MARIA JÚLIA TAVARES MORENO MOREIRA. Os contos infantis e as crianças do pré-escolar nos jardins-de-infância da cidade da Praia

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1 Departamentodas Ciencias Sociais e Humanas Cursos de Licenciatura em Educaão de Infancia Ano Lectivo 2009/2010 Os contos infantis e as crianças do pré-escolar nos jardins-de-infância da cidade da Praia MARIA JÚLIA TAVARES MORENO MOREIRA i [Set/2010]

2 MARIA JÚLIA TAVARES MORENO MOREIRA Os contos infantis e as crianças do pré-escolar nos jardins-de-infância da cidade da Praia Trabalho científico apresentado na Universidade de Cabo Verde para obtenção do grau de licenciatura em Educação de Infância, sob orientação da Dr.ª Marta Rocha ii

3 Aprovado pelos membros do júri, e Homologado pelo Reitor da Universidade de Cabo Verde, como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciatura em Educação de Infância. O Júri: Presidente Arguente Orientador Praia, de de 2010 iii

4 DEDICATÓRIA Em primeiro lugar à Deus, por ter-me dado força e coragem para alcançar mais uma etapa na minha formação académica; Em segundo lugar a toda a minha família e, em especial ao meu esposo Cipriano Tavares Moreno Moreira e filhos William Patrick e Wilma Ariana pela compreensão demonstrada durante as minhas ausências. iv

5 AGRADECIMENTOS Na luta constante para alcançar os nossos objectivos, houve algumas pessoas que tiveram um papel determinante. Umas ensinaram-nos a construí-los, transmitindo-nos conhecimentos, apoio, coragem e os alicerces para os cimentar. Outras ajudaram-nos a reconstruí-los. Só assim, conseguimos abrir mais esta porta da nossa vida. A todos, um muito obrigado! Tendo em consideração todo o trabalho que dêmos a nossa orientadora que, inicialmente, foi uma professora amiga, que nos ajudava com muita boa vontade acabou por aceitar ser nossa orientadora, um reconhecimento muito calorosa a Dra. Marta Rocha pela forma sábia e atenciosa evidenciada durante toda a fase da elaboração deste trabalho. Aos nossos professores, que ao longo desses quatro anos pelos momentos de reflexão nos levaram a descobrir novos caminhos, novos horizontes, a ter uma noção mais clara das coisas e a expor as nossas experiências e os conhecimentos e, a criar o espaço de colocar as nossas dúvidas permitindo que desenvolvêssemos as nossas capacidades. Aos colegas do curso Educação de Infância pela compreensão que sempre mostraram em nos ouvir mesmo nas horas que a motivação faltava, e todos aqueles que contribuíram directo e indirectamente para que o presente trabalho se tornasse uma realidade. Finalmente, o nosso reconhecimento aos nossos pais, aos nossos irmãos pelo estímulo que demonstraram, paciência e pelo esforço e sacrifício de uma vida inteira. v

6 Índice 1. Introdução... 1 Capítulo I - Fundamentação Teórica Contos História sobre contos Tipos de contos Conto de fadas Teoria sobre os contos infantis Importância dos contos infantis Educação de Infância e contos O que é Educação de Infância? Implementação de Educação de Infância em Cabo Verde Contos no Pré-Escolar Estratégia na abordagem de contos Capítulo II Fundamentação Metodológica Uma panorâmica dos métodos Amostra Instrumento de recolha de dados Procedimentos Análise de dados Capítulo - III - Resultados dos dados Capítulo - IV - Considerações finais e conclusões Bibliografia Disponível em citador Webloy.compt/arquivo/ html Anexo vi

7 Lista de Tabelas Tabela 1 - Sexo dos inquiridos TABELA 2 - Idade dos inquiridos Tabela 3 - Residência dos inquiridos Tabela 4 - Formação sobre os contos infantis Tabela 6 - Título da leitura do último conto Tabela 7 - Em que actividades foram utilizadas Tabela 8 - Número de vezes POR SEMANA EM QUE LÊ OS LIVROS DE CONTO Tabela 9 - Tipos de contos Tabela 10 - Quando recorre aos contos Tabela 11 - Critérios na escolha de contos Tabela 12 - Reacção das crianças no final dos contos Tabela 13 - Preferência na escolha dos contos por sexo Tabela 14 - Qual a diferença encontrada Tabela 15- Importância atribuída aos contos Tabela 16 - Satisfação face aos contos Tabela 17 - Justificação à questão anterior Tabela 18 - Contribuição da mensagem dos contos para socialização das crianças Tabela 19 - Justificação da resposta sim Tabela 20 - Sugestão dos inquiridos para socialização das crianças através dos contos 41 Tabela 21 - Sugestão obtida dos inquiridos sobre contos perante resposta positiva a pergunta anterior Tabela 22 - Utilização dos contos nas actividades vii

8 Lista de Gráficos Gráfico 1 - Nível de escolaridade dos inquiridos Gráfico 2 -Período da última leitura sobre contos Gráfico 3 - Comportamento de crianças face aos contos viii

9 Abreviaturas PRÉ - Pré-escolar ICS - Instituto Cabo-verdiano de Solidariedade ONG S - Organizações não Governamentais OMCV - Organização das Mulheres Cabo-verdianas E.B - Ensino Básico M.E - Ministério da Educação DGE - Direcção Geral do Ensino PN - Programa Nacional LOM - Lei Orgânica do Ministério DGEBS - Direcção Geral do Ensino Pré-escolar Básico e Secundário IP - Instituto Pedagógico CFEI - Curso Formação de Educadores de Infância ISE - Instituto Superior da Educação ix

10 1. Introdução O conto é uma manifestação cultural, provavelmente, muito antigo, desenvolvido por diferentes povos e civilizações em distintas épocas e períodos com manifestações diferentes até chegar aos nossos dias. Ainda num passado muito recente o conto fizera delícias dos nossos pais, transmitidas de forma muito carinhosa, no seio da família, vizinhança e amizade, nas noites de luar. O conto de fadas não existia propriamente dito, isso só foi possível depois da literatura adulta ter tornado uma instituição bem estabelecida, a partir do séc. XVIII com os franceses, a criar o termo conte de fée, ou conto de fadas que depois veio a dar em inglês a fairy tale. A partir do séc. XVII surgiu uma nova tradição do conto de fadas que ganha força com contadores de história como Charles Perraut, os irmãos Grimm, Hans Christian Andersen que, recolheram a partir da tradição oral e a reescreveram e teve o seu apogeu no séc. XIX. Com eles os contos passaram a ter uma forma de cultura elaborada, deixando de ser mera leitura oral transmitida sobretudo pela população rural, tornando-se uma cultura e com isso passou a ser escritos, o que se deve à invenção de imprensa no séc. XV, e a crescente alfabetização das classes elevadas, aprenderam a ler e tornaram-se capazes de reproduzir, porque se tornou moda, as narrativas orais por escrito. Actualmente torna-se verdadeiramente difícil imaginar o dia-a-dia de uma criança num jardim-de-infância sem uma oferta reservada aos contos. Pois, a sociedade actual considera a infância um período importante e privilegiado de aprendizagem plena para à vida futura. Existe a consciência que a capacidade natural das crianças em aprender com os adultos verifica-se graças uma intensa interacção social que poderá perfeitamente edificar-se através de contos. Sendo o conto muito indicado na educação de crianças do Pré-escolar e, atendendo ao tema proposto, a partir do mesmo, algumas questões se nos inquieta, nomeadamente: Que importância traz o conto no processo educativo das crianças, durante o período Préescolar? Como os educadores de infância, nos jardins infantis da cidade da Praia, aproveitam das potencialidades do conto no processo educativo? 1

11 Como as crianças dos jardins-de-infância da cidade da Praia reagem aos contos? Para responder as questões acima constituídas traçamos um conjunto de objectivos a saber, entre os quais, de uma forma muito geral: Contribuir para que o conto tenha um tratamento relevante no processo educativo das crianças nos jardins-de-infância na cidade da Praia Muito especificamente: Destacar a importância da utilização do conto na educação das crianças do Préescolar; Saber como as educadoras dos jardins-de-infância da cidade da Praia relacionam com o conto no acto educativo e; Conhecer a forma como as crianças dos jardins-de-infância da cidade da Praia comportam-se quando confrontadas com o conto. Na sequência das questões levantadas, dos objectivos estipulados e da natureza do tema em si tomamos as hipóteses que se seguem: H1 Nos jardins-de-infância da cidade da Praia as monitoras reconhecem a importância do conto no processo educativo, mas a aplicabilidade surge de forma muito esporádica. H2 O conto contribui para o desenvolvimento de uma série de comportamentos importantes no processo de ensino e aprendizagem das crianças, nomeadamente atenção, motivação, imaginação, concentração, entre outros traços indispensáveis da personalidade. H3 As crianças dos jardins-de-infância da cidade da Praia, como quaisquer outras ficam atentas e curiosas face uma sessão de contos. Para a elaboração do presente estudo a revisão da literatura especializada foi crucial realçar alguns conceitos, estabelecimentos de comparações e reflexões, de forma mais aprofundada, às questões relacionadas com os contos. Por outro lado, na busca de uma resposta científica às inquietudes levantadas foi necessário aplicar um inquérito por questionário às monitoras que trabalham directamente com 2

12 crianças do Pré-escolar. Num universo de 79 jardins-de-infância, foi tomada como amostra para o estudo em questão 8 jardins-de-infância de forma aleatória onde 33 monitoras infantis foram inquiridas, mas somente 27 responderam ao questionário. O presente trabalho encontra-se estruturado em quatro capítulos. No primeiro capítulo fizemos uma revisão da literatura assim incluímos o conceito do conto, história de contos, tipos de contos de fadas, teorias sobre os contos infantis, importância dos contos infantis, educação de infância e contos, o que é educação de infância implementação de educação de infância em cabo verde, conto no pré-escolar, estratégias na abordagem de contos, importância da linguagem para os contos infantis. No segundo capítulo fala fundamentação metodológica fizemos uma panorâmica dos métodos, amostra, instrumentos de recolha de dados, procedimentos, análise de dados No terceiro capítulo apresentamos resultados dos dados. Finalmente, apresentamos o quarto capítulo as considerações finais, conclusões e recomendações. Em último lugar apresentamos a lista ordenada de todas as fontes citados no trabalho. 3

13 Justificação da escolha do tema A escolha do tema em apreço surge na sequência da nossa experiência vivida ao longo do período de Estágio Pedagógico ao constatar que, no jardim onde exercíamos, as monitoras de infância, nas suas actividades diárias com crianças, o conto figurava-se de forma irrelevante e muito pontual, ou seja, pouco empenho se notava relativamente à programação do conto nas actividades diárias das crianças. No nosso entender, no processo de educação de infância, o conto, enquanto via por excelência de alcançar objectivos diferenciados, deve ser programado de forma aprofundada regularmente, em combinação com outras actividades constantes do programa diário. O conto deve ser utilizado sempre e em todas as oportunidades que justifiquem durante o dia-a-dia das crianças. Através de contos podemos assegurar, na sala de actividades, crianças mais atentas, mais interessadas, mais sociáveis, mais motivadas a ponto de, todas essas qualidades, serem susceptíveis de transfer positivo para outras actividades consolidando, na medida do possível, o processo educativo. Por outro lado, o conto sempre suscitou, no nosso íntimo, uma certa curiosidade, fascinação, sobretudo, pela sua diversidade educativa, lição que proporciona em cada etapa da vida de um indivíduo. Ainda, compreender de forma mais aprofundada os fenómenos relacionados com esta manifestação cultural será um dos propósitos deste estudo, mas o que mais nos sensibiliza relaciona-se muito com o contributo que poderemos estar a dar à comunidade educativa de infância, no sentido de ver, no conto, um instrumento útil no processo educativo das nossas crianças. 4

14 Capítulo I - Fundamentação Teórica 1.1 Contos Com intuito de facilitar a compreensão deste trabalho de investigação é de toda pertinência, numa primeira instância, destacar e reflectir distintos conceitos sobre o conto. Para Khéde (1990:16) os contos de fadas actualizam ou reinterpretam, em suas variantes, questões universais como os conflitos do poder e a formação dos valores, misturando fantasia a realidade no clima do Era uma vez... Por sua vez Andrade citado por Ribeiro (s/d) é muito lacónico, na tentativa de definir o conto defende que é tudo aquilo que o autor quiser chamar de conto. Entretanto Cortázar (1974 p: 147), na sua obra intitulada Alguns aspectos do conto reflecte o conto da seguinte forma: é preciso chegar á ideia viva do que é o conto, e isso é sempre difícil na medida em que as ideias tendem ao abstracto, a desvitalizar seu conteúdo, ao passo que a vida rejeita angustiada o laço que a conceituação quer lhe colocar, para fixá-la e categorizá-la. Como podemos ver o conto é um género literário de difícil definição, e não é por acaso que as teorizações por parte de escritores e críticos atingem grande número e diferentes graus de complexidade, principalmente se considerarmos o problema em diferentes contextos, nomeadamente a evolução da concepção do conto no tempo e nas diferentes culturas e países História sobre contos Em muitos povos e em muitas épocas diferentes, o acto de contar conto era de tal modo importante e poderoso que havia restrições, regras e castigos: nem todos podiam contar, nem todos os lugares serviam e, principalmente, nem todas as horas eram horas propícias, possíveis. Pensava-se que o conto possuía um poder mágico. Os escritos de Platão mostram-nos que as mulheres mais velhas contavam às suas crianças histórias simbólicas. Desde então, os contos de fadas estão veiculados à educação das crianças. Na Antiguidade, Apuleio, um escritor e filósofo do séc.ii d.c. escreveu um conto de fadas Amor e Psyche, uma história como A Bela e a Fera. Esse conto tem o mesmo padrão dos que se podem ainda encontrar, hoje em dia, em qualquer país. Pode-se dizer que este tipo de 5

15 conto de fadas (da mulher que redime seu amado da forma animal) existe praticamente inalterado há 2000 anos. Mas há uma informação mais antiga: os contos de fadas também foram encontrados nas colunas e papiros egípcios, sendo um dos mais famosos, o dos dois irmãos, Anúbis e Beta. Nessa tradição escrita data aproximadamente de 3000 anos e os temas básicos não mudaram muito. Existem indícios de que alguns temas principais desses contos se reportam a anos a.c. ainda assim, mantendo-se praticamente inalterados Tipos de contos Aarne/Thompsom divide os contos segundo: Unidade temática, ou seja, a identificação de cada conto se baseia no tipo de enredo e no tipo de personagem que ele contém. Agruparam os contos de fadas em quatro grupos maiores: 1) Contos de animais; 2) Contos propriamente ditos; 3) Facécias ou anedotas, 4) Outros contos que não se encaixam em nenhum dos grupos anteriores. Esses grupos maiores subdividem-se mais uma vez, por ex: há 900 tipos de contos propriamente ditos (identificados com os números de 300ª 1199), os quais se subdividem em contos de fadas ou de encantamento contos de fadas legendários ou religiosos, contos de fadas novelísticos e contos de fadas sobre o gigante, ogro ou diabo logrados. Os contos de fadas ou do encantamento, por vezes, dividem-se em contos com opositor sobrenatural, contos com cônjuge (ou outro parente) sobrenatural ou enfeitiçado, tarefa sobrenatural, ajudante sobrenatural, objecto mágico, poder ou conhecimento mágico e contos com outros elementos mágicos. Esses grupos menores dividem-se em unidades temáticas. Contos de fadas propriamente ditos, este grupo englobam os contos de fadas mais típicos do género. São os contos que melhor podem ser analisados com a teoria das funções de Propp; Contos de fadas ou de encantamento contos de fadas religiosos ou legendários: contos com elementos protagonistas, episódios, referências, etc. Extraídos do âmbito da religião cristã; Contos de fadas novelísticos contos de fadas cujo enredo gira em torno de circunstâncias curiosas ou inusitadas, chegando em muitos casos a dispensar por completo o elemento mágico ou sobrenatural; 6

16 Contos sobre o gigante, ogro ou diabo logrados contos em que o protagonista recorre a astúcia e inteligência para enganar algum oponente monstruoso, o qual pode ser um gigante um ogro, o Diabo ou outro ser maléfico desse porte; Facécias ou anedotas: contos de fadas com traços jocosos ou anedóticos, contos acumulativos: contos que se caracterizam pela repetição sucessiva de uma mesma sequências (de fadas, acções, etc.) ao longo de todo o texto; Outros tipos não classificados dos 2000 lugares previstos, Aarne completaram apenas 540, deixando, portanto, espaço para outros tipos ou mesmo subgrupos. Thompsom inclui nas facécias os contos acumulativos e introduziu um grupo de contos diversos (Extraídos da ontologia dos Grimm) Conto de fadas Segundo Cashdam (s/d) os contos foram originalmente concebidos como entretenimento para adultos, os contos de fadas eram contados em reuniões sociais, nas salas de fiar, nos campos e em outros ambientes onde se reuniam, não nas creches. Com o avanço do racionalismo, das ciências os contos de fadas e as narrativas maravilhosas passam a ser vistos como histórias para crianças. Antes muitos contos de fadas incluíam exibicionismo, estupro, e voyeurismo. Exemplo disso é que numa das versões de Chapeuzinho Vermelho, a heroína faz um striptease para o lobo, antes de pular na cama dele. Mas viu-se que o conto tem grande importância para as crianças na construção da sua estrutura mentais, para estabelecer relações como eu, os outros, eu, as coisas, as coisas verdadeiras, as coisas inventadas; para criar distâncias no espaço (longe, perto) e no tempo (antes-agora, antes-depois, ontem-hoje-amahã). As versões infantis de contos de fadas que hoje são consideradas clássicas, foram devidamente corrigidas e suavizadas, nasceram quase por acaso na França no século XVII, em 1697 na corte de Luís XIV, pelo Charles Perrault, quando publicou Contes de ma Mère l Oye (Contos da minha Mãe Gansa), uma colectânea de narrativas populares folclóricas que em princípio não eram destinadas as crianças, mas sim a defesa da literatura francesa e a causa 7

17 feminista que tinha como uma das líderes a sua sobrinha, Mlle. Héritier. Ao criar o termo conte de fée, ou de fadas, que depois vem a dar em inglês o fairy tale. Antes disso, o conto de fadas não existia propriamente dito. Os contos de fadas abremnos as portas para o mundo dos sonhos, mas não só. São importantes para manter acesa a chama do inconformismo, da inquietação, no fundo para formar cidadãos capazes de perceber que a realidade nem sempre é aquilo que parece. E que está nas nossas mãos a possibilidade de transformar essa realidade (Victor Quelhas, s/d). Havia contos de tradição oral, sobretudo no centro da Europa, que iam buscar, de forma muito dispersa, elementos ao mito, às grandes tradições religiosas a figuras de vários tipos, à literatura antiga, à medieval. Os contos evoluíram de muitos elementos confuso, que foram desenvolvendo e constituíram narrativas. Foi só no século XIX, em função da actividade de vendedores ambulantes que viajavam de um povoado para o outro «vendendo artigos doméstico, partituras e pequenos volumes baratos chamados de chapbooks» que eram vendidos por poucos centavos e continham histórias simplificadas do folclore e contos de fadas aperfeiçoados das passagens mais fortes, o que lhes facultava o acesso a um público mais amplo e menos sofisticado. Mas foi com a adaptação de «A Pele de Asno» que Perrault manifesta a intenção de escrever para crianças, principalmente as meninas, orientando sua formação moral. Principais contos da «Mère l Oye»: A Bela Adormecida no Bosque, Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, O Gato de Botas, As Fadas, A Gata Borralheira, Henrique de Topete e O Pequeno Polegar. Depois de Perrault ter publicado a história da Mãe Gansa, os folcloristas Jacob e Wilhem Grimm, integrantes do Círculo Intelectual de Heidelberg, efectuaram um trabalho de colecta de antigas narrativas populares com o qual esperavam caracterizar o que havia de mais típico no espírito do povo alemão (mesmo que muitas vezes estas narrativas originalmente nada tivessem de germânicas). Para os Grimm as principais fontes de tradição oral são a prodigiosa memória da camponesa Katherina Wieckmann e de uma amiga da família, Jeannette Hassenpflug, de ascendência francesa. Entre 1812 e 1822, depois da pesquisa feita, os irmãos Grimm publicaram uma colectânea de cem contos denominada Kinder und Hausmaerchen («contos de fadas para 8

18 crianças e adultos»). Os Grimm podem ter lançado mão de adaptações das histórias recolhida pelo estudioso francês pelas inúmeras semelhanças de episódios e personagens com aqueles das histórias de Perrault. Principais contos de «Kinder Hausmaerchen»: Pele de Urso, A Bela e a Ferra, A Gata Borralheira e João e Maria. O Romancista, poeta e novelista dinamarquês Hans Christian Andersen foi consagrado como o verdadeiro criador da literatura infantil, por ter escrito cerca de duzentos contos infantis, parte retirados da cultura popular, parte de sua própria lavra. A riqueza poética de sua obra encanta todas as idades. O género em Andersen, é enriquecido de beleza e fantasia inimitáveis. Ele tem um estilo vivo e pleno de movimentos, numa linguagem encantadora. Dá vida a todos os seres, animando desde os objectos mais simples: os móveis, as flores, os animais. Tudo nele tem alma individualidade, sob o seu poder mágico, que transforma o maravilhoso, o fantástico, o fabuloso num clima natural. Os contos de Andersen foi publicado com o título geral de Eventyr («contos»), entre 1835 e A moralidade em sua obra é uma doce e leve mensagem. Não há lições doutrinárias e enfadonhas de moral, ele não sobrepõe à sua obra de livre imaginação. Principais desses contos são: A Roupa Nova do Imperador, O Patinho Feio, Os Sapatinhos de Vermelhos, A pequena Sereia, A Pequena Vendedora de Fósforo, A Princesa e a Ervilha Teoria sobre os contos infantis Foi Vladimir Propp, estruturalista russo e um dos expoentes da narratologia, que se deu um dos primeiros estudos científicos relevantes dos contos, em 1920, conforme Pavoni (1989), a partir dos estudos nos quais se propôs a analisar estruturalmente cem narrativas dos contos populares da época, chegando a conclusão de que todas as histórias tinham a mesma sequência de acções ou funções narrativas, e a questão de que, apesar da diversidade de temas e versões, todos poderiam ter uma origem comum. Para Coelho (1987), Propp formulou uma estrutura básica para os contos de fadas envolvendo início, ruptura, confronto e superação de obstáculo e perigos, restauração e desfecho. 9

19 a) O início caracteriza-se pelo aparecimento do herói ou da heroína e do problema que vai desestabilizar a paz inicial; b) A ruptura quando o herói vai para o desconhecido, deixando a protecção e se desligando da vida concreta; c) O confronto e a superação de obstáculos e perigos, quando o herói busca soluções fantasiosas; d) A restauração é quando se inicia o processo da descoberta do novo, das potencialidades e das polaridades e; e) O desfecho, é o retorno à realidade, com a união dos opostos, iniciando o processo de crescimento e desenvolvimento. Por sua vez Coelho (1987), defende que a fantasia básica dos contos de fadas expressa os obstáculos ou provas que precisam ser vencidas, como um verdadeiro ritual iniciático, para que o herói alcance sua auto-realização. Partem de um problema vinculado à realidade e seu desenvolvimento é uma busca de soluções, no plano da fantasia, com a introdução de elementos mágicos. Como se pode constatar a restauração da ordem acontece no desfecho da narrativa, quando há uma volta ao real. Propp, (2000) ao analisar a semelhança entre a estrutura das narrativas e as sequências das acções nos rituais, conclui que os mais velhos faziam o papel de iniciadores e contavam aos jovens que eram iniciantes o que lhes estava acontecendo, só que se mostrava o sentido das práticas nos rituais a que os jovens estavam se submetendo, era a parte integrante do ritual e devia ser mantida em segredo: um segredo entre o iniciador e o iniciado, que funcionava com amuleto verbal e dava poderes mágicos aos envolvidos. Para Mendes (2000) Essas narrações acabaram transformando-se em mitos, mantidas e transmitidos como preciosos tesouros nas sociedades tribais. Segundo esse mesmo autor através do mito, pode-se entender a realidade social de um povo, sua economia, seu sistema político, seus costumes e suas crenças. Essa afirmação nos leva a concluir que através dos mitos eram explicadas a vida individual e social, ou seja, o passado, presente e futura nas comunidades primitivas. Este propósito está patente nas obras de Propp, ao estudar as raízes históricas dos contos maravilhosos, quando descobriu que algumas práticas comunitárias dos povos primitivos (ritos 10

20 de iniciação sexual e representações da vida e da morte), explicam a existência de dois tipos de contos, abrangendo a maior parte das histórias chamadas hoje de contos maravilhosos ou de fadas (Pavoni, 1989). Outros sistemas de classificação dos contos de fadas foram desenvolvidos, segundo Abramowicz (1998), essa classificação deveu-se ao do finlandês Antu, que identificou os textos segundo unidades temáticas, publicado em Para desenvolver seu sistema, ele baseou-se em contos finlandeses e dinamarqueses (colectados pôr Grundtvig) e alemães (antologia dos Grimm) Importância dos contos infantis Durante os primeiros anos de vida da criança, são construídos e desenvolvidas maneiras particulares de ser e esquemas de relações com as pessoas. As crianças vão construindo suas matrizes de relações a partir de sua interacção com o meio: o seu comportamento emocional, individualização do próprio corpo, formação da consciência de si, são processos paralelos e complementares do desenvolvimento da criança (em seus primeiros anos). Para Piaget (1967) as crianças adquirem valores morais não só por internalizá-los ou observá-los de fora, mas por construí-los interiormente através da interacção com o meio ambiente. Nesta fase, ouvir histórias (principalmente os contos), entre outras actividades, é possibilidade real de desenvolvimento e aprendizagem. Os contos de fadas exercem um grande fascínio nas crianças, são caminhos de descobertas e compreensão do mundo. Nesta linha Bettelheim (1999) realça O conto de fadas procede de uma maneira consoante ao caminho pelo qual uma criança pensa e experimenta o mundo por esta razão os contos de fadas são tão convincentes para elas. Ainda o mesmo autor destaca que as crianças, através da utilização dos contos, aprendem sobre problemas interiores dos seres humanos e sobre suas soluções e também é através deles que a herança cultural é comunicada às crianças, tendo uma grande contribuição para sua educação moral. Segundo a psicopedagoga e professora Garcia (2007), apesar de existirem muitos programas de entretenimento e de uma grande oferta de brinquedos na televisão, o conto continua a manter a sua magia e mistério o conto consolida a relação afectiva entre pais e 11

21 filhos, desperta o desejo das crianças e põe em acção a sua imaginação. Muitas vezes «contar um conto» é os maiores presentes que podemos oferecer uma criança. Quer dizer que o conto de fadas tem uma grande importância para as crianças, através do conto a criança aprende várias lições e aprende que os conflitos e os problemas se resolvem com muita disposição. Por mais que existem bruxas más (representam a figura das pessoas que não gostam e querem atrapalhar a felicidade do outro), se somos boas pessoas, podemos ser felizes e conquistar tudo o que quiser, inclusive com a ajuda dos amigos para acabar em bem. O conto faz parte do imaginário das crianças. Os contos podem, no entanto ser «apenas» lidos pois uma boa leitura é também uma forma feliz de servir o conto. Saber ler um conto é despertar simultaneamente a letra escrita e a imaginação de quem nos ouve. Mas ler não é o mesmo que ouvir contar uma história porque, lendo sozinha, a criança pode pensar que só uma pessoa estranha que escreveu a história ou editou o livro aprova que se engane e diminui o gigante. (Bettelheim, 1999). Segundo Betteelheim (1999) o conto de fadas tem efeito terapêutico na medida em que a criança encontra uma solução para as suas dúvidas através da contemplação do que a história parece implicar acerca dos seus conflitos pessoais nesse momento da vida. Os contos de fadas garantem à criança que as dificuldades podem ser vencidas, assim, aprendem a aceitar melhor as pequeninas desilusões que vai encontrando no seu dia-a-dia, porque sabe que à semelhança do que acontece nos contos, os seus esforços por se tornar melhor hão-de ter um dia, a desejada recompensa. (Bettelheim, 1999). Através de imagens simples e directas, os contos de fadas, com toda a sua imaginação, ajudam a criança a destrinçar os seus próprios sentimentos complicados, ambivalentes, de modo a desviar cada qual para o seu lugar, evitando as confusões. Bettelheim (1999) conclui que o conto de fadas sugere não só o isolamento e a separação dos aspectos disparatados e confusos da experiência da criança em coisas ou situações antagónicas, como também projecta estes em figuras diferentes. Ainda Radino (2001), refere-se aos contos de fadas como projecção de fantasias inconscientes, ajudam a elaborar conflitos inerentes ao processo de desenvolvimento e socialização e propiciam a construção de um sistema metafórico e simbólico e, por isso, são 12

22 considerados como um rico instrumento pedagógico. Mas os contos, embora pouco utilizados no dia-a-dia por professores de educação infantil, perdem sua função lúdica e estética quando empregados como subsídios para actividades pedagógica e transformados em pretextos para tarefas escolares. A leitura infantil, a partir de uma perspectiva pedagógica, periodiza uma função social, educativa e formativa, em detrimento de sua função artística e estética (Zilbermam, 1987). A importância de contar histórias também é defendida por Coelho (1993) este autor afirmar que a literatura é um fenómeno de linguagem e uma experiência vital cultural. Conforme a autora, directa ou indirectamente ligada a determinado contexto social, a literatura é fundamental para a formação do indivíduo, pois ao estudar a história das culturas e o modo pela qual elas foram sendo transmitidas de geração para geração verifica-se que a literatura foi seu principal veículo. Pois, a história proporciona a criança viver além de sua vida imediata, vivenciar outras experiências. Por isso seduz, encanta e embriaga. Quando ouvimos uma história e nos envolvemos com ela, há um processo de identificação com alguns personagens. Isto faz com que o indivíduo viva um jogo ficcional, projectando-se na trama. Quem ouve uma história, tem a possibilidade de reconstruí-la internamente com as próprias emoções, sensações e visão do mundo. Em suma os contos sempre tiveram a função de distrair e instruir, podendo ser um valioso instrumento auxiliar na educação das crianças, por isso é muito importante que o professor conheça bem a história que será contada e também as crianças que irão ouvir, pois assim ele saberá como trabalhar as questões necessárias para o completo aproveitamento da actividade, assim como para o desenvolvimento integral das crianças. 1.2 Educação de Infância e contos O que é Educação de Infância? Falar da educação infantil, da educação pré-escolar ou da educação pré-primária implica focar atenção na educação das crianças antes da sua entrada no ensino obrigatório. 13

23 A Educação de Infância é o período compreendido entre zero a seis anos de idade de uma criança. Neste tipo de educação as crianças são estimuladas através de actividades lúdicas e jogos a exercitar as suas capacidades motoras, a fazer descobertas e a iniciar o processo de alfabetização. É a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida. Sendo, um estabelecimento apropriado, complementa-se a acção educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser atómico, livre e solidário Implementação de Educação de Infância em Cabo Verde A educação em Cabo Verde teve o seu início com a ocupação das ilhas, consequentemente com a chegada da igreja católica no séc. XV. No entanto, a educação préescolar só começa a manifestar no início do séc. XX, cinco séculos após o assentamento dos primeiros colonos e dos primeiros escravos. Podemos dizer que a educação pré-escolar em Cabo Verde teve três momentos cruciais: ; ; Anos 90. O período que medeia da educação colonial também foi marcado por acções, iniciativas e programas visando o PRE. Essas acções e programas visando crianças em idade pré escolar ao longo da primeira metade do século xx partiram da igreja católica, sendo dirigida por freiras. A partir da segunda metade do século XX, a igreja católica deixa de ser a única interveniente, entrando em cena outras confissões religiosas, (igrejas adventistas, baptista) e outras instituições humanitárias como a Cruz Vermelha de Cabo Verde, a Caritas, e de iniciativas privadas por parte de individualidades das ilhas. A partir de 1968, o Estado começa a intervir com acções Programas para Pré, com institucionalização da educação Pré-Primária. Essa intervenção visando crianças de 6 anos com características de compensação linguísticas culturais, mas acabou por excluir uma grande maioria de crianças cabo-verdianas da educação pré escolar e de um programa alargado de educação infantil. 14

24 Em 1964 o novo estado instituído imprime reformas a nível da lei da família instituindo a igualdade dos filhos perante lei, publicando leis de protecção a maternidade e a infância, nomeadamente o Código de Família, Código de Menor e muito importante, reconhece o papel da educação pré-escolar no desenvolvimento sadio, harmonioso e equilibrado da criança. Em 68 o estado Generaliza o ensino Pré-Primário como parte integrante da escola primária e funcionando nos mesmo estabelecimento de ensino, e devendo os responsáveis por estas classes serem habilitados com a 4ª classe e uma preparação pedagógica de curta duração, passando a ser denominas monitoras (es) escolares. Nos finais dos anos 70 e inicio da década de 80 já sob a designação de Educação Préescolar são criadas algumas instituições através do Instituto Cabo-Verdiano de Solidariedade (ICS) centrando-se no desenvolvimento de programas/projectos de atendimento e de educação destinadas à infância nas zonas urbanas, e posteriormente, o incremento de rede de jardins nas zonas rurais. Na década 80 a ICS, ONG S (Cruz Vermelha); OMCV, Igreja católica, Instituição Acção Social já tinham jardins-de-infância em vários concelhos (cerca de 9 jardins). Nos anos 90 Cabo Verde entra numa nova fase política. Ano da publicação da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei 101/III/90 de 29/12 de 90). Até a altura ela apresenta-se como o único documento legal de âmbito educativo que define os grandes princípios que regulamentam a educação pré escolar, onde a educação pré escolar é considerada como sendo um dos subsistemas educativos, destinado às crianças de idades compreendidas entre os três anos e a idade de ingresso no Ensino Básico (E.B) a sua tutela pedagógica a cargo do Ministério da Educação (ME) e tem como objectivos fundamentais: Apoiar o desenvolvimento equilibrado das potencialidades da criança; Possibilitar à criança a observação e a compreensão do meio que a cerca; Contribuir para a estabilidade e segurança afectiva da criança; Facilitar o processo de socialização da criança; Favorecer a revelação de características específicas da criança e garantir uma eficiente orientação das suas capacidades. Em 1992, o Ministério da Educação (ME) cria um núcleo de Coordenação Nacional do Pré-Escolar integrada na Direcção Geral de Ensino (DGE), nomeadamente uma técnica para fazer a respectiva coordenação. Esta medida foi seguida de um conjunto de acções que 15

25 paulatinamente permitiu reconfigurar o lugar do Pre no conjunto das preocupações educativas nomeadamente: Em 1994 foi organizado um encontro Nacional para reflectir a situação da Educação Pré- Escolar no país; Em 1996 foi publicado um Programa Nacional para a Educação Pré-Escolar e foram realizadas várias acções de formação de curta duração; Em 1997 foi publicado a nova Lei Orgânica do Ministério (Lei nº 14/97 de 24/03), que instaura avanços qualitativos a problemática do Pre ao criar a Direcção do Ensino Pré-escolar e Básico (DGEBS), determina que os serviços da Inspecção passe a controlar a qualidade pedagógica de todos os estabelecimentos da educação pré-escolar, valoriza a promoção de um real envolvimento das famílias concorrendo assim, para uma melhor descentralização e concretização das orientações do Ministério, permitindo que se criasse a figura do coordenador Concelhio para Pre e definir normas de funcionamento e princípios de gestão pedagógica para a educação Pré-escolar, elaborando normas de funcionamento, perfil e actividade de coordenadores pedagógicos para os diferentes concelhos e revisão de Programa Nacional (PN) de 96. Em 1998/99 foi criado o primeiro curso de Formação de Educadores de Infância (FEI) ministrada na Escola de Formação de professores do Mindelo/Instituto Pedagógico (IP). No ano 2005/06 foi implementado o projecto-piloto de Abordagem Integrada da pequena Infância Instituto Superior da Educação (ISE) desenvolve pela primeira vez o curso superior de Educação de Infância, enquanto IP desenvolve Curso de Educação de Infância de nível médio Contos no Pré-Escolar No passado as actividades do Pré-Escolar baseavam-se, preferencialmente, na alfabetização da criança. Pouco a pouco notou-se que era muito importante para as crianças desenvolver de um período preparatório, com a estimulação de uma série de pré-requisitos. Lima (s/d). 16

26 Hoje em dia a Pedagogia recomenda para que a escola não force as etapas do desenvolvimento, visto ser extremamente prejudicial e trará consequências futuras contraindicadas, sobretudo nas áreas pedagógicas, emocional e social. Aliás, para a alfabetização da criança implica de antemão a maturação em várias dimensões, pois o processo de alfabetização apresenta etapas novas, e, para tal, a criança deve estar preparada para vencê-las. No seio da comunidade educadora existe a consciência de que o Pré-escolar não é um depósito de crianças, ou seja, o lugar onde as crianças ficam para que os pais possam trabalhar. Cada vez mais é reconhecido que o Pré-escolar tem um papel importantíssimo na preparação da criança para a alfabetização e assim sendo deve-se cumprir este papel com competência. O Pré-Escolar é o início da formação da criança, é onde ela vai ter o primeiro contacto com a aprendizagem, que será a base para todos os anos de escola que terá no futuro. Motivos que justifica para que esse contacto agradável e cheio de prazer, evitando desta forma traumas no futuro. Lima (s/d). No nosso entender o Pré-escolar deve estimular e orientar a criança, considerando os estágios de desenvolvimento aceitando-a e desafiando-a utilizando todos os método e meios pedagógicos recomendados a pensar. Neste caso o ambiente que estimule a actividade criadora da criança, além de contribuir para o seu desenvolvimento global, estará certamente, favorecendo a aproximação da criança à realidade escolar. O Pré-escolar é o começo da longa caminhada escolar das crianças, por isso deve ser um bom começo, que proporcione alegria e satisfação à todos e em particular a criança. Nesse ponto Bettetheim (1980) é claro o conto de histórias ajuda a criança a entender-se a si própria, a orientar-se em busca de soluções para os seus problemas. O propósito de contar histórias de fadas, segundo o autor, deve ser o de fantasia; já os adultos derivam seu prazer da satisfação da criança. O conto de fadas enriquece a experiência da criança pois, sutilmente oferece sugestões para que ela lide construtivamente com experiências internas. 17

27 1.2.4 Estratégia na abordagem de contos A narração de contos deve acontecer mediante uma estratégia previamente definida. Nesta linha vejamos o que defende a psicopedagoga e professora Garcia (2007): a) Devemos fazer uma selecção muito cuidadosa dos livros. Escolher livros que nós próprios gostamos e que possam atrair o interesse das crianças; b) Devemos preparar e praticar lendo o conto em voz alta antes de lê-lo em grupo, reunindo previamente todos os acessórios necessários e imaginando as perguntas ou situações que incentivem as crianças a participar; c) Antes de iniciar a sessão, podemos cantar uma canção simples para mostrar que vai começar o conto; devemos modular e modificar a voz, ser muito expressivo, utilizar técnicas de linguagem corporal; d) Não devemos ler depressa, para podermos dar tempo às crianças para formarem uma imagem mental do que se esta a passar no conto; e) Devemos mostrar os desenhos e as ilustrações do conto às crianças, para complementar a compreensão do conto e antecipar o que vai acontecer a seguir; f) Devemos seguir os textos com o dedo para ensinar às crianças que estamos a lê-los; g) Devemos fazer umas sessões participativas, contendo e esperando que as crianças completem uma frase ou participem com uma ideia preconcebida, em que podemos fazer-lhes algumas perguntas como «o que vai acontecer agora?», «onde foi?» h) Terminado a sessão da leitura, podemos colocar o livro num lugar visível de maneira a que as crianças o vejam e desejam voltar a lê-lo. Entretanto para Guerreiro (s/d) os contos não se limitam a divertir, mas instruem, educam e também divertem e para tal fundamenta a sua abordagem da seguinte forma: a) Nos contos infantis a criança tem a capacidade rara de maravilhar-se consigo próprio e com os outros, com a natureza que envolve, sem saber, nela está inscrita a sede da sabedoria, a capacidade para os saberes; b) É muito importante que nos contos de fadas garantam um desfecho feliz, a criança não receia permitir ao seu inconsciente que alinhe com o conteúdo da história, porque sabe que, aconteça o que acontecer o final é feliz, isto é, viverá felizes para sempre c) Quando um educador lê um conto às crianças, pretende que os mesmos se interessem e apreciem os contos e os livros como meios para aprenderem e se encantarem; 18

28 d) Compreendam e sejam capazes de reproduzir os contos que lhes são contados tanto para os pais como para os educadores; e) Desenhem e representem plasticamente as personagens ou as cenas do conto que ouviram e que lhes chamaram mais atenção; f) Ampliem a sua linguagem oral e os seus registos comentando o conto e dramatizando algumas cenas; g) Desenvolvam a sua capacidade de memória repetindo frases do conto e associando-as à personagem; h) Que elas tenham maior cuidado com os livros, tê-los em ordem e classificá-los na estante da biblioteca da sala; partilhar e esperar pela sua vez para ver cada conto; i) Ampliar a unidade didáctica correspondente com um conto relacionado com o tema; j) A caracterização e os papéis das personagens é como consequência, a entrada no mundo dos valores. Bettelheim (1999) realça é importante tanto para quem escreve, como para quem lê para as crianças nunca escrever ou contar por contar. Com certeza a estratégia de abordagem de contos infantis não esgotaria com as explicações dos especialistas acima mencionados, no fundo, resumindo e concluindo compete aos educadores criar uma cultura de contos nos seus educandos como forma de garantir uma educação de qualidade e, consequentemente, a condução da criança para o mundo do saber, apresentando os contos devidamente cumprindo na integra as recomendações de ponto de vista metodológico Importância da linguagem para os contos infantis Falar de linguagem, é falar de uma capacidade específica do ser humano, em que na presença de uma língua natural nós a adquirimos, sem ser ensinada, visto que geneticamente, estamos programados para isso como seres humanos que somos. Ainda mais, logo que nascemos ficamos integrados num determinado sistema linguístico, isto é em presença de uma língua, e o sistema biológico da criança é activado e ela extrai as regras de uma língua. Esse processo começa no nascimento e vai até à puberdade. 19

29 Todos somos conscientes de que a linguagem é uma das peças-chave na Educação Infantil linguagem que se constrói o pensamento e a capacidade de codificar a realidade e a própria experiência, ou seja, a capacidade de aprender. É preciso, então criar um ambiente no qual a linguagem seja a grande protagonista: tornar possível e estimular todas as crianças a falarem: criar oportunidades para falas cada vez mais ricas através de uma interacção educador(a) criança que a faça colocar em jogo todo o seu repertório e superar constantemente as estruturas prévias. Halliday (1973) verificou que as crianças de 3 e 4 anos progridem para um estádio de uso da linguagem que lhes permite comunicar os seus sentimentos e desejos, interagir com outras pessoas, perguntar coisas, pensar sobre elas, e falar sobre situações imaginadas. Ao mesmo tempo, dominam a gramática, constroem o significado de palavras específicas e «escrevem» e «lêem» nas suas maneiras próprias ainda que não convencionais. A linguagem tem várias funções, mas a sua principal função é que permite a comunicação entre as pessoas. Sendo nós seres sociais estabelece e mantém relações uns com os outros. Enquanto os bebés e as crianças mais pequenas desenvolvem um sistema de guinchos, gritos, expressões faciais variadas e pequenas frases. A partir dos 3 ou 4 anos as crianças usam a linguagem para se fazerem compreender e mostrar interessados nas formas imprensas que aparecem nas suas vidas diárias como: livros de histórias, quando os familiares lêem o jornal, ou quando escrevem cartas etc. Ainda que a criança não saibam ler mas sabem que as letras querem dizer qualquer coisa, e estão muito motivados para criarem o seu próprio sistema de signos para, transmitir significados por meio da escrita. As crianças querem comunicar, querem compreender e serem compreendidas, por isso é muito importante para elas, que os adultos educadores atendam ao que elas querem comunicar, mais do que à forma como o tentam fazer. (Hohmann e Weikart, 2003) Segundo Weikadt, (1974) a linguagem e a literacia como o resultado natural de um processo de maturação e de envolvimento activo da criança no ambiente, onde se incluem as próprias tentativas de comunicar os seus pensamentos, sentimentos e questões acerca das experiências vividas. No início as crianças têm uma linguagem muito simples, usam expressões com apenas uma ou poucas palavras. Mas a sua linguagem vai se evoluindo a partir da vontade de comunicar 20

30 com outras crianças e ainda com as trocas comunicacionais com os adultos, em que tornam a sua linguagem aos poucos mais complexos. Um bebé de 18 meses conhece 20 a 40 palavras. Uma criança de três anos conhece milhares, uma já de cinco conhece alguns milhares. Todos os dias, as crianças adquirem novas palavras, embora percebem muitas mais. (Sim-Sim, 2005) Num ambiente rico em conversação e leitura, isto é, em que os pais conversam frequentemente, lêem regularmente e respondem à verbalização a complexidade da linguagem da criança evoluirá um pouco mais cedo, mas a um ritmo próprio de cada criança. Não nascemos com as palavras, nascemos com a capacidade para as adquirir. A função básica da linguagem é a comunicação, mas também a linguagem serve para estruturar o pensamento, para pensar. Um bebé acabado de nascer já está a comunicar. A comunicação verbal é-lhe dado pelo adulto, é ele que dá à criança o significado da comunicação. Por isso os pais têm uma função muito importante, mas também os irmãos, porque conseguem adaptar o seu discurso de modo a fazerem-se entender pelos mais novos. (Bee, 1996) A quantidade da linguagem dos pais também pode ser importante porque sabemos que eles falam com as crianças num tipo especial de linguagem muito simples, frequentemente chamado de motherese ou maternalês. Esta linguagem é falada numa voz mais aguda, e num ritmo mais lento, do que a conversa entre adultos. As frases são curtas, com um vocabulário simples e concreto, e gramaticalmente simples. Os pais quando falam com os filhos, repetem muito, com pequenas variações, ou pode repetir a frase de criança, mas numa forma um pouco mais longa e gramaticalmente correcta um padrão conhecido como uma expansão ou remodelação. (Bee, 1996) O psicólogo e educador Temple, citado por Hohmann e Weikart (2003) e os seus colaboradores resumem o processo de linguagem de seguinte maneira: a) As crianças aprendem a falar ao tentarem perceber as regras de funcionamento da linguagem depois experimentando-as e, por fim, progressivamente revendo-as; b) A princípio as crianças cometem muitos erros ao falar, mas gradualmente vão conseguíndo corrigi-las escrever, vemos as crianças a cometerem erros na formação das letras, ortografia e composição, na medida em que vão formulando hipóteses sobre as regras que governam o sistema de escrita; os erros iniciais antecedem outros erros, até que a criança chegue a uma forma correcta; 21

31 c) As crianças não começam a usar formas adequados de falar como o resultado de um ensino directivo; as formas de falar, na escrita e ortográficas e as estratégias de composição não podem ser imediatamente melhoradas por via de ensino dirigista e corrector, mas sim por via de uma aprendizagem conceptual que é gradual e controlada, tanto pela criança como pelo professor. Para que a linguagem e a literacia se desenvolvam tem de haver interacções. Segundo Maher (1991a) sublinha que a linguagem é constituída por um processo interactivo, e não por uma capacidade inata como pensava Chomsky (1965;75;86;88) ou por um comportamento estritamente aprendido por imitação. Para que uma criança aprenda letras e sons, ela precisa de ser exposta à linguagem, tanto falada quanto escrito. Essas crianças cujo os pais ou os responsáveis se conversam muito com os bebés, e se lê regularmente, e que têm letras e brinquedo para montar, para as quais se mostram o som que acompanha cada letra, ou para as quais o alfabeto é ensinado muito cedo, parece que elas vão desenvolver mais rapidamente a linguagem (Bee, 1996). Quando as crianças se encontram num ambiente onde a comunicação, escrita e oral, é valorizada, adquirem uma profunda vontade de dominar a linguagem e aprendem a ler, escrever e a falar porque querem comunicar com as pessoas significativas das suas vidas. (Maher, 1991). Elas não aprendem porque são ensinadas, mas porque vêem que há gente que as ouve e responde com interesse as suas tentativas. Para que a criança possa desenvolver a linguagem ela deve estar em ambientes onde tenham experiências e querem falar, onde há pessoas atentas a elas, envolvendo-as em diálogo. Essa interacção com pessoas e materiais preparam o palco para ela construir a sua compreensão da linguagem, da leitura e da escrita, esse processo que inicia com o nascimento e continua durante os anos da pré-escolar. (Weikart e Hohmann, 2003). Já que o desenvolvimento da linguagem é um processo interactivo, na qual as crianças aprendem a falar, ao falarem livremente sob as suas experiências, então faz sentido que no préescolar um lugar onde promova a linguagem, seja um local, onde caracteristicamente se oiça o ruído proveniente das conversas das crianças visto que é uma necessidade intrínseca em se comunicar. (Maher, 1991). 22

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