[Ano] História Natural da Doença e Cadeia Epidemiológica

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1 [Ano] História Natural da Doença e Cadeia Epidemiológica

2 Unidade - História Natural da Doença e Cadeia Epidemiológica MATERIAL TEÓRICO Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dra. Fernanda L. A. Ferreira Revisão Textual: Profa. Dra. Patricia Silvestre Leite Di Iorio 2

3 Introdução Em epidemiologia, estudos são geralmente realizados para identificar causas das doenças para que se possam desenvolver e implementar medidas preventivas que serão avaliadas subsequentemente quanto à eficácia. O modelo unicausal de compreensão da doença, baseado na existência de apenas uma causa para uma doença foi alterado e, atualmente, é aceito o modelo ecológico, também conhecido como da história natural das doenças, baseado na multicausalidade. Proposto por Leavell e Clark (1976), esse modelo considera a interação, o relacionamento e o condicionamento de três elementos fundamentais da chamada Tríade de Leavell Clark ou Tríade Epidemiológica ou Tríade ecológica: o ambiente, o agente e o hospedeiro. A doença seria resultante de um desequilíbrio nas autoregulações existentes no sistema (Figura 1). Figura 1: A tríade ecológica. Fonte: 3

4 Entende-se por HOSPEDEIRO os organismos potencialmente capazes de albergar um agente ou sofrer influências deste, que, por sua vez, provoca danos à sua saúde. AGENTE é definido como todas as substâncias, elementos ou forças, animadas ou inanimadas, cuja presença pode, mediante contato com um novo hospedeiro, constituir estímulo para perpetuar ou iniciar um processo patológico. Condições sanitárias, temperatura, poluição aérea e qualidade da água, além de fatores como densidade populacional, aglomeração e características dos sistemas de produção são características do AMBIENTE que podem influenciar o processo de saúde-doença. Quando se estuda a interação AGENTE HOSPEDEIRO AMBIENTE, estuda-se também a História Natural da Doença, que possui três períodos ou fases fundamentais, o período pré-patogênico ou fase preliminar, o período de incubação, e o período patogênico ou fase intrínseca, que pode apresentar desenlaces diferentes (Figura 2). Figura 2: Esquematização das fases que compõe a História Natural da Doença. Segundo Leavell & Clark (1976), HND é o conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. 4

5 A HND tem início antes mesmo do envolvimento do hospedeiro, ou seja, antes que ele receba o estímulo doença. O primeiro período, o prépatogênico, engloba os primeiros passos das inter-relações entre os agentes etiológicos da doença, o hospedeiro e fatores ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade. Portanto, fica claro perceber que dependendo dos fatores presentes e de que forma eles se relacionam, podem ocorrer situações de mínimo risco e de máximo risco. Cãezinhos que recebem suplementação vitamínica além de uma dieta a base de ração balanceada é uma situação de máximo risco de desenvolvimento de hipervitaminose D e distrofia óssea. O transporte de bovinos de uma zona livre para uma zona endêmica de babesiose configura uma situação de máximo risco de aquisição da doença que pode ser rapidamente fatal. A fase intrínseca ou período patogênico caracteriza-se pelo processo resultante da reação desencadeada no organismo do hospedeiro em consequência do estabelecimento do estímulo doença. Pode ocorrer de duas formas: Relacionamento harmônico: quando as reações do hospedeiro manifestam-se de maneira amena, com evolução inaparente ou subclínica. Neste caso, somente recursos especiais como a realização de análises clínicas, podem detectar o processo. Relacionamento desarmônico: quando há incompatibilidade entre hospedeiro e agente, sendo que o hospedeiro reage de forma mais intensa do que no primeiro caso, resultando nas formas aparentes da doença. O momento entre a infecção e o aparecimento dos sinais clínicos é denominado período de incubação no caso de doenças transmissíveis, ou período de exposição, no de doenças não transmissíveis. 5

6 1. Características dos elementos do ecossistema Conforme discutido anteriormente, para que uma doença ocorra numa determinada população, é necessária a interação de três fatores: AGENTE HOSPEDEIRO AMBIENTE. Estudaremos agora cada um desses fatores e a forma com que cada um deles pode influenciar no desequilíbrio da Tríade Epidemiológica e, portanto, provocar uma doença Agente etiológico No caso das doenças transmissíveis, o agente etiológico é o microrganismo causador da infecção. Pode ser um parasita, um vírus, uma bactéria, um fungo ou um príon. Mas, no caso de doenças não transmissíveis, o agente pode ser de natureza física, química, nutricional ou psicossocial. As doenças transmissíveis possuem, para o epidemiologista, maior importância, portanto, como dito na unidade anterior, vamos nos dedicar totalmente a elas. São várias as características inerentes ao agente etiológico capazes de influenciar a resposta do hospedeiro quando em contato com ele. As principais características do agente etiológico de importância epidemiológica são: Infectividade É a capacidade que o agente tem de penetrar, alojar-se e multiplicar-se no interior do organismo do hospedeiro ocasionando uma infecção, sendo nesse caso, também chamado de agente infeccioso. É importante destacar que infecção não equivale à doença, pois algumas infecções não produzem doença clínica. 6

7 A infectividade está relacionada com a quantidade necessária de um organismo para iniciar a infecção; a dose infectante, que varia com a virulência do agente, e a resistência do hospedeiro. O conhecimento da infectividade dos diferentes agentes biológicos faz com que os epidemiologistas tenham uma previsão da propagação da doença na população. Os vírus da febre aftosa, da peste suína, da influenza suína e do sarampo apresentam alta infectividade. As microbactérias causadoras da tuberculose e os fungos apresentam baixa infectividade Patogenicidade É a capacidade do agente infeccioso de provocar sintomas específicos em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados. Há agentes dotados de alta patogenicidade como o vírus da raiva e o da febre aftosa, e aqueles com baixa patogenicidade como a bactéria causadora da brucelose. Importante destacar que nesta equação não é previsto o número de portadores. Interessam muito à epidemiologia os agentes que apresentam alta infectividade e baixa patogenicidade, pois eles se disseminam facilmente e nem sempre é fácil reconhecer com facilidade as infecções que produzem. 7

8 Virulência É a capacidade do agente de produzir uma doença mais grave ou não, com alta ou baixa letalidade. É a medida da severidade clínica da infecção. É medida pelo coeficiente de letalidade, ou dose letal mediana (DL 50%), que é a menor dose capaz de matar ou provocar reações em 50% dos animais ou outro sistema biológico testado. O vírus da raiva, por exemplo, apresenta alta virulência, enquanto a bactéria que provoca a brucelose animal tem baixa virulência. A patogenicidade e a virulência são comumente características intrínsecas de um agente infeccioso e são condicionadas fenotípica e genotipicamente. Mudanças fenotípicas são transitórias e são perdidas nas gerações sucessivas. As mudanças genotípicas (mutações) têm extrema importância na luta contra um agente, pois alguns agentes etiológicos mutantes se tornam resistentes a antibióticos e quimioterápicos, o que pode acarretar mudanças nos caracteres epidemiológicos da doença Imunogenicidade ou antigenicidade É a capacidade do agente de provocar, no hospedeiro, um estímulo imunitário específico, ou seja, imunidade, que pode ser considerada em relação ao seu grau e a sua duração. Determinados agentes, como os vírus da cinomose em cães, são dotados de uma bagagem imunogênica significativa capaz de induzir o hospedeiro a uma resposta imunitária intensa e duradoura, ao contrário do que se verifica com os vírus da febre aftosa, da gripe e do resfriado, cuja resposta é pobre e de curta duração. Também chamado de poder imunogênico. 8

9 Resistência ou Viabilidade. É a capacidade do agente etiológico de sobreviver no meio ambiente em condições naturais e aos desinfetantes, superando as adversidades do meio, especificamente as influências deletérias do meio exterior, quando fora do organismo hospedeiro. Quanto maior a resistência do agente, maiores são as oportunidades de alcançar outro hospedeiro, condição que não ocorreria a agentes frágeis lançados no ambiente, uma vez que seriam rapidamente destruídos. Cada agente tem, em relação às condições adversas, seu próprio espectro de sobrevivência, com um nível ideal e extremo máximo e mínimo, além e aquém dos quais ele não pode sobreviver Variabilidade ou Plasticidade. É a capacidade do agente de se adaptar ao hospedeiro e ao meio ambiente, sendo que ele, para isto, pode ou não sofrer alterações nas suas características, visando iludir o mecanismo de defesa do hospedeiro ou suportar as condições adversas do meio externo. Um exemplo bastante característico de variabilidade é a do vírus da febre aftosa. Ele pode sofrer alterações nas suas características antigênicas quando transmitido de um hospedeiro para outro parcialmente imune. A variante daí resultante é capaz de infectar animais completamente imunes para a estirpe original. Outro fato ilustrativo da variabilidade dos agentes é a resistência desenvolvida pelos agentes biológicos a substâncias antimicrobianas. Tal capacidade dos agentes se modificarem rapidamente traz consequências sérias e imprevisíveis para as ações de prevenção e controle das doenças. 9

10 1.2. Hospedeiro Em epidemiologia, as definições mais comumente usadas são hospedeiro suscetível e hospedeiro resistente. Suscetibilidade é a falta de defesa de um hospedeiro contra um agente etiológico. Hospedeiro suscetível é toda pessoa ou animal que presumivelmente não possua resistência a determinado agente patogênico e que, por essa razão, é capaz de contrair a doença se colocado em contato com tal agente. Resistência é o estado relativo de defesas específicas e inespecíficas de um hospedeiro contra a entrada, multiplicação e ação lesiva de um agente etiológico. De acordo com o tipo de resistência, podemos definir espécie refratária e imune. Espécie refratária é aquela que apresenta refratariedade, a capacidade de resistir a uma doença, independentemente da existência de anticorpos ou reação específica dos tecidos. A refratariedade ocorre, em geral, por conta de características anatômicas ou fisiológicas do próprio hospedeiro. É o grau extremo de resistência. O homem é refratário ao Plasmodium da malária aviária, os equinos, ao vírus da febre aftosa e as galinhas, ao carbúnculo (Bacillus anthracis). Por outro lado, há doenças próprias do homem, como a influenza, a febre tifóide e as hepatites por vírus, cujos agentes não produzem infecção em outras espécies animais. 10

11 Imunidade ativa. Ocorre devido à produção de anticorpos pelo hospedeiro em consequência de uma infecção com ou sem manifestações clínicas (imunidade natural), ou artificialmente, pela inoculação do agente ou suas frações, por vacinação (Imunidade artificial). Em geral é de duração mais longa do que a imunidade passiva. O segundo contato com o agente, quando existe a imunidade ativa, geralmente resulta em uma resposta mais rápida e intensa que a resultante do primeiro contato. Imunidade passiva. É a imunidade conferida pela transferência de anticorpos específicos formados no organismo de outro animal ou pessoa. Também pode ser natural ou artificial. A natural é a imunidade congênita, que se estabelece no feto pela passagem transplacentária de anticorpos específicos formados no organismo materno por uma infecção ou imunização artificial anterior. Em geral tem duração de alguns meses. Há, também, imunização passiva natural através do colostro e do leite materno. A imunidade passiva artificial é adquirida pela administração de sangue, soro ou seus derivados. Tem duração de algumas semanas e em geral é usada com fins curativos. Espécie imune é a que apresenta resistência específica ou imunidade, a resistência associada ao processo de reação específica do hospedeiro a um estímulo decorrente de seu contato prévio com um determinado agente dotado de bagagem imunogênica. Em geral se deve à presença de anticorpos específicos no organismo do hospedeiro. Notem que a resistência específica ou imunidade pode ser ativa e passiva. Além da resistência específica, a resistência inespecífica ou natural é aquela que independe do estímulo específico que normalmente desencadeia a produção e anticorpos. É voltada a um número amplo de agentes, estando mais relacionada a fatores como idade, estado fisiológico, estado nutricional etc. São os diferentes graus relativos à susceptibilidade de um hospedeiro. O hospedeiro pode apresentar várias características que atuam determinando uma maior ou menor suscetibilidade ante a presença de um determinado agente, podendo estas características serem próprias ou variáveis. 11

12 As características próprias do hospedeiro que afetam sua suscetibilidade, não são influenciadas pelo agente e pelo meio ambiente. São elas: Genótipo: algumas doenças parecem ter apenas causas totalmente genéticas como a porfiria eritropoiética dos bovinos, ou parcialmente relacionadas a componentes genéticos, havendo interação com fatores ambientais como por exemplo, a displasia coxofemoral em cães. Espécies e raças: diferentes espécies apresentam variada suscetibilidade a diferentes agentes infecciosos. Os equídeos são suscetíveis a Anemia Infecciosa Equina, enquanto as aves apresentam a Doença de Newcastle. Mesmo dentro de uma mesma espécie hospedeira podem ser constatadas, no decorrer de epidemias, diferenças associadas à raça a que pertencem os indivíduos envolvidos, revelando, usualmente, uma maior resistência, aqueles indivíduos pertencentes a raças de baixo grau de refinamento e pouco especializadas geneticamente. As raça Nelore que por sua rusticidade adaptou-se ao nosso clima e é criada em larga escala no Brasil, apresenta alta resistência a doenças. Sexo: ocorrem diferenças de susceptibilidade entre os sexos que podem estar associadas a condições fisiológicas, anatômicas ou ocupacionais capazes de influir na intensidade do risco de exposição ao agente, particularmente nos casos de doenças que apresentam afinidade para os órgãos ligados à reprodução. A brucelose bovina ocorre mais comumente nas fêmeas. Idade: sabe-se que algumas doenças ocorrem com maior intensidade à medida que a idade dos indivíduos aumenta, sendo que o inverso também pode ocorrer. Muitas doenças causadas por vírus ou bactérias são mais fatais em animais jovens que em animais adultos devido a imaturidade imunológica. E muitas infecções causadas por protozoários e riquétsias são menos graves em jovens do que em adultos. 12

13 Há características variáveis do hospedeiro que afetam sua susceptibilidade e que estão sujeitas a modificações por influência do agente etiológico e do meio ambiente. São elas: Estado fisiológico: deficiência alimentar, estresse, gestação ou prenhez. Utilização do animal: égua gestante que trabalha numa olaria diariamente responde de maneira diferente de outra puro sangue que serve a seu proprietário somente para reprodução. Densidade (número de animais/área): está ligada ao manejo dos animais. Doenças respiratórias em superpopulação se propagam facilmente Meio ambiente Como já vimos, o meio ambiente participa da propagação de uma infinidade de doenças, mas não é, necessariamente, fator necessário na transmissão das enfermidades transmitidas por contato direto Componentes físicos O clima pode ser considerado como a combinação de um grande número de fatores meteorológicos de natureza variada, como temperatura, pressão atmosférica, chuvas, umidade relativa, radiação solar, nebulosidade, topografia, ventos etc, que podem, direta ou indiretamente, afetar a saúde isoladamente ou em combinações. Eles afetam não só a população dos hospedeiros, mas também a população de vetores e de agentes biológicos da doença. 13

14 Componentes biológicos Os determinantes extrínsecos da doença relacionados ao componente biológico do ecossistema estão particularmente representados por condições decorrentes das interações estabelecidas entre os diversos organismos que povoam o ambiente considerado: artrópodes, roedores, reservatórios, animais suscetíveis, hospedeiros intermediários Fatores sócio-econômicos e culturais Referem-se a todas as influências que o homem exerce sobre o agente e o meio ambiente, portanto sobre a enfermidade. Os principais fatores são: Usos, costumes e superstições da comunidade ou do criador: as romarias, por exemplo, provocam aglomerações e maior incidência de várias doenças, principalmente das respiratórias. Ocupação: nas zonas da pecuária, por exemplo, há quase sempre um maior número de casos humanos de doenças próprias do gado, como a brucelose e a hidatidose. Vias de comunicação: estão relacionadas ao trânsito de animais e de veículos, como também a notificação rápida de doenças, avisos, visitas, programas de educação. Comercialização do gado: toda forma de comercialização que agrupa animais provenientes de várias regiões tende a aumentar o risco de difusão de uma doença. O sistema de comercialização entre produtor e frigorífico evita o contato de animais de origens diversas, facilitando o controle e impedindo a transmissão de enfermidades. 14

15 Manejo: está relacionado aos conhecimentos, hábitos e costumes dos tratadores dos animais, podendo influenciar na rotação de pastagem, densidade populacional etc. Condições higiênico-sanitárias da propriedade: está ligada a consciência sanitária, podendo ser um fator fundamental para a presença de agentes ou vetores. Utilização de tecnologia na agropecuária: desde que usada de forma inadequada, pode influenciar na disseminação do agente, como no caso da ordenhadeira mecânica, inseminação artificial etc. 2. Cadeia epidemiológica Até o momento nós estudamos as características dos elementos que participam da tríade epidemiológica (AGENTE HOSPEDEIRO AMBIENTE) e sabemos que a doença é resultado de um desequilíbrio nas autoregulações existentes nessa tríade. Exceção é feita quando a doença for transmitida por contato direto, já que, neste caso, não existe espaço físico (AMBIENTE) entre o AGENTE e o HOSPEDEIRO. A partir de agora, nós estudaremos como o AGENTE chega até o HOSPEDEIRO. Assim, a cadeia epidemiológica ou cadeia de transmissão demonstra o processo de propagação das doenças transmissíveis. Se o epidemiologista conhecer este mecanismo ele poderá de forma mais racional, adotar medidas sanitárias capazes de prevenir ou impedir a disseminação de doenças. Para montarmos uma cadeia epidemiológica (Figura 2), precisamos ter em mente alguns conceitos: 15

16 Quem hospeda e transmite o agente é a fonte de infecção. O agente abandona o hospedeiro pela via de eliminação. O agente alcança o novo hospedeiro pela via de transmissão. O agente penetra no novo hospedeiro suscetível pela porta de entrada. Fonte de Infecção Via de Eliminação Via de transmissão Porta de Entrada Hospedeiro Suscetível Figura 2: Esquematização dos elementos que compõe a cadeia epidemiológica Elementos que compõe a cadeia epidemiológica Fonte de Infecção (FI) É o primeiro elemento da cadeia epidemiológica. Denomina-se FI qualquer hospedeiro vertebrado que alberga um determinado agente etiológico e que pode eliminá-lo do seu organismo, ou seja, transmiti-lo a um novo hospedeiro. Podem atuar como fonte de infecção: Doentes: hospedeiro que alberga o agente etiológico e manifesta sintomatologia relacionada ao agente. Podem apresentar-se sob diferentes formas, dependendo do grau de alteração que o seu organismo apresenta. DOENTES TÍPICOS: são aqueles doentes que apresentam sintomatologia clínica bastante característica de determinada doença. É correto dizer também que o animal apresenta sintomas patognomônicos da doença. Ex.: bovino com 16

17 vesículas na mucosa oral e espaços interdigitais, acompanhados de febre e sialorreia, sugerindo Febre aftosa. DOENTES ATÍPICOS: hospedeiro que alberga o agente etiológico e manifesta sintomatologia não característica da doença, revelando extrema malignidade ou extrema benignidade. A sintomatologia não é suficiente para sugerir o diagnóstico. Ex. forma benigna de Febre aftosa que pode ocorrer em áreas endêmicas. Mastite que ocorre na Leptospirose. DOENTES EM FASE PRODRÔMICA: hospedeiro que alberga o agente etiológico e manifesta sintomatologia no início da doença, mas ainda não é suficiente para caracterizar o diagnóstico. Entretanto, já pode ocorrer a eliminação do agente etiológico e o animal poderá ser uma fonte de infecção. Ex.: fase inicial da Raiva canina, onde um animal normalmente tranquilo muda seu comportamento, evitando o dono e procurando locais escuros e silenciosos. Concluímos que algumas vezes a FI não é tão facilmente detectada, já que os hospedeiros que albergam o agente etiológico nem sempre manifestam sintomatologia característica, o que pode dificultar a adoção de medidas de prevenção e controle. Portadores: diferentemente dos doentes, os portadores não manifestam qualquer alteração orgânica ou sintomatologia clínica, apesar de albergarem e eliminarem o agente etiológico. Os portadores também podem apresentar-se sob diferentes formas: PORTADORES SADIOS: são os hospedeiros que não apresentaram e nem apresentam manifestações clínicas da doença, embora já tenham passado da sua fase de 17

18 incubação. O mais preocupante, é que esses portadores conseguem eliminar o agente etiológico, ou seja, são transmissores da enfermidade. Ex.: bovino macho com tricomonose. Fêmea suína (matriz) portadora do vírus da peste suína clássica. PORTADORES DE INCUBAÇÃO: são aqueles indivíduos que ainda não apresentaram a sintomatologia clínica por estarem no período de incubação da enfermidade. Nesta fase, mesmo não apresentando sinais característicos da doença, os portadores são capazes de eliminar o agente etiológico e, com isso, propagar a enfermidade. Ressalta-se que, após passar o período de incubação, esses portadores apresentarão sintomatologia clínica. Ex.: animais infectados com o vírus da raiva que podem eliminar o vírus três dias antes de apresentar sintomas. PORTADORES CONVALESCENTES: são aqueles hospedeiros que tiveram a cura clínica da enfermidade, mas continuam albergando e eliminando o agente etiológico. Se essa condição (cura clínica com eliminação do agente) for transitória, denominamos esses hospedeiros de portadores convalescentes temporários. No entanto, se for uma condição que persiste por longo tempo, esses hospedeiros são denominados de portadores convalescentes crônicos. Ex.: na leptospirose e na cinomose, animais ainda podem eliminar o agente após a recuperação clínica dos mesmos. Reservatórios: são todos os vertebrados que atuam como fonte de infecção no processo de disseminação da doença. No entanto, um reservatório é um hospedeiro de espécie diferente daquela espécie em que estamos aplicando a medida sanitária. O reservatório também é suscetível às alterações orgânicas ocasionadas pela presença do agente etiológico, podendo ser classificado em qualquer um dos tipos 18

19 de fonte de infecção já relacionados. Ex.: na raiva rural, o hospedeiro é o bovino e o reservatório é o morcego, e na raiva urbana o hospedeiro é o homem e o principal reservatório é o cão Via de eliminação (VE) É o meio utilizado pelo agente etiológico para sair do hospedeiro e alcançar o meio exterior, na tentativa de alcançar um novo hospedeiro suscetível. A via de eliminação de um agente está estritamente ligada ao seu local de multiplicação ou colonização dentro do organismo do hospedeiro. Assim, o conhecimento da patogenia da doença em estudo é essencial, pois com esse conhecimento, saberemos quais os locais de lesão e, consequentemente, do agente etiológico, ficando mais fácil sabermos qual é a via de eliminação do respectivo agente. Podem constituir vias de eliminação importantes no processo de disseminação das doenças transmissíveis: secreções oculares (ceratoconjuntivite infecciosa dos bovinos); secreções oronasais (raiva, tuberculose, garrotilho, doença de Newcastle); fezes e urina (diarreias bacterianas e virais); sangue e demais fluídos orgânicos (anemia infecciosa equina, leucose enzoótica bovina, babesiose); placenta, líquidos fetais e fetos (brucelose, vibriose e tricomonose); exudatos e descargas purulentas (piobacilose, piometra); descamações cutâneas (sarnas, micoses, varíola); carcaças e órgãos internos (hidatidose, cisticercose e toxoplasmose) Via de transmissão (VT) São os recursos utilizados pelo agente etiológico, após ter deixado a fonte de infecção, para atingir um novo hospedeiro. Os agentes etiológicos mais sensíveis precisam de rápidas vias de transmissão; caso contrário, serão inativados. A seguir estão descritas as principais vias de transmissão utilizadas pelos diferentes agentes etiológicos encontrados no nosso ecossistema. 19

20 Contágio: é o mecanismo de transferência rápida do material infectante fresco, desde a fonte de infecção até o novo hospedeiro, caracterizando-se sempre pela presença de ambos no mesmo espaço e tempo. Esta transferência pode ser direta ou indireta. CONTÁGIO DIRETO: ocorre um contato físico entre superfícies, ou seja, entre o novo hospedeiro e a fonte de infecção. Assim, não existe um relacionamento do agente com o meio exterior. Esta forma de contágio é de extrema importância para os agentes etiológicos mais sensíveis, pois os mesmo, muitas vezes, não conseguiriam sobreviver às adversidades do ambiente. Ex.: o vírus da raiva transmitido pela mordedura; a brucelose, a Doença de Aujeszky e a Campilobacteriose pela cópula. CONTÁGIO INDIRETO: neste caso, não há contato físico entre hospedeiro e agente de forma direta, ou seja, alguns fatores, normalmente ambientais, são necessários para colocar hospedeiro e agente em contato. Ex.: mastite. Transmissão aerógena: ocorre quando o agente etiológico permanece por um período relativamente longo no ar, em suspensão, sendo que a presença concomitante da fonte de infecção e do agente não ocorre. É a transmissão pelo ar, envolvendo outras alternativas de disseminação de agentes infecciosos, como aerossóis ou perdigotos e poeira. AEROSSÓIS OU PERDIGOTOS: são as fragmentações das partículas líquidas das secreções oronasais, por exemplo, no caso de um espirro. As partículas que apresentam mais do que 0,1mm de diâmetro são chamadas de gotículas de Pflugge e, devido ao seu peso, não conseguem atingir grandes distâncias, sendo depositadas no solo. Contudo, com a dessecação, os agentes infecciosos, se sobreviverem, podem ser ressuspendidos com a poeira, atingindo novos 20

21 hospedeiros. Por outro lado, as partículas que apresentam entre 0,01 e 0,001mm (Núcleo Infeccioso de Wells), por serem mais leves, podem atingir novos hospedeiros a longas distâncias, favorecendo os agentes infecciosos mais frágeis. Ressalta-se que os agentes infecciosos eliminados pelas fezes e pela urina, ao permanecer no solo e sofrer dessecação, podem provocar a formação de aerossóis. POEIRAS: os agentes infecciosos que tenham uma certa resistência suportam uma dessecação mais lenta e, com isso, tornam a se ressuspender, sob a forma de poeira, no ar atmosférico, como já foi descrito anteriormente. Ex.: hantavirose. Transmissão pelo solo: o solo é depositário de tudo que lhe é lançado, sendo, por isso, naturalmente contaminado por inúmeros agentes infecciosos. Alguns precisam dele para realizar parte de seu ciclo evolutivo, outros, apenas permanecem ali até conseguirem atingir um novo hospedeiro. Ex.: oocistos de coccídios, ancilostomídeos, carbúnculo Hemático (Anthrax). Transmissão por alimentos: alguns alimentos contaminam-se naturalmente por estarem em contato contínuo com o solo, e, consequentemente, com agentes infecciosos. Outros alimentos, ao serem processados de forma inadequada, tornam-se contaminados, colocando em risco a saúde da população consumidora. Ex.: listeriose, brucelose, doença de Aujeszky. Transmissão por vetores: vetor é um organismo invertebrado que dá proteção ao agente infeccioso, proporcionando-lhe condições indispensáveis a sua propagação. Atuam de forma ativa na propagação do agente. Pode ser: 21

22 VETOR MECÂNICO: transporta o agente etiológico. Ex. AIE (Tabanídeos). VETOR BIOLÓGICO: o agente etiológico se multiplica ou se transforma no vetor. Ex.: doença de Chagas, doença de Lyme, febre amarela, babesiose. Transmissão por hospedeiro intercalado: o hospedeiro intercalado é um invertebrado que não exerce participação ativa no processo de transferência do parasita, podendo ser indispensável para o ciclo do agente ou apenas protegê-lo, enquanto ele permanecer no meio exterior. A diferença do hospedeiro intercalado com o vetor biológico é que o primeiro participa de forma passiva na transmissão do agente infeccioso. Ex.: fasciolose, esquistossomose. Transmissão por produtos biológicos: os produtos imunizantes como os soros e as vacinas, assim como as diversas modalidades terapêuticas, quando não devidamente controlados, podem transformar-se em importantes vias de transmissão do agente infeccioso. Ex.: cinomose. Transmissão por fômites: os fômites tem particular importância naqueles casos onde o agente infeccioso possui uma maior resistência às condições ambientais. Ex.: AIE, Leucose Enzoótica Bovina. Transmissão por veiculadores animados: parte do corpo de animais e pessoas que entram em contato com o agente infeccioso podem servir como meio de transmissão para o agente. Ex.: mastite (mãos do ordenhador). Transmissão por produtos não comestíveis de origem animal: couros, lãs, penas são importantes veículos de propagação de agentes infecciosos. Ex. febre aftosa, carbúnculo hemático (Anthrax). 22

23 Transmissão por materiais de multiplicação animal: neste caso, sêmen, óvulos e embriões servem de via de eliminação e de meio de transmissão. Ex.: Ex. IBR, BVD, Brucelose, Febre Aftosa Porta de entrada Porta de entrada nada mais é do que o ponto ou local de penetração do agente no novo hospedeiro. Muitas vezes um mesmo agente infeccioso pode penetrar no novo hospedeiro por diferentes portas de entrada. As principais portas de entrada são: mucosa do trato respiratório (influenza, garrotilho); mucosa do aparelho digestório (agentes de diarreias); mucosa do aparelho urogenital (brucelose); mucosa da conjuntiva ocular (ceratoconjuntivite infecciosa dos bovinos); pele (larva migrans cutânea, leptospirose); canal galactóforo (mastite); ferida ou cicatriz umbilical (piobacilose) Hospedeiro suscetível É todo hospedeiro vertebrado que é suscetível à infecção por um determinado agente etiológico, criando condições para que este venha a se tornar uma futura fonte de infecção. A suscetibilidade de um hospedeiro varia de acordo com a infectividade e a especificidade do agente. Há doenças nas quais os hospedeiros suscetíveis são restritos a uma ou poucas espécies animais ou mesmo a uma grande amplitude dessas espécies. Ex.: os equídeos são hospedeiros suscetíveis à anemia infecciosa equina, os animais biungulados à febre aftosa, os canídeos à cinomose e os mamíferos à raiva. 23

24 Anotações 24

25 Referências BONITA, R., BEAGLEHOLE, R., KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. 2 ed. São Paulo: Livraria Santos Disponível para download em: FORATTINI, O. P. Ecologia, epidemiologia e sociedade. São Paulo: Artes Médicas, Editora da Universidade de São Paulo-EDUSP, p. LEAVELL, S. & CLARCK, E.G. (1976). Medicina Preventiva. São Paulo: McGraw-Hill. ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia e Saúde. 6.ed. Rio de Janeiro: Medsi, THRUSFIELD, M. Epidemiologia Veterinária. 2.ed. São Paulo: Roca,

26 Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, São Paulo SP Brasil Tel: (55 11)

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