina, e, além de poder colocar em prática os aprendizados adquiridos durante o curso, há uma troca de conhecimento e novas experiências. O presente relatório apresenta as atividades realizadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no Hospital de Clínicas Veterinárias UFPel (ilustração 1), na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de 2017, totalizando 150 horas. O estágio foi realizado sob supervisão interna do Médico Veterinário Prof. Dr. Martielo Ivan Gehrcke e orientação do Prof. Dr. Fernando Silvério Ferreira da Cruz. Ilustração1 Hospital de Clínicas Veterinárias HCV - UFPel. O HCV UFPel, está localizado no Campus de Capão do Leão da Universidade Federal de Pelotas, Capão do Leão, Rio Grande do Sul, Brasil. O horário de atendimento é das 8 ás 17horas, com plantão interno 24 horas. O Hospital de Pequenos Animais possui estrutura interna com recepção (ilustração2); cinco ambulatórios de atendimento, sendo um específico para oncologia (ilustração 3).

13 13 Ilustração 2 Recepção do HCV UFPel. Ilustração 3 Ambulatórios para atendimento dos pacientes. A imagem demonstra: a) Ambulatório 01; b) Ambulatório 02; c) Ambulatório 03; d) Ambulatório 04; e) Ambulatório de Serviço de Oncologia Veterinária (SOVet). Para melhor atender seus pacientes, o HCV-UFPel conta com uma sala para pacientes pré operatórios e atendimentos emergenciais (ilustração4) e uma sala para pacientes no pós operatório (ilustração 5).

14 14 Ilustração 4 Sala de pré-operatórios e atendimentos emergenciais. A imagem demonstra: a) Sala para atendimentos emergenciais, com carrinho de emergência e aparelho de oxigenioterapia; b) Baias onde ficam os pacientes pré-operatórios até a entrada para o bloco cirúrgico. Ilustração 5 Sala de pós-operatórios. A imagem mostra a sala de pós-operatórios, onde os pacientes que realizaram procedimentos cirúrgicos ficam internados, recebendo os tratamentos necessários até serem liberados para casa. Para pacientes que necessitam internação para tratamentos clínicos, o hospital possui um amplo espaço com canil e gatil (ilustração 6) e uma sala de isolamento.

15 15 Ilustração 6 Espaço de internação para os pacientes. Na imagem está demonstrado: a) Espaço utilizado para realização dos cuidados com os caninos internados; b) Canil de internação; c) Quadro para controle das medicações dos caninos internados; d) Gatil de internação, com espaço para realização dos cuidados necessários. O bloco cirúrgico conta com duas salas para procedimento de rotina, uma sala para procedimentos de aula e uma sala para procedimentos odontológicos (ilustração 7). Ilustração 7 Bloco cirúrgico. A imagem demonstra o espaço do bloco cirúrgico: a) Sala 1 para procedimentos cirúrgicos de rotina; b) Sala 2 para procedimentos cirúrgicos de rotina; c) Sala para procedimentos cirúrgicos em aula; d) Sala para procedimentos odontológicos (sala de procedimentos contaminados).

16 16 Possui também, uma farmácia e uma sala de enfermagem (ilustração 8), uma lavanderia e, para melhor acomodar as pessoas que trabalham, uma sala para os residentes e uma sala para estagiários e plantonistas (ilustração 9). Ilustração 8 Farmácia e sala de enfermagem. Na imagem está demonstrado: a) Farmácia, onde o acesso é restrito aos farmacêuticos, sendo a retirada de medicamentos feita por uma janela; b) Armário presente na sala de enfermagem onde se encontram os medicamentos para os pacientes internados e do pós-operatório; c) Sala de enfermagem com escaninhos com as fichas dos pacientes internados e do pós-operatórios. Ilustração 9 Sala dos residentes e sala dos plantonistas. A foto demonstra: a) Sala dos residentes, utilizada para reuniões, assim como para momentos de descanso; b) Sala dos plantonistas e estagiários. O setor de imagem, conta com ultrassonografia, radiologia e endoscopia (ilustração 10) e, um laboratório de patologia clínica (ilustração 11), que são utilizados em conjunto com o Hospital de Grandes Animais.

17 17 Ilustração 10 Setor de Diagnóstico por Imagem. Ilustração 11 Laboratório de patologia clínica. No que se diz respeito aos profissionais do HCV UFPel, as áreas de clínica médica e cirurgia, contam com oito médicos veterinários em cada, sendo um contratado, três professores e quatro residentes,na área de anestesiologia possuí seis médicos veterinários, sendo um contratado, um professor e quatro residentes, a área de diagnóstico por

18 18 imagemconta com três médicos veterinários, sendo um professor e dois residentes e, a área de patologia clínica conta com três médicos veterinários, sendo dois professores e um residente. A escolha do local para realização do estágio foi motivada pelo conhecimento do nível profissional, assim como, por ser um hospital escola referência no RS e oferecer excelentes estruturas para o aprendizado.

19 19 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o Estágio Supervisionado em Medicina Veterinária no HCV-UFPel, na área da anestesiologia veterinária, cumpriu-se horário das 10h às 12h e das 14h às 18h, de segunda-feira a sexta-feira. A rotina na área de anestesiologia começava após o clinico veterinário receber o paciente e juntamente com o médico veterinário anestesista realizava-se a coleta de sangue para exames pré operatórios (hemograma e bioquímico) e a avaliação pré-anestésica, ou seja, era feita a avaliação dos parâmetros fisiológicos do animal (FC, FR, Tº Retal, TPC) e, de acordo com o procedimento cirúrgico a ser realizado, se elaborava o protocolo anestésico. O paciente aguardava internado na sala de pré-operatórios, até a realização da medicação pré-anestésica. Após ser aplicada a MPA, pela via de escolha do anestesista (IM ou SC), e realizada a tricotomia no local da incisão cirúrgica e nos membros anteriores para canulação da veia e colocação do manguito, o paciente era encaminhado para o bloco cirúrgico. Dentro do bloco cirúrgico realizava-se o acesso venoso no paciente, seguido da indução anestésica e da intubação endotraqueal e posicionamento do animal no decúbito necessário para a cirurgia. A manutenção anestésica durante o trans operatório era realizada com o auxílio do aparelho takaoka de anestesia inalatória e/ou de bomba de infusão, sendo preenchida uma ficha anestésica, com os parâmetros de FC, FR, PA (sistólica, média e diastólica) e Tº do paciente. Após o término da cirurgia, o paciente permanecia no bloco cirúrgico até estabelecer uma temperatura adequada, de no mínimo 36ºC. Quando liberado, esse ficava internado na sala de pós-operatórios, com analgesia pelo tempo que se achava necessário. Em caso de cirurgias eletivas, o paciente era liberado para casa no mesmo dia com receituário quando necessário. Porém, em casos em que o paciente necessitava maiores cuidados, o mesmo ficava internado até a sua melhora. Os procedimentos cirúrgicos acompanhados e os protocolos anestésicos utilizados (MPA, fármacos indutores, fármacos de manutenção anestésica) estão descritos nas tabelas de 01 a 07.

20 20 Tabela 1 - Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV- UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Procedimentos Espécies Canina Felina % Amputação dígito acessório e lateral Biópsia nódulo facial Biópsia tumor oral Colocefalectomia Conchectomia Correção de hérnia diafragmática Correção ruptura uretral Cistotomia Criocirurgia CCE Debridamento de ferida Endoscopia Entrópio Eutanásia Exérese CCE Mastectomia Regional Unilateral Nefrectomia direita Nodulectomia anal Nodulectomia labial Nodulectomia MPE Nodulectomia retal OSH OSH + Mastectomia Radical Unilateral OSH + Mastectomia regional unilateral OSH + Nodulectomiaperivulvar Osteossíntese de fêmur Osteossíntese de mandíbula Osteossíntese de úmero Osteossíntese de rádio e ulna Orquiectomia Orquiectomia + Amputação TEM Procedimento laboratorial Profilaxia dentária Redução de hérnia perineal Redução de luxação de patela Redução de ruptura de ligamento cruzado Retirada corpo estranho esofágico Várias nodulectomias TOTAL

21 21 Tabela 2 - Protocolos de medicação pré-anestésica (MPA) acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Fármacos Espécie Canina Felina % Acepromazina Acepromazina + Metadona Acepromazina + Meperidina Acepromazina + Morfina Acepromazina + Metadona + Cetamina + Midazolam Cetamina + Midazolam Cetamina + Midazolam + Morfina Cetamina + Midazolam + Tramadol Metadona Morfina Sem MPA TOTAL Tabela 3 - Protocolos de indução anestésica acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV- UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Fármacos Espécie Canina Felina % Propofol Propofol + Cetamina Propofol + Fentanil Propofol + KCL Etomidato + Midazolam Fentanil + Midazolam + Etomidato Sem Indução TOTAL

22 22 Tabela 4 - Protocolos de manutenção anestésica acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV- UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Fármacos Espécie Canina Felina % Isofluorano Isofluorano + Fentanil Isofluorano + FLK Isofluorano + MLK Propofol + Cetamina Sem Manutenção TOTAL Tabela 5 - Técnicas anestésicas locorregionais acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV- UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Técnicas Espécies Canina Felina % Bloqueio Auriculopalpebral EpiduralLombossacra Bloqueio Intratesticular Tumescente TOTAL Tabela 6 - Protocolos analgésicos nopós-operatórioimediato acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Fármacos Espécies Canina Felina % Dipirona Maxicam Metadona Morfina diluída em Sol. Fisiológica (Epidural por volume) Tramadol Tramadol + Dipirona TOTAL

23 23 Tabela 7 - Protocolos analgésicos pós-operatórios tardios acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Anestesiologia Veterinária, no HCV-UFPel, no período de 15 de fevereiro a 22 de março de Fármacos Espécies Canina Felina % Dipirona + Meloxicam Dipirona + Meloxicam + Tramadol Dipirona + Tramadol Meloxicam Meloxicam + Tramadol Metadona Sem analgesia TOTAL

24 24 3. USO DE INFUSÃO CONTÍNUA PARA ANESTESIA E ANALGESIA EM PEQUENOS ANIMAIS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Resumo: O uso de agentes intravenosos é muito popular em Medicina Veterinária. A anestesia intravenosa total (TIVA) é uma técnica pela qual se obtêm características da anestesia geral, ou seja, amnésia, analgesia e relaxamento muscular, através da administração de um ou mais fármacos por via intravenosa, sem o uso de anestésicos inalatórios. Podendo ou não ser utilizado a ventilação controlada. A infusão contínua das associações de fármacos é utilizada para obter um poder hipnótico e analgésico, principalmente no pós-operatório, sendo que essas são feitas através de bombas de infusão. O propofol é o fármaco mais utilizado como agente hipnótico, estando associado a agentes analgésicos como opióides (morfina ou fentanil), cetamina e/ou lidocaína INTRODUÇÃO O primeiro registro de um agente administrado por via intravenosa foi em meados de 1600, quando Christopher Wren injetou ópio em seres humanos, usando uma pena e uma bexiga. Posteriormente a técnica com seringa e agulha hipodérmica foi criada, em torno do ano de 1800 pelo francês Rynd. Pierre-Cyprien Ore, com intuito de fornecer anestesia para cirurgia, em 1870, descreveu o uso de hidrato de cloral por via intravenosa, estabelecendo, assim, a técnica de administração intravenosa de drogas anestésicas (MILLER, 1994). A anestesia geral tem por objetivo produzir ao paciente, inconsciência completa, analgesia, relaxamento muscular, manutenção da homeostase e uma recuperação rápida e tranquila (ZACHEU, 2004). Em Medicina Veterinária a anestesia geral intrevenosa foi utilizada pela primeira vez em 1875, por Humbert, o qual administrou hidrato de cloral em equinos (FANTONI et al., 2010). O uso de agentes intravenosos (IV) para manutenção da anestesia geral tornou-se mais comum devido ao desenvolvimento de agentes anestésicos intravenosos com perfis farmacocinéticos adequados para a utilização por infusão (NOLAN, 2004). Esses fármacos possuem um menor valor de meia-vida plasmática, fazendo com que a recuperação dos seus efeitos farmacológicos ocorra pouco tempo após a interrupção da administração. Além de atingirem rapidamente os órgãos alvos, permitindo início rápido do efeito (NOCITI, 2001). Em pequenos animais, a anestesia total intravenosa (TIVA) é uma técnica que tem sido preconizada na prática anestésica (OLIVEIRA et al., 2007).

25 25 A TIVA se dá através da combinação de agentes intravenosos para a indução e manutenção de anestesia geral, na ausência absoluta de qualquer agente anestésico inalatório. Entre os fármacos utilizados, incluem-se os barbitúricos (tiopental), derivados imidazólicos (etomidato), alquil-fenóis (propofol), opióides (morfina, fentanil), anestésicos dissociativos (cetamina e tiletamina), bloqueadores neuromusculares, anestésicos locais (lidocaína) (RAMÍREZ-SEGURA; NAVA-LÓPEZ, 2015). Em animais, a administração dos agentes anestésicos tem sido em grande parte por meio de bombas de infusão ou bombas de seringa, sendo essas com diferentes graus de sofisticação, onde os fármacos são infundidos para o efeito clínico desejado (NOLAN, 2004). Este trabalho teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o uso da infusão contínua em pequenos animais, no que se diz respeito à anestesia e analgesia ANESTESIA TOTAL INTRAVENOSA (TIVA) Atualmente, a anestesia total intravenosa está sendo amplamente utilizada, devido a sua versatilidade e segurança, além da facilidade de administração. Tanto dentro das salas de cirurgia quanto fora e, em praticamente todas as especialidades, por poder ser empregada em procedimentos ou cirurgias de longa duração, sob ventilação espontânea ou controlada (RAMÍREZ-SEGURA; NAVA-LÓPEZ, 2015). Pode-se considerar, ainda, que a anestesia total intravenosa é mais empregada, principalmente por apresentar um menor custo em relação à anestesia inalatória no que se refere à implantação e manutenção dos equipamentos necessários (SOUZA et al., 2003) e, por se conseguir um bom controle da profundidade anestésica (PAULA et al., 2010). Entre as vantagens do uso da TIVA, destaca-se a estabilidade hemodinâmica, uma recuperação rápida e previsível, administração de uma menor quantidade de fármaco, além de uma menor poluição e toxicidade para o ambiente e para a equipe cirúrgica (RAMÍREZ- SEGURA; NAVA-LÓPEZ, 2015). Vianna (2001) descreve como desvantagens o risco de recuperação da consciência pelo paciente durante o procedimento anestésico, além de existir a variabilidade individual dos pacientes em relação à farmacocinética e à farmacodinâmica das drogas intravenosas, necessitando maior atenção do anestesista para a determinação da concentração ideal para cada paciente. Nolan (2004) também ressalta a necessidade de cateterização de uma veia para a infusão, independente da utilizada para a fluidoterapia, a contraindicação em animais que possuam comprometimento hepático ou renal e a necessidade

26 26 de diferentes bombas de infusão para cada fármaco utilizado, como limitações para o uso da TIVA. As drogas intravenosas podem ser administradas em bolus intermitentes ou por infusão contínua. A utilização de bolus, além de gerar um período anestésico mais curto, pode gerar uma sobredosagem ( picos ) ou subdosagem ( vales ), resultando em uma concentração plasmática inadequada na maior parte do tempo. No entanto, a administração por infusão contínua é mais estável, permitindo a obtenção da concentração plasmática de forma mais previsível e constante (NOLAN, 2004). Em anestesia, o objetivo da administração de qualquer técnica de infusão é alcançar uma concentração do fármaco no sangue que resulte no plano anestésico desejado (HALL; CHAMBERS, 1987). Aguiar (2009) explica que deve ocorrer a abolição de respostas aos estímulos nociceptivos causados pelo procedimento cirúrgico, além de produzir efeitos depressores cardiorrespiratórios pouco significativos, possibilitando que ao final da infusão intravenosa, a recuperação anestésica seja mais rápida e tranquila, sem efeitos adversos. Augusto (2010) e Miller (1994), explicam que com o uso de infusão contínua a concentração plasmática do fármaco se mantém constante, pois à medida que sofre a redistribuição e a metabolização, uma nova oferta do agente é realizada. Isso proporciona um período transoperatório mais suave e com titulação apropriada, bem como, uma recuperação mais rápida, sem reações de excitação e relativamente livre de dores. Button (2012) descreve que o sistema de infusão consiste tipicamente, de três componentes, ou seja, um reservatório de fluido, um dispositivo (equipo) que transporta o líquido do reservatório para o paciente e um dispositivo para regular ou gerar o fluxo. Nolan (2004) explica que quando se utiliza agentes anestésicos inalatórios, as concentrações anestésicas podem ser medidas em tempo real e o anestesista, pode assim, controlar melhor a administração do fármaco. No entanto, esta tarefa é mais difícil para a anestesia intravenosa, porque a concentração plasmática do fármaco não pode ser facilmente verificada em tempo real. Por conta disso, a partir da estimativa das concentrações de fármaco no sangue e utilizando previsões proporcionadas por modelos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, juntamente com modelos matemáticos, foi desenvolvido um sistema de administração controlada por computador de drogas anestésicas, proporcionando assim, maior controle na administração de anestésicos intravenosos (NOLAN, 2004). Apesar de serem pouco utilizadas em Medicina Veterinária, as bombas de infusão, foram criadas entre as décadas de 60 e 70. Nesses dispositivos, a pressão de infusão independe da pressão gravitacional e o controle do

27 27 fluxo pode ser volumétrico ou não volumétrico, sendo o mecanismo de infusão peristáltico, alvo-controlada ou por seringa (BUTTON, 2012) BOMBAS DE INFUSÃO O mecanismo de infusão alvo-controlada, em Medicina Veterinária, atualmente é utilizado principalmente em experimentação. As bombas de infusão por mecanismo peristáltico é o mais indicado para administração de volumes superiores a 50mL. Há dois sistemas, o sistema peristáltico linear, em que o segmento de silicone de um equipo especial é comprimido por um conjunto de discos contra uma placa estacionária, produzindo um movimento ondulatório que promove a progressão do líquido ao longo do equipo até o paciente; e o sistema peristáltico rotativo, em que o segmento flexível do equipo é tensionado sobre roletes montados em um rotor e, à medida que este é rotacionado, em velocidades definidas, os roletes comprimem sucessivamente o equipo, produzindo a infusão do fármaco. As bombas de infusão de seringa são mais adequadas para administração de volumes de até 50mL de fármacos e suas soluções. Consiste no acoplamento de uma seringa descartável, contendo a substância ativa, ao corpo da bomba de infusão, que, dotada de um motor, impulsiona um suporte conectado ao êmbolo da seringa, aplicando assim pressão sobre este. Pressão esta controlada por um microprocessador, cujo ajuste é realizado manualmente pelo operador. O fármaco é administrado ao paciente ao meio de um tubo extensor conectado ao cateter intravenoso (AGUIAR, 2009). Há vários tipos de dispositivos disponíveis na atualidade, porém alguns funcionam apenas com um tipo bem definido de seringa (tamanho, marca). O dispositivo avisará quando houver presença de uma obstrução ou da presença de ar e ainda, o fim do fármaco disponível na seringa. A taxa de administração desejada pode ser introduzida pelo anestesista em mililitro / unidade de tempo e a dose total administrada podem ser verificadas em qualquer momento (em ml ou em mg). Em bombas com um software mais elaborado, permite-se ainda a introdução do peso corporal, a taxa desejada em miligrama ou micrograma por hora ou por minuto e a concentração do fármaco, tendo o cálculo da taxa em ml automaticamente (MOENS, 2004). Scandone; Novello (2001) relatam que a taxa de infusão requerida para manter a anestesia, depende de vários fatores, como o efeito farmacológico desejado (hipnose, sedação profunda, anestesia); características de intervenção (grau da invasão cirúrgica, associação com anestesia regional); interações concomitantes com outros agentes (medicamentos aditivos,

28 28 intensificadores, antagonistas) e características individuais do paciente (função hepática, renal e de outros órgãos). Recomenda-se ainda, que ao executar a anestesia total intravenosa, se administre uma dose de carga de anestésico (dose de ataque), que é necessária para atingir rapidamente concentrações eficazes nos locais de ação, podendo ser infundida em um bolus ou em infusão rápida FÁRMACOS UTILIZADOS EM INFUSÃO CONTÍNUA Hoje em dia, há diversos fármacos para indução e manutenção anestésica. Segundo Ramírez-Segura; Nava-López (2015) e Lupton (2013), o anestésico intravenoso ideal deverá apresentar certas características físicas, farmacocinéticas e farmacodinâmicas, como, hidrossolubilidade; estabilidade em soluções aquosas; ausência de dor no local da injecção e irritação venosa ou danos teciduais por extravasamento; inicio de ação rápido e suave, sem fenômenos de excitação; alto índice terapêutico; baixo potencial para a liberação de histamina ou desencadeamento de reações de hipersensibilidade; rápida metabolização; minimo efeito depressor cardiorrespiratório; ausência de náuseas e vômitos, tontura, sedação prolongada e de metabólitos ativos; recuperação rápida e suave, sob manutenção de um efeito analgésico residual e recuperação sem efeitos colaterais pós-operatórios. A administração intravenosa da maioria dos agentes pode causar efeitos indesejáveis, principalmente na pressão arterial, no sistema cardiorrespiratório e do sistema nervoso. Assim, para se obter uma anestesia segura e eficiente, é importante o conhecimento da farmacocinética e das propriedades anestésicas dos agentes injetáveis (LAREDO; CANTALAPIEDRA, 2001). O efeito de um anestésico se dá em função da sua concentração nos locais de ação, e não depende apenas da dose administrada, mas também da sua absorção, distribuição, extensão da fixação do tecido, metabolismo e eliminação (SCANDONE; NOVELLO, 2001). A distribuição e eliminação de um agente anestésico intravenoso segue um modelo de três compartimentos, ou seja, após a injeção, existe um nível plasmático elevado do fármaco, seguido por uma fase de redistribuição e eliminação (FRYER, 2004). Deve-se então, saber que a distribuição ocorre primeiramente para os órgãos ricamente vascularizados (cérebro, coração, fígado, rins) e após para outros tecidos (músculo-esquelético, pele, tecido adiposo). Além de ter o conhecimento de que os anestésicos intravenosos apresentam um alto volume de distribuição, o qual é decorrente da elevada solubilidade em lipídios, que explica a latência

29 29 curta e a rápida reversibilidade dos efeitos produzidos por eles (SCANDONE; NOVELLO, 2001). Entre os agentes intravenosos utilizados para anestesia e analgesia, temos os barbitúricos (tiopental), os compostos imidazólicos (etomidato), aquil-fenóis (propofol), opióides (morfina, fentanil), derivados da feniciclidina (cetamina, tiletamina), anestésicos locais (lidocaína) e bloqueadores neuromusculares. Laredo; Cantalapiedra (2001) descrevem que para se obter uma TIVA adequada deve-se associar um hipnótico, um analgésico e um bloqueador neuromuscular. Porém, alguns desses fármacos não fazem parte dos agentes de escolha na rotina da Medicina Veterinária ou não são mais utilizados em infusão contínua, devido seus efeitos adversos. O tiopental, por exemplo, não recomenda-se que seja utilizado em infusão contínua, devido seu alto efeito cumulativo, retardando o período de recuperação anestésica (OTERO, 2005). Assim como, os bloqueadores neuromusculares que não são muito utilizados por ser indispensável o suporte ventilatório artificial, uma vez que esses atuam paralisando a musculatura envolvida no processo de ventilação (FILHO; NASCIMENTO, 2005). E o etomidato, que em estudos, revelou que o seu uso em infusões contínuas prolongadas, gera insuficiência na supra-renal, ficando restrito a animais com cardiopatias (FANTONI et al., 2010), para anestesia de curta duração. Sendo assim, na atualidade, os agentes mais utilizados para anestesia e analgesia, por infusão contínua em Medicina Veterinária, dos agentes supracitados, normalmente em associações são: o propofol, a morfina, o fentanil, a cetamina e a lidocaína Anestésicos Gerais Os anestésicos injetáveis podem ser empregados na indução anestésica, como agente único em procedimentos de radiografias, suturas, exames; como suplemento da anestesia inalatória e na manutenção da anestesia por meio de infusão contínua ou por doses intermitentes. São classificados em barbitúricos, alquifenóis e compostos imidazólicos (MASSONE; CORTOPASSI, 2009) Propofol O propofol, anestésico intravenoso alquifenólico, hipnótico e sedativo (CORTOPASSI, 2011), apresenta-se como um líquido hidrofóbico à temperatura ambiente,

30 30 formulado em emulsão aquosa a 1% contendo 10% de óleo de soja, 2,25% de glicerol e 1,2% de fosfolipídeo de ovo purificado. Devido à presença de lecitina de ovo em sua composição, a emulsão possibilita o crescimento de microorganismos indesejáveis, sendo necessário o consumo da ampola em até 6 horas após aberta ou o seu descarte (FANTONI et al., 2010). O propofol se tornou um agente popular para uso em cirurgias de rotina, pois os pacientes despertavam rapidamente e com náuseas reduzidas no pós-operatório (DUKE, 1995). O uso de propofol em infusão contínua apresenta-se, então, como uma boa alternativa para substituir a anestesia inalatória, por apresentar uma boa estabilidade hemodinâmica, indução e recuperação rápidas, poucos efeitos adversos e ausência de efeito cumulativo (FERRO et al., 2005). Segundo Duke (1995), o uso de infusões contínuas tituláveis de propofol, se tornou popular para manter a sedação e anestesia, pois apesar do fármaco apresentar uma meia-vida de eliminação longa, a recuperação do paciente é rápida. Essa meiavida longa ocorre devido à liberação lenta de propofol a partir de tecidos altamente lipofílicos. O propofol promove efeitos sedativos e hipnóticos por meio da interação com o sistema neurotransmissor inibitório do ácido-gama-aminobutírico (GABA). Sendo que seus efeitos na função cerebral são dose-dependente, pela potencialização da transmissão GABAérgica, reduzindo o fluxo sanguíneo cerebral, o consumo de oxigênio cerebral e a pressão intracraniana (CORTOPASSI, 2011). Segundo MUIR III; GADAWSKI (2002), a infusão contínua de propofol resulta no decréscimo significativo da frequência cardíaca e pressão arterial, possivelmente pela inibição dose-dependente de mecanismos vasopressores medulares com consequente ação vasodilatadora. Smith (1994), explica que devido à redistribuição do propofol do cérebro e de tecidos altamente vascularizados para outros tecidos menos vascularizados, após um bolus inicial, os níveis plasmáticos de propofol diminuem rapidamente. O agente é biotransformado no fígado, através de glicuronização e sulfoxidação e, seus metabólitos são excretados na urina (DUKE, 1995). Cortopassi (2011) explica que também ocorre metabolização extra-hepática nos pulmões, parede intestinal e rins, já que o clearance do propofol excede o fluxo sanguíneo do fígado. Ademais em cães, há excreção biliar, com reciclagem entero-hepática e nova conjugação com sulfato. Segundo Fantoni et al. (2010), após a administração de propofol, pode ocorrer apnéia transitória, uma diminuição do volume minuto e da frequência respiratória com aumento da PaCO2 e diminuição da PaO2, sendo proporcional à dose administrada e a velocidade de administração. Ainda reduzirá a pressão arterial (20% a 40%), podendo essa hipotensão

31 31 persistir por vários minutos (DUKE, 1995), sendo que há vários mecanismos causadores, tais como, vasodilatação periférica, diminuição do tônus simpático, ações cronotrópica e inotrópica negativas e depressão do reflexo barorreceptor (CORTOPASSI, 2011). Quando se utiliza uma medicação pré-anestésica, tanto em cães como em gatos, a qualidade da indução e recuperação são melhores e observa-se ausência de fenômenos excitatórios, além da diminuição dos efeitos colaterais (DUKE, 1995; FANTONI et al., 2010). Em gatos, a recuperação pode ser mais prolongada, devido à deficiência na conjugação dos fenóis (FANTONI et al., 2010). Souza et al. (2003), explica que a recuperação é dosedependente, estando relacionado com a baixa concentração de enzimas glicuroniltransferasese, de acordo com seus estudos a dose mínima por infusão em gatos pré tratados com acepromazina (0,2mg/kg) para a produção de uma anestesia adequada é de 0,4mg/kg/min. O propofol atravessa a barreira placentária, porém promove uma depressão dosedependente, sem efeitos teratogênicos. Em relação a função hepática e renal, possuí mínimos efeitos adversos. Entretanto, seu uso não é recomendado em pacientes com função cardiovascular comprometida ou hipovolêmicos (FANTONI et al., 2010). Em função de ter uma taxa de depuração metabólica muito rápida, o propofol é adequado para administração em infusão contínua, uma vez que, utilizado desta forma, tende a produzir anestesia mais suave com menores flutuações dos sinais vitais (HALL & CHAMBERS, 1987), e como o propofol não se acumula significativamente após bolus repetidos, é especialmente adequado o seu uso infusões de longo prazo durante a cirurgia como parte de uma técnica de anestesia intravenosa total (TIVA) (PANDIT, 2007). As taxas de infusões indicadas são de 0,15 a 0,4 mg/kg/min (THURMON et al., 1996). Já PIRES et al. (2000) utilizou para infusão contínua, em cães, doses de 0,3 a 0,8 mg/kg/min, conforme a medicação pré-anestésica e a associação com sedativos e analgésicos. Fantoni et al. (2010) recomenda uma dose de 0,4mg/kg/min para infusões em pequenos animais. Porém, é indicado que o propofol seja associado com outros fármacos capazes de atenuar as vias nociceptivas ascendentes, favorecendo a redução das respostas somáticas e autonômicas, já que, sozinho não possuí propriedades analgésicas (SMITH et al., 1994) e o grau de relaxamento muscular é moderado (FANTONI et al., 2010).

32 Analgésicos opióides Os opiódes são fármacos muito utilizados como parte da técnica anestésica balanceada, pois com a sua utilização no período trans-operatório previne-se as respostas autonômicas ao estímulo doloroso, resultando em melhor estabilidade hemodinâmica. Além disso, reduz as exigências dos agentes anestésicos em relação a dor e ao desconforto no pósoperatório (ILKIW, 1999). Ligam-se reversivelmente a receptores específicos no SNC e medula espinhal (pré e pós-sináptica), alterando a nocicepção e percepção da dor (FANTONI; MASTROCINQUE, 2009) e são sub-classificados como, agonistas totais, agonistas parciais, agonistasantagonistas e antagonistas (GOZZANI, 1994). Sendo a morfina e o fentanil agonistas totais (HORN; NESBIT, 2004) Morfina A morfina é um agonista mu, que possui um bom efeito analgésico, de 1 a 4 horas após administração intravenosa, além de produzir uma sedação moderada (YAMAZAKI et al., 2011). Pode causar liberação de histamina e hipotensão, caso seja administrado de forma rápida e não diluída por via intravenosa (FANTONI; MARTOCINQUE, 2009). Lucas et al. (2001) relata que quando administrada em cães, tanto por via intravenosa (2 μg/kg/min), como por via intramuscular (1mg/Kg), a morfina determinou redução importante da FC, temperatura retal e concentrações séricas de sódio e potássio Fentanil O fentanil é um opióide agonista sintético de receptores mu. Em comparação com a morfina, é mais potente e mais lipossolúvel, proporcionando um rápido inicio de ação e um período hábil de curta duração (GREMIÃO et al., 2003). Sano et al. (2006), ainda compara que a potência analgésica do fentanil é de 75 a 100 vezes maior do que a morfina, além de produzir menos efeitos colaterais em relação a depressão respiratória, sedação e disforia. Fantoni; Mastrocinque (2009) citam que, apesar de o fentanil não causar liberação de histamina, nem hipotensão, se for administrado de forma rápida pode produzir apnéia e bradicardia. Ainda, descrevem o uso de fentanil nas doses de 1 a 5μg/kg repetidas a cada 15 a 20 min ou 0,4 a 0,7 μg/kg/h em infusão contínua.

33 33 Gremião et al. (2003) relata que a administração de fentanil em bolus IV na dose de 1 a 5 μg/kg, seguido por infusão contínua na dose de 1 a 5 μg/kg/h, fornece uma boa sedação e analgesia no pós-operatório. Horn; Nesbit (2004) ainda citam que ouso de fentanil concomitante com o propofol mostrou aumentar os efeitos hemodinâmicos do propofol, com diminuição da frequência cardíaca, pressão arterial e débito cardíaco. Essa alteração da frequência cardíaca é devida ao aumento do tônus vagal (LUMB & JONES, 1984) Anestesicos dissociativos Os anestésicos dissociativos promovem anestesia diferenciada, onde não há perda dos reflexos protetores, os olhos permanecem abertos, pupilas midriáticas e sem relaxamento muscular. Podem ocorrer movimentos involuntários bruscos durante o ato operatório, sem que esteja associado a dor e a recuperação anestésica pode ocorrer de forma súbita e acompanhada de excitação. São comuns reações de delírio e alucinações ao despertar, podendo ocorrer até muitas horas após a recuperação anestésica (FANTONI et al., 2010). O uso dos anestésicos dissociativos elevam a pressão intracraniana (PIC) e a pressão intra-ocular (PIO), sendo contra-indicado em pacientes com trauma ou lesão cerebral e, em animais com histórico de convulsão (ZANCHET et al., 2006) Cetamina Substância hidrossolúvel, apresentada em solução aquosa a 10%, com ph de 3,5. Apresenta rápido início de ação após administração intramuscular ou intravenosa, devido à sua alta lipossolubilidade, característica essa, desejável em um anestésico (FANTONI et al., 2010). A cetamina possui propriedades analgésicas e amnésicas, que quando combinadas são capazes de fornecer uma anestesia intravenosa total (MILLER, 1994). Causa um estado anestésico "dissociativo", ou seja, uma dissociação funcional/eletrofisiológica entre os sistemas tálamo-cortical e límbico, caracterizada pela catalepsia em que os olhos permanecem abertos e com presença de nistagmo lento, enquanto os reflexos da córnea e da luz permanecem intactos. E, nas concentrações subanestésicas, a cetamina produz boa analgesia, podendo esse fato estar relacionado com a sua capacidade de suprimir a atividade da medula espinhal através de um efeito sobre os receptores opióides kappa (PANDIT, 2007).

34 34 Um de seus efeitos adversos para a anestesia é sua biotransformação em metabólitos ativos (norcetamina), que prolonga o efeito anestésico e piora a recuperação, além de atravessar a barreira placentária, sendo observado sinais de depressão do SNC em cães nascidos de cesáreas. Causa, também depressão dose-dependente do sistema respiratório, podendo aumentar a PaCO2 e diminuir a PaO2 e o ph. Além de diminuir a frequência respiratória e o volume minuto, evidenciando uma respiração apnêustica. Em relação ao sistema cardiovascular, é considerada um agente simpatomimético, elevando a frequência cardíaca, aumentando a pressão arterial, a resistência vascular periférica, a pressão intracraniana eintra-ocular (FANTONI et al., 2010). O principal interesse do uso da cetamina é devido a suas propriedades analgésicas, principalmente no período pós-operatório, que produz uma analgesia mesmo quando administrada em doses subanestésicas. Carregaro et al. (2010), explica que essa ação é devido ao efeito antagonista nos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) na medula espinhal, além de atuar, em receptores opióides e muscarínicos. Porém, devido à alta incidência de disforia no período de recuperação o seu uso como agente único é evitado. Quando administrada como parte de um protocolo de anestesia balanceada, permite a redução do requerimento anestésico e mantêm os parâmetros hemodinâmicos estáveis. Um exemplo é a combinação com o propofol, a qual se torna uma escolha para técnica de TIVA (CARREGARO et al., 2010; MILLER, 1994) Anestésicos Locais Os anestésicos locais interferem na condução de estímulos nervosos e acarretam na insensibilidade a estímulos dolorosos locais ou regionais no organismo, porém não induzem a inconsciência. Ainda, dependendo do nervo ou área inervada, além da anestesia podem bloquear o sistema autônomo e gerar paralisia muscular esquelética (ZANCHET et al., 2006) Lidocaína A lídocaína possuí efeitos analgésicos sendo utilizada em infusão contínua na dose de 50ug/kg/min. O seu uso ajuda a prevenir a resposta simpática que ocorre pela estimulação durante a cirurgia, além de reduzir o uso transoperatório de opióides, sem causar instabilidade hemodinâmica significativa (CEREJO et al., 2013).

35 35 Considerada um anestésico local do tipo amida, a lidocaína é metabolizada por enzimas microssomais, principalmente no fígado, normalmente sendo de duração intermediária ou longa (ZANCHET et al., 2006). Mannarino (2002) com o objetivo de determinar as taxas de infusão mínimas de propofol, usando-o isoladamente e associado à lidocaína para a técnica de TIVA em cães, relatou que houve potencialização dos efeitos analgésicos e hipnóticos quando a lidocaína foi associada, minimizando a depressão cardiovascular. As taxas de infusão mínima de propofol foram de 1,25 mg/kg/min para o propofol usado isoladamente e 0,985 mg/kg/min quando associado à lidocaína. As concentrações plasmáticas de 2,60 a 2,68 µg/ml de lidocaína durante a anestesia produzida pelo propofol foram capazes de reduzir em 21% a quantidade necessária de propofol para produzir anestesia cirúrgica, mas com aumento no tempo de recuperação. A administração intravenosa de lidocaína pode gerar alguns efeitos adversos potenciais, incluindo desorientação, sinais de ansiedade, vocalização, sedação leve, convulsões, vômitos, defecação, espasmos musculares e, raramente, depressão respiratória e hipotensão (MUIR III et al., 2003). 3.5 CONCLUSÃO O uso da anestesia total intravenosa em Medicina Veterinária se tornou uma boa opção por poder ser realizada sem o uso de equipamentos específicos, mas principalmente por sua praticidade em procedimentos ambulatoriais e cirurgicos. Além disso, com o uso da TIVA se preconiza que o paciente fique isento de dor tanto durante a intervenção cirúrgica, quanto após, associando-se aos fármacos sedativos e hipnóticos, com os fármacos analgésicos. Porém, para o uso adequado dos fármacos o anestesista deve ter conhecimento da farmacocinética e farmacodinâmica de cada um, podendo assim, atingir uma anestesia balanceada e constante, fazendo com o paciente acorde imeadiantamente após a interrupção da infusão, sem efeitos adversos e com uma analgesia pós-operatória. 3.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, A. J. A. Anestesia Intravenosa Total. In: FANTONI, D. T; CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia em cães e gatos. 2. ed. São Paulo: Roca, Cap. 18, p AUGUSTO, M. M. Anestesia Intravenosa Total f. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) - Universidade Federal do Paraná. Curitiba.

36 36 BUTTON, V. L. S. N. Dispositivos de Infusão. Depto. Engenharia Biomédica Faculdade Eng. Elétrica e de Computação UNICAMP, Disponível em: Infusao.pdf. Acesso em: 15 de abril de CARREGARO, A. B. et al. Efeitos cardiorrespiratórios e analgésicos da cetamina por via epidural, por infusão intravenosa contínua ou pela associação de ambas, em cães submetidos à osteossíntese de fêmur. Ciência Rural, Santa Maria, CEREJO, S. A. et al. Efeitos da infusão intravenosa contínua de fármacos anestésicos ou analgésicos sobre a anestesia geral com isoflurano: Estudo retrospectivo em 200 cães. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 34, n. 4, p , jul./ago CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia Intravenosa. In: MASSONE, F. Anestesiologia veterinária: farmacologia e técnicas: texto e atlas colorido.6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Cap. 5, p DUKE, T. Anew intravenousanestheticagent: Propofol.CanineVeterinaryJournal. v.36, p , FANTONI, D. T.; CORTOPASSI, S. R. G.; BERNARDI, M. M. Anestésicos intravenosos e outros parenterais. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia aplicada à medicina veterinária.4. ed.rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Cap.11, p FANTONI, D. T.; MASTROCINQUE, S. Fisiopatologia e Controle da Dor Aguda. In: FANTONI, D. T; CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia em cães e gatos. 2. ed. São Paulo: Roca, Cap. 35, p FERRO, P. C. et al. Variáveis fisiológicas em cães submetidos à infusão contínua de diferentes doses de propofol.ciência Rural, Santa Maria, v.35 n.5, set-out, FILHO, F. M.; NASCIMENTO, P. R. L. Bloqueadores Neuromusculares. In: FANTONI, D. T; CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia em cães e gatos. São Paulo: Roca, Cap. 17, p FRYER, M. Intravenous induction agents. Anaesthesia and intensive care medicine; v.5, n.9: , GOZZANI, J. L. Opióides e antagonistas. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 44, n. 1, p , GREMIÃO, I. D. F. et al. Redução da concentração alveolar mínima (CAM) em cães anestesiados com isoflurano associado a fentanila. Acta Scientiae Veterinariae, v.31, n.1, p , HALL, L. W., CHAMBERS, J. P. A clinical trial of propofol infusion anaesthesia in dogs.journal of Small AnimalPractice, v. 28, p , 1987.

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