Cópula Gaussiana Aplicada a uma Nova Modelagem da Dependência em Risco Operacional

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cópula Gaussiana Aplicada a uma Nova Modelagem da Dependência em Risco Operacional"

Transcrição

1 Cópula Gaussiana Aplicada a uma Nova Modelagem da Dependência em Risco Operacional Guaraci Requena 1 Débora Delbem 2 Carlos Diniz 3 Resumo O Acordo de Basileia II recomenda que os bancos reservem um capital para se assegurarem contra perdas operacionais inesperadas. Neste Acordo são recomendadas algumas abordagens que os bancos devem adotar. A Abordagem Avançada (AMA) permite que os bancos tenham a liberdade de propor suas próprias metodologias para a determinação deste capital. A metodologia usual do cálculo desse capital, em geral, feito hoje, considera que as variáveis perdas agregadas são perfeitamente correlacionadas, e isso não reflete a realidade, tornando assim o capital regulatório final, para o risco operacional, superestimado. Nesse trabalho, discutimos uma nova metodologia para esse cálculo, via cópula Gaussiana, que leva em consideração a dependência entre tais variáveis. Palavras-chave: Risco operacional, capital regulatório, dependência e cópula Gaussiana. 1 Introdução O estudo do Risco Operacional (RO) é recente nas instituições de todo o mundo. Em 2004, com o Acordo de Basileia II é que se formalizou a preocupação com o RO. O Comitê de Basileia tem como principal objetivo assegurar um nível adequado de capital regulatório (CR) para proteger e reforçar a segurança sistema financeiro internacional. A ideia de RO pode ser vista como a exposição à incerteza ao se realizar um trabalho. Formalmente, RO é o risco devido à a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Alguns exemplos são: fraudes internas e externas; acidentes de trabalho; prática inadequada com clientes ou transações; falhas em sistemas; entre outros. 1 Departamento de Estatística UFSCar guaracirequena@gmail.com 2 Departamento de Estatística UFSCar 3 Departamento de Estatística UFSCar 1

2 Objetivo A metodologia estatística de cálculo do CR mais usual (a partir do LDA Modelo de Distribuição de Perdas) considera que as unidades de risco dentro de uma mesma instituição financeira tem correlação perfeitamente positiva, o que é muito conservador (conhecido como método do somatório). É discutida então, uma proposta de metodologia de cálculo, de tal forma que, são captadas as relações de dependência entre as unidades de risco, baseando-se na Teoria de Cópulas. As cópulas terão o papel de captar a dependência entre duas ou mais variáveis aleatórias (perdas operacionais) para construir uma distribuição estocástica conjunta e a partir disso discutir um CR mais realístico do que o método do somatório. Um estudo de simulação é feito para compararmos os resultados de ambas metodologias, a atual e a proposta. 2 Material e métodos Perdas Agregadas Operacionais As perdas agregadas operacionais são variáveis aleatórias do problema. As distribuições mais frequentes na literatura são Gama, Pareto, Weibull e Lognormal. As variáveis que são observáveis, no entanto, são N e S 1,S 2,...,S N que são respectivamente frequência: o número de vezes que um dado evento de perda ocorreu; e severidades: valores monetários das ocorrências. O LDA constrói a variável perda X em uma determinada unidade de risco, como X = N k=1 S k. No entanto, nesse trabalho trataremos o problema a partir de duas perdas (caso bivariado), com distribuições de probabilidades predefinidas. Cópula Gaussiana Em suma, cópulas são funções que juntam funções de distribuição marginais em uma conjunta. Sejam as variáveis aleatórias X e Y com funções de distribuição respectivamente F( ) e G( ). Então existe uma cópula C tal que H C (x,y) = C(F(x),G(y)). A garantia dessa existência se dá pelo teorema de Sklar. A definição formal de cópula e o teorema citado podem ser encontrados em Nelsen(2006). Cópula Gaussiana: É uma cópula elíptica bivariada definida por: C ρ (u,v) = Φ 1 (u) Φ 1 (v) 1 2π(1 ρ 2 exp ) 1/2 { x2 2ρxy + y 2 2(1 ρ 2 ) } dxdy, onde Φ 1 ( ) é a inversa da função de distribuição normal padrão e ρ é o coeficiente de correlação linear (que é o único parâmetro da cópula). A cópula Gaussiana tem como uma propriedade, a captação de estrutura de dependência simétrica. 2

3 Capital Regulatório O capital regulatório tem intenção cobrir a perda inesperada total (UL TOTAL ) devido aos riscos assumidos pelos bancos. A definição de perda inesperada marginal exige a definição usual de opvar. Opvar : Seja X a perda para uma unidade de risco, com função de distribuição dada por G( ). O Operational Value at Risk com horizonte de um ano e uma confiabilidade de 99.9% é uma medida para RO definida como opvarx = G 1 (0.999) = in f {x G(x) x}. Sendo X a perda de interesse com função de densidade g( ), os bancos classificam suas perdas como: Perdas esperadas,assumindo valores entre 0 e E(X); Perdas inesperadas, assumindo valores entre E(X) e opvarx; e Perdas catastróficas, assumindo valores acima de opvarx. O nosso interesse é em responder a questão: o que é perda inesperada total para a instituição financeira como um todo? O que é bem definida até aqui é a perda inesperada marginal de cada unidade de risco. No método do somatório, calcula-se o opvarx i da unidade de risco i, para i = 1,2,..., p, sendo p o número de unidades de risco e então faz-se UL TOTAL = p i=1 opvarx i. Está implícito nesse método que as unidades 1,2,..., p são perfeitamente correlacionadas. Metodologia proposta O método exposto acima (somatório) não modela a dependência entre as perdas. Para uma solução mais realista do problema, i.e., para responder o que é a UL TOTAL considerando a dependência entre as variáveis perdas no caso bivariado, devemos determinar a probabilidade das perdas inesperadas marginais ocorrerem conjuntamente. É plausível que o CR seja de tal modo que, se a probabilidade de ocorrência do evento ((X,Y ) [EX,opvarX] [EY, opvary ]) é grande, então o CR deve ser grande; e se essa probabilidade for pequena, então o CR deve ser pequeno. O que queremos dizer é que o CR deve ter uma relação direta com essa probabilidade. Pois é baseado na chance de sofrer essas perdas inesperadas (em cada unidade) conjuntamente, que a instituição financeira deve alocar o CR. Sabemos que essa probabilidade é a maior possível quando nós consideramos ρ = 1 (na cópula Gaussiana bivariada), isso acontece pois coincide com o limite superior de Fréchet (baseado no resultado: max(u+v 1,0) C(u,v) min(u,v), (u,v) I 2 ). Considere H ρ (x,y) a função de distribuição conjunta das perdas X e Y com funções de distribuição marginais F( ) e G( ), respectivamente, construída a partir da cópula Gaussiana com parâmetro ρ. Então a probabilidade de ocorrência das perdas inesperadas marginais conjuntamente, p, é: p = P((X,Y ) [EX,opvarX] [EY,opvarY ]] = H ρ (opvarx,opvary ) H ρ (EX,opvarY ) H ρ (opvarx,ey ) + H ρ (EX,EY ). Note que se ρ = 1, então essa probabilidade é nula pois os eventos (X [EX,opvarX]) 3

4 e (Y [EY,opvarY ]) não podem ocorrer ao mesmo tempo. Note também que a maior probabilidade possível é: pmax = min(0.999, 0.999) min(f(ex), 0.999) min(0.999, G(EY )) + min(f(ex),g(ey )). Então, obtemos as seguintes relações entre o CR e a probabilidade p: 1. se p = 0, então somente um dos eventos, (X [EX,opvarX]) ou (Y [EY,opvarY ]), pode ocorrer. Então é plausível que UL TOTAL = max(ulx,uly ), onde ULX e ULY são as perdas inesperadas marginais definidas anteriormente. 2. se p = pmax, então, sendo UL SUM = ULX +ULY (superestimada pelo método do somatório), devemos ter UL TOTAL = UL SUM. Acreditamos que a relação entre p e a UL TOTAL seja linear. Assim, o método discutido aqui propõe que a perda inesperada total seja determinada pela reta UL TOTAL = a p + b, onde a e b são determinados pelas relações (i) e (ii) acima. Então obtemos: ( ) ULSUM max(ulx,uly ) UL TOTAL = p + max(ulx,uly ). pmax 3 Resultados e discussões Para efeito de simulação, consideramos duas perdas X Weibull(1.5, 1.25) e Y Lognormal(0, 0.5) e construímos H ρ = C ρ (F(x),G(y)), onde C ρ é a cópula Gaussiana com parâmetro ρ. Variamos ρ de 1 a 1 para estudar o comportamento da UL TOTAL proposta. Nessa simulação, não usamos estimadores, e nem geramos dados, i.e., usamos as distribuições teóricas para obter o comportamento real da UL TOTAL proposta, sem erros provindos da estimação dos parâmetros devido a aleatoriedade. No método do somatório nós obtemos que o capital regulatório a ser alocado é UL SUM = Note que o CR aqui permanece constante e superestimado independentemente do valor de ρ. A UL TOTAL proposta, para esse exemplo, é: UL TOTAL = p A dependência entre X e Y é claramente captada através de p. O resultado dessa metodologia proposta pode ser vista na figura 1 Algumas comparações particulares podem ser vistas na tabela abaixo: 4 Conclusões A metodologia proposta nos mostra que quando se considera a "real" dependência entre as unidades de risco e a modelamos através de cópulas, o CR final (UL TOTAL ) é menor do que 4

5 Figura 1: Comportamento do CR final segundo as duas metodologias. Tabela 1: Algumas comparações entre as duas metodologias ρ CR (somatório) CR (usando cópula Gaussiana) o calculado pela metodologia usual (método do somatório). Os bancos, quando não utilizam modelos que captam a dependência entre as unidades de risco, i.e., quando eles são conservadores supondo correlação perfeita, alocam um capital além do que o necessário. No ponto de vista teórico, propomos uma metodologia que capta a dependência através da cópula Gaussiana (também podem ser utilizadas outras cópulas) e reflete essa dependência na probabilidade das perdas inesperadas marginais ocorrerem conjuntamente, a qual está linearmente ligado com o CR final a ser alocado. Na UL TOTAL proposta nesse trabalho a dependência está modelada na probabilidade p. Também é importante comentar que o método proposto coincide com o do somatório quado a correlação entre as variáveis é perfeita. Referências [1] CRUZ, M.G. Measuring and Hedging Operational Risk. Editora: John Wiley&Sons Ldt, [2] EMBRECHTS, P., LINDSKOG, F., MCNEIL, A. Modelling Dependence with Copulas and Applications to Risk Management. Department of Mathematics ETHZ. Zürich. September [3] FRACHOT, A., GEORGES, P., RONCALLI, T. Loss Distribution Approach for operational risk. Groupe de Recherche Opérationnelle, Crédit Lyonnais, France, [4] FRACHOT, A.,RONCALLI, T., SALOMON, E. The Correlation Problem in Operational Risk. Groupe de Recherche Opérationnelle. France. January [5] NELSEN, R. B. An Introduction to Copulas. Editora: Springer Science+Business Media Inc, [6] YAN, J. Journal of Statistical Software: Enjoy the Joy of Copulas: With a Package copula. October, 2007, Vol

Uma nova abordagem para o calculo do Capital Regulatório Operacional via Cópula de Frank

Uma nova abordagem para o calculo do Capital Regulatório Operacional via Cópula de Frank Uma nova abordagem para o calculo do Capital Regulatório Operacional via Cópula de Frank Débora Delbem 1 Guaraci Requena 2 Carlos Diniz 3 Resumo O Risco Operacional foi mencionado pela primeira vez na

Leia mais

Universidade Federal de Lavras Departamento de Ciências Exatas

Universidade Federal de Lavras Departamento de Ciências Exatas Universidade Federal de Lavras Departamento de Ciências Exatas Dependência via Cópulas Devanil Jaques de Souza Lucas Monteiro Chaves 27/11/2009 Variável aleatória bi-dimensional ( XY, ) ~ FXY, ( x, y)

Leia mais

Guaraci de Lima Requena. Dependência entre perdas em risco operacional

Guaraci de Lima Requena. Dependência entre perdas em risco operacional Guaraci de Lima Requena Dependência entre perdas em risco operacional São Carlos, fevereiro de 2014 Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia Departamento de Estatística

Leia mais

Mestrado em Gestão Econômica de Negócios. Efeito da correlação no requerimento de capital para cobertura de risco operacional. Solange Maria Guerra

Mestrado em Gestão Econômica de Negócios. Efeito da correlação no requerimento de capital para cobertura de risco operacional. Solange Maria Guerra Universidade de Brasília Departamento de Economia Mestrado em Gestão Econômica de Negócios Efeito da correlação no requerimento de capital para cobertura de risco operacional Solange Maria Guerra Brasília

Leia mais

Grupo I. (a) A função de probabilidade marginal de X, P (X = x), é dada por

Grupo I. (a) A função de probabilidade marginal de X, P (X = x), é dada por Probabilidades e Estatística + Probabilidades e Estatística I Solução do Exame de 2 a chamada 3 de Fevereiro de 2003 LEFT + LMAC Grupo I (a) A função de probabilidade marginal de X, P (X = x), é dada por

Leia mais

IND 1115 Inferência Estatística Aula 6

IND 1115 Inferência Estatística Aula 6 Conteúdo IND 5 Inferência Estatística Aula 6 Setembro de 004 A distribuição Lognormal A distribuição Beta e sua relação com a Uniforme(0,) Mônica Barros mbarros.com mbarros.com A distribuição Lognormal

Leia mais

Par de Variáveis Aleatórias

Par de Variáveis Aleatórias Par de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 7 de abril de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Par de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Introdução 2 Par de Variáveis Aleatórias Discretas 3

Leia mais

Modelagem Estatística para Risco Operacional.

Modelagem Estatística para Risco Operacional. Carlos Diniz Débora Delbem Guaraci Requena Modelagem Estatística para Risco Operacional. 21 o SINAPE - Simpósio Nacional de Probabilidade e Estatística. Natal, 20 a 25 de julho de 2014. Prefácio Em uma

Leia mais

3 Dependência homogênea e heterogênea de cauda

3 Dependência homogênea e heterogênea de cauda 3 Dependência homogênea e heterogênea de cauda Neste trabalho, usaremos o conceito de dependência homogênea de cauda, introduzido na década de 60, em conjunto com o conceito de dependência heterogênea

Leia mais

Débora Delbem Gonçalves. Risco Operacional: O cálculo do Capital Regulatório usando Dependência

Débora Delbem Gonçalves. Risco Operacional: O cálculo do Capital Regulatório usando Dependência Débora Delbem Gonçalves Risco Operacional: O cálculo do Capital Regulatório usando Dependência São Carlos, 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO

Leia mais

ANÁLISE DE DADOS AMBIENTAIS DO ESTADO DO PIAUÍ UTILIZANDO A DISTRIBUIÇÃO DE PARETO GENERALIZADA (GPD)

ANÁLISE DE DADOS AMBIENTAIS DO ESTADO DO PIAUÍ UTILIZANDO A DISTRIBUIÇÃO DE PARETO GENERALIZADA (GPD) ANÁLISE DE DADOS AMBIENTAIS DO ESTADO DO PIAUÍ UTILIZANDO A DISTRIBUIÇÃO DE PARETO GENERALIZADA (GPD) Stênio R. Lima (bolsista do ICV-UFPI), Fernando F. Nascimento (orientador, Dept. de Estatística - UFPI)

Leia mais

Variáveis bidimensionais

Variáveis bidimensionais Wagner H. Bonat Fernando P. Mayer Elias T. Krainski Universidade Federal do Paraná Departamento de Estatística Laboratório de Estatística e Geoinformação 19/04/2018 WB, FM, EK ( LEG/DEST/UFPR ) Variáveis

Leia mais

Valor em Risco Operacional com Cópulas de Valores Extremos

Valor em Risco Operacional com Cópulas de Valores Extremos 1 Universidade de Brasília Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Estágio Supervisionado 2 Valor em Risco Operacional com Cópulas de Valores Extremos Diego Rodrigues Oliveira - 08/27941

Leia mais

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba Probabilidade II Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Covariância e Coeficiente de correlação 11/13 1 / 21 Covariância Quando duas variáveis aleatórias

Leia mais

Cap. 8 - Intervalos Estatísticos para uma Única Amostra

Cap. 8 - Intervalos Estatísticos para uma Única Amostra Intervalos Estatísticos para ESQUEMA DO CAPÍTULO 8.1 INTRODUÇÃO 8.2 INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MÉDIA DE UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL, VARIÂNCIA CONHECIDA 8.3 INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MÉDIA DE UMA DISTRIBUIÇÃO

Leia mais

Aula 11. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais

Aula 11. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais Aula. Variáveis Aleatórias Contínuas Bidimensionais Resumo de caso unidimensional Caso Discreto p p 2 p 3 Caso Contínuo f(x) x x 2 x 3 i p i + f x dx X x x 2 x 3 P p p 2 p 3 Caso bidimensional Caso Discreto

Leia mais

)XQGDPHQWRVGHSUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD

)XQGDPHQWRVGHSUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD )XQGDPHQWRVGHUREDELOLGDGHHHVWDWtVWLFD,QWURGXomR A história da estatística pode ser dividida em três fases. De acordo com PEANHA (00), a estatística inicialmente não mantinha nenhuma relação com a probabilidade,

Leia mais

TE802 Processos Estocásticos em Engenharia

TE802 Processos Estocásticos em Engenharia TE802 Processos Estocásticos em Engenharia Duas Variáveis Aleatórias 29 de agosto de 2017 Duas Variáveis Aleatórias Função Distribuição Acumulada Conjunta: F X,Y (x,y) = P[X x, Y y] Propriedades: (a) 0

Leia mais

Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretos

Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretos Avaliação de Desempenho de Sistemas Discretos Probabilidade Professor: Reinaldo Gomes reinaldo@dsc.ufcg.edu.br Planejamento Experimental 2 fatores manipuláveis x 1 x 2 x p entradas Processo...... saídas

Leia mais

canal para sinais contínuos

canal para sinais contínuos Processos estocásticos, Entropia e capacidade de canal para sinais contínuos 24 de setembro de 2013 Processos estocásticos, Entropia e capacidade de canal para1 sin Conteúdo 1 Probabilidade de sinais contínuos

Leia mais

3 3. Variáveis Aleatórias

3 3. Variáveis Aleatórias ÍNDICE 3. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS...49 3.. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS UNIDIMENSIONAIS...49 3.2. VARIÁVEIS DISCRETAS FUNÇÃO DE PROBABILIDADE E FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE...50 3.2.. Função de probabilidade...50

Leia mais

Medida de Risco via Teoria de Valores Extremos. Análise de Risco (8) R.Vicente

Medida de Risco via Teoria de Valores Extremos. Análise de Risco (8) R.Vicente Medida de Risco via Teoria de Valores Extremos Análise de Risco (8) R.Vicente 1 Resumo EVT: Idéia geral Medidas de risco Teoria de Valores Extremos (EVT) Distribuição de Máximos Distribuição de Exceedances

Leia mais

Lista de Exercícios #5 Assunto: Variáveis Aleatórias Multidimensionais Contínuas

Lista de Exercícios #5 Assunto: Variáveis Aleatórias Multidimensionais Contínuas 1. ANPEC 018 Questão 9 Uma pessoa investe R$ 10.000,00 (I) em duas aplicações cujas taxas de retorno são variáveis aleatórias independentes, R 1 e R, com médias 5% e 14% e desvios-padrão 1% e 8%, respectivamente.

Leia mais

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 5

MAE Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 5 MAE 229 - Introdução à Probabilidade e Estatística II Resolução Lista 5 Professor: Pedro Morettin e Profa. Chang Chian Exercício 1 (a) De uma forma geral, o desvio padrão é usado para medir a dispersão

Leia mais

Vetor de Variáveis Aleatórias

Vetor de Variáveis Aleatórias Vetor de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 25 de junho de 2013 Luis Henrique Assumpção Lolis Vetor de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Vetor de Variáveis Aleatórias 2 Função de Várias

Leia mais

Sumário. CAPÍTULO 1 Conceitos preliminares 1. CAPÍTULO 2 Descrição de dados: análise monovariada 47

Sumário. CAPÍTULO 1 Conceitos preliminares 1. CAPÍTULO 2 Descrição de dados: análise monovariada 47 CAPÍTULO 1 Conceitos preliminares 1 Introdução........................................................1 O que é estatística?.................................................. 4 Papel dos microcomputadores.........................................

Leia mais

Química Analítica V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

Química Analítica V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula: Química Analítica V 2S 2012 Aula 3: 04-12-12 Estatística Aplicada à Química Analítica Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - ICE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf.br/baccan 1 Conceito

Leia mais

14/3/2012. S = Σ (x i x ) 2 QUÍMICA ANALÍTICA V 1S Prof. Rafael Sousa. Para casa. Dispersão de uma medida em relação à média

14/3/2012. S = Σ (x i x ) 2 QUÍMICA ANALÍTICA V 1S Prof. Rafael Sousa. Para casa. Dispersão de uma medida em relação à média QUÍMIA ANALÍTIA V 1S 01 Aula 13-03-1 Estatística Aplicada à Química Analítica Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - IE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf.br/baccan onceito de Precisão

Leia mais

Estatística Aplicada ao Serviço Social

Estatística Aplicada ao Serviço Social Estatística Aplicada ao Serviço Social Módulo 7: Correlação e Regressão Linear Simples Introdução Coeficientes de Correlação entre duas Variáveis Coeficiente de Correlação Linear Introdução. Regressão

Leia mais

Definição. Os valores assumidos pelos estimadores denomina-se estimativas pontuais ou simplesmente estimativas.

Definição. Os valores assumidos pelos estimadores denomina-se estimativas pontuais ou simplesmente estimativas. 1. Inferência Estatística Inferência Estatística é o uso da informção (ou experiência ou história) para a redução da incerteza sobre o objeto em estudo. A informação pode ou não ser proveniente de um experimento

Leia mais

Métodos de Estimação. Roteiro. 1. Three-point Estimation 2. Julgamento de Especialistas 3. Referências. Three-Point Estimation

Métodos de Estimação. Roteiro. 1. Three-point Estimation 2. Julgamento de Especialistas 3. Referências. Three-Point Estimation Métodos de Estimação Roteiro 1. Three-point Estimation. Julgamento de Especialistas 3. Referências Three-Point Estimation 1 Three-Point Estimation Pert original: A duração da atividade segue uma distribuição

Leia mais

CAPÍTULO 5: VARIÁVEIS ALEATÓRIAS BIDIMENSIONAIS Todas as coisas aparecem e desaparecem por causa da concorrência de causas e condições. Nada nunca existe inteiramente só, tudo está em relação com todo

Leia mais

Modelos Lineares Distribuições de Probabilidades Distribuição Normal Teorema Central do Limite. Professora Ariane Ferreira

Modelos Lineares Distribuições de Probabilidades Distribuição Normal Teorema Central do Limite. Professora Ariane Ferreira Distribuições de Probabilidades Distribuição Normal Teorema Central do Limite Professora Ariane Ferreira Modelos Probabilísticos de v.a. continuas Distribuição de Probabilidades 2 IPRJ UERJ Ariane Ferreira

Leia mais

Capítulo 3: Elementos de Estatística e Probabilidades aplicados à Hidrologia

Capítulo 3: Elementos de Estatística e Probabilidades aplicados à Hidrologia Departamento de Engenharia Civil Prof. Dr. Doalcey Antunes Ramos Capítulo 3: Elementos de Estatística e Probabilidades aplicados à Hidrologia 3.1 - Objetivos Séries de variáveis hidrológicas como precipitações,

Leia mais

Variáveis bidimensionais

Variáveis bidimensionais Wagner H. Bonat Fernando P. Mayer Elias T. Krainski Universidade Federal do Paraná Departamento de Estatística Laboratório de Estatística e Geoinformação LEG/DEST/UFPR 1 / 48 Sumário 1 Distribuições conjuntas

Leia mais

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição Instrumentação Industrial Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição Introdução a Metrologia O que significa dizer: O comprimento desta régua é 30cm. A temperatura

Leia mais

Medidas de dependência local para séries temporais

Medidas de dependência local para séries temporais Medidas de dependência local para séries temporais Sumaia Abdel Latif TESE APRESENTADA AO INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE DOUTORA EM CIÊNCIAS

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS fonte de graus de soma de quadrado variação liberdade quadrados médio teste F regressão 1 1,4 1,4 46,2 resíduo 28 0,8 0,03 total 2,2 A tabela de análise de variância (ANOVA) ilustrada acima resulta de

Leia mais

Química Analítica V 1S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

Química Analítica V 1S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula: Química Analítica V 1S 2013 Aula 3: 13-05 05-2013 Estatística Aplicada à Química Analítica Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - ICE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf.br/baccan

Leia mais

M. Eisencraft 4.6 Distribuição e densidade de uma soma de variáveis aleatórias57. + w y. f X,Y (x,y)dxdy (4.24) w y

M. Eisencraft 4.6 Distribuição e densidade de uma soma de variáveis aleatórias57. + w y. f X,Y (x,y)dxdy (4.24) w y M. Eisencraft 4.6 Distribuição e densidade de uma soma de variáveis aleatórias57 Assim, e usando a Eq. (4.17), F W (w) = F W (w) = + w y + x= f X,Y (x,y)dxdy (4.24) w y f Y (y)dy f X (x)dx (4.25) x= Diferenciando

Leia mais

Probabilidade Aula 11

Probabilidade Aula 11 0303200 Probabilidade Aula 11 Magno T. M. Silva Escola Politécnica da USP Junho de 2017 A maior parte dos exemplos dessa aula foram extraídos de Jay L. Devore, Probabilidade e Estatística para engenharia

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA. 1ª Chamada 10/01/2008.

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA. 1ª Chamada 10/01/2008. MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E DE COMPUTADORES PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA 1ª Chamada 10/01/2008 Parte Teórica DURAÇÃO : 50 min COTAÇÃO DA PARTE TEÓRICA: 8 Valores em 20 PERGUNTAS DE

Leia mais

Distribuições derivadas da distribuição Normal. Distribuição Normal., x real.

Distribuições derivadas da distribuição Normal. Distribuição Normal., x real. Distribuições derivadas da distribuição Normal Distribuição Normal Uma variável aleatória X tem distribuição normal com parâmetros µ e σ, quando sua densidade de probabilidade é f ( x) π σ e ( x µ ) σ,

Leia mais

5.3 Variáveis aleatórias gaussianas conjuntas

5.3 Variáveis aleatórias gaussianas conjuntas M. Eisencraft 5.3 Variáveis aleatórias gaussianas conjuntas 64 respectivamente. São as chamadas funções características marginais: Φ X (ω ) = Φ X,Y (ω,0) (5.0) Φ Y (ω ) = Φ X,Y (0,ω ) (5.) Os momentos

Leia mais

Distribuições de probabilidade contínuas

Distribuições de probabilidade contínuas BIE5781 Aula 3 Distribuições de probabilidade contínuas CONCEITOS Distribuições de probabilidade (revisão) Função de densidade probabilística Função de probabilidade acumulada Esperança e variância de

Leia mais

PARTE TEÓRICA Perguntas de escolha múltipla

PARTE TEÓRICA Perguntas de escolha múltipla PROBABILIDADES E ESTATÍSTICA MIEEC/FEUP PARTE TEÓRICA Perguntas de escolha múltipla 1 Dada a experiência aleatória ε define-se espaço amostral associado a ε como sendo: A O espaço físico onde se realiza

Leia mais

Motivação. VA n-dimensional. Distribuições Multivariadas VADB. Em muitas situações precisamos

Motivação. VA n-dimensional. Distribuições Multivariadas VADB. Em muitas situações precisamos Motivação Em muitas situações precisamos Prof. Lorí Viali, Dr. viali@pucrs.br lidar com duas ou mais variáveis aleatórias ao mesmo tempo. Por exemplo o comprimento e a largura de uma determinada peça.

Leia mais

Análise de regressão linear simples. Diagrama de dispersão

Análise de regressão linear simples. Diagrama de dispersão Introdução Análise de regressão linear simples Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu A análise de regressão estuda o relacionamento entre uma variável chamada a variável dependente

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufgrs.br http://www.mat.ufrgsbr/~viali/ Motivação Em muitas situações precisamos lidar com duas ou mais variáveis aleatórias ao mesmo tempo. Por exemplo o comprimento e

Leia mais

QUÍMICA ANALÍTICA V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

QUÍMICA ANALÍTICA V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula: QUÍMICA ANALÍTICA V 2S 2011 Aulas 1 e 2 Estatística Aplicada à Química Analítica Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - ICE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf/baccan Discussão dos

Leia mais

Estatísticas Inferenciais Distribuições Amostrais. Estatística

Estatísticas Inferenciais Distribuições Amostrais. Estatística Estatística Na descrição dos conjuntos de dados x 1,..., x n, não foi feita menção ao conceito de população. Estatísticas inferenciais: preocupadas com a fonte dos dados e em tentar fazer generalizações

Leia mais

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Padrão Pontual

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Padrão Pontual Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Estatística espacial Padrão Pontual Padrão de Pontos A análise de padrão de pontos, é o tipo mais simples de análise

Leia mais

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241

Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Estatística e Modelos Probabilísticos - COE241 Aula passada Exemplos de v. a. contínuas: Exponencial, Hipoexponencial, Erlang, Hiperexponencial, Gamma, Weibull, Normal Aula de hoje V.a. Normal, Chi Square,

Leia mais

3 Especificação Estatística da Dispersão dos Modos de Polarização em Cabos de Fibra Óptica

3 Especificação Estatística da Dispersão dos Modos de Polarização em Cabos de Fibra Óptica em Enlaces Ópticos 0 3 Especificação Estatística da Dispersão dos Modos de Polarização em Cabos de Fibra Óptica Teoria básica da especificação estatística da dispersão dos modos de polarização em cabos

Leia mais

CADERNOS DO IME Série Estatística

CADERNOS DO IME Série Estatística CADERNOS DO IME Série Estatística UMA APLICAÇÃO DA MODELAGEM DE DEPENDÊNCIAS NA ANÁLISE DE RISCO DE PROJETOS Ricardo de Melo e Silva Accioly Instituto de Matemática e Estatística - UERJ ricardo.accioly@gmail.com

Leia mais

IND 1115 Inferência Estatística Aula 7

IND 1115 Inferência Estatística Aula 7 Conteúdo IND 1115 Inferência Estatística Aula 7 Setembro 2004 Por que a revisão de probabilidades até agora? A importância da distribuição Normal O Mônica Barros mbarros.com 1 mbarros.com 2 Por que uma

Leia mais

Tratamento Estatístico de Dados em Física Experimental

Tratamento Estatístico de Dados em Física Experimental Tratamento Estatístico de Dados em Física Experimental Prof. Zwinglio Guimarães o semestre de 06 Tópico 7 - Ajuste de parâmetros de funções (Máxima Verossimilhança e Mínimos Quadrados) Método da máxima

Leia mais

AULA 8. DISTRIBUIÇÕES DE VARIÁVEIS CONTÍNUAS Uniforme, Exponencial e Normal 19/05/2017

AULA 8. DISTRIBUIÇÕES DE VARIÁVEIS CONTÍNUAS Uniforme, Exponencial e Normal 19/05/2017 AULA 8 DISTRIBUIÇÕES DE VARIÁVEIS CONTÍNUAS Uniforme, Exponencial e Normal 19/05/2017 As funções de distribuição (acumulada) e de densidade para v.a. contínuas = =. Se a densidade f(x)for continua no seu

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO CONJUNTA (parte II)

DISTRIBUIÇÃO CONJUNTA (parte II) UFPE - Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Estatística Disciplina: ET-406 Estatística Econômica Professor: Waldemar A. de Santa Cruz Oliveira Júnior DISTRIBUIÇÃO CONJUNTA (parte II) Variáveis

Leia mais

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017

Distribuição Normal. Prof. Eduardo Bezerra. (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística. 25 de agosto de 2017 padrão - padronização Distribuição Normal Prof. Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) - BCC - Inferência Estatística 25 de agosto de 2017 Eduardo Bezerra (CEFET/RJ) Distribuição Normal Março/2017 1 / 32 Roteiro Distribuições

Leia mais

Tratamento Estatístico de dados em Física Experimental

Tratamento Estatístico de dados em Física Experimental Tratamento Estatístico de dados em Física Experimental Prof. Zwinglio Guimarães 2 o semestre de 2017 Tópico 6 - Testes estatísticos (Chi-quadrado, z e t ) O método dos mínimos quadrados (revisão) O método

Leia mais

Cap. 4 - Estimação por Intervalo

Cap. 4 - Estimação por Intervalo Cap. 4 - Estimação por Intervalo Amostragem e inferência estatística População: consiste na totalidade das observações em que estamos interessados. Nº de observações na população é denominado tamanho=n.

Leia mais

Métodos Quantitativos

Métodos Quantitativos Métodos Quantitativos Unidade 4. Estatística inferencial Parte II 1 Sumário Seção Slides 4.1 Correlação entre variáveis quantitativas 03 11 4.2 Teste de significância 12 19 4.3 Regressão linear 20 27 4.4

Leia mais

6 Conclusões Limitações ao estudo

6 Conclusões Limitações ao estudo 6 Conclusões Ainda existem poucos trabalhos acadêmicos dedicados à disciplina de risco operacional, porém esse número tende a aumentar, principalmente com a implementação do Novo Acordo da Basiléia. Os

Leia mais

Estatística Descritiva e Exploratória

Estatística Descritiva e Exploratória Gledson Luiz Picharski e Wanderson Rodrigo Rocha 9 de Maio de 2008 Estatística Descritiva e exploratória 1 Váriaveis Aleatórias Discretas 2 Variáveis bidimensionais 3 Váriaveis Aleatórias Continuas Introdução

Leia mais

Filho, não é um bicho: chama-se Estatística!

Filho, não é um bicho: chama-se Estatística! Paulo Jorge Silveira Ferreira Filho, não é um bicho: chama-se Estatística! Estatística aplicada uma abordagem prática FICHA TÉCNICA EDIÇÃO: Paulo Ferreira TÍTULO: Filho, não é um bicho: chama-se Estatística!

Leia mais

Eventos coletivamente exaustivos: A união dos eventos é o espaço amostral.

Eventos coletivamente exaustivos: A união dos eventos é o espaço amostral. DEFINIÇÕES ADICIONAIS: PROBABILIDADE Espaço amostral (Ω) é o conjunto de todos os possíveis resultados de um experimento. Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral. Evento combinado: Possui duas

Leia mais

2 Conceitos de confiabilidade estrutural

2 Conceitos de confiabilidade estrutural 2 Conceitos de confiabilidade estrutural As estruturas projetadas pelos engenheiros, geralmente são dimensionadas de forma conservadora, já que sobre elas são impostos fatores de segurança que são recomendados

Leia mais

A estacionariedade prova-se de maneira semel- hante.

A estacionariedade prova-se de maneira semel- hante. Se por outro lado (U 1, U 2,...) é IID então mostremos que X n U 1 + + U n tem incrementos independentes e estacionários. De facto, dados n > m temos que X n X m U m+1 + + U n. Tome-se quaisquer n 1

Leia mais

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos

Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos 1 Anexo 1 - Revisões de Teoria das Probabilidades e Processos Estocásticos Documento auxiliar à disciplina de Modelação, Identificação e Controlo Digital Alexandre Bernardino 003/005 IST-Secção de Sistemas

Leia mais

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio

Opções Reais. Modelagem do Ativo Básico. Processos Estocásticos. Modelando Incerteza. Processos Estocásticos. IAG PUC-Rio Opções Reais Modelagem do Ativo Básico Prof. Luiz Brandão brandao@iag.puc-rio.br IAG PUC-Rio Processos Estocásticos Modelando Incerteza Processos Estocásticos A incerteza em um projeto pode ter mais do

Leia mais

MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS

MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS MODELOS DE REGRESSÃO PARA DADOS CONTÍNUOS ASSIMÉTRICOS 1 Diversas distribuições podem ser consideradas para a modelagem de dados positivos com distribuição contínua e assimétrica, como, por exemplo, as

Leia mais

PROCEDIMENTO PARA A ESCOLHA DE UMA DISTRIBUIÇÃO

PROCEDIMENTO PARA A ESCOLHA DE UMA DISTRIBUIÇÃO PROCEDIMENTO PARA A ESCOLHA DE UMA DISTRIBUIÇÃO O método de máxima verossimilhança somente deve ser aplicado após ter sido definido um modelo probabilístico adequado para os dados. Se um modelo for usado

Leia mais

19 de Setembro de 2013 Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej

19 de Setembro de 2013 Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej 19 de Setembro de 2013 Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej Risco Operacional Desafios e Oportunidades do mais novo Marco Regulatório Alaim Assad Superintendente de Compliance e Risk Management HDI Seguros

Leia mais

Aula 2 Regressão e Correlação Linear

Aula 2 Regressão e Correlação Linear 1 ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE Aula Regressão e Correlação Linear Professor Luciano Nóbrega Regressão e Correlação Quando consideramos a observação de duas ou mais variáveis, surge um novo problema: -as

Leia mais

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM

Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Departamento de Matemática Probabilidades e Estatística MEEC, LEIC-A, LEGM Exame a Época / o Teste (Grupos III e IV) o semestre 009/00 Duração: 80 / 90 minutos /06/00 9:00 horas Grupo I Exercício 5 valores

Leia mais

Exercícios de programação

Exercícios de programação Exercícios de programação Estes exercícios serão propostos durante as aulas sobre o Mathematica. Caso você use outra linguagem para os exercícios e problemas do curso de estatística, resolva estes problemas,

Leia mais

Regressão linear simples

Regressão linear simples Regressão linear simples Universidade Estadual de Santa Cruz Ivan Bezerra Allaman Introdução Foi visto na aula anterior que o coeficiente de correlação de Pearson é utilizado para mensurar o grau de associação

Leia mais

1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos

1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos 1 Probabilidade - Modelos Probabilísticos Modelos probabilísticos devem, de alguma forma, 1. identificar o conjunto de resultados possíveis do fenômeno aleatório, que costumamos chamar de espaço amostral,

Leia mais

INTRODUÇÃO 12 1 INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO 12 1 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO 12 1 INTRODUÇÃO O gerenciamento de riscos das instituições financeiras destacou-se somente após os recentes colapsos ligados a instituições como Barings Bank, Procter&Gamble, Bankers Trust,

Leia mais

Estimação de Variáveis Instrumentais e Mínimos Quadrados de Dois Estágios. Wooldridge, Cápítulo 15

Estimação de Variáveis Instrumentais e Mínimos Quadrados de Dois Estágios. Wooldridge, Cápítulo 15 Estimação de Variáveis Instrumentais e Mínimos Quadrados de Dois Estágios Wooldridge, Cápítulo 5 Variáveis Instrumentais () 2 Variáveis Instrumentais Considere o seguinte modelo de regressão linear múltipla

Leia mais

3 Modelo Matemático Definições Iniciais. Denote-se, em geral, o desvio-padrão do processo por σ = γσ 0, sendo σ 0 o

3 Modelo Matemático Definições Iniciais. Denote-se, em geral, o desvio-padrão do processo por σ = γσ 0, sendo σ 0 o Modelo Matemático 57 3 Modelo Matemático Este trabalho analisa o efeito da imprecisão na estimativa do desvio-padrão do processo sobre o desempenho do gráfico de S e sobre os índices de capacidade do processo.

Leia mais

3 Modelo Teórico. 3.1 Mercados Incompletos

3 Modelo Teórico. 3.1 Mercados Incompletos 32 3 Modelo Teórico O modelo teórico adotado neste estudo está baseado em duas premissas principais. A primeira é o uso do Valor Presente do projeto sem flexibilidade como melhor estimador do seu valor

Leia mais

AGA Análise de Dados em Astronomia I 7. Modelagem dos Dados com Máxima Verossimilhança: Modelos Lineares

AGA Análise de Dados em Astronomia I 7. Modelagem dos Dados com Máxima Verossimilhança: Modelos Lineares 1 / 0 AGA 0505- Análise de Dados em Astronomia I 7. Modelagem dos Dados com Máxima Verossimilhança: Modelos Lineares Laerte Sodré Jr. 1o. semestre, 018 modelos modelagem dos dados dado um conjunto de dados,

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples e

Análise de Regressão Linear Simples e Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Carla Henriques Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Introdução A análise de regressão estuda o relacionamento entre uma variável

Leia mais

DIFUSÃO CORRELACIONADA EM SISTEMAS DE GRÃOS

DIFUSÃO CORRELACIONADA EM SISTEMAS DE GRÃOS DIFUSÃO CORRELACIONADA EM SISTEMAS DE GRÃOS Aluno: DANIEL BYRON SOUZA P DE ANDRADE Orientador: Welles Antônio Martinez Morgado Introdução Instabilidades sugerem que a trajetória de grãos vizinhos deva

Leia mais

ANÁLISE ESTATÍSTICA DA RELAÇÃO ENTRE A ATITUDE E O DESEMPENHO DOS ALUNOS

ANÁLISE ESTATÍSTICA DA RELAÇÃO ENTRE A ATITUDE E O DESEMPENHO DOS ALUNOS ANÁLISE ESTATÍSTICA DA RELAÇÃO ENTRE A ATITUDE E O DESEMPENHO DOS ALUNOS Nível de significância No processo de tomada de decisão sobre uma das hipóteses levantadas num estudo, deve-se antes de tudo definir

Leia mais

Estatística. Capítulo 3 - Parte 1: Variáveis Aleatórias Discretas. Professor Fernando Porto

Estatística. Capítulo 3 - Parte 1: Variáveis Aleatórias Discretas. Professor Fernando Porto Estatística Capítulo 3 - Parte 1: Variáveis Aleatórias Discretas Professor Fernando Porto Lançam-se 3 moedas. Seja X o número de ocorrências da face cara. O espaço amostral do experimento é: W = {(c,c,c),(c,c,r),(c,r,c),(c,r,r),(r,c,c),(r,c,r),(r,r,c),(r,r,r)}

Leia mais

3.1. Primeira Premissa: valor presente sem flexibilidade é o melhor estimador do valor de mercado

3.1. Primeira Premissa: valor presente sem flexibilidade é o melhor estimador do valor de mercado 3 Modelo teórico O modelo teórico utilizado para o desenvolvimento deste estudo é baseado em duas premissas. A primeira é que o Valor Presente do projeto sem flexibilidade é o melhor estimador do seu valor

Leia mais

Modelos Lineares Generalizados

Modelos Lineares Generalizados Modelos Lineares Generalizados Emilly Malveira de Lima Análise de Dados Categóricos Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG 10 de Maio de 2018 Emilly Malveira (PGEST-UFMG) 10 de Maio de 2018 1 / 20

Leia mais

Experiência 5 Pêndulo Simples. Profa: Adriana O. Delgado Ed. Oscar Sala, sala 105 Ramal: 6961

Experiência 5 Pêndulo Simples. Profa: Adriana O. Delgado   Ed. Oscar Sala, sala 105 Ramal: 6961 Experiência 5 Pêndulo Simples Profa: Adriana O. Delado email: prof.adridelado@yahoo.com.br Ed. Oscar Sala, sala 105 Ramal: 6961 Pêndulo Simples [1] Na direção radial: ma y T m cosα Como não há movimento

Leia mais

Correlação e Regressão Linear. Prof.: Joni Fusinato

Correlação e Regressão Linear. Prof.: Joni Fusinato Correlação e Regressão Linear Prof.: Joni Fusinato joni.fusinato@ifsc.edu.br jfusinato@gmail.com Introdução Existem situações nas quais há interesse em estudar o comportamento conjunto de uma ou mais variáveis;

Leia mais

Ajuste e comparação de modelos para dados grupados e censurados

Ajuste e comparação de modelos para dados grupados e censurados Ajuste e comparação de modelos para dados grupados e censurados 1 Introdução José Nilton da Cruz 1 Liciana Vaz de Arruda Silveira 2 José Raimundo de Souza Passos 2 A análise de sobrevivência é um conjunto

Leia mais

A distribuição Weibull Exponencial de Zografos

A distribuição Weibull Exponencial de Zografos Trabalho apresentado no XXXV CNMAC, Natal-RN, 2014. A distribuição Weibull Eponencial de Zografos Patrícia Silva N. Barros, PPGBEA - UFRPE / DCE - UFPB E-mail: patriciajp1408@hotmail.com Kleber Napoleão

Leia mais

AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal

AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal AULA 17 - Distribuição Uniforme e Normal Susan Schommer Introdução à Estatística Econômica - IE/UFRJ Distribuições Contínuas Em muitos problemas se torna matematicamente mais simples considerar um espaço

Leia mais

Avaliação Monte Carlo do teste para comparação de duas matrizes de covariâncias normais na presença de correlação

Avaliação Monte Carlo do teste para comparação de duas matrizes de covariâncias normais na presença de correlação Avaliação Monte Carlo do teste para comparação de duas matrizes de covariâncias normais na presença de correlação Vanessa Siqueira Peres da Silva 1 2 Daniel Furtado Ferreira 1 1 Introdução É comum em determinadas

Leia mais

Econometria em Finanças e Atuária

Econometria em Finanças e Atuária Ralph S. Silva http://www.im.ufrj.br/ralph/especializacao.html Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Maio-Junho/2013 Posição financeira Uma

Leia mais

TEORIA DE VALORES EXTREMOS APLICADA NA ANÁLISE DE TEMPERATURA MÁXIMA EM URUGUAIANA, RS.

TEORIA DE VALORES EXTREMOS APLICADA NA ANÁLISE DE TEMPERATURA MÁXIMA EM URUGUAIANA, RS. TEORIA DE VALORES EXTREMOS APLICADA NA ANÁLISE DE TEMPERATURA MÁXIMA EM URUGUAIANA, RS. 1. INTRODUÇÃO Nosso planeta seguiu uma evolução desde sua origem, passando por transformações significativas em sua

Leia mais