19 de Setembro de 2013 Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej
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- Gabriella Porto Guterres
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1 19 de Setembro de 2013 Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej
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3 Risco Operacional Desafios e Oportunidades do mais novo Marco Regulatório Alaim Assad Superintendente de Compliance e Risk Management HDI Seguros
4 Conceito - Risco Operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou decorrentes de fraudes ou eventos externos, incluindo-se o risco legal e excluindo-se os riscos decorrentes de decisões estratégicas e à reputação da instituição (Resolução CNSP 283 / 2013). Cálculo do capital regulatório em linha com Solvency II: fórmula padrão ou modelo interno. Forma de gestão focada nas perdas (riscos já materializados), diferentemente dos demais riscos (Subscrição, Crédito e Mercado), que são focados nos riscos (fatores de incerteza).
5 Modelos Internos como Solvency II ainda não entrou em vigor, só foram considerados os bancos. Há diversas abordagens em uso (Moosa, 2008): Loss Distribution Approach (LDA) mais utilizada Internal Measurement Approach (IMA) Scenario Based Approach (SBA) Scorecard or Risk Drivers and Controls Approach (SCA) O Comitê de Basileia reconhece que nenhum dos diversos métodos de mensuração em uso assumiu o papel de padrão do mercado. Por isso, encoraja os bancos a desenvolverem técnicas avançadas para mensuração, monitoramento e mitigação do Risco Operacional (EUROPEAN COMMISSION, 2011).
6 Representação gráfica do modelo LDA Base de dados de perdas operacionais Fonte: o autor, adaptado de Navarrete:2006
7 Base de dados de perdas operacionais Para os amantes da Estatística... Distribuição de frequência mais utilizada Poisson Distribuição de impacto mais utilizada Log Normal Metodologia de agregação mais utilizada Simulação de Monte Carlo
8 Alguns desafios da gestão do Risco Operacional (Shevchenko, 2009): 1. Desenvolvimento de metodologias para identificar e registrar eventos no ambiente de negócios e outros fatores de controle interno que possam afetar o Risco Operacional 2. Elaboração de uma base que contenha dados internos de perdas em quantidade suficiente
9 Desenvolvimento de metodologias para identificar e registrar eventos no ambiente de negócios e outros fatores de controle interno que possam afetar o Risco Operacional A norma identifica sete tipos de perdas Cada um possui características próprias, demandando, portanto, estruturas diferenciadas para seu registro
10 Tipos de perdas (1) Fraude Interna (2) Fraude Externa (3) Demanda trabalhista, ou segurança deficiente do local de trabalho (4) Prática inadequada relativa a clientes, produtos ou serviços (5) Dano a ativo físico próprio ou em uso pela instituição (6) Interrupção das atividades da instituição ou falha em sistemas de Tecnologia da Informação (7) Falha na execução, no cumprimento de prazos, ou no gerenciamento das atividades da instituição
11 Desafio: desenvolvimento da estrutura informatizada de controles internos para captura dos eventos que gerarão a base de perdas Nem todos os tipos de perdas possuem contas contábeis próprias. Por isso será necessário utilizar e/ou desenvolver controles gerenciais A base utilizará dados provenientes de diversos sistemas / fontes. Exemplos: sistema de origem da perda (Subscrição), sistema contábil, sistemas gerenciais (informações complementares) Identificar se a perda está relacionada a uma ação judicial. Se foi registrada na PSL (discussão Contingência Cível X PSL)
12 Outros fatores a considerar no desenvolvimento da estrutura sistêmica para captura das perdas Qual é a função de negócio associada à perda? (0) Não Aplicável; (1) Administração; (2) Finanças Corporativas; (3) Negociação e Vendas; (4) Pagamentos e Liquidações; (5) Sistemas; (6) Subscrição; ou (7) Terceirização Qual foi a causa? (0) Não Aplicável; (1) Pessoas; (2) Processos; (3) Sistemas- IT; (4) Evento Externo Descrever a perda
13 Outros fatores a considerar no desenvolvimento da estrutura sistêmica para captura das perdas Será possível informatizar todo o processo? O sistema terá alto grau de complexidade e inteligência. Quais os custos envolvidos? Qual é o prazo de desenvolvimento? Haverá necessidade de análise dos registros para validação pessoa dedicada? Qual nível de senioridade? Importante: a base será exigida pela SUSEP para todas as Cias., não apenas para as que optarem por usar modelos internos!
14 Oportunidades criadas pela elaboração da base de perdas Criar e/ou incrementar a gestão de indicadores operacionais (performance, falhas na execução, controles internos inexistentes e/ou ineficientes, etc.) Redução de custos e incremento da produtividade pela criação e/ou incremento dos controles internos que falharam Otimização dos recursos pela possibilidade de priorização dos riscos a serem mitigados, em consequência da visibilidade que a base de perdas trará
15 Oportunidades criadas pela elaboração da base de perdas Elaborar métricas que permitam identificar os efeitos da criação e / ou incremento da estrutura de controles internos. Se adequadamente idealizadas, poderão reduzir a necessidade de capital regulatório (exemplo: reduzindo o impacto das perdas conforme seu tempo de registro na base)
16 Comentários finais O trabalho de criação da base de perdas demorará algo entre 3 e 4 anos, segundo estimativas atuais Será necessário, além de criar a estrutura sistêmica de captura dos dados, ministrar treinamento que capacite os colaboradores nas atividades que o sistema não conseguir performar automaticamente As Cias. que conseguirem alcançar nível mais elevado de gestão de riscos poderão utilizar a base de dados de perdas para criar um sistema de indicadores de Risco Operacional valor agregado à função de Riscos! O céu é o limite!
17 Referências BRASIL. Resolução do CNSP no. 283/2013. Dispõe sobre os critérios de estabelecimento do capital de risco baseado no risco operacional das sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores locais, 2013 a. BRASIL. SUSEP. Ata da 6ª reunião do Grupo Técnico de Risco Operacional do Mercado Supervisionado. Disponível em < cgsoa/coris/ dicem/arquivos-gt operacional/ata%206a%20reuniao %20GT% 20Risco % 20Oper%20-%20Final.pdf>. Acesso em 04 mai b.
18 Referências EUROPEAN COMMISSION, Principles for the Sound Management of Operational Risk, Basel Committee on Banking Supervision, 2011 MOOSA, Imad A. A critique of the advanced measurement approach to regulatory capital against operational risk, Journal of Banking Regulation, no. 9, p , NAVARRETE, Enrique. Practical Calculation of Expected and Unexpected Losses in Operational Risk by Simulation Methods, Scalar Consulting, 2006.
19 Referências SHEVCHENKO, Pavel V. Implementing loss distribution approach for operational risk. Applied Stochastic Models in Business and Industry, no. 26, p , 2009.
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