Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2013

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1 Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2013

2 Particulares 2

3 PARTICULARES Objetivo Aumentar a receita cobrada em IRS A alcançar através de Reorganização dos escalões de tributação Aumento das taxas de tributação Questões Progressividade? Equidade?

4 PARTICULARES Escalões de tributação Rendimento Coletável ( ) Normal Taxas em % Média Até ,5 14,5 + de até ,5 23,6 + de até ,3 + de até , Redução do número dos escalões (de 8 para 5) Agravamento generalizado das taxas de tributação 4

5 PARTICULARES Sobretaxa extraordinária Taxa adicional de 3,5% sobre a parte do rendimento coletável que exceda 485 (RMMG) Todos os rendimentos englobados Âmbito de incidência Os acréscimos patrimoniais não justificados de valor superior a Os rendimentos de capitais devidos por offshores Residentes não habituais (categoria A e B) Gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação de trabalho, quando não atribuídas pela entidade patronal (ou por entidade com o qual existam relações de grupo) Em 2011, a Sobretaxa foi de 3,5% 5

6 PARTICULARES Sobretaxa extraordinária À coleta da sobretaxa é deduzido Mecanismo de funcionamento 2,5% da RMMG por cada dependente não sujeitos passivos de IRS As importâncias retidas por conta em excesso Retenção na fonte de 3,5% sobre rendimentos de categoria A e H Em 2011, a retenção incidiu sobre o subsídio de Natal 6

7 PARTICULARES Taxa adicional de solidariedade Alargamento do âmbito de incidência e agravamento de taxa Atualmente Proposta OE 2013 Parte dos rendimentos que exceda taxa de 2,5% Parte dos rendimentos que exceda até taxa de 2,5% Superior a taxa de 5% 7

8 PARTICULARES Subsídio de refeição Alargamento do âmbito de incidência Atualmente Proposta OE 2013 O subsídio de refeição na parte em que exceder em 20% o limite legal estabelecido ou em 60% sempre que o respetivo subsídio seja atribuído através de vales de refeição O subsídio de refeição na parte em que exceder o limite legal estabelecido ou em que o exceda em 60% sempre que o respetivo subsídio seja atribuído através de vales de refeição 8

9 PARTICULARES Ajudas de custo condições de atribuição Atualmente Proposta OE 2013 Condições de atribuição Deslocações diárias superiores a 5 kms (do domicílio) Deslocações em dias sucessivos superiores a 20 kms (do domicílio) Deslocações diárias superiores a 20 kms (do domicílio) Deslocações em dias sucessivos superiores a 50 kms (do domicílio) Redução entre 35% e 40% do valor das ajudas de custo diárias atribuídas em deslocações ao estrangeiro 9

10 PARTICULARES Regime simplificado Atualmente Proposta OE 2013 Base tributável 20% dos rendimentos provenientes de vendas de bens 70 % dos rendimentos provenientes de outras atividades Idêntico 75% dos rendimentos provenientes de outras atividades Possibilidade de optar pela contabilidade organizada até 30 de Janeiro de 2013, (derrogação temporária da permanência mínima de 3 anos no simplificado) 10

11 PARTICULARES Taxas liberatórias Agravamento das taxas liberatórias Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Juros de depósitos à ordem ou a prazo Suprimentos Lucros (dividendos) Rendimentos de títulos de dívida, de operações de reporte, cessões de crédito e afins Ganhos decorrentes de operações de swaps cambiais, de taxa de juro e operações cambiais a prazo Rendimentos de capitais de seguros Vida Rendimentos de capitais decorrentes de valores mobiliários colocados à disposição por agente pagador domiciliado em Portugal 26,5% 28% 11

12 PARTICULARES Taxas liberatórias Agravamento das taxas liberatórias para não residentes Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Rendimentos do trabalho dependente e todos os rendimentos empresariais e profissionais, ainda que decorrentes de atos isolados Royalties Pensões Importâncias auferidas por assunção de obrigações de não concorrência 21,5% 25% 12

13 PARTICULARES Taxas especiais Agravamento das taxas especiais para residentes Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Mais-valias mobiliárias Rendimentos de capitais não sujeitos a retenção na fonte devidos por entidades não residentes 26,5% 28% Agravamento das taxas especiais para não residentes Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Rendimentos prediais 16,5% 28% Outros rendimentos (incluindo mais-valias) 25% 28% 13

14 PARTICULARES Taxas especiais Alargamento da incidência das taxas especiais Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Rendimentos prediais Englobados e tributados de acordo com as taxas marginais de IRS 28% Os rendimentos prediais poderão, por opção do contribuinte, ser objeto de englobamento 14

15 PARTICULARES Retenções na fonte Agravamento das taxas Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Rendimentos de trabalho independente 21,5% 25% Rendimentos prediais 16,5% 25% (*) (*) Nos casos em que sujeito passivo opte pelo englobamento dos rendimentos 15

16 PARTICULARES Retenções na fonte Categoria A e H - Retenção mensal não pode exceder a seguinte percentagem do rendimento pago ou colocado à disposição Atualmente Proposta OE % 45% 16

17 PARTICULARES Deduções à Coleta Encargos com imóveis Alteração dos valores atualmente em vigor Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Rendas pagas por arrendatários para fins de habitação permanente Demais encargos (e.g. juros de crédito à habitação celebrados antes de ) Estes limites podem ser elevados: Em 50% para sujeitos passivos enquadrados no 1.º escalão de rendimentos Em 20% para sujeitos passivos enquadrados no 2.º escalão de rendimentos 17

18 PARTICULARES Deduções à Coleta - limites Rendimento Coletável ( ) Limites ( ) Até Sem limites + de até de até de até Estes limites são aplicáveis às despesas de saúde, de educação e formação, pensões de alimentos, aos encargos com lares e com imóveis Para o 2.º, 3º e 4.º escalão, estes limites podem ser majorados em 10% por cada dependente que não seja sujeito passivo de IRS 18

19 PARTICULARES Deduções dos sujeitos passivos, descendentes e ascendentes Alteração dos valores atualmente em vigor Por sujeito passivo Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Famílias monoparentais (por sujeito passivo) Por dependente / afilhado civil que não seja sujeito passivo 261, ,75 332,50 213,75 Para agregados familiares com três ou mais dependentes a seu cargo, a dedução por dependente é majorada para 237,50 19

20 PARTICULARES Benefícios fiscais - limites Rendimento Coletável ( ) Limites ( ) Até Sem limites + de até de até de até Aplicável a contribuições para fundos de poupança-reforma, regime público de capitalização, fundos de pensões e donativos no âmbito do mecenato 20

21 PARTICULARES Benefícios fiscais - redução ou eliminação Revogação da isenção de IRS aplicável aos pequenos investidores (aplicável a mais-valias com ações, obrigações e de outros títulos de dívida até 500) Diminuição da isenção parcial de IRS aplicável a rendimentos provenientes de propriedade intelectual, não podendo estes ser excluídos do englobamento num montante superior a Atualmente Proposta OE

22 PARTICULARES Obrigações acessórias A comunicação de rendimentos do trabalho dependente, ainda que isentos ou não sujeitos a tributação passa a ser efetuada mensalmente até ao dia 10 do mês seguinte ao respetivo pagamento ou colocação à disposição Comunicação de rendimentos Eventualmente, em função do que for estabelecido por portaria do Ministro das Finanças, poderá haver casos em que a sua entrega anual continue a justificar-se Restantes rendimentos continuam a ser comunicados até final do mês de fevereiro de cada ano, relativamente aos restantes rendimentos do ano anterior 22

23 PARTICULARES Obrigações acessórias Entidades devedoras / que paguem ou coloquem à disposição rendimentos sujeitos a taxas liberatórias ou a retenção na fonte a título definitivo Obrigadas a entregar ao sujeito passivo, até 20 de janeiro de cada ano, o documento comprovativo das importâncias devidas, desde que: os sujeitos passivos residentes o solicitem expressamente e pretendam optar pelo englobamento dos rendimentos 23

24 Manifestações de Fortuna 24

25 MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA Alargamento do âmbito (Lei n.º 55-A/2012, de 29.10) Anteriormente Regime aplicável quando há uma desproporção superior a 50% entre a manifestação de fortuna e o rendimento líquido declarado Atualmente Basta existir uma desproporção de 30% Nova manifestação de fortuna (Lei n.º 55-A/2012, de 29.10) Manifestações de fortuna Montantes transferidos de e para contas de depósito ou de títulos abertas pelo sujeito passivo em instituições financeiras residentes em offshores Rendimento padrão 100% da soma dos montantes anuais transferidos 25

26 Património 26

27 PATRIMÓNIO Imóveis de VPT igual ou superior a 1M (Lei n.º 55-A/2012, de 29.10) Aditamento da Verba n.º 28 à TGIS Propriedade, usufruto ou direito de superfície de prédios urbanos com afetação habitacional Prédios, independentemente da sua afetação, que sejam detidos por sujeitos passivos que não sejam pessoas singulares e que sejam residentes em offshores Anteriormente 0% Lei n.º 55-A/2012 1% 7,5% O VPT é o utilizado para efeitos de IMI 27

28 PATRIMÓNIO Imóveis de VPT superior a 1M (Lei n.º 55-A/2012, de 29.10) Encargo do imposto: Proprietário, usufrutuário ou superficiário em 31 de dezembro do ano a que respeita o imposto O imposto é liquidado anualmente nos prazos, termos e condições do IMI O documento de cobrança é emitido nos prazos, termos e condições do IMI 28

29 PATRIMÓNIO Imóveis de VPT superior a 1M (Lei n.º 55-A/2012, de 29.10) Apenas poderão beneficiar da isenção da verba n.º 28 do Imposto do Selo as entidades que beneficiem da isenção de IMI ao abrigo do artigo 44.º do EBF Prédios detidos por FII abertos ou fechados de subscrição pública, em fundos de pensões e fundos de poupança-reforma sem isenção Imposto do Selo incidente sobre o valor de prédios ou parte de prédios pode ser deduzido aos rendimentos prediais brutos objeto de tributação no ano fiscal, nos moldes previsto no Código do IRS 29

30 PATRIMÓNIO Imóveis de VPT superior a 1M (Lei n.º 55-A/2012, de 29.10) Regras para 2012: Facto tributário verifica-se a 31 de outubro de 2012 VPT utilizado é o que resultar das regras do IMI por referência a 2011 Liquidação a efetuar pela Administração Tributária até ao final de novembro de 2012 Imposto do Selo deve ser pago numa única prestação até ao dia 20 de dezembro de 2012 Taxas: Prédios com afetação habitacional avaliados nos termos do Código do IMI Prédios com afetação habitacional ainda não avaliados nos termos do Código do IMI Prédios urbanos detidos por sujeitos passivos que não sejam pessoas singulares e que sejam residentes em offshores 0,5% 0,8% 7,5% 30

31 PATRIMÓNIO IMI Avaliação Geral (Lei n.º 60-A/2011, de 30.11) Cláusula de salvaguarda: A coleta do IMI respeitante a 2012 e 2013, liquidado em 2013 e 2014, respetivamente, por prédio ou parte de prédio urbano objeto de avaliação geral não pode exceder a coleta do IMI devido no ano imediatamente anterior acrescida, em cada um dos anos, do maior dos seguintes valores: 75 1/3 da diferença entre o IMI resultante do VPT fixado na avaliação geral e o IMI relativo ao ano de 2011 (ou que devesse ser no caso de prédios isentos) 31

32 PATRIMÓNIO IMI Cláusula de salvaguarda (Lei n.º 60-A/2011, de 30.11) Exemplo: 100 (IMI relativo a 2011) (IMI resultante do VPT fixado na avaliação geral) 2012 * 100 (valor do IMI do ano anterior 2011) (1/3 da diferença entre o IMI fixado na avaliação geral e o IMI relativo a 2011) = * 400 (valor do IMI do ano anterior 2012) (1/3 da diferença entre o IMI fixado na avaliação geral e o IMI relativo a 2011) = =

33 PATRIMÓNIO IMI Despesas de avaliação Pedido de segunda avaliação com fundamento em distorção do VPT relativamente ao valor normal de mercado o pagamento da taxa inicial devida (entre 765 e tendo em conta a complexidade da matéria) dispensa os sujeitos passivos e as câmaras municipais de terem que suportar as despesas de avaliação devidas quando o valor contestado se mantenha ou aumente 33

34 PATRIMÓNIO IMI Pagamento do imposto IMI passa a ser pago nos seguintes moldes: Numa prestação, no mês de abril, quando o seu montante seja igual ou inferior a 250; Em duas prestações, nos meses de abril e novembro, quando o seu montante seja superior a 250 e igual ou inferior a 500; Em três prestações, nos meses de abril, julho e novembro, quando o seu montante seja superior a 500. Atualmente o IMI é pago em duas prestações, nos meses de Abril e Setembro, desde que o seu montante seja superior a 250 (caso contrário o pagamento é efetuado de uma só vez durante o mês de Abril) 34

35 PATRIMÓNIO FII fechados de subscrição particular Bens imóveis pertencentes a FII fechados de subscrição particular Passa a ser sujeita a IMT: Adjudicação de bens imóveis como reembolso em espécie de UP decorrente da liquidação de FII fechados de subscrição particular Transmissão de bens imóveis por fusão (e cisão) de FII fechados de subscrição particular Nos casos de fusão ou cisão de FII fechados de subscrição particular o IMT incide sobre o maior dos seguintes valores: VPT de todos os imóveis dos FII objeto de fusão ou cisão que sejam transferidos para o ativo dos FII que resultarem da fusão ou cisão O valor pelo qual os imóveis dos FII objeto de fusão ou cisão entrarem para o ativo dos FII 35

36 PATRIMÓNIO Prédios situados nas áreas de localização empresarial (ALE) Prorrogação para 2013 das isenções IMT nas aquisições de imóveis situados nas ALE, efetuadas pelas respetivas sociedades gestoras e pelas empresas que nelas se instalarem. IMI, pelo período de 10 anos, os prédios situados nas ALE, adquiridos ou construídos pelas respetivas sociedades gestoras e pelas empresas que neles se instalarem. 36

37 IUC Aumento de 10% nos seguintes veículos Automóveis ligeiros de passageiros e de utilização mista a gasolina, com matrícula anterior a 1 de julho de 2007 e com mais de centímetros cúbicos Automóveis de passageiros e de utilização mista com matrícula posterior à referida data, com mais de centímetros cúbicos (escalão de cilindrada) e mais de 180 gramas de CO2 por quilómetro Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos matriculados com mais de 750 centímetros cúbicos Embarcações de recreio e aeronaves de uso particular 37

38 Empresas 38

39 EMPRESAS Limitação à dedutibilidade dos gastos financeiros Entidades excluídas do regime: Entidades supervisionadas pelo Banco de Portugal Entidades sujeitas à supervisão do Instituto dos Seguros de Portugal SGPS? Dedutibilidade até à concorrência do maior dos seguintes limites: % do resultado antes de depreciação, gastos de financiamento líquidos e impostos ( EBITDA ) Regime transitório Exercício Limites % % % % % 39

40 Limite Limite EMPRESAS Limitação à dedutibilidade dos gastos financeiros Reporte dos gastos de financiamento líquidos não deduzidos até ao 5.º exercício seguinte Dedução é efetuada conjuntamente com os gastos financeiros desse período, dentro do respetivo limite % 1.050M 60% 1.8M 50% 6.5M 3M 3M 3M Gastos financeiros Gastos financeiros Gastos financeiros 5.5M 1M M Gastos financeiros Gastos financeiros 2.5M ,5M Total gastos Total gastos 3.5M financeiros financeiros 2.5M Dedução em M Dedução 3M Dedução 2.5M M ,5M ,5M M Não dedutível 2.5M Não dedutível 0,5M Não dedutível 0,00 Limite EBITDA 1.5M EBITDA 3M EBITDA 13M 40

41 EMPRESAS Limitação à dedutibilidade dos gastos financeiros Reporte da parte do limite da percentagem do EBITDA não utilizada até ao 5.º exercício seguinte Limite do ano acresce à folga do exercício anterior EBITDA 15M EBITDA 10M 70% 10.5M 60% 6M Limite 10.5M Limite M Parte do limite não utilizado em M Limite total ( ) 11.5M Gastos financeiros M Gastos financeiros M Dedução 5M Dedução 7M Parte do limite não utilizada 5.5M Parte do limite não utilizada 4.5M 41

42 EMPRESAS Despesas com equipamentos e software de faturação: prorrogação da aceitação como gasto fiscal Desvalorizações excecionais, em 2013, com o abate de programas e equipamentos informáticos de faturação que sejam substituídos por programas de faturação eletrónica, sem necessidade de obtenção da respetiva aceitação por parte da administração tributária As despesas com a aquisição ou modificação de programas e equipamentos informáticos de faturação eletrónica, adquiridos em 2013, podem ser consideradas como gasto fiscal no período de tributação em que sejam suportadas 42

43 EMPRESAS Taxas Agravamento da taxa de tributação para não residentes Rendimentos Atualmente Proposta OE 2013 Royalties (rendimentos da propriedade intelectual ou industrial, rendimentos do uso ou concessão do uso de equipamento agrícola, industrial, comercial ou científico) Comissões por intermediação na celebração de contratos Rendimentos de prestação de serviços realizados ou utilizados em Portugal Rendas de prédios rústicos, urbanos e mistos 15% 25% 43

44 EMPRESAS Derrama Estadual Aumento da base tributável Atualmente Proposta OE 2013 Taxa De mais de ,00 a ,00 De mais de ,00 a ,00 3% Superior a ,00 Superior a ,00 5% Adaptação em conformidade da base de cálculo do pagamento adicional por conta de 2,5% ou 4,5% 44

45 EMPRESAS Pagamentos por Conta Alteração aos limites Volume de negócios Atualmente Proposta OE 2013 Sujeitos passivos com volume de negócios inferior ou igual a ,90 ( , ) 70% (1) 80% (1) Sujeitos passivos com volume de negócios superior a ,90 ( , ) (1) incidente sobre o IRC liquidado no exercício anterior 90% (1) 95% (1) Possibilidade de dispensa de realização do terceiro pagamento por conta 45

46 EMPRESAS Pagamento Especial por Conta ( PEC ) Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades ( RETGS ) Quando seja aplicável o RETGS, é devido um pagamento especial por conta por cada uma das sociedades do grupo ( ) deduzindo o montante dos pagamentos por conta respectivos ( ) Problema: só a sociedade dominante efetua pagamentos por conta, o que levava a que no âmbito do RETGS fosse sempre devido PEC Solução Proposta OE 2013: O valor do pagamento por conta a deduzir é o que seria devido por cada uma das sociedades do grupo se este regime não fosse aplicável 46

47 EMPRESAS Obrigações acessórias Entrega da Modelo 30 por entidades devedoras de rendimentos a sujeitos passivos não residentes Atualmente Proposta OE 2013 No caso de pagamento ou colocação à disposição do rendimento No caso de pagamento, colocação à disposição do rendimento, vencimento (ainda que presumido), liquidação ou apuramento do respetivo quantitativo (consoante o caso) Esta declaração terá de ser apresentada até ao final do 2.º mês seguinte à ocorrência de qualquer um dos factos atrás descritos 47

48 EMPRESAS Obrigações acessórias Modelo 13 A declaração Modelo 13 (respeitante a valores mobiliários, warrants autónomos e instrumentos financeiros derivados) a ser entregue pelas instituições de crédito e sociedade financeiras Atualmente Proposta OE 2013 Até 30 de junho de cada ano Até ao final do mês de março de cada ano 48

49 EMPRESAS Incentivos à aquisição de empresas em situação económica difícil Alargamento do regime de incentivos à aquisição de empresas previsto no Decreto-Lei n.º 14/98, de 28 de janeiro, aos processos aprovados pelo IAPMEI no âmbito do Sistema de Incentivos à Revitalização e Modernização do Tecido Empresarial (SIRME) Esse regime de incentivos possibilita que, no âmbito de contratos de consolidação financeira e reestruturação empresarial, a sociedade adquirente do capital social de uma sociedade em situação económica difícil, deduza ao seu lucro tributável, excecionalmente e mediante autorização do Ministro das Finanças, os prejuízos fiscais da sociedade adquirida verificados nos cinco exercícios anteriores. 49

50 EMPRESAS Regime Fiscal de Apoio ao Investimento ( RFAI ) Prorrogação para 2013 da vigência do RFAI Aos sujeitos passivos que efectuem em 2013 investimentos considerados relevantes em determinados setores podem ser aplicáveis certos benefícios fiscais: Deduções à coleta do IRC (até 25% da coleta) Isenção de IMI (por um período até cinco anos) Isenção de IMT e de IS relativamente às aquisições de prédios que constituam investimento relevante 50

51 EMPRESAS Autorização Legislativa RFAI Prorrogação da vigência até Aumento do limite da dedução anual à coleta do IRC para uma percentagem de dedução situada entre os 25 % e os 50 % Exclusão do âmbito destes benefícios a atividades económicas ligadas ao setor energético e aos investimentos no âmbito das redes de banda larga de 3.º geração Introdução de incentivo fiscal adicional ao reinvestimento de lucros e entradas de capital (e.g. dedução à coleta de IRC correspondente a percentagem até 10% do valor dos lucros retidos reinvestidos e das entradas de capital efetuadas até 31 de dezembro de 2017, aplicados na aquisição de ativos elegíveis) Definição das normas anti abuso e dos mecanismos de controlo 51

52 EMPRESAS Autorização Legislativa SIFIDE II Revisão do benefício fiscal para que seja atribuído apenas proporcionalmente ao ativo adquirido alocado a atividades de investigação e desenvolvimento Limitação das despesas com pessoal elegível para a maior majoração prevista para efeitos de IRC à despesa com pessoal com habilitações superiores Introdução de uma majoração do incentivo aplicável a micro, pequenas e médias em benefício da sua atividade Alteração da majoração do benefício fiscal aplicável às micro, pequenas e médias empresas que ainda não completaram dois exercícios e que não beneficiaram da taxa incremental prevista no regime; Definição de normas antiabuso e dos mecanismos necessários ao controlo do regime 52

53 EMPRESAS Autorização Legislativa Exit Tax Alteração da tributação da transferência de residência de entidades para fora do território nacional, por forma a harmonizar o regime português de Exit Tax à jurisprudência do TJUE Estabelecer um regime fiscal de pagamento do imposto Imediatamente por inteiro Em frações anuais, ou Quando ocorra a extinção, transmissão, desafetação da atividade ou outros eventos análogos relativamente aos elementos patrimoniais Base tributável: Diferença positiva entre os valores de mercado e os valores fiscalmente relevantes dos elementos patrimoniais; Exigência de juros compensatórios e de constituição de uma garantia idónea nos casos em que a opção não seja pelo pagamento imediato Articulação com o regime especial aplicável às fusões, cisões, entradas de ativos e permutas de partes sociais 53

54 IVA 54

55 IVA Antes da proposta do OE 2013 Reforma da faturação (DL 197/2012 e 198/2012, de 24 de Agosto) Motivos/Objetivos: transpor regras constantes de diretivas comunitárias reforçar o combate à fraude e evasão fiscais 55

56 IVA Antes da proposta do OE 2013 Reforma da faturação medidas a implementar A partir de 1 de Outubro de 2012 Medida Faturas eletrónicas são válidas, sem assinatura eletrónica avançada ou EDI, desde que comprovada a autenticidade da origem, integridade do conteúdo e legibilidade Quem já tem assinatura ou EDI não precisa alterar os procedimentos 56

57 IVA Antes da proposta do OE 2013 Reforma da faturação clarificações A partir de Medida Nas faturas emitidas por sistemas informáticos todos os elementos devem ser emitidos informaticamente i.e. não devem ser incluídos elementos manuscritos 1 de Janeiro de 2013 Todavia, no caso de faturas a clientes particulares, com valor inferior a não é obrigatório colocar o nome, morada e NIF do cliente, salvo se solicitado Em todas as operações com clientes particulares não é obrigatório colocar o NIF, a não ser que seja solicitado 57

58 IVA Antes da proposta do OE 2013 Reforma da faturação medidas a implementar A partir de 1 de Janeiro de 2013 Medida Podem ser emitidas faturas simplificadas nos casos de : i. operações efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a particulares, quando fatura é < a 1.000; ou, ii. demais operações quando a fatura é < iii. 100; desde que localizadas em Portugal Estas faturas não contêm a morada do fornecedor, e o nome, morada e NIF do cliente; Devem conter o NIF quando o cliente solicite ou, no caso de operações que não excedam os 100, sempre que o cliente for sujeito passivo 58

59 IVA Antes da proposta do OE 2013 Reforma da faturação medidas a implementar A partir de 1 de Janeiro de 2013 Medida Estão dispensadas de faturação: i. Prestações de serviços de transporte, de estacionamento, portagens e entradas em espetáculos quando seja emitido ii. um documento ao portador comprovativo do pagamento; Transmissões de bens efetuadas através de aparelhos de distribuição automática que não permitam a emissão de fatura 59

60 IVA Antes da proposta do OE 2013 Reforma da faturação medidas a implementar A partir de 1 de Janeiro de 2013 Medida Novas obrigações declarativas para sujeitos passivos de IVA: i. Comunicar, até ao dia 8 do mês seguinte, por via eletrónica, os dados das faturas emitidas 1 de Maio de 2013 ii. Comunicar, antes do início do transporte, por via eletrónica ou por telefone (documentos em papel) os dados dos documentos de transporte Nota: aplicável a sujeitos passivos com de volume de negócio 60

61 IVA Antes da proposta do OE 2013 Reforma da faturação conclusão É preciso analisar as regras aplicáveis a cada empresa e adaptar os sistemas informáticos 61

62 IVA OE 2013 são pouco significativas as alterações nas taxas de IVA A única alteração prevista neste âmbito resulta da: Eliminação da isenção de IVA dada a transmissões de bens e serviços realizadas no âmbito de explorações agrícolas Com a consequente introdução na taxa reduzida de IVA das atividades de produção agrícola e prestação de serviços agrícolas Entrada em vigor em 1 de abril de

63 IVA Proposta do OE Créditos incobráveis Recuperação do IVA incluído em créditos considerados incobráveis em: Processo de Insolvência (concretização): Quando esta é decretada de caráter limitado Quando é homologada a deliberação de credores na fase de liquidação Processo Especial de Revitalização de Empresas do CIRE (novo) Quando se dá a homologação do plano de recuperação pelo juiz Acordo no âmbito do Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (novo, por revogação do procedimento extrajudicial de reconciliação) O revisor oficial de contas deve certificar a verificação destes requisitos de que depende a recuperação do IVA 63

64 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Recuperação do IVA incluído em créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Novo regime Aplicável a créditos vencidos a partir de 1 de janeiro de 2013 Meritório para o futuro (efeitos sobretudo a partir de 2015) Implica implementação de procedimentos para o futuro 64

65 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Quais são os créditos considerados de cobrança duvidosa? Cliente particular os que estejam em mora há + de 6 meses desde a data do respetivo vencimento com valor igual ou inferior a 750 (IVA incluído) Todos os clientes os que estejam em mora há + de 24 meses desde a data do respetivo vencimento e não estejam reconhecidos contabilisticamente e haja prova do insucesso das diligências de cobrança realizadas 65

66 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Cobrança duvidosa - a partir de quando o crédito está em mora? A partir da data de vencimento prevista no contrato; ou Na ausência de prazo certo, a partir da interpelação do devedor 66

67 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Quais são os créditos considerados incobráveis? Além dos atrás referidos, os que resultem de processo de execução, após inscrição no registo informático de execuções da extinção do mesmo em virtude de não terem sido encontrados bens penhoráveis 67

68 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Não são considerados créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis os seguintes: Créditos cobertos por seguro ou garantia real (exceto na parte descoberta) Créditos entre entidades relacionadas Créditos de devedores que constem da lista de execuções como não tendo bens penhoráveis ou que tenham sido declarados falidos ou insolventes em processo judicial anterior Créditos contra o Estado (inclui regiões autónomas e autarquias) 68

69 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Cobrança duvidosa e incobráveis - o que fazer para a recuperação? Dossier contendo toda a relação de faturas e créditos, certificado por ROC; Caso de créditos em mora há + de 24 meses pedido eletrónico à AT no prazo máximo de 6 meses a partir do momento em que sejam considerados de cobrança duvidosa (i.e. até 30 meses depois do crédito estar em mora) Existe deferimento tácito no final de 8 meses para créditos inferiores a (IVA incluído) por fatura; nos demais casos o pedido considera-se indeferido 69

70 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Cobrança duvidosa e incobráveis - o que fazer para a recuperação? No caso de créditos (cliente particular) em mora há + de 6 meses desde a data do respetivo vencimento com valor igual ou inferior a 750 (IVA incluído) e créditos incobráveis, a recuperação não depende de pedido de autorização prévia O devedor é notificado e pode até ao final do prazo para a entrega da declaração periódica (do período de imposto em que ocorre a notificação) identificar por via eletrónica as faturas que já foram pagam e em relação às quais não existe mora 70

71 IVA Proposta do OE Créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis Cobrança duvidosa e incobráveis conclusão A partir de janeiro 2013 identificar créditos vencidos (em mora), incobráveis e respetivo valor Fazer dossier fiscal e pedir certificação do ROC Entregar pedido de autorização Contagem de prazo de deferimento tácito para recuperação do IVA Atenção que perde o direito à dedução se transmitir o crédito incobrável ou de cobrança duvidosa 71

72 IVA Proposta do OE Outras medidas Direitos de autor - reposição da isenção quando o autor seja pessoa coletiva (retirada pelo OE 2012) Passam a ser isentas as ofertas de bens para distribuição a pessoas carenciadas, quando efetuadas ao Estado (antes só IPSS e ONG s) 72

73 IVA Proposta do OE Outras medidas IPSS e Santa Casa da Misericórdia beneficiam em 2013 (à semelhança de 2012) do reembolso de 50% do IVA incorrido em despesas utilizadas única ou predominantemente nos seus fins estatutários Renúncia à isenção em imóveis passa de 2 para 3 anos o prazo em que um imóvel pode estar desocupado sem que nasça a obrigação de regularização de IVA a favor do Estado 73

74 IVA Autorização Legislativa Regime de Contabilidade de Caixa Aplicável a pequenas empresas (volume de negócios até ) Existirão medidas de controlo A opção pelo regime implica o levantamento do sigilo bancário Previsão de liquidação do IVA devido de faturas não pagas em dezembro de cada ano 74

75 Outras matérias com relevância fiscal 75

76 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Contribuição Extraordinária para o Setor Bancário Prorrogação em 2013 do regime que instituiu a contribuição extraordinária para o setor bancário 76

77 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Autorização legislativa Taxa Tobin Tributação das transações financeiras de valores mobiliários que tenham lugar no mercado secundário: Definição dos tipos de transações abrangidos pelo IS, designadamente a compra e venda de: Partes de capitais Obrigações Instrumentos do mercado monetário UPs Produtos estruturados e derivados Criação de regras especiais para as operações de alta frequência 77

78 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Autorização legislativa Taxa Tobin Determinação das regras sobre quem compete liquidar o IS, da sua territorialidade e dos elementos do facto tributário Fixação das situações de não sujeição e das isenções subjetivas do imposto Definição das regras de apuramento do IS, das entidades que suportam o imposto e do respetivo regime de responsabilidade tributária 78

79 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Autorização legislativa Taxa Tobin Definição das taxas máximas de imposto de forma a respeitar os seguintes valores máximos Até 0,3 %, no caso da generalidade das operações sujeitas a imposto Até 0,1 %, no caso das operações de elevada frequência Até 0,3 %, no caso de transações sobre instrumentos derivados Definição das obrigações declarativas e de normas de controlo (incluindo disposições anti abuso), bem como de um regime sancionatório próprio 79

80 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Isenções de IS previstas na Proposta do OE Prorrogação para 2013 da isenção de IS Operações de reporte e de alienação fiduciária em garantia realizadas pelas instituições financeiras com interposição de contrapartes centrais Constituição de garantias a favor do Estado ou da Segurança Social no âmbito do pagamento de dívidas em prestações e do regime de recuperação de créditos fiscais e da Segurança Social 80

81 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Fundos de investimento (mobiliário e imobiliário) Agravamento da taxa de tributação autónoma incidente sobre as mais-valias não prediais Atualmente Proposta OE ,5% 25% O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias resultante da alienação de ações detidas por quaisquer fundos de investimento, obrigações e outros títulos de dívida passa a estar sujeito a tributação 81

82 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Fundos de investimento imobiliário Agravamento da taxa de tributação autónoma incidente sobre rendimentos prediais (não respeitantes a habitação social sujeita a regimes de custos controlados) Atualmente Proposta OE % 25% 82

83 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Prorrogações de outros benefícios fiscais temporários Alargamento da isenção de IRC aplicável aos rendimentos obtidos por fundos de investimento imobiliário que se constituam até 31 de Dezembro de 2013 e que operem de acordo com a legislação nacional, desde que pelo menos 75 % dos seus ativos sejam bens imóveis sujeitos a ações de reabilitação realizadas nas áreas de reabilitação urbana Prorrogação para 2013 da isenção de IRC aplicável a ganhos de instituições financeiras não residentes em operações de reporte com instituições de crédito residentes Prorrogação para 2013 das isenções de IRS e IRC relativas aos juros de capitais provenientes de empréstimos externos ( Schuldscheindarlehen ) celebrados pelo IGCP, em nome e representação de Portugal 83

84 OUTRAS MATÉRIAS FISCAIS Autorização Legislativa Decreto-Lei n.º 193/2005, de Simplificação dos procedimentos e obrigações que impedem sobre os investidores e todas as prestadoras de serviços financeiros Uniformização e clarificação das regras aplicáveis à tributação dos rendimentos de dívida pública e não pública Definição do âmbito de incidência objetiva do regime e das isenções aplicáveis aos rendimentos abrangidos Previsão de regime sancionatório e de disposições destinadas a evitar a utilização indevida do regime 84

85 Plano de Eficiência Fiscal 85

86 PLANO DE EFICIÊNCIA FISCAL Soluções Particulares Racionalização Planos Remuneratórios / Previdenciais Empresas Ring fencing entre atividades económicas / património acionista Reorganização de grupos societários com vista a assegurar a dedutibilidade dos encargos financeiros Otimização das bases tributáveis da Derrama Património Possibilidade de contestação de liquidações de IMI IVA Contencioso Tributário Regras de faturação analisar regras aplicáveis a cada empresa e adaptar os sistemas informáticos Recuperação de IVA Créditos de cobrança duvidosa a partir de janeiro de 2013 identificar os créditos em mora e preparar processo de recuperação Deteção e tratamento prévios de situações passíveis de questionamento Adequado acompanhamento de ações inspetivas / notificações 86

87 OBRIGADO Frederico Antas Tel.: (+351)

88 O DIREITO A RIGHT TO À EXCELÊNCIA EXCELLENCE O DIREITO A RIGHT TO À EXCELÊNCIA EXCELLENCE