ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE MECANISMOS DE CONTROLE DO RISCO DE MERCADO PARA COMPRA DE INSUMOS E VENDA DO BOI GORDO NA PECUÁRIA DE CORTE

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1 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE MECANISMOS DE CONTROLE DO RISCO DE MERCADO PARA COMPRA DE INSUMOS E VENDA DO BOI GORDO NA PECUÁRIA DE CORTE UTILIZATION ANALISYS OF MARKET RISK CONTROL MECHANISMS FOR INPUTS BUYING AND FAT OX SALE IN LIVESTOCK CUTTING. GUSTAVO DE SOUZA CAMPOS BADARÓ Zootecnista (UFLA) Acadêmico de Pós-Graduação em Gestão de Negócios Economia e Mercado - PPGA/UFLA gubadaro@gmail.com LUIZ GONZAGA DE CASTRO JÚNIOR Professor Associado Departamento de Administração e Economia da UFLA DAE/UFLA lgcastro@dae.ufla.br RENATO ELIAS FONTES Professor Adjunto Departamento de Administração e Economia da UFLA DAE/UFLA refontes@dae.ufla.br 1

2 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE MECANISMOS DE CONTROLE DO RISCO DE MERCADO PARA COMPRA DE INSUMOS E VENDA DO BOI GORDO NA PECUÁRIA DE CORTE Resumo O estudo visa à análise dos mercados futuros na gestão de risco de preços dos insumos boi magro, milho e soja, através da ferramenta de hedge de compra, bem como, analisa os melhores períodos para hedgear a venda do boi gordo, voltando-se a sistemas de produção de bovinos de corte confinados. Questiona-se nesse trabalho, se os mercados futuros podem atender as demandas de mercado de bovinocultores de corte que trabalham com sistemas de produção em confinamento, tendo como objetivo principal proceder a análise histórica das operações de hedge de compra de insumos (boi magro, milho e soja) e de venda para produção (boi gordo), através de contratos futuros a partir de diferentes períodos de análise para efetivação das operações de hedge, verificando o impacto de seu uso sobre o resultado econômico da atividade em comparativo com o mercado à vista. Os resultados indicam que o período de dezembro a março se mostrou favorável para que produtores de gado de corte em sistemas de confinamentos assumam posições em contratos futuros visando hedgear a compra de seus principais insumos, bem como, a venda da produção. No contexto da gestão de risco, os resultados apontam para a eficiência dos mercados futuros diante de necessidades mercadológicas de produtores de bovinos de corte em sistemas de confinamento, quando se considera os parâmetros do modelo em estudo. Observa-se, por fim, que as médias dos retornos (ROIs) obtidos em ambos os mercados, diluídos em cinco anos, apresentam taxas que podem ser consideradas próximas dentro de uma perspectiva financeira e econômica (médias de 10,30% ao ano, para as simulações com futuros e de 12,19% ao ano, apara as simulações à vista) Palavras Chave: hedge, confinamento de gado de corte, contratos futuros Abstract This work presents an analysis of futures markets to manage price risk of inputs: feeder cattle, corn and soybeans, through hedging tool purchase, as well as analyzes the best periods to hedge the sale of cattle, turning the production systems for beef cattle. Objections to this work, if the futures markets can meet the demands of market bovinocultores cutting working with production systems in confinement, having as main objective to carry out historical analysis of hedge transactions of purchase of inputs (feeder cattle, corn and soybeans) and sales to production (cattle), through futures contracts from different periods of analysis for execution of hedge transactions, verifying the impact of its use on the outcome of economic activity in comparison with the spot market. The results indicate that the period from December to March proved favorable for producers of beef cattle in feedlots systems take positions in futures contracts in order to hedge the purchase of their main inputs, as well as the sale of production. In the context of risk management, the results indicate the efficiency of the futures market before the market needs of producers of beef cattle in confinement systems, when considering the model parameters under study. We observe, finally, that the mean returns (ROIs) obtained in both markets, diluted in five years, at rates that can be considered close within a financial and economic perspective (average of 10.30% per annum, for simulations with futures and 12.19% per year, paring the simulations in sight) Keywords: hedge; feedlot beef cattle; futures contracts 2

3 1. INTRODUÇÃO A atividade agropecuária se insere num ambiente mercadológico definido dentro de uma estrutura próxima à concorrência perfeita, em que, um dos principais problemas estabelecidos se relaciona à precificação dos produtos, tendo em vista que o produtor agropecuário assume a posição de tomador de preço nesse mercado. No contexto mais específico da pecuária de corte, têm-se, a viabilidade econômica da produção de animais confinados associada a preços elevados para a arroba do boi (Almeida et. al., 2010; Corrêa et. al., 2000; Ferreira et. al., 2004 e Moreira, 2010). Assim, a sazonalidade da oferta assume papel determinante na viabilidade econômica dos confinamentos, já que, no mercado físico, a flutuação de preços em função da oferta caracteriza um risco assumido de forma individual pelos produtores de commodities agropecuárias. A produção de bovinos de corte em sistemas de confinamento depara-se com essa dificuldade ficando a mercê das variações que atuam tanto sobre os insumos, quanto sobre o produto final, tornando o gerenciamento de sua atividade cada vez mais complexo e arriscado. Em função dos elevados custos, esse sistema é, em geral, adotado a partir do mês de julho visando à obtenção de animais aptos para comercialização no período de setembro a novembro (entressafra), em que os preços para comercialização do boi se apresentam historicamente mais elevados (CEPEA, 2012), assegurando ao produtor a possibilidade de aumento da rentabilidade para a atividade. Porém, as oscilações dos preções ao longo do ano, em função da oferta sazonal, cria uma situação de risco para a produção de bovinos em confinamento que tem custos mais elevados, sendo que, os produtores podem se deparar com preços desfavoráveis, tanto para a aquisição de insumos (ingredientes da ração) quanto para a venda da produção. Esse cenário, permeado de risco, sugere a possibilidade de utilização de operações de hedge em mercados derivativos para fixação dos preços dos produtos envolvidos na produção. Tais mercados surgiram a partir de inovações do mercado financeiro para proteger ativos dos riscos de variação nos preços que, nesses mercados, derivam do mercado físico. São apresentadas alternativas variadas de instrumentos de comercialização (formatados dentro de contratos), para variados tipos de ativos, além dos agropecuários. A principal finalidade desses contratos é a fixação de preço de commodities, eliminando o risco da variação para períodos futuros. A operação de proteção aos riscos dos preços (hedge) vem ganhando importância no setor agropecuário, em vista o aumento do número de negócios realizados em instituições financeiras e bolsa de mercadorias. A comercialização dos produtos relacionados à pecuária em mercados derivativos acompanha a tendência da profissionalização da atividade, devendo, as diferentes modalidades de contratos derivativos, serem encaradas como instrumentos adicionais que podem, e devem, ser 3

4 levadas em consideração no gerenciamento da atividade de comercialização agrícola. No Brasil, esses contratos são negociados para diferentes tipos de ativos financeiros através da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) dentro de três modalidades: contratos a termo, contratos futuros e contratos de opções, sendo que a utilização desses instrumentos propicia ao produtor recursos de mercado, aumentando a disponibilidade de estratégias de gestão de risco para o setor, entre as quais, a fixação dos custos de aquisição de recursos e da receita proveniente da venda da produção. Diante dessa situação, o estudo visa à análise dos mercados futuros na gestão de risco de preços dos insumos boi magro, milho e soja, através da ferramenta de hedge de compra, bem como, analisar melhores períodos para hedgear a venda do boi gordo, voltando-se a sistemas de produção de bovinos de corte confinados. Questiona-se nesse trabalho, se os mercados futuros podem atender as demandas de mercado de bovinocultores de corte que trabalham com sistemas de produção em confinamento, tendo como objetivo principal proceder a análise histórica das operações de hedge de compra de insumos (boi magro, milho e soja) e de venda para produção (boi gordo), através de contratos futuros a partir de diferentes períodos de análise para efetivação das operações de hedge, verificando o impacto de seu uso sobre o resultado econômico da atividade em comparativo com o mercado à vista. De forma mais especifica, busca-se (1) identificar períodos historicamente favoráveis (ou não) à realização do hedge, a partir da análise do período compreendido entre 2008 e 2012, (2) analisando diferentes épocas para posicionamento em cada contrato (milho, soja e boi gordo), o que permitirá (3) a comparação dos diferentes cenários econômicos (confinamento com e sem o uso do mercado futuro) e (4) averiguação de possíveis padrões de comportamento dos preços, que seriam determinantes para se (5) avaliar a elaboração de estratégias de gestão de risco de mercado. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Panorama de Eficiência e Risco na Atividade Agropecuária Derivadas de alterações no ecossistema, em função dos meios de produção, surgem discussões relacionadas ao meio ambiente sugerindo, de imediato, intervenções que são antagônicas à manutenção e ao crescimento extensivo das atividades agropecuárias. No caso da pecuária de corte, as restrições ao desmatamento e a abertura de novas áreas, a crescente competição pela terra com a agricultura, a valorização da terra em relação ao boi, a necessidade de controle da degradação das pastagens e da emissão de gases de efeito estufa são fatores que contribuem para que a sociedade e os pecuaristas revejam o tradicional modelo de exploração extensiva (FOOD AND 4

5 AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - FAO, 2012). Diante da pressão por aumento na eficiência, sugere-se a adoção do planejamento em sistemas agropastoris para racionalizar a produção, criando a necessidade de inovação nos modelos para o negócio, de forma que seja inserindo o potencial de internalização de custos ambientais por parte de empresas rurais. Nesse sentido, na década de 1990, o aumento da produtividade por área representou o principal mensurador de eficiência da atividade. Em resultados obtidos por Gonçalves (2007), verificou-se a evolução dos índices de produto e de fatores (insumos) da agropecuária brasileira para o período de 1975 a 2003, demonstrando que o índice de produto agropecuário cresceu mais do que a extensão territorial utilizada (terra), praticamente, mantendo o mesmo patamar de mão de obra. Porém, ainda segundo o autor, a homogeneidade dos produtos agropecuários em um ambiente de difusão e facilidade de acesso à informação e tecnologias, colocam os produtores em uma situação de equidade competitiva, exigindo que sejam agregadas ao conceito de eficiência, estratégias que relevem vantagens não produtivas (GONÇALVES, 2007). Portanto, a eficiência, extrapolando os limites da porteira, deve ser entendida de forma global, considerando todas as possibilidades dentro do ambiente que podem interferir positivamente no resultado final da atividade. Schneider (2010) enfatiza que não se trataria apenas de examinar as formas de gestão, administração, tomada de decisão, inovação, acesso a mercados e comercialização que, segundo o autor, são usualmente os temas de interesse dos estudiosos do agronegócio (SCHNEIDER, 2010, p. 525), e deve-se também entender em quais condições os pequenos produtores e suas organizações podem fazer frente aos desafios colocados pela forma como o capitalismo opera na agricultura e na produção de alimentos (SCHNEIDER, 2010). Pode-se observar que a produção, as vendas, a formação de estoques e a formação de preços na cadeia agroindustrial são determinadas por um comportamento sazonal da oferta agrícola, que por sua vez caminha ao longo do ano de acordo com as estações climáticas. Bressan e Lima (2002) colocam que a forte sazonalidade da oferta consiste em um forte entrave para o aumento da competitividade do setor. Diante disso, a principal forma de comercialização agropecuária é a que utiliza o mercado físico, em que, como define Hull (2011), as trocas resolvem-se em um único instante de tempo a um preço ajustado pela oferta e pela demanda naquele momento. Nesse mercado, normalmente, o pagamento é feito à vista com entrega imediata das mercadorias, porém, a sazonalidade da produção gera riscos relativos à flutuação dos preços frente aos custos. Assim, o produtor deve possuir claro entendimento do ambiente, sendo capaz de se posicionar adequadamente no complexo agroindustrial, de uma maneira planejada e estratégica, devendo para isso, considerar cada vez mais a utilização do gerenciamento para lidar com os riscos 5

6 através do uso de instrumentos que possam atenuá-los. No contexto da comercialização, o produtor se posiciona como o elo mais fraco de uma cadeia industrial que tem a montante a indústria de insumos, e a jusante a indústria de processamento de alimentos, ambas com características, respectivamente, oligopolísticas e oligopsônicas, condicionando a elas o poder sobre a formação dos preços em respeito, apenas, a limites impostos pelos próprios concorrentes. (PINDYCK & RUBINFELD, 2006). Dessa forma, o processo de formação dos preços passa a constituir um risco a ser considerado em uma estratégia de comercialização eficiente, de forma que o produtor deve buscar conhecimento sobre as ferramentas existentes para auxiliá-lo na gestão desses riscos, ou seja, diante do contexto de eficiência, o desenvolvimento de estratégias de comercialização exige o entendimento dos processos que levam a formação dos preços, permitindo que produtores se posicionem no espaço e no tempo com visão mais abrangente sobre as incertezas da atividade. Para tanto, os mercados derivativos se apresentam como um eficiente e moderno instrumento de comercialização agrícola que evoluiu de uma forma tradicional de comercialização para uma atividade capaz de movimentar bilhões de dólares anuais (CASTRO JÚNIOR, 2004), constituindo ambientes de negociação onde compradores e vendedores negociam títulos (contratos) cujos valores dependem (ou derivam) de outros ativos no mercado físico (HULL, 2011). Hull (2011) coloca que a principal função dos contratos derivativos agrícolas é a proteção que oferecem aos agentes do mercado contra a volatilidade dos preços das mercadorias no mercado à vista. O autor descreve que essas operações de cobertura de risco, chamadas de hedge, são feitas por agentes de mercado (hedgers) que procuram um seguro contra as variações futuras de preços, garantindo a fixação do preço para compra ou venda de uma determinada commodity numa data futura (HULL, 2011). Esses contratos são padronizados, permitindo poucos ou até nenhum ajuste nos termos de negociação, e assim, são considerados ativos financeiros configurados como instrumentos de negociação. Os principais exemplos de contratos derivativos são: a Cédula do Produto Rural (CPR), os Contratos de Opções de Venda do Governo e os Contratos de Futuros e de Opções. A obtenção da eficiência de comercialização através da utilização dessas ferramentas é entendida sob a óptica da gestão de risco de preço, sendo necessário um planejamento orçamentário eficiente com aprofundados conhecimentos sobre os custos de produção, para que seja alcançada Pecuária de Corte: A Integração Entre a Gestão da Produção e o Mercado A bovinocultura se destaca no agronegócio brasileiro e no cenário mundial, sendo o país dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 209 milhões de cabeças, sendo considerado o maior rebanho comercial em escala global. Em 2004, o país assume pela primeira vez 6

7 a liderança nas exportações, com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países. (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA, 2012). Os principais direcionadores do desenvolvimento da atividade estão relacionados a questões socioambientais que ganham força por meio da legislação ambiental e barreiras comerciais, moldando, aos poucos, um novo modelo de sistema de produção, no qual, o conceito de sustentabilidade é entendido como fator de sobrevivência (MAPA, 2012). Segundo Corrêa et. al. (2000), um crescimento historicamente baseado na incorporação de novas áreas determinou o sistema de produção brasileiro como predominantemente extensivo, com baixo uso de insumos e caracterizado por índices zootécnicos e econômicos distantes daqueles que poderiam garantir a otimização do seu potencial de competitividade. Porém, nos últimos vinte anos o sistema vem passando por modificações, onde novos processos tecnológicos em manejo reprodutivo, sanitário e nutricional permitiram encurtar o ciclo produtivo, resultando em alterações significativas na qualidade do produto final e nos índices de produtividade (FERREIRA, 2004; MOREIRA, 2010). No entanto, essas modificações, dadas principalmente nas técnicas de produção, demandam planejamento nos níveis estratégico, gerencial e operacional relevando aspectos logísticos, financeiros, de comercialização e de gestão de recursos humanos. Assim, de forma associada, devem ser incorporados métodos de gestão flexíveis, integrados aos custos e às margens econômicas, com objetivo de determinar um nível de produção e de intensificação, que se ajuste a realidade econômica de um determinado momento. O aumento da eficiência, sob a perspectiva econômica, é sugerido por meio da intensificação do sistema, a um nível em que se obtenha uma otimização ajustada no uso dos recursos produtivos, em consideração aos limites econômicos impostos no ambiente, permitindo, como sugere (REIS, 2002), que a quantidade ofertada se estabeleça frente ao preço estabelecido no mercado, ou seja, a intensificação, como alternativa de aumento da produtividade por área, deve ser adotada dentro de um planejamento orçamentário para que não entre em situação de deseconomia de escala, como apontam resultados obtidos por Almeida (2010), que procedeu a análise econômica da intensificação da etapa de terminação em confinamento em propriedades modais no estado do Mato Grosso, acusando a inviabilidade econômica para a produção de animais confinados em função do nível de intensificação associado, principalmente, aos elevados custos de alimentação. A etapa de terminação através de sistemas de confinamento, colocada como uma tecnologia de intensificação, possibilita ciclos de produção mais curtos e prevê maiores taxas de lotação (mais animais por área), o que notoriamente tem impactos positivos sob a óptica ambiental e econômica. Ferreira et al. (2004) e Vaz et al. (2000), entendem que a eficiência do confinamento é um ponto fundamental para a continuidade da técnica dentro da atividade, sendo que estudos com a finalidade 7

8 de determinar o custo, a rentabilidade e a engorda de animais são importantes para que o produtor tenha em mãos subsídios na tomada de decisão. O êxito do sistema se calca, dessa forma, em alguns requisitos técnicos básicos como a disponibilidade de animais com potencial para ganho de peso, disponibilidade de alimentos em quantidade e proporções adequadas, gerência, preços e mercado para o gado confinado. Almeida et. al. (2010), Corrêa et. al. (2000) e Velloso (1984, apud WEDEKIN et al. 1994, p 123) apontam entre as principais vantagens produtivas obtidas ao se conduzir a engorda de bovinos em confinamento, o alívio da pressão de pastejo; abates programados e liberação de áreas de pastagens para utilização de outras categorias. Adotando uma perspectiva mais econômica, acrescentam a redução na idade de abate e consequente aumento na taxa de desfrute do rebanho, a viabilização da atividade pecuária em pequenas propriedades próximas a centros consumidores, a elevada produção de adubo orgânico para venda (esterco), o rápido retorno de parte do capital investido, a possibilidade de produção de carne de melhor qualidade e maior valor agregado, rendimento de carcaça mais elevado no abate, a redução da ociosidade dos frigoríficos e das propriedades na entressafra e a obtenção de preços melhores pela venda realizada no período da entressafra (ALMEIDA et. al., 2010; CORRÊA et. al., 2000; VELLOSO, 1984 apud WEDEKIN, 1994, p. 123, WEDEKIN, 1994). No entanto, como já mencionado, a viabilidade econômica do sistema esta intimamente associada a preços elevados para a arroba do boi gordo (ALMEIDA et. al. 2010, CORRÊA et. al. 2000; FERREIRA, et. al. 2004; MOREIRA 2010 e WEDEKIN et. al. 1994). Essa condição, normalmente, é observada na entressafra, em fins do período seco de cada ano, em que, as pastagens encontram-se com baixo valor nutricional, prejudicando o ganho de peso dos animais a pasto e impactando negativamente sobre a oferta. Vaz et. al. (2000) apontam ainda, como fatores relacionados à rentabilidade do sistema, a época planejada para a venda, o peso de abate e o grau de acabamento pretendido, evidenciando a importância da época de comercialização na estratégia, e Prado et. al., (2000) acrescenta que, entre as variáveis de custo elevado, 30 a 40% são referentes à alimentação, em que a fonte de energia é quase dependente do milho e a fonte proteica invariavelmente se constitui a partir da soja, evidenciando que alguns dos insumos mais importantes do sistema são, também, commodities amplamente sujeitas a influências da sazonalidade. Sob a óptica econômica, portanto, um dos objetivos do confinamento é alcançar elevados ganhos de peso a fim de que o animal seja terminado na entressafra, permitindo ao produtor obter preços elevados para a venda da produção no intuito de amortizar custos adicionais do confinamento. 8

9 2.3. Comercialização Agropecuária e Mercados Derivativos Diversas estratégias, isoladas ou conjuntas, podem ser utilizadas pelos pecuaristas na produção ou na comercialização, no entanto o processo de aquisição de insumos e venda da produção são feitos basicamente com o produto físico no mercado, com mediante pagamento à vista. Sendo assim, em consideração ao contexto descrito até aqui, o confinamento pode ser entendido como uma ferramenta de gestão, sob a óptica do risco de preço, tendo sido visto o objetivo de dispor de animais para venda em tempos de preços elevados para a arroba. Entende-se que, mesmo sob a condição de custos, também mais elevados, uma possibilidade de receita pode levar a opção pelo confinamento, mesmo diante da incerteza de preços, já que evitaria ociosidade da capacidade produtiva da propriedade, utilizando a mão de obra permanente, dando giro para o capital, utilizando benfeitorias e ainda criando um potencial lucro. O contexto deve ainda trazer um entendimento relativo à adoção de uma postura empresarial por parte do pecuarista, que deve agir com racionalidade administrativa utilizando os diversos instrumentos produtivos, financeiros, logísticos e comerciais disponíveis. Volta-se a atenção para a criação e a expansão de mercados de derivativos financeiros, que se deram pela busca de proteção contra a volatilidade dos preços, as quais, estão sujeitas as commodities agropecuárias. Segundo Pereira e Simão (2010) um derivativo se constitui de um contrato financeiro cujo valor deriva de um ativo subjacente, preço de commodity, índice, taxa ou evento. Eles comumente são designados como termo, futuro, opção e swap; sendo frequentemente embutidos em títulos híbridos ou estruturados (PEREIRA & SIMÃO 2010). Dentro dos mercados derivativos brasileiros, os contratos negociados para commodities agropecuárias na BM&F se enquadram dentro de três principais modalidades, nas quais os produtores podem realizar o hedge. São elas: Cédula do Produto Rural, Mercados Futuros e Mercados de Opções. Dentro de uma mecânica operacional com relativa complexidade, Freitas (2009) lembra que os mercados de derivativos constituem um jogo de soma zero, em que perdas de uns correspondem exatamente aos ganhos de outros. No mercado físico, a variação dos preços caracteriza um risco assumido pelos produtores de commodities de forma individual, porém, na operacionalização dos mercados derivativos, com a participação dos especuladores, esses riscos são diluídos entre esses e outros produtores, criando uma ferramenta que permite a gestão de preços para a agropecuária (HULL, 2011). Na qualidade de derivativo, o mercado futuro se caracteriza como um ambiente eficiente e moderno de comercialização agrícola, que é utilizado em larga escala em economias desenvolvidas (PEREIRA & SIMÃO, 2010). Sob a óptica do agronegócio, os autores destacam, em importância econômica, as relações existentes entre o empresário rural, a agroindústria e os agentes 9

10 que afetam e coordenam os fluxos dos produtos, entre os quais estão as bolsas de mercadorias e futuros. Através de contratos futuros (assim como da CPR e dos contratos de opções) são definidos instrumentos de gestação de risco de preços, através dos quais, compradores e vendedores estabelecem, antecipadamente, os preços para a realização de negócios futuros com base em um índice abertamente divulgado que antevê o preço para uma data futura, com base em expectativas dos agentes geradas pelas informações de mercado. Segundo Silva Neto et. al. (2010) e Pereira e Simão (2010), respectivamente, o mercado futuro pode auxiliar no processo de descoberta de preços por parte dos agentes envolvidos (SILVA NETO et. al., 2010), constituindo, diante da correta previsão dos resultados esperados da atividade de produção, uma maneira de otimizar suas decisões e errar menos, melhorando consequentemente o seu desempenho e garantindo sua competitividade no mercado (PEREIRA & SIMÃO, 2010). O hedge é uma transação comercial efetuada por meio de contratos que permitem a fixação do preço na data de sua realização para uma data futura. Para ser efetivo deve-se considerar que o agente (hedger) será detentor da commoditie ou que vai precisar adquiri-la em tempos próximos a data do vencimento do contrato (MYERS & THOMPSON, 1989). Carter (1999) evidencia uma lacuna da literatura teórica quando comparada a resultados empíricos sobre hedge. Segundo o autor, a teoria prevê que os produtores individuais podem operacionalizar o hedge para uma parte relativamente grande da sua produção esperada com relativa segurança, no entanto, o hedge, ao nível do produtor individual, na prática, é incomum. Cabe-se dessa forma relevar novamente Pereira e Simão (2010) que apontam a exigência de pagamento dos ajustes diários (pagamentos diários sobre as variações de preços, exigidos pela BM&F) e dos custos operacionais como as principais limitações percebidas pelos produtores em relação ao mercado futuro agropecuário, levando potenciais hedgers a desistirem da operação. No entanto, o fato dos produtores não usarem diretamente o hedge em futuros, não significa que os mercados futuros tenham pouca relevância para eles, na verdade, conforme ocorre o deslocamento para a base da cadeia de produção de alimentos, a cobertura vai se tornando mais importante em função do menor valor agregado e da maior concorrência entre compradores e vendedores (CARTER, 1999). Righi e Ceretta, (2011), demonstram que estes mercados não refletem em seus preços todas as informações passadas de forma imediata, o que torna possível certo grau de previsibilidade gerando potencial de efetuar lucros sem incorrer em riscos. Nesse contexto surgem os especuladores buscando oportunidades de alavancagem financeira através de previsões relativas à volatilidade dos preços. A participação desses agente, no entanto, é de fundamental importância para a eficiência desses mercados, já que o grande volume de negócios gerados por eles, que estão constantemente querendo comprar e vender, é que garante liquidez para os contratos, permitindo ao produtor que 10

11 haja a quase todo momento a possibilidade de assumir ou deixar uma posição assumida nesse mercado (HULL, 2002). O ambiente envolve ainda a participação de corretores e operadores, que atuam como elo, fazendo a intermediação de transações entre agentes compradores e vendedores de commodities (hedgers), de forma que sejam assegurados todos os regulamentos e termos contratuais.. O valor estipulado para realização do negócio deve atender as necessidades dos agentes que podem estar relacionadas à cobertura de custos de produção ou planejamento orçamentário. Produtores normalmente realizam o chamado hedge de venda, que exige informações aprofundadas dos custos de produção e projeções orçamentárias, permitindo estipular, de antemão, um preço pelo qual se pode vender a mercadoria antecipadamente garantindo a lucratividade da produção. Por outro lado, compradores, como a indústria de beneficiamento de alimentos, devem ter um planejamento orçamentário que permita estipular a que preço poderá ser adquirido um determinado insumo de produção para um ciclo produtivo futuro, garantindo que seu produto será produzido a um custo pré-determinado. Esse é o chamado hedge de compra. Por fim, diante de todo o constructo teórico, se torna relevante questionar nesse momento se o uso de contratos derivativos causaria impacto significativo sobre o resultado econômico da atividade de produção de bovinos de corte em confinamento, quando comparado com os resultados obtidos no mercado à vista. 3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO A partir de simulações (PEGDEN et. al., 1995) e comparação de resultados econômicos (PINDYCK E RUBINFELD, 2005) o estudo se desenvolve como uma pesquisa quantitativa de caráter exploratório. Foi adotado um modelo hipotético de sistema de produção de bovinos de corte em confinamento (Moreira, 2010), para o qual se determina a estrutura de custos e receitas sobre as quais incidirão as simulações. Para cálculos do custo de produção e da receita tomam-se por base as metodologias de cálculo do custo operacional e a metodologia de cálculo do resíduo, de acordo com Pindyck e Rubinfeld (2005). As simulações combinam posicionamentos em contratos futuros de boi gordo, milho, soja em posições compradoras e de boi gordo para a posição vendedora, assumidos quinzenalmente de dezembro a março, considerando os preços médios quinzenais como os valores assumidos para o fechamento do contrato. Os contratos de boi gordo, milho e soja utilizados para os custos são os com vencimento, respectivamente, em setembro (mês de entrada dos animais no confinamento), março e abril (mês de preços à vista historicamente mais baixos em função da safra) e, para a 11

12 venda do boi gordo e cálculo da receita, foram utilizados contratos de boi gordo com vencimento em novembro (mês de cotações à vista historicamente mais elevadas para a arroba em função da entressafra). Os resultados das simulações serão comparados entre si e com o resultado de simulação da operação no mercado à vista. A variável de análise (dependente principal) é o resíduo obtido a partir da diferença entre receita média e custo médio, sendo este analisado comparativamente em termos de lucratividade e resultado econômico. O estudo estabelece os posicionamentos testados como sendo assumidos quinzenalmente de dezembro até a primeira quinzena de março, obtendo-se, dessa forma sete quinzenas (1D, 2D, 1J, 2J, 1F, 2F E 1M) para posicionamento em cada um dos quatro contratos (BGIX, BGIQ, CCMH e SOJJ), resultando em 2401 combinações diferentes de posições por ano de análise, que derivam no mesmo número de resultados econômicos simulados para a atividade de confinamento. Para fins comparativos foram os resultados foram simulados, também para cada ano, com os preços no mercado à vista das commodities sob análise. A Figura 1 apresenta a represnetação esquemática do ciclo produtivo em consideração proposta do estudo. Figura 1 Representação esquemática do estudo em considerção ao ciclo anual de produção Fonte: Elaborado pelo autor Um sistema de produção hipotético define a estrutura de custos e receitas usados na geração dos resultados e na posterior análise econômica, prevendo o confinamento de mil bois, da raça 12

13 nelore, por um período de 91 dias, entre setembro e novembro, sendo os pesos estabelecidos para a entrada dos animais no sistema e posterior abate, de 360 e 480 quilos (12 e 16 arrobas) respectivamente. Assim de define a necessidade de um ganho de peso de 1,3 quilos por dia, por animal, durante os 91 dias. Para obtenção do ganho de peso preconizado acima (1,3 kg/animal/dia), por meio das exigências nutricionais, formulou-se com uso do software RLM 3,2, uma dieta balanceada com 71% de Nutrientes Digestíveis Totais (NDT) e 12% de Proteina Bruta (PB), tendo em vista as recomendações estabelecidas no NRC (2001). Essa ração, por vez, é determinante das quantidades de milho e soja a serem consideradas para simulação dos resultados, sendo a sua composição apresentada na Tabela 1. ALIMENTO: QUANTIDADES DIÁRIAS Silagem 16,8 kg/anim./dia Milho 3,70 kg/anim./dia Soja 0,5 kg/anim./dia Uréia 0,09 kg/anim./dia Calcário 0,06 kg/anim./dia Cloreto de sódio 0,03 kg/anim./dia Fosfato 0,02 kg/anim./dia Premix 0,004 kg/anim./dia Tabela 1- Dieta balanceada para ganho de peso de 1,3 kgs/animal/dia Fonte: Software RLM 3.2 Em termos de mão de obra considerou-se a necessidade de dois tratoristas, um capataz e um gerente, além diaristas por um prazo de 14 dias para os períodos de entrada e saída do animais. Sanidade, despesas e importos foram definidos de acordo com Moreira (2010), em termos de percentual em relação aos custos operacionais, sendo respectivamente de 0,45%, 0,7% e 1,8% dos Custo Operacional Efetivo (COE). Dessa forma, estrutura o COE, para o modelo hipotético usado no estudo, se compões dos itens pontuados a seguir: Itens componentes do COE: Aquisição de animais Alimentação Silagem de milho Milho grão Soja grão Ureia Calcário Cloreto de sódio Fosfato bicálcico Premix Micromineral 13

14 Mão de Obra 2 Tratoristas 1 Arraçoador 1 Gerente Sanidade Impostos Despesas Por fim, para calculo dos resultados econômicos, foi adotada a metodologia de Custos Operacionais Efetivos (LOPES & CARVALHO, 2002), a qual toma por base o Retorno Econômico, de acordo Reis (1986) e Pindyck e Rubinfeld (2006), sendo esse obtido a partir da dedução do Custo Total de Produção da Receita Total, conforme demonstrado a seguir: O Custo Total é obtido da soma de Custo Fixos e Variáveis, sendo os primeiros representados pelo capital imobilizado na atividade produtiva, devendo esse ser pago ao longo diversos ciclos produtivos, até que se esgote sua vida útil; e os Custos Variáveis são representados pelos desembolsos exigidos para o inicio da atividade produtiva, como insumos e mão de obra, se elevando de acordo com o nível de produção e devendo ser repostos ao final de cada ciclo de produção (REIS, 1986). O Retorno Operacional é metodologia que será usada nas simulações, sendo calculado a partir dos Custos Operacionais Efetivos deduzidos da Receita Total e o seu resultado chamado de Resíduo. Os Custos Operacionais são compostos exclusivamente de desembolsos referentes a um único ciclo produtivos, sendo considerados os gastos necessários para o inicio e operacionalização da atividade (LOPES & CARVALHO, 2002). A seguir é demonstrado o calculo do Retorno Operacional: 14

15 Por fim, a análise dos resultados das simulações é apresentada de forma descritiva, fazendo uso da estatística destinada a esse fim. Ainda, para fins de comparação entre os resultados futuro e à vista, bem como entre os diferentes anos, foi calculado o Retorno Sobre o Investimento (ROI) e a diferença percentual entre cada simulação realizada com preços futuros e o resultado obtido com preços à vista dentro de um mesmo ano. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Considerando que o período no ano determinado para análise estabelece os posicionamentos como sendo assumidos quinzenalmente de dezembro até a primeira quinzena de março, se obtêm dessa forma sete quinzenas (1D, 2D, 1J, 2J, 1F, 2F E 1M) para posicionamento em cada um dos quatro contratos (BGIX, BGIQ, CCMH e SOJJ), resultando em 2401 combinações diferentes de posições, que derivam no mesmo número de resultados simulados para a atividade de confinamento. Dessa forma optou-se por fazer do presente trabalho, um primeiro momento analítico dos resultados obtidos, analisando e comprando os resultados em termos econômicos e financeiros e se aprofundando na análise das combinações de posicionamentos que resultaram nos maiores e nos menores resultados simulados, visando identificar as quinzenas e/ou contratos com maior capacidade de influenciar positiva ou negativamente sobre o retorno da atividade de confinamento. Deve-se considerar que o período analisado se segue após a crise econômica norte americana ocorrida em 2008, que iniciou um período de redimensionamento das demandas, apontando para sua redução em função dos sinais recessão e, criando, dessa forma, um cenário de instabilidade, incerteza e risco, que se reflete fortemente no comportamento dos preços das commodities. Outro aspecto determinante sobre as análises faz referência ao ano de 2012 em que houve quebra de safra no hemisfério norte em função de uma forte e prolongada seca, ocorrida nos principais estados produtores de soja e milho, levando os preços dessas commodities a níveis muito acima dos observados em anos anteriores. É importante ainda salientar, para fins de ponderação nas análises, que a oferta agropecuária, em função da dependência climática, necessita um tempo 15

16 considerável até se ajustar a nova demanda, devendo esse tempo ser mensurado em função de cada período anual de safra Mercado à vista análise descritiva Os resultados obtidos para as simulações dos resultados operacionais da atividade feitas com os valores correspondentes ao mercado à vista são apresentados na Tabela 2, juntamente com a participação percentual da aquisição de animais (boi magro), da soja e do milho, nos custos operacionais. A Tabela 2 também apresenta as diferenças percentuais entre os preços da arroba na aquisição e na a venda dos animais, os retornos (ROIs) obtidos em cada ano e as médias e os desvios padrões, calculados para os itens considerados mais relevantes em termos fundamentação analítica e comparativa. Ano Custo Operacional % Boi Magro % Soja % Milho Magro/ Gordo RT Resíduo ROI ,09 72,54% 2,83% 12,95% -4,07% , ,91 0,72% ,05 74,13% 3,14% 10,06% -20,01% , ,95 2,87% ,83 77,94% 2,16% 8,07% 18,90% , ,17 30,79% ,21 75,87% 2,51% 12,17% 17,53% , ,79 15,07% ,61 74,30% 3,11% 12,03% 9,63% , ,39 11,50% Média 74,96% 2,75% 11,05% 4,40% 12,19% Desv. Pad. 1,56% 0,33% 1,59% 13,15% 8,59% Tabela 2 Resultados para simulações com preços do mercado à vista Fonte: Resultados do estudo Chamam a atenção, os anos de 2008, com o menor resultado em termos econômicos e financeiros, com valor para o resíduo de R$10.043,91 e para o ROI de 0,72%, bem como, o ano de 2010, o maior resultado, com o resíduo de R$ ,17 e de ROI de 30,79%. De forma geral, do ano de 2008 até 2010, houve elevação tanto no valor das receitas, quanto das despesas, havendo gradativa redução nos anos que se seguem. Conforme a Tabela 2, os custos de aquisição de animais representaram em média 74,96% dos custos operacionais de forma que variações sobre o preço da arroba do boi tem maior impacto sobre o resultado da atividade. Deve-se considerar, nesse contexto, que a cotação da arroba é usada tanto para venda quanto para aquisição de animais, sendo que, no estudo, a correlação entre o ROI e a variação percentual da arroba nos momentos entre a compra e a venda à vista foi de 0,79, sendo considerada alta. Releva-se que há, anualmente expectativas de variação positiva no intervalo de tempo entre essas transações, fundamentando-se nos efeitos da sazonalidade climática e seus recorrentes impactos negativos sobre a oferta. Assim, diante de uma alta correlação e com a 16

17 aquisição de animais representando aproximadamente 75% dos custos, são apresentados o valor médio para a variação da arroba entre a aquisição e a venda de animais (4,40%), bem como o seu desvio padrão (13,15%), com fins de justificar as análises apresentadas adiante, em que essa variação será entendida como determinante de lucratividade. É relevante ainda que, soja e milho representam, em termos de participação média na composição dos custos, 2,75% e 11,05% respectivamente, sendo a maior participação da soja observada em 2009, com 3,14%, e do milho em 2008 com 12,95% dos custos, evidenciando o menor impacto dessas commodities no resultado da atividade. A partir da análise do comportamento dos preços à vista das commodities que compões os principais itens de custo e de receita do modelo, observa-se, por meio do Grafico 1, que a os resultados apresentados refletem, em certo grau, as flutuações observadas, principalmente para a arroba, dentro de cada ano. Gráfico 1 Preços à vista para as boi gordo, soja e milho no periodo entre 2008 e 2012 Fonte: CEPEA No ano de 2008 (ano da crise norte americana) que os preços passam por uma forte elevação que culmina no mês de julho, sofrendo posteriormente, gradativa redução ao logo do ano. Nesse ano, independente do valor de aquisição da soja e do milho (março), a venda da produção (novembro) foi realizada por um preço, para a arroba do boi gordo, 4,07% menor do que o preço pelo qual os animais foram adquiridos (setembro). No entanto o impacto sobre o resíduo foi mais significativo em 2009, em que o preço de venda é 20,01% menor que o valor de aquisição, como se verifica no gráfico. Nos anos posteriores, em que se observam valores positivos para essa relação, o 17

18 aumento do preço da arroba no período entre a aquisição e a venda dos animais, pode ser associado aos maiores os retornos observados. A análise do mercado à vista, por meio do desvio padrão dos ROIs (8,59%), evidencia que, em termos financeiros, há considerável volatilidade nos retornos obtidos o confinamento, quando se transaciona as principais commodities envolvidas no sistema de produção por meio desse mercado. Através dos resultados é possível ainda, afirmar que a variação do preço da arroba no período entre o inicio e o fim do ciclo produtivo tem alta correlação com o retorno da atividade. Dessa forma, se procede a seguir a análise descritiva das simulações feitas através dos preços cotados em mercado futuros, estabelecendo-se comparativo com os resultados observados no mercado à vista Mercados Futuros análise descritiva e comparativa A seguir são apresentados, na Tabela 2, os resultados das simulações operacionais da atividade de confinamento feitas com os valores correspondentes às médias gerais obtidas a partir dos 35 posicionamentos em contratos futuros testados em cada ano, de acordo com a descrição no procedimento metodológico. Da mesma forma que para o mercado à vista, são apresentadas, também para cada ano, as diferenças percentuais entre os preços da arroba para aquisição e para a venda dos animais, bem como os respectivos ROIs e as medias usadas para análise comparativa. Ano Custo Operacional % Boi Magro % Soja % Milho Magro/ Gordo RT Resíduo ROI ,46 69,56% 3,22% 12,79% 3,25% , ,55 5,06% ,32 74,03% 3,07% 11,26% 2,38% , ,45 10,06% ,50 74,90% 9,38% 9,38% 3,02% , ,99 12,16% ,50 76,73% 3,29% 13,91% 1,46% , ,29 11,69% ,15 76,20% 3,20% 13,72% 2,88% , ,97 12,55% Média 74,28% 4,43% 12,21% 2,60% 10,3% Desv. Pad. 1,99% 1,98% 1,51% 0,54% 2,20% Tabela 2 Resultados para simulações com preços do mercado à vista Fonte: Resultados do estudo Na Tabela 2, os maiores resíduos ocorrem para os anos de 2012 e 2011, sendo, no entanto, as maiores taxas de retorno (ROI) observadas nos anos 2012 e 2010, com valores de 12,55% e 12,16% respectivamente. Esse resultado são inferiores aos maiores resultados para o ROI obtidos com o mercado à vista, observados nos anos de 2010 (30,79%) e 2011 (15,07%). Os menores valores para os resíduos e para o ROI ocorrem para os anos de 2008 e 2009, assim como no mercado à vista, sendo, no entanto, os valores obtidos através de futuros consideravelmente superiores em termo de retorno. O ano de 2008 apresentou ROI de 5,06% para a simulação com 18

19 futuros, contra 0,72% da simulação à vista; determinando um retorno 4,34% maior através dos posicionamentos. Da mesma forma, O ROI do ano de 2009 apresenta média de 10,06% para o conjunto de posições em futuro, contra 2,97% no mercado à vista. Esses resultados evidenciam um comportamento mais volátil do ROI quando se considera o mercado à vista, em que se observa extremos de variação que superam os observados nos mercados futuros. Considerando todos os períodos testados em termo de média geral, observa-se que o valor do ROI à vista, quando comparado com o da média de posições em futuro, é apenas 2,16% maior (12,19% à vista contra 10,03% futuros). Para fins desse estudo, essa análise é extremamente relevante, pois, considerando o período de cindo anos, o hedge em futuros proporcionou, em média, um retorno muito próximo aquele obtido no mercado à vista, no entanto sob uma condição reduzida de risco. A análise dos desvios padrões pode ser associada, nesse contexto, aos extremos anteriormente analisados, sendo ambos entendidos como indicadores de risco em uma análise de dispersão em torno da média no período. Dessa forma, aponta-se para menores dispersões (DP = 2,20%) nas posições em futuros, assim como menores extremos, quando comparadas ao mercado à vista (DP = 8,59%), para indicar um comportamento mais estável na variação dos resultados com os posicionamentos em futuros. A aquisição de animais tem a maior participação nos custos operacionais (media de 74,28%), assim como no mercado à vista, sendo ainda ambos os valores muito próximos, o que torna essa variável determinante da lucratividade pelos mesmos motivos já citados na análise da Tabela 2. Observa-se dentro dessa perspectiva, a relevância da comparação entre o preço da arroba para aquisição dos animais e para venda da produção. Nos mercados futuros essa comparação não depende do tempo existente entre a compra e a venda dos animais, visto que as posições compradoras e vendedoras podem ser assumidas simultaneamente para um período futuro, a preços prontamente disponíveis para comparação e considerando a possibilidade de diferentes vencimentos. Dessa forma, através das simulações com futuros é observada uma diferença percentual média de 2,60% para o preço da arroba entre os contratos com vencimento em agosto (hedge para aquisição) e com vencimento em novembro (hedge para venda). Esse valor, colocado frente à média observada nas simulações à vista (4,40%), indica menor variação na diferença entre preço de compra e preço de venda, para as transações simuladas nos mercados futuros, sendo essa constatação reforçada pelos valores dos desvios padrões calculados para essa variação (0,54% em futuros e 13,15% à vista). Isso significa que o preço da arroba do boi, varia menos entre os contratos de compra e venda analisados, do que entre o começo de setembro e o fim de novembro, quando essas transações seriam efetuadas no mercado à vista dentro das condições do modelo de estudo. 19

20 Essa menor variação do preço da arroba nos mercado futuros podem ser compreendidas, sob a perspectiva do produtor, como uma limitação a obtenção de lucros maiores, o que é correto. No entanto, há de se salientar que diante da possibilidade de comprar e vender em um mesmo instante nos contratos futuros, se estabelece uma condição limitada também para situações de prejuízo, vista a opção de só assumir o posicionamento em futuros quando a diferença de preço for suficiente para cobrir os custos da atividade. No mercado à vista, por outro lado, diante da necessidade de iniciar a atividade, o produtor faria a aquisição dos animais em setembro, a um preço imposto pelo mercado, e só saberá o preço pelo qual venderá a produção, noventa dias depois, diante da necessidade eminente de vender e aceitando, novamente, um novo preço imposto pelo mercado. Assim, a partir da análise das simulações com futuros, e consecutiva comparação com os resultados dos preços à vista, é possível afirmar dentro de uma visão de longo prazo, que o uso do mercado futuro pode condicionar para a atividade de confinamento de bovinos de corte, retornos próximos àqueles obtidos com o mercado físico. Tal afirmação toma por base o valor médio do ROI para transações simuladas à vista (12,19%) em confronto com o ROI médio obtido através dos posicionamentos testados em contratos futuros (10,3%), sendo que esses valores podem ser considerados relativamente próximos em termos financeiros, sendo, no entanto, o desvio padrão observado para o ROI das simulações à vista (8,59%), consideravelmente maior que o da média com simulações de posições em futuros (2,20%). Isso caracteriza maior risco de variação com base histórica, para retornos esperados no mercado à vista. Outro aspecto que emerge a partir da análise dos resultados para as simulações com futuros, faz referência ao comportamento do preço da arroba do boi entre a aquisição e a venda dos animais, havendo no mercado à vista correlação de 0,79 entre as diferenças nessa variação e os ROIs de cada ano. Tendo em vista a importância dessa variação para o resultado da atividade, e diante dos valores médios calculados para essa diferença, é possível afirmar que o preço da arroba esteve menos exposto a variação no mercado futuro dentro do período analisado. Tal constatação é reforçada por um desvio padrão significativamente maior nas simulações à vista (13,15%), quando comparado com as simulações com preços futuros (0,54%). Salienta-se que através do uso dos contratos futuros para aquisição de insumos e venda da produção é possível verificar a diferença entre os valores de compra e venda num mesmo instante, de forma que as posições podem ser assumidas somente quando se observa variações favoráveis entre esses valores. Por fim, os custos, sob uma óptica comparativa, tem uma composição muito semelhante nos dois mercados em termos de participação percentual dos itens analisados. Assim, construída uma visão comparativa ampla e geral, procede-se a seguir a análise isolada dos posicionamentos combinados em contratos futuros de milho soja e boi gordo, assumidos nas épocas (quinzenas) estabelecidas para análise em consideração aos vencimentos da atividade de 20

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