Relatório de Gerenciamento de Riscos e de Capital
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1 Relatório de Gerenciamento de Riscos e de Capital Fevereiro/2019
2 1. Objetivo Em cumprimento à Resolução CMN 4.557, de 2017, este relatório apresenta a estrutura voltada ao gerenciamento dos riscos e a estrutura para o gerenciamento de capital da Limine Trust Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. ( Limine DTVM ou Instituição ), sendo de responsabilidade da Diretoria as informações divulgadas neste Relatório. 2. Gerenciamento de riscos O gerenciamento de riscos busca garantir o regular funcionamento da Instituição, por meio de conjunto de princípios, diretrizes, estratégias, metodologias, limites e responsabilidades aplicáveis. O apetite a riscos é definido pela Diretoria e está contido na Declaração de Apetite por Riscos (RAS). 2.1 Ambiente de negócios A Limine estabelece como objetivo estratégico aplicar sua expertise em produtos financeiros, fidúcia e controles, focando em serviços para o mercado financeiro e de capitais, tendo como diferenciais a qualidade, a segurança e o atendimento personalizado. Para a consecução desse objetivo, a Instituição presta serviços de Agente fiduciário, Agente de garantias, Administração fiduciária e Serviços Qualificados. 2.2 Ambiente de riscos, controles e conformidade. Sob um perfil de risco geral baixo, a Limine DTVM considera a cultura de riscos, controles e conformidade desde a definição de seus valores, que compreendem: Responsabilidade, Transparência, Imparcialidade, Eficiência, Atualização, Inovação e Precisão. Para contar com um saudável ambiente de mitigação de riscos, a Limine DTVM considera a qualificação da equipe, a existência de sistemas modernos e processos eficientes, bem como a cultura de segregação de funções e a aplicação do modelo de três linhas de defesa. 2.3 Riscos inerentes e relevantes Para fins de gerenciamento de risco, e tendo em vista as atividades empreendidas pela Limine e o quadro regulatório aplicável, a Limine considera os seguintes riscos: Risco de crédito; Risco de mercado; Risco de taxa de juros; Risco de liquidez; Risco operacional; Risco Socioambiental; e Risco reputacional. Tais riscos são objeto de avaliação, considerando, portanto, sua criticidade e materialidade. Presente o objetivo estratégico da Limine e suas operações, são então definidos os riscos relevantes. 2
3 2.4 Estrutura e responsabilidades A Limine conta com diretor responsável pela gestão de riscos. A Área de Gestão de Riscos e de Capital tem por atribuições: Propor os limites específicos de exposição aos diversos tipos de riscos; Estabelecer os mecanismos a serem utilizados em ações corretivas; Estar a cargo das funções de avaliação, supervisão e controle dos diversos tipos de riscos discricionários; e Monitorar o enquadramento dos fundos de investimento distribuídos pela Instituição às suas respectivas políticas de investimento. 2.5 Gerenciamento do risco de crédito O risco de crédito é considerado como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas a: não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos pactuados; desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador; reestruturação de instrumentos financeiros; ou custos de recuperação de exposições caracterizadas como ativos problemáticos. A combinação do objetivo estratégico da Limine DTVM, seus produtos, sua política de alocação de ativos e também considerado o volume de operações determina o perfil conservador sobre o risco de crédito. Tal risco é objeto de consideração no acompanhamento geral da performance financeira da Instituição. 2.6 Gerenciamento do risco de mercado e do risco de taxa de juros na carteira bancária Considera-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Instituição, que estejam sujeitas à variação cambial, aos preços de ações, às taxas de juros, ou aos preços de mercadorias (commodities), para os instrumentos classificados na carteira de negociação ou na carteira bancária. O risco de taxa de juros consiste no risco, atual ou prospectivo, do impacto de movimentos adversos das taxas de juros no capital e nos resultados da instituição financeira, para os instrumentos classificados na carteira bancária. A carteira da Instituição é precificada com marcação a mercado, que consiste em registrar todos os ativos pelos preços transacionados em mercados organizados ou, quando este preço não é observável, pela melhor estimativa de preço em uma hipotética transação em mercado. A execução das atividades relacionadas ao gerenciamento do risco de mercado e do risco de taxa de juros na carteira bancária está sob responsabilidade dos Diretores, da área financeira e área de gestão de riscos. 2.7 Gerenciamento do risco de liquidez A gestão do risco de liquidez da Instituição está estruturada de forma a proporcionar a adequação do gerenciamento à natureza das operações, à complexidade dos negócios, dos produtos e dos serviços oferecidos e à dimensão da sua exposição a esse risco, de forma que os limites e margens preestabelecidos estejam sempre compatíveis e adequados de acordo com a legislação e com esta Política. 3
4 Considera-se como risco de liquidez a possibilidade da Instituição não ser capaz de honrar com suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e, a possibilidade da Instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. A execução das atividades relacionadas ao gerenciamento do risco de liquidez está sob responsabilidade dos Diretores, da área financeira e área de gestão de riscos Atividades de gerenciamento do risco de liquidez O risco de liquidez pode ser classificado em risco de liquidez de fluxo de caixa e risco de liquidez de mercado, a saber: O risco de liquidez de fluxo de caixa pode ser definido como sendo a possibilidade da ocorrência de descasamentos entre os pagamentos e os recebimentos que afetem a capacidade de pagamento da Instituição, levando-se em consideração diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações; e O risco de liquidez de mercado pode ser ocasionado pela perda na liquidação de uma posição de participação relativamente significativa no mercado e/ou de uma estratégia de liquidação acordada e/ou de características da operação e/ou da perda de valor dos ativos que compõem a liquidez Metodologia e Controle de Liquidez Na Instituição, o risco de liquidez é gerenciado considerando o planejamento financeiro, o fluxo de caixa, o índice de liquidez, os limites e a otimização dos recursos disponíveis, permitindo o embasamento das decisões estratégicas. Para controle do risco de liquidez, são utilizados Limites operacionais, Controle do Descasamento entre Ativos e Passivos, Teste de Estresse Plano de Contingência de Liquidez Em situações de estresse específico de liquidez ou de crise sistêmica de liquidez que acarretem significativa redução dos níveis projetados de reserva, o plano de contingência visa compilar ações a serem desencadeadas, contemplando prazos e responsáveis para o restabelecimento da liquidez necessária para que a Instituição retome eficazmente suas obrigações. O Plano de Contingência de Liquidez compreende: Identificação da situação de estresse de liquidez; Acionamento do plano de contingência; e Medidas de recuperação da liquidez. 2.8 Gerenciamento do risco operacional O gerenciamento do risco operacional tem como objetivo prevenir e minimizar erros e falhas na prestação de serviços que possam impactar clientes, a imagem da Instituição ou perdas financeiras, desenvolvendo e 4
5 executando um processo contínuo de controles internos por meio de processos de governança corporativa, estrutura organizacional e valores éticos. Para tanto, o gerenciamento do risco operacional busca identificar, avaliar, monitorar e antecipar riscos referentes às pessoas, aos processos e à tecnologia, que tenham o potencial de impactar a Instituição. Considera-se como risco operacional a possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas. Esta definição inclui: o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição; fraudes internas; fraudes externas; demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho; práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços; danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição; situações que acarretem a interrupção das atividades da instituição; falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação (TI); falhas na execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das atividades da instituição. A execução das atividades relacionadas ao gerenciamento do risco operacional está sob responsabilidade dos Diretores, da área financeira, área de gestão de riscos, Sendo também responsabilidade da área de TI, auditoria interna, compliance e todos os colaboradores, acompanhar a conformidade de seus processos e a exposição de risco a que suas atividades estão sujeitas, para estabelecer e praticar controles internos e planos de ação que minimizem o risco e corrijam as deficiências e cumprir as diretrizes desta Política de Gerenciamento do Risco e demais Manuais da Instituição Atividade de gerenciamento do risco operacional As atividades finalísticas atualmente em prática, quais sejam, administração fiduciária, agente fiduciário e serviços qualificados, são bastante regulamentados, sendo que a mitigação dos riscos operacionais conta com elementos como: sistemas para gerenciamento e processamento dos dados; plataformas baixas proprietárias robustas e adequadas ao volume de operações existente; controles internos em evolução contínua; e cultura de controle, para o que se conta com um conjunto de Políticas - em especial com a Política de Gerenciamento de Riscos e de Capital - bem como um conjunto de manuais. O gerenciamento dos riscos operacionais da Instituição é realizado por meio de processos de identificação, registro e tratamento dos eventos de riscos identificados, com base em metodologia e com suporte de documentação específica Plano de Continuidade dos Negócios A área de tecnologia da Instituição é responsável pela Gestão da Continuidade dos Negócios e pelo Plano de Continuidade dos Negócios, assim como as atualizações dos documentos e condução de testes do Plano de Continuidade anualmente. 2.9 Risco socioambiental O risco socioambiental caracteriza-se como a possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes de danos socioambientais. 5
6 A Limine DTVM atua para a mitigação desse risco, por meio de: (i) análise do risco quando da contratação das operações, (ii) da cultura interna de riscos e controles e (iii) do comprometimento de sua equipe com a ética e a integridade Risco reputacional O risco reputacional consiste na possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes da percepção negativa sobre a Instituição por parte de clientes, contrapartes, investidores ou supervisores. A Limine DTVM atua para a mitigação desse risco, por meio da busca: (i) da qualidade dos serviços prestados, (ii) da cultura interna de riscos e controles e (iii) do comprometimento de sua equipe com a ética e a integridade. A preservação da imagem e da reputação da Instituição conta com o Código de Ética e Conduta, o qual contempla princípios e valores compartilhados entre todos os Colaboradores da Instituição, prezando o cumprimento da legislação vigente, a relação saudável entre colegas de trabalho e pessoas vinculadas à Instituição, que não Colaboradores, a lealdade para com a Instituição, a qualidade no fornecimento dos serviços, servindo ainda para esclarecer os procedimentos e atitudes aceitas, ou não, na Instituição. O ambiente de controles e conformidade colabora decisivamente para garantir essa mitigação. 3. Gerenciamento de Capital O gerenciamento de capital tem como objetivo atuar, por meio de mecanismos e procedimentos apropriados, de modo a manter o capital da Instituição compatível com os seus objetivos estratégicos e com os riscos a que a Instituição está sujeita. A Instituição possui estrutura para gerenciamento de capital compatível com a complexidade dos produtos oferecidos, natureza das operações e dimensão de sua exposição ao risco. A estrutura de gerenciamento de capital está alinhada às melhores práticas de mercado e abrange todas as áreas envolvidas com a identificação e avaliação dos riscos relevantes às nossas operações. A estrutura de gerenciamento de capital da Instituição prevê: Mecanismos que possibilitem a identificação e avaliação dos riscos relevantes incorridos pela Instituição, inclusive aqueles não cobertos pelo Patrimônio de Referência Exigido (PRE); Políticas e estratégias claramente documentadas para gerenciamento de capital, que estabeleçam mecanismos e procedimentos destinados a manter o capital compatível com os riscos incorridos pela Instituição; Plano de capital abrangendo o horizonte mínimo de três anos; e Relatórios gerenciais sobre a adequação do capital para a Diretoria. A execução das atividades relacionadas ao gerenciamento de capital está sob responsabilidade do Diretor da área financeira, da diretoria, da área de gestão de riscos e do compliance. 3.1 Plano de Capital A Instituição utiliza Plano de Capital que atende aos requisitos da Resolução do BCB nº 4.557/2017, inclusive: (i) ser consistente com o Planejamento Estratégico; (ii) abranger o horizonte mínimo de três anos; (iii) ser revisado e aprovado no mínimo anualmente pela Diretoria; e (iv) contendo requisitos mínimos. 6
7 O Diretor responsável pela Área Financeira envia anualmente à Diretoria, ou quando necessário, o Plano de Capital da Instituição, cabendo à Diretoria analisar o Plano e tomar as medidas necessárias para manter o nível de capital dentro dos limites definidos no Planejamento Estratégico e pelos órgãos reguladores. 3.2 Plano de Contingência de Capital A qualquer tempo, em caso de necessidade, poderão ser adotadas de forma a garantir a manutenção de capital em nível adequado. O Diretor da Área Financeira submeterá, à Reunião de Sócios, Plano de Contingência de Capital, onde o mesmo deverá ser discutido e aprovado pelos sócios da Instituição. 7
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