77,8% dos Consumidores farão suas compras de fim de ano próximo ao Natal e 70,6% utilizarão o dinheiro de plástico como forma de pagamento
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- Ilda Philippi Machado
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1 77,8% dos Consumidores farão suas compras de fim de ano próximo ao Natal e 70,6% utilizarão o dinheiro de plástico como forma de pagamento A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais, (FCDL- MG), realizou uma pesquisa com os consumidores de Minas Gerais com o objetivo de auxiliar os lojistas a preparem suas estratégias e focarem seus esforços na direção do fluxo apontado pelo consumidor. O Natal é a melhor data para o varejo. É importante, ainda mais neste momento na qual o consumidor está mais contido frente ao cenário econômico que, até o momento não apresentou muita clareza de sua recuperação, o lojista entender o perfil do consumidor, iniciar o quanto antes as campanhas de Natal, fidelizar o cliente e pensar nas estratégias pós-natal. Frente a um cenário permeado por taxas de juros em patamares ainda elevados, desemprego, queda da renda, crédito seletivo e restrito e inadimplência, encontra-se um consumidor que está mais cauteloso, comprometido com compromissos financeiros assumidos anteriormente e, mediante há sinalização do início da queda dos juros e da inflação, demonstra sinais de melhora na confiança da economia para os próximos meses. Assim, não se pode perder tempo. Para o sucesso dos negócios neste momento econômico, a dinâmica das vendas exigirá inteligência e estratégia para maximizar o faturamento e, consequentemente, o giro do estoque. Se faz necessário, urgentemente, um planejamento estratégico focado na recuperação da saúde financeira das empresas e na reestruturação de seus planos de investimentos. Somente com a construção pautada no conhecimento da gestão, as empresas poderão prever a hora certa para agir e, com isso, tentar mitigar/superar os obstáculos impostos pelas externalidades, a despeito dos obstáculos estruturais. Assim, perguntamos aos consumidores de Minas Gerais suas percepções/preferências para o fim de ano com vistas em auxiliar os lojistas que
2 iniciaram os preparativos se direcionarem melhor e para aquelas que não começaram possam promover as suas intenções estratégicas mais confiantes. Temática 51,1% dos consumidores de Minas Gerais disseram que os lojistas não iniciaram as campanhas de Natal ou decorações e temáticas que remetem ao tema. Em contrapartida e apesar de faltar cerca de 50 dias para a comemoração da data, 48,9% afirmaram que as lojas implantaram alguma forma de campanha e/ou decorações natalinas para estimular as vendas antecipadas. Sair na frente é um fator crucial na disputa da parcela do abono natalino que será destinada às compras. Como o consumidor está mais cauteloso e muito atento ao seu orçamento, é importante o varejo redobrar seus esforços para competir acirradamente pela preferência. Não há lugar para o pessimismo. Quanto mais rápido o consumidor entrar no ritmo natalino, melhor será o impacto para as vendas. Os grandes centros de compras, shoppings centers, e diversas lojas já estão decorados em diversos locais do Estado.
3 Período de Compras Dos entrevistados, 77,5% irão realizar suas compras no mês de comemoração do natal. Apenas 15,7% dos consumidores irão antecipar as compras e 6,38% deixarão para aproveitar as liquidações tradicionalmente realizadas no início de cada ano. Apesar do cenário apontar uma leve recuperação da confiança com pontos positivos como a sinalização do possível ciclo de redução da taxa de juros (de 14,25% a.a. para 14,00% a.a Banco Central) e a inflação registrando patamares baixos (IPCA Set/16: 0,08% - IBGE), o consumidor continuar influenciado pelo cenário econômico e sua efetiva recuperação. No ano anterior, muitos lojistas contabilizaram perdas em seus faturamentos conforme diversas entrevistas feitas no período. De acordo com IBGE, o Comércio Varejista contabilizou perdas da ordem de 2,1% em dezembro de 2015 sem ajuste sazonal e, no ano, acumulou -1,9% em Minas Gerais. O cenário econômico que permeava o ambiente era inflação em patamares elevados, incertezas em relação ao futuro, redução do poder de compra, escassez do crédito e o desemprego elevado. Hoje, temos outras perspectivas que devem ser trabalhadas conjuntamente com estratégias para maximizar as vendas.
4 De acordo com a pesquisa, o fluxo das vendas tende a aumentar em dezembro em todo o Estado. Caberá ao lojista se preparar para aproveitar o melhor período de vendas para o varejo. Não basta esperar o cenário melhorar. A adoção de uma postura flexível e inovadora, principalmente nas negociações, serão os pontos cruciais para fazer a diferença. Intenção de Compras desejos por novidades, e Calçados (10,4%). Quando perguntamos aos consumidores sobre a sua intenção de compra frente a uma cesta de produtos, eles informaram que pretendem comprar Roupas (32,3%), beneficiada por ter um leque de opções e valores menos aos de outros produtos, Brinquedos (16,7%), para a criança e seus Em contrapartida, os CD s/dvd s (0,5%), que figuraram em último lugar da lista, foi eliminado pela grande maioria, dando lugar à mídia digital.
5 Nas entrevistas, os consumidores citaram que compras relacionadas aos Eletroportáteis e Eletrodomésticos, serão preferencialmente deixadas para o mês de janeiro de 2017, no qual eles esperam as tradicionais liquidações/saldões que as lojas realizam com vistas no giro das mercadorias. Intenção de Compras por Gênero Itens Masculino Itens Feminino Roupas 26,3% Roupas 41,0% Brinquedos 22,8% Calçados 11,5% Calçados 9,6% Perfumes 10,3% Eletrônicos 7,9% Livros 10,3% Móveis e decorações 6,1% Brinquedos 7,7% Perfumes 5,3% Móveis e decorações 5,1% Livros 5,3% Joias e acessórios 3,8% Eletrodomésticos 4,4% Eletrônicos 3,8% Smartphones 3,5% Eletrodomésticos 2,6% Joias e acessórios 2,6% Smartphones 1,3% Artigos esportivos 1,8% Jogos eletrônicos 1,3% Jogos eletrônicos 1,8% Eletroportáteis 1,3% Computadores/Notebooks 1,8% Artigos esportivos 0,0% CD s/dvd s 0,9% CD s/dvd s 0,0% Eletroportáteis 0,0% Computadores/Notebooks 0,0% Desagregando por Gênero, o público masculino comprará Roupas (26,3%), Brinquedos (22,8%), Calçados (9,6%) e Eletrônicos (7,9%). Já as Mulheres irão desembolsar em Roupas (41,0%), Calçados (11,5%), Perfumes (10,3%) e Livros (10,3%). Mais uma vez as Roupas ( 26,3% / 41,0%) lideraram o ranking de intenção de compras por ser um bem básico, por oferecer inúmeras possibilidades, por manter inovações no decorrer do tempo e, principalmente, ser adaptável ao bolso de cada consumidor, independentemente de sua classe social ou renda disponível para o consumo.
6 Formas de Pagamento É preciso conhecer o consumidor, seus hábitos, costumes, desejos, necessidades e adaptar-se a estes pontos. Dentre as formas de pagamento disponíveis no mercado, 29,3% realizará suas compras utilizando o cartão de crédito passando o valor inteiro da compra. Em segundo lugar figura o À Vista/Dinheiro com 28,5%. Em terceiro, À Vista/Débito com 25,0%. Estamos em um momento em que as tecnologias, a mobilidade e a interconectividade devem ser utilizadas pelos lojistas de maneira a agregar valor na experiência de compra. A flexibilidade é a chave para o sucesso das vendas, ainda mais quando, 70,6% dos entrevistados irão realizar suas comprar utilizando o dinheiro de plástico. A título de complementar a importância do dinheiro de plástico, em 2015, as transações de débito e crédito dos cartões somaram a cifra de R$ 1,064 trilhões, correspondendo a um crescimento de 8,9% em relação a 2014, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviço Abecs. Para 2016, a expectativa da associação é que o setor cresça 6,5%.
7 Apenas por meio do parcelamento sem juros, os emissores de cartão de crédito concederam aos brasileiros a quantia de R$ 77,6 bilhões, o que representou 52,2% do volume de crédito concedido à pessoa física (recursos livres) para financiar o consumo de bens e serviços, segundo a Abecs. Influências no Processo de Compras No ranking dos fatores condicionantes para o processo de compras, a variável Preço lidera com o poder de influenciar 39,2% dos entrevistados. O Atendimento e a Localização/Facilidade de acesso ocuparam o segundo e o terceiro lugar com 32,0% e 9,8%, respectivamente. A despeito do peso maior e da liderança da variável Preço se manter líder em todos os períodos, o consumidor atual relaciona outros atributos para buscar o produto que mais alcance suas expectativas. Por isso é muito importante o lojista inovar, não só no produto, mas também no atendimento como um todo. Transformar todo o processo de compras por meio da agregação de valores tangíveis e intangíveis.
8 As Marcas de grifes foram as menos citadas, com 0,7%, nas preferências atuais dos consumidores que, por sua vez, mostraram-se mais abertos para experimentar novas marcas e novos produtos, desde que estes atinjam as expectativas esperadas, ou seja, os consumidores estão mais preocupados com a experiência de compra do que com a tradição da marca e das lojas tradicionais. Além disso, a mudança do consumidor aponta que as Marcas Tradicionais não estão alterando seus formatos, mantendo os produtos da mesma forma, sem inovação e em descompasso com os preços competitivos. Considerações Finais A pesquisa evidenciou, neste momento, o que o consumidor espera, como será seu comportamento e suas intenções de compra. Cabe ao lojista, se organizar, por meio de planos de negócios agressivos e equilibrados para atender o consumidor e, ao mesmo tempo, resgatar suas estratégias buscando a eficiência de seu negócio prezando pela saúde financeira. O cenário econômico foi penalizado pelos rendimentos deprimidos, pelas altas taxas de desemprego, pelo crédito restritivo, pelo enfraquecimento do comércio e pela queda da confiança do consumidor, ou seja, pela deterioração das variáveis macroeconômicas. Contudo, espera-se uma recuperação gradual da economia, com melhora dos rendimentos reais reposição do poder de compra com efeitos positivos sobre as expectativas das famílias, queda da inflação, redução da Selic, queda da inadimplência, recuperação dos investimentos e do consumo por meio da retomada da expansão do crédito, redução do desemprego, e, principalmente, a melhora da confiança do consumidor e das empresas. Para o presidente da FCDL-MG, Frank Sinatra, afastar o pessimismo, mesmo que o cenário econômico não esteja totalmente traçado, é a chave para o sucesso. O varejo deve seguir adiante, evidenciando inovações e trabalho árduo, com vistas em mitigar os efeitos negativos e identificar oportunidades que, com certezas, ou estão ocultas em formatos de crises ou estão em processos tradicionalmente desenhados que merecem uma atenção para destacar novas possibilidades que
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