FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE ALEGRE

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1 FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE ALEGRE COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS D I S C I P L I N A : H I G I E N E E S A Ú D E H U M A N A P R O F E S S O R A : P A U L A A L V A R E Z C A B A N Ê Z A L E G R E - ES

2 DOENÇA É um processo nocivo de causas variáveis, que, ao se instalar no organismo, produz manifestações chamadas de sinais e sintomas, as quais em conjunto o caracterizam. As doenças se caracterizam também por particularidades na população. Umas são mais comuns em certas regiões ou em certas épocas ou mesmo de hábitos da população.

3

4 Sinais e Sintomas Sinal - Manifestação objetiva da doença pode ser percebido por outra pessoa, geralmente um médico. Ex.: Tosse, vômitos, diarreia. Sintoma - Manifestação subjetiva da doença, é sentido pelo doente e será conhecido se o paciente se queixar. Ex.: a náusea que antecede o vômito.

5 DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS São aquelas que passam de um indivíduo para o outro, não importando o modo pelo qual isso acontece. Tem como agente causal um ser vivo, o macroparasito (visto a olho nu) ou microparasito (visto com auxílio de microscópio).

6 O PROCESSO DE TRANSMISSÃO (PROCESSO EPIDÊMICO) Transmissão é a passagem de um agente de doença de um indivíduo para o outro. Envolve quatro elementos básicos: AGENTE CAUSAL FONTE AMBIENTE SUSCETÍVEL Pode ser um vírus, uma bactéria, um protozoário, um ácaro, um verme. O elemento a partir Cada do espécie qual se do adquire agente o causal apresenta agente particularidades Conjunto doença. de tudo que o podem que cerca influir um na É todo elemento onde o agente transmissão. indivíduo. causal se multiplica Onde Indivíduo ou acontece se aloja. que o processo corre o risco de transmissão de contrair o e É possível admitir dependendo agente vários causal tipos da de doença uma fontes, determinada pode maior fonte. ou animadas (pessoas, As menor animais crianças influência vegetais) numa sala nesse ou de processo. aula onde há inanimadas Por alguém ex.: (solo, o com bacilo água). caxumba tetânico (fonte), pode ficar por exemplo, vários são os suscetível meses em no solo. relação a essa fonte.

7 MODOS DE TRANSMISSÃO Transmissão direta O agente causal passa da fonte para o suscetível sem o auxílio de um veículo intermediário. Ex: transmissão durante um beijo, durante uma relação sexual ou na mordida de um animal.

8 MODOS DE TRANSMISSÃO Transmissão indireta É aquela em que o agente passa da fonte para o suscetível através de um veículo intermediário; Ex: água, alimentos, insetos.

9 CONTÁGIO contagiu = con: com / tangere: tocar Contágio = com toque, através do ato de tocar Forma de transmissão que exige proximidade (espacial ou temporal) entre a fonte e o suscetível.

10 CONTÁGIO Nem toda doença transmissível é contagiosa. Doença contagiosa é o tipo de doença transmissível que passa por contágio. Ex.: a gripe e o sarampo são doenças transmissíveis contagiosa, pois transmitem por contágio; Já o tétano é uma doença transmissível, mas não é contagioso, mesmo que alguém se aproxime do doente, não pegará a doença.

11 Tipos de Contágio Contágio imediato ou direto: Ocorre através do contato íntimo, entre a fonte e o suscetível. Ex.: relação sexual

12 Tipos de Contágio Contágio mediato ou indireto: não é necessário o contato íntimo entre a fonte e o suscetível. Tempo de transmissão limitado, agentes de doença sobrevivem no ambiente por pouco tempo. Ex.: Feito através de copos, talheres, chupetas, etc.

13 O DOENTE A identificação do doente é o primeiro passo para evitar que essa fonte dissemine a doença. Fazer diagnósticos não cabe ao professor ou ao biólogo, e sim o reconhecimento de sinais que permitam a suspeita de doença transmissível. A transmissão a partir do doente não ocorre apenas quando o indivíduo apresenta sinais de uma doença.

14 O DOENTE O doente, do ponto de vista das características e da fase da doença, pode ser: Doente típico; Doente atípico, ou, Doente prodrômico.

15 O DOENTE Doente típico Apresenta o quadro característico da doença; Não oferece ao médico dificuldades de diagnóstico; A fonte que mais libera o agente da doença, é também o que mais pode ser controlada. Ex.: doente típico do sarampo, é uma pessoa com febre, lacrimejamento, garganta inflamada, tosse, pontos avermelhados na pele e sinal de Koplik.

16 O DOENTE Doente atípico Apresenta sinais e sintomas; Não compõe o quadro característico da doença; Dificulta o diagnóstico e muitas vezes retardando a tomada de medidas profiláticas.

17 O DOENTE Doente Prodrômico Aparecem os primeiros sinais (pródromos) da doença; Porém ainda insuficientes para caracterizá-la; Nessa fase, dependendo da doença, pode haver elevada liberação do agente causal; A identificação de um doente prodrômico pode evitar a instalação de um surto da doença.

18 Portadores Sãos Todos os indivíduo que não apresentam sinais de uma doença, não estão doente; Embora possuam o agente causal, podendo, transmiti-lo, recebem o nome de portadores sãos ou sadios; Ex.: Uma cozinheira norte americana durante 37 anos disseminou a febre tifóide (Bastos, 1976). Em 8 anos foi a fonte de sete epidemias, com mais de duzentas pessoas atingidas Typhoid Mary.

19 Tipos de Portadores Sãos Portador passivo - Aquele que não desenvolveu a doença e nem irá desenvolvê-la; Portador ativo - Não desenvolveu a doença mas está liberando o agente. Indivíduo que está se recuperando, ou já se recuperou, mas continua liberando o agente da doença.

20 Portador Passivo Portador permanente- Alberga um agente de doença por longo tempo. Ex.: Há pessoas que liberam a Salmonella typhi durante vários anos. Portador temporário -Alberga um agente de doença por um curto período de tempo. Ex.: Há que contraem o vírus da poliomielite e não adoecem, mas chegam a libera-lo, embora por um curto tempo.

21 Portador Ativo Portador precoce - Não tem nenhum sinal ou sintoma, pois está no período de incubação, mas já libera o agente da doença. Ex.: coqueluche, na rubéola e na AIDS Portador convalescente - No período de recuperação, ou durante algum tempo, continua liberando o agente da doença. Ex.: escarlatina.

22 Portador Ativo Portador Crônico - Decorrido um tempo prolongado após a doença, continua liberando o agente causal. Ex.: da febre tifóide.

23 O agente causal Apresenta algumas características que influem na transmissão ou instalação da doença; Essas características se manifestam em graus diferentes, de acordo com a espécie do agente causal; As principais são: infectividade, patogenicidade, virulência, imunogenicidade e viabilidade.

24 Infectividade Capacidade de penetrar em um organismo reproduzindo-se ou desenvolvendo-se; A infectividade de um agente pode ser avaliada pela freqüência com que a infecção incide na população. Ex:O vírus da gripe tem infectividade alta.

25 Patogenicidade Capacidade do agente para produzir alterações em um organismo; Pode ser avaliada pelo número de indivíduos que, entre, os infectados apresentam sintomas, isto é ficam doentes; Ex:O toxoplasma tem alta infectividade (1/3 da população mundial o possui)mas baixa patogenicidade (são poucos os casos da doença em proporção ao número de infectados).

26 Virulência Não deve ser confundido com patogenicidade; Capacidade do agente para causar alterações graves em um organismo; Pode ser avaliada pelo número de óbitos ou de seqüelas entre os que apresentam a doença. Ex: A raiva, é altamente virulento, há óbito em 100%dos casos. O vírus da poliomielite, que pode deixar paralítica a criança

27 Imunogenicidade Capacidade do agente de induzir um organismo a dar uma resposta protetora contra o próprio agente (resposta imune); O vírus do sarampo tem elevada imunogenicidade, raramente se contrai sarampo uma segunda vez. A gripe, tem imunogenicidade menor

28 Viabilidade Capacidade do agente para sobreviver fora do hospedeiro. A forma esporulada do bacilo tetânico tem alta viabilidade sobrevive vários meses no ambiente. O gonococo tem baixa viabilidade, perdendo seu poder de infecção em pouquíssimo tempo quando está fora do organismo.

29 Considerações sobre o ambiente Ambiente é tudo o que cerca um ser vivo; O homem, cria componentes sócio-econômicos que podem atuar na transmissão das doenças; Os fatores ambientais que atuam no processo de transmissão podem ser agrupados em: Fatores físicos, Biológicos e sócio-econômicos.

30 Fatores Físicos Os fatores físicos atuam de forma variada; Temperatura, umidade, enchentes, água parada; Temperaturas altas - Reprodução de bactérias, Umidade alta - Sobrevivência de bactérias, fungos e insetos. Enchentes -Febre tifóide e a leptospirose Águas paradas -malária, febre amarela,dengue

31 Fatores Biológicos Muitos artrópodes são vetores de doença; Ex: o inseto barbeiro, os carrapatos vermes que infestam o homem, como o porco, o boi

32 Fatores sócio-econômicos Os fatores sócio-econômicos criam as condições favoráveis para a transmissão e instalação de doenças; A desnutrição, Falta de saneamento básico Falta de hábito de higiene; Vida em habitações precárias,

33 Indicadores do nível de saúde A avaliação do nível de saúde de um país é feita através de dados que refletem: as condições de saneamento básico, de assistência a saúde e de bem estar das pessoas.

34 A OMS sugere 3 categorias de indicadores Indicadores que refletem o estado de saúde das populações (coeficiente de mortalidade geral, coeficiente de mortalidade infantil, esperança de vida ao nascer e outros); Indicadores que refletem as condições ambientais (rede de esgoto, água tratada) ; Indicadores que refletem os serviços de saúde prestados à população (números de leitos e números de médicos em relação ao número de habitantes, etc)

35 A OMS considera que um país conquistou marcos rumo a saúde quando A política de saúde para todos foi objeto da mais alta aprovação oficial; Foram criados ou reforçados mecanismos que permitam a participação da população na aplicação das estratégias de saúde (participação de associações de diferentes profissionais, de agricultores e de sindicatos); Pelo menos 5% do produto nacional bruto são destinados a saúde

36 A OMS considera que um país conquistou marcos rumo a saúde quando Uma porcentagem razoável das despesas nacionais de saúde destina-se ao atendimento a saúde a nível local ( atendimento geral a comunidade em centros de saúde e postos de saúde, e não em grandes hospitais); Os recursos são distribuídos eqüitativamente Para os diferentes grupos populacionais e para áreas urbana e rural; Há estratégias bem definidas de saúde para todos e destinação clara de recursos com o apoio constante dos países ricos;

37 A OMS considera que um país conquistou marcos rumo a saúde quando Os cuidados primários de saúde estão a disposição do conjunto da população (água tratada, vacinação, assistência materno-infantil); O estado nutricional das crianças é satisfatório;( 90% dos recém-nascidos com peso igual ou superior a 2,5 quilos e 90% das crianças com peso corporal correspondente aos valores de referência da OMS.)

38 A OMS considera que um país conquistou marcos rumo a saúde quando A taxa de mortalidade infantil para todos os subgrupos da sociedade é inferior a 50 por 1000 nascidos vivos; A esperança de vida ao nascer é superior a 60 anos; A taxa de alfabetização dos adultos (homens e mulheres) é superior a 70%. O produto Nacional Bruto por habitante é superior a 500 dólares.

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