REDAÇÃO DE VESTIBULAR: TAMBÉM CABE PENSAR SOBRE VOCABULÁRIO

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1 Referência da publicação deste texto: FINATTO, M. J. B.. Redação de vestibular: também cabe pensar sobre o vocabulário. In: ABREU, Sabrina (Org.). Reflexões linguísticas e redação no vestibular. 1ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010, v., p REDAÇÃO DE VESTIBULAR: TAMBÉM CABE PENSAR SOBRE VOCABULÁRIO PREÂMBULO Maria José Bocorny Finatto 1 Antes de propriamente entrar no tema vocabulário, creio que vale fazer uma pequena digressão relativa ao que estará implicado no viés da reflexão sobre o que significa usar esta ou aquela palavra em um texto. Menciono palavra já antecipando que se pode pensar em vocabulário, muito grosso modo, como o conjunto total de palavras de uma dada língua ou dada pessoa ou dado texto. Para a digressão, convoco, embora descontextualizada, a seguinte frase: No fundo, o problema da significação não é resolver se às palavras corresponde algo no mundo externo e sim o que fazemos do ponto de vista semântico quando usamos as palavras para dizer algo. (MARCUSCHI, 2003) O que sinaliza essa frase? Que usamos palavras para dizer algo e que, com isso, fazemos algo que é semântico ou significativo. Fazemos, agimos e escolhemos significados ou sentidos. Uso esses dois últimos termos vinculados por um OU e também os dois primeiros sem a preocupação de antecipar qualquer distinção teórica sobre, afinal, o que é ou o que seria semântica. Essa condição de fazer algo com palavras, acredito, é uma condição inicial a considerar sobre o uso da linguagem para quem 1 Doutor em Letras/Estudos da Linguagem/UFRGS.Professor Associado 1 do Depto. de Linguistica, Filologia e Teoria LiteráriaDocente do Instituto de Letras da UFRGS junto ao Departamento de Linguística, Filologia e Teoria Literária, docente do PPG-Letras/UFRGS, bolsista produtividade em pesquisa CNPq. 1

2 trabalha com produção textual na Escola em qualquer nível. Afinal, escrever é construir sentidos à medida que lançamos palavras no papel ou na tela do editor de texto ou que deixamos esse ou aquele scrap no Orkut de um amigo. O sujeito que escreve escolhe dizer o que diz e como dizer. E essa escolha não ficará impune perante o seu leitor se ele for realmente um leitor, algo bem oposto a um decodificador protocolar. Até aqui, pensamentos e, quem sabe, até alguma filosofia. Isso poderá dizer ou pensar um leitor deste texto. Mas, haverá realmente esse querer dizer e alguma escolha ou autonomia em meio à situação da escrita de uma redação de vestibular? A resposta, acredito, é sim, não e até um talvez. Vale ter mente que o tema do texto/redação é determinado por uma equipe avaliadora e o jeito de dizer é, em parte, condicionado pelo tipo de texto que nela se solicita. Assim, a liberdade dessas escolhas é bem relativa. Entretanto, saber lidar com limites e condicionamentos que se colocam entre o e o que se precisará dizer e o que se gostaria de dizer /escrever - no momento do concurso vestibular e em outros tantos momentos de nossas vidas é o que faz o diferencial da escrita e da comunicação competentes. Dizendo de outro modo: o candidatovestibulando precisa - e não pode fugir disso escrever algo interessante e adequado sob as amarras de um tema X que lhe é determinado, mas tem a liberdade de poder fazer isso de diferentes formas entre as formas aceitáveis e previstas pelo tipo de texto em questão. Aqui, entra, portanto, o que ele pode e deve escolher. Há um ponto de autonomia previsto e, em geral, quem o reconhece e o ocupa de modo competente tende a ser identificado como original, criativo ou, pelo menos, consistente. Algumas pessoas, quando escrevem para o Vestibular, não ousam nada. Escolhem, assim, repetir fórmulas de redação que conhecem ou fórmulas que, segundo alguns treinadores de escrita, são receitas infalíveis. Considero que o recurso ao modelo do gênero textual e discursivo é lícito para vencer o tipo de texto que se exige no vestibular. Mas, mesmo o modelo pronto tem como inerente a diferenciação possível de cada um, de modo que a palavra vencer antes citada adquire vários sentidos. 2

3 Considerando modelos de dissertação para o vestibular, há quem preceitue que, para a introdução da redação, o vestibulando deve obrigatoriamente situar um espaço-tempo. Depois, naquilo que denominam desenvolvimento, será indispensável apresentar um lado da questão/problema/tema. Em seguida, viria o outro lado de uma massa amorfa chamada ponto central do tema. Na sequência dessa instrução hipotética, deve haver alguma ponderação não muito radical sobre cada lado do problema que, se não for realmente um problema para o redator, precisará sê-lo. Por fim, bastaria fazer uma conclusão que seja marcada como tal mesmo que não se conclua nada. Assim, começaria o desejado final da redação desejado mesmo antes de ela começar a ser escrita - com um batido e repetido Disso podemos concluir que.... Pois bem, no âmbito deste trabalho e desse tipo de instrução modelar, quando tratamos de refletir sobre o papel do ensino sobre vocabulário para promover uma produção escrita diferenciada, voltada para redações de vestibular, a intenção é justamente mostrar que é possível escolher, ousar, inovar e produzir um sentido, estabelecendo uma comunicação qualificada com o leitor-avaliador do texto. E, em meio à massa repetida e reciclada dos chavões e das fórmulas prontas de redação, o uso consciente e estratégico de uma palavra e não de outra, em meio ao fluxo de sentido que o redator estabelece, pode ser um diferencial do texto qualificado. É isso o que parece saltar aos olhos dos avaliadores em meio a cinquenta textos que parecem sempre muito iguais. Por que muito iguais? Veja essa situação: entre os avaliadores de redações de vestibular, ao final de dois turnos de trabalho, não há como negar que se tem alguma impressão de ter relido um único mesmo texto várias vezes. Naturalmente, todas as redações obedecem ao mesmo comando-tema da proposta, e isso colabora para a sensação de repetição de textos. Entretanto, ecoam também nessa situação, infelizmente, traços do ensino modelar antes citado. Ainda assim, apesar da mesmice, o bom avaliador percebe, entre uma massa de iguais, aqueles que conseguem fazer diferente e que alcançam, realmente, dizer algo que faz sentido. Fazer sentido, nesse caso, então, torna-se equivalente a provocar sentidos. Nesse processo, a 3

4 ponderação sobre as palavras postas no papel torna-se um agir, uma escolha feita por quem está ciente disso. Colocado este preâmbulo, passo, a seguir, a uma brevíssima apresentação teórica do tema vocabulário, noção que pretendo situar em meio ao tema das escolhas de modos de dizer em geral. À parte da dimensão mais simples do que se possa entender pelo termo, como conjunto de palavras, sublinho e antecipo desde já a relação entre vocabulário e um conjunto de escolhas de palavras. VOCABULÁRIO, O QUE É ISSO? De acordo com Benveniste (1989), há dois sistemas na linguagem: o sistema semiótico, das formas da língua, cuja unidade é o signo, e o semântico, do uso, do discurso, cuja unidade é a palavra 2. Nesse cenário de uma linguagem dupla-face, o sujeito-enunciador (no que se inclui o redator-vestibulando) toma os signos do sistema semiótico e os significa. Assim, ele dá um sentido a esses signos escolhidos, tornando-os palavras da frase, opera, portanto, no nível semântico, de acordo com a instância de discurso que se apresenta. Em resumo, o signo torna-se palavra pela enunciação (conforme já assinalamos em trabalho anterior nesta mesma publicação, vide Finatto, Azeredo, Cremonese, 2008). O léxico ou o vocabulário 3, as palavras que, enfim, compõem uma língua, estão em toda parte e, ao mesmo tempo, associam-se a diferentes dimensões da linguagem. E, respeitando o acima citado sobre a distinção entre o que tange à semiótica e o que tange ao discurso-uso, teríamos uma perspectiva de vocabulário que é conformada pelo plano 2 Aqui vale alertar que a separação dos níveis semiótico e semântico somente pode ser feita para fins didáticos. Além disso, tais níveis não devem ser identificados com as noções de língua e fala de Saussure. Embora a teoria benvenistiana seja intrinsecamente relacionada à teoria saussuriana, Benveniste vai além do que propunha Saussure, uma vez que a noção de nível semântico engloba o uso da língua pelo sujeito. 3 Não diferenciaremos aqui os termos léxico e vocabulário. Entretanto, essa distinção é útil e muito importante em alguns momentos e no cenário de algumas oposições da Lexicologia e Lexicografia. Logo mais adiante, neste texto, temos a distinção como um exemplo de tratamento teórico do tema do vocabulário. 4

5 da palavra-signo e pelo plano da palavra-em-uso. A palavra-signo, assim, torna-se verdadeiramente uma palavra com sentido à medida que eu a uso em uma cadeia, cercada por outras palavras. Seguindo essa concepção, não há como deixar de pensar que a palavra-signo, descontextualizada, mas pronta para ser convocada pelo redator, corresponda ao acervo de opções disponível em um imenso dicionário ainda não escrito. Valendo uma analogia com os dicionários impressos ou eletrônicos, poderíamos dizer que nos dicionários as palavras repousam como possiblidades, enquanto que nos textos falados e escritos elas realmente vivem. Ao recorrer ao viés teórico enunciativo de Benveniste ou a qualquer outro que se quisesse utilizar, independentemente de pontos de vista teóricos, fica claro que é perfeitamente possível tratar as palavras que perfazem uma língua, o vocabulário, sob diferentes ângulos. Apenas até aqui, posto de um modo muito rudimentar, já pudemos pensar em palavras dormentes e palavras vivas, oposição que algumas teorias utilizam para distinguir entre o que seria o vocabulário ativo e o vocabulário passivo 4 de um falante. Os Estudos da Linguagem, as gramáticas e os dicionários tratam das palavras pela ótica da fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e também pela macro-perspectiva do texto, do discurso e da sua enunciação. Enfim, há várias perspectivas sobre o que seja o vocabulário. E elas todas são derivadas das diferentes perspectivas sobre o que seja uma palavra. O vocabulário, aqui considerado no cenário específico da redação de vestibular, tem a função de um grande intermediador entre os diferentes planos da língua, planos que os distintos pontos de vista de descrição e de investigação da linguagem estabelecem. A despeito de tamanha complexidade, permanece a necessidade de compreendê-lo por modos simples ou acessíveis, mesmo que os linguistas recortem dimensões do léxico-vocabulário que muitas vezes parecem incompreensíveis para quem é leigo no assunto. Vejamos, a seguir, um exemplo disso. Para Biderman (1998, p.87-89), como para outros autores, léxico é termo que corresponde a um conjunto abstrato das unidades lexicais 4 O vocabulário ativo, em geral, é compreendido como aquele conjunto de palavras que um falante conhece e usa. O passivo é o que ele conhece ou reconhece de alguma forma, mas não utiliza. 5

6 de uma língua, sendo que essas unidades abrangem desde prefixos até formas mais discretas (ou finas, tais como a tonicidade). Já, por vocabulário, a autora entende as realizações discursivas dessas unidades, salientando que correspondem a realizações discursivas quaisquer sequências significativas de palavras ou de vocábulos. Sob essa perspectiva, o vocabulário de uma língua abarca um repertório multifacetado que vai desde unidades monossilábicas até unidades fraseológicas, como construções fixas, idiomatismos, frases feitas ou provérbios. Além disso, é fácil perceber que, na dimensão abstrata, está o léxico e, na concreta, o vocabulário. Nesse último, estão as sequências significativas de palavras. A correlação entre essa perspectiva e a antes citada de Benveniste parece óbvia. Ainda assim, à parte da oposição concreto-abstrato, sob uma dimensão bem mais prática, é possível também pensar no vocabulário de uma língua também como aquilo que os dicionários em geral espelham. Sob essa ótica, o vocabulário do português pode ser comparado ao conjunto de verbetes de um dicionário como Houaiss ou Aurélio. Seguindo nesse viés mais prático, no plano, por exemplo, de um texto, o vocabulário corresponderia à listagem de todas as palavras diferentes que o compõem. Nesse ponto, se nele ocorressem as palavras dormiu e dormia, ambas poderiam ser aglutinadas sob uma mesma forma chave, identificada por sua forma infinitiva dormir. O procedimento valeria para todas as formas flexionadas de palavra. Assim, agem os dicionaristas. Mesmo que fossem listadas as palavras do texto e agrupadas as variantes sob uma forma, restariam dúvidas sobre como organizar essa lista-hierarquia, sobretudo para os casos de palavras compostas por hífen... como dicionarizar nesse vocabulário de um único texto uma palavra como pé-de-moleque ou como guarda-sol? São duas ou uma só palavra? O que vale mais, a forma ou o sentido na hora de se decidir sobre uma palavra? Esse problema envolve um outro assunto, a lematização, tratado no âmbito da Lexicografia e da Lexicologia, que não cabe aprofundar aqui. Para os interessados, sugiro consultar o texto de Biderman (1998) antes citado. Por hora, acredito que cabe reter que a concepção de vocabulário pode corresponder, grosso modo, a um acervo ou repertório de palavras, 6

7 de segmentos de palavra ou de agrupamentos de palavras de diferentes tipos. Entretanto, é muito importante reconhecer que há muito mais além disso. Avançando um pouquinho só além, já vemos o plano das escolhas. ALGUNS EXEMPLOS DE VOCABULÁRIO EM REDAÇÕES DE VESTIBULAR No concurso vestibular da UFRGS de 2010, o tema da redação solicitou que os candidatos dissertassem sobre o quanto incivilidades e infrações podem impedir a construção de uma sociedade sadia. A partir dessa proposta, vejamos algumas amostras de texto no segmento que vai entre os títulos e o primeiro parágrafo de cada texto (eventuais erros de expressão/ortografia foram eliminados): Texto 1: Pequeno delito: alicerce de um celeuma Como o ato de furar filas pode se relacionar à prática da sonegação de impostos e ao progresso de uma Nação? Incivilidades nos levam a cometer infrações, o que representa um empecilho para o progresso de um país. Texto 2: A honestidade caiu no desuso? Ao mesmo tempo que noticiários exibem o pragmatismo político, furamos a fila do banco. Estamos lendo no jornal o escândalo do governo e junto fumando em lugar proibido. Ou até vendo desfechos de casos de corrupção em uma TV paga, ironicamente, clandestina. Mera coincidência? Texto 3: Sociedade doente Antigamente nossa sociedade vivia melhor, era mais unida, mais educada, tudo era mais calmo. Hoje em dia perdemos o controle mais rápido. Ignorância, grosseria, violência estão tomando conta da maioria das pessoas. Estamos vivendo em uma sociedade ignorante que finge não saber seguir regras, leis. Texto 4: Antiética: infração e incivilidade A falta de ética com a moralidade da sociedade causam infrações e incivilidades. Transformando pessoas em hipócritas que trazem problemas ao dia-a-dia do povo. 7

8 Se somarmos o vocabulário desses quatro trechos, considerando cada palavra diferente como uma palavra, incluindo as palavras do título, teríamos o quadro 1 a seguir. Ele traz todas as 118 palavras diferentes que estão nos trechos organizadas em ordem alfabética o número ao lado de cada palavra corresponde ao número de vezes que cada uma foi empregada no conjunto dos quatro trechos: Quadro 1- Lista de palavras dos quatro trechos reunidos A 6 EXIBEM 1 O 6 À 1 FALTA 1 OU 1 ALICERCE 1 FILA 1 PEQUENO 1 ANTIÉTICA 1 FILAS 1 PERDEMOS 1 ANTIGAMENTE 1 FINGE 1 PESSOAS 2 AO 3 FUMANDO 1 PODE 1 ATÉ 1 FURAMOS 1 POLÍTICO 1 ATO 1 FURAR 1 POVO 1 BANCO 1 GOVERNO 1 PRAGMATISMO 1 CAIU 1 GROSSERIA 1 PRÁTICA 1 CALMO 1 HIPÓCRITAS 1 PROBLEMAS 1 CASOS 1 HOJE 1 PROGRESSO 2 CAUSAM 1 HONESTIDADE 1 PROIBIDO 1 CELEUMA 1 IGNORÂNCIA 1 QUE 4 CLANDESTINA 1 IGNORANTE 1 RÁPIDO 1 COM 1 IMPOSTOS 1 REGRAS 1 COMETER 1 INCIVILIDADE 1 RELACIONAR 1 COMO 1 INCIVILIDADES 2 REPRESENTA 1 CONTA 1 INFRAÇÃO 1 SABER 1 CONTROLE 1 INFRAÇÕES 2 SE 1 CORRUPÇÃO 1 IRONICAMENTE 1 PAGA 1 DA 3 JORNAL 1 PAÍS 1 DAS 1 JUNTO 1 PARA 1 DE 8 LEIS 1 SEGUIR 1 DELITO 1 LENDO 1 SOCIEDADE 4 DESFECHOS 1 LEVAM 1 SONEGAÇÃO 1 DESUSO 1 LUGAR 1 TEMPO 4 DIA 3 MAIORIA 1 TOMANDO 1 DO 3 MAIS 4 TRANSFORMANDO 1 DOENTE 1 MELHOR 1 TRAZEM 1 E 4 MERA 1 TUDO 1 8

9 EDUCADA 1 MESMO 1 TV 1 EM 5 MORALIDADE 1 UM 3 EMPECILHO 1 NAÇÃO 1 UMA 3 ERA 2 NÃO 1 UNIDA 1 ESCÂNDALO 1 NO 2 VENDO 3 ESTAMOS 2 NOS 1 VIOLÊNCIA 1 ESTÃO 1 NOSSA 1 VIVENDO 1 ÉTICA 1 NOTICIÁRIOS 1 VIVIA 1 Ao olhar essa lista do quadro 1 (coisa que hoje pode ser gerada por uma ferramenta de computador em alguns segundos) 5, parece que de muito pouco texto, pois foram apenas quatro pequenos trechos de redação, surgiu muito. Isso é verdade, pois o vocabulário é um muito do qual, em geral, não temos percepção. Essa apreensão global, quantitativa, pode ser muito útil para diferentes finalidades. Do mesmo modo, se procurarmos saber quais palavras foram as mais utilizadas nos quatro segmentos, vemos o seguinte no que se refere às 20 unidades mais empregadas. Isso é o que mostra o quadro 2 a seguir: Quadro 2-20 palavras mais usadas 1 DE 8 2 A 6 3 O 6 4 EM 5 5 E 4 6 MAIS 4 7 QUE 4 8 SOCIEDADE 4 9 AO 3 10 DA 3 11 DIA 3 12 DO 3 13 UM 3 14 UMA 3 5 Para quem tenha interesse em ferramentas que geram as listas das palavras que compõem um texto, há algumas disponíveis em ver a guia Caixa de Ferramentas. Para obtenção de listas de textos publicado em jornais populares, tal com o jornal Diário Gaúcho, consulte ver a opção PorPopular. 9

10 15 ERA 2 16 ESTAMOS 2 17 INCIVILIDADES 2 18 INFRAÇÕES 2 19 NO 2 20 PESSOAS 2 Entre as palavras mais empregadas, temos a preposição DE. Embora pouco percebamos, essa é a mais palavra mais frequente do português escrito no Brasil 6. A primeira palavra mais presente, entre as que não têm natureza gramatical ou instrumental em meio à língua, é SOCIEDADE. Em estudos que fazem estatística de vocabulário 7, sociedade, em sendo a mais frequente nesse grupo ou tipo de palavras, ditas lexicais, corresponderia à palavra-tema do texto. De outro lado, para além desse viés quantitativo de abordagem do vocabulário, que é uma área que pode ser muito curiosa e interessante, vale examinar o início do texto 4: Antiética: infração e incivilidade A falta de ética com a moralidade da sociedade causam infrações e incivilidades. Transformando pessoas em hipócritas que trazem problemas ao dia-a-dia do povo. Sim, há muitas palavras diferentes nesse pequeno trecho. Sociedade, infrações, incivilidades, hipócritas, problemas, povo, pessoas são itens de um vocabulário variado. Podemos dizer que temos aqui uma amostra de um vocabulário pouco repetitivo. Mas, como essas palavras, juntas, fazem sentido? A resposta, para quem reler o trecho, com cuidado, é que há alguma dificuldade para fazerem sentido juntas. Talvez elas façam mais sentido separadas, na dormência de um dicionário. E isso ocorreu por quê? Porque quem as escolheu usar, aparentemente, não sabia muito bem o que fazer com elas, como 6 Para mais detalhes sobre DE e suas frequências, veja Villavicencio e Finatto (2010). 7 A Linguística de Corpus é uma área de estudos que se ocupa disso. Veja mais em Berber Sardinha (2004). 10

11 significá-las. Algumas, o redator trouxe emprestadas da proposta do tema, outras são de sua própria autoria. O vocabulário mobilizado nesse caso do trecho acima, então, estaria no pré-estágio do léxico? Sim! Esse é o ponto que, espero, serve para enfeixar o que tentei ponderar aqui. A mensagem mais básica que gostaria que meu leitor apreendesse com o que leu até aqui é que, no caso acima, os signos careceram da sua condição de palavra. Isso, presente, faria toda diferença. E penso que é sobre isso que quem ensina sobre redação deve ater-se. Ademais, repetir palavras não é algo ruim por si. É muito melhor usar palavras mais comuns, corriqueiras, que eu costumo utilizar, do que usar uma palavra mais chique, que nos pareça estranha, sem saber o que tê-la escolhido pode significar. Escolher uma palavra é abrir mão de outra. Saber disso significa uma ponderação. Esse saber é parte de uma apropriação das palavras por parte de quem escreve, o que faz com que sejamos, realmente, um sujeito dono de nossas palavras. Por fim, creio que cabe ainda dizer, sinteticamente, que: a) perceber as diferentes dimensões do vocabulário de uma língua ou de um texto pode facilitar uma reflexão qualificada sobre a linguagem e sua natureza; b) é viável e importante tratar do vocabulário e do léxico em meio ao ensino da produção escrita; c) desvelar o repertório de palavras de um texto qualquer pode ser uma ótima alternativa de atividade de sala aula, sobretudo se pensarmos que vários geradores automáticos de listas de palavras estão hoje oferecidos gratuitamente na internet; d) quantidade, qualidade e variedade de vocabulário, podem ser temas importantes a explorar, mas tornam-se algo muito pequeno quando não se tem presente a dimensão de uma significação qualificada. Esse é principal ponto a ensinar, sempre. REFERÊNCIAS BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral II. Campinas: Pontes, Editora da UNICAMP,

12 BERBER SARDINHA, Tony. Lingüística de Corpus. Bauru-SP: Manole, BIDERMAN, Maria Teresa Camargo. Dimensões da palavra. In: Filologia e Linguística Portuguesa, São Paulo, Humanitas, FFLCH/USP, n.2. p , FINATTO, M.J. B.F.; CREMONESE, L.E.; AZEREDO, S. O vocabulário na redação de vestibular: do enfoque estatístico às especificidades da enunciação. In: ABREU, S. (org.) A redação no vestibular: do leitor ao produtor de texto. COPERSE/UFRGS. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008, p MARCUSCHI, Luiz Antônio. O Léxico: Lista, Rede ou Cognição Social? [2005]. Texto inédito, reformulado a partir da versão apresentada no V CICLO DE SEMINÁRIOS EM PSICOLOGIA COGNITIVA COGNIÇÃO E LINGUAGEM, da Universidade Federal de Pernambuco, Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva, Recife, de 2 a 4 de dezembro de p. VILLAVICENCIO, A.; FINATTO, M. J. B.. The Preposition DE in Brazilian Portuguese as a Verbal Link. In: International Conference on Computational Processing of the Portuguese Language, 2010, Porto Alegre- RS. Propor 2010 Extended Activities Proceedings. Porto Alegre - RS: FACIN-PUC-RS, v. 01. Disponível em: io.pdf 12

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