UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE LETRAS NEOLATINAS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTUDOS LINGÜÍSTICOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE LETRAS NEOLATINAS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTUDOS LINGÜÍSTICOS"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE LETRAS NEOLATINAS ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTUDOS LINGÜÍSTICOS OPÇÃO: LÍNGUA ESPANHOLA ESTRATÉGIAS DE RAPPORT EM CONVERSAS COTIDIANAS ENTRE AMIGOS E FAMILIARES NO ESPANHOL DE BUENOS AIRES: uma perspectiva interacional Eliane Mattos de Souza Rio de Janeiro 2008

2 2 ESTRATÉGIAS DE RAPPORT EM CONVERSAS COTIDIANAS ENTRE AMIGOS E FAMILIARES NO ESPANHOL DE BUENOS AIRES: uma perspectiva interacional Eliane Mattos de Souza Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós- Graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Título de Doutor em Letras Neolatinas (Estudos Lingüísticos Neolatinos). Orientador: Prof. Dr. Pierre François Georges Guisan Co-orientadora: Profª Drª Sonia Bittencourt Silveira Rio de Janeiro Abril de 2008

3 3 ESTRATÉGIAS DE RAPPORT EM CONVERSAS COTIDIANAS ENTRE AMIGOS E FAMILIARES NO ESPANHOL DE BUENOS AIRES: uma perspectiva interacional Eliane Mattos de Souza Orientador: Prof. Dr. Pierre François Georges Guisan Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Doutor em Letras Neolatinas (Estudos Lingüísticos Neolatinos). Aprovada por: Presidente: Prof. Dr. Pierre François Georges Guisan, UFRJ Profª Drª Sonia Bittencourt Silveira (co-orientadora), UFJF Profª Drª Maria do Carmo Leite de Oliveira, PUC-RJ Profª Drª Claudia Nivia Roncarati de Souza, UFF Prof. Dr. José Carlos Gonçalves, UFF Profª Drª Maria Aurora Consuelo Alfaro Lagorio, UFRJ Profª Drª Annita Gullo, UFRJ (Suplente) Profª Drª Amitza Torres Vieira, UFJF (Suplente) Rio de Janeiro Abril de 2008

4 4 À Cláudia Roncarati, que demonstrou ser amiga no sentido pleno da palavra, me apoiando e me incentivando nas horas em que pensei em desistir, e sem a qual este humilde trabalho não teria chegado a termo, por ser uma pessoa tão especial. À Camila, razão de viver, uma incentivadora também, que cedeu tempo de convivência comigo para a realização deste trabalho, demonstrando desapego e amor.

5 5 AGRADECIMENTOS Aos meus orientadores, pelo conhecimento que me foi passado e pela paciência e perseverança que demonstraram para comigo. Aos membros da banca do Exame de Qualificação, pelas valiosas sugestões. Aos membros da banca da defesa, que muito gentilmente cederam seu tempo para a leitura deste trabalho, meus sinceros agradecimentos (e, em especial, àqueles que abriram mão de compromissos para estar hoje aqui). trabalho. A CAPES, cujo apoio financeiro foi fundamental para a realização deste

6 6 RESUMO O presente trabalho tem por objeto de análise o fenômeno denominado rapport, focalizando as relações existentes entre esse conceito e os conceitos de polidez positiva e envolvimento. Seu objetivo central é identificar e analisar o uso de estratégias de rapport no gênero conversa entre amigos e familiares, em um corpus oral da língua espanhola, adotando para tal uma perspectiva interacional das trocas conversacionais seqüencialmente situadas. A pesquisa possui uma abordagem de estudo de caso, de natureza interpretativista e qualitativa, na qual foram utilizadas amostras de língua oral da cidade de Buenos Aires, levantadas com base em gravações coletadas em uma pesquisa coordenada pela Profª Drª Ana Maria Barrenechea, da Universidade de Buenos Aires. O estudo do fenômeno do rapport em relações simétricas é complexo e abrange outros conceitos a eles associados, como face, polidez positiva, envolvimento, confiança, small talk e language play. Os resultados demonstram que certos atos, tais como: não compartilhar as opiniões de seu interlocutor, manifestar falta de modéstia ou parecer demasiadamente crítico são riscos decorrentes de manifestar a opinião própria sobre alguém ou alguma coisa, e podem ser vistos como ameaçadores das relações sociais. Entretanto, quando o nível de confiança existente entre os participantes é alto, essas ameaças encontram-se neutralizadas. Conclui-se, também, que como conseqüência dessas ameaças os participantes de nosso corpus orientam-se no sentido da manutenção do rapport (harmonia) da relação, buscando o acordo interpessoal, a participação cooperativa e o clima socio-emocional afiliativo quando expressam opiniões.

7 7 ABSTRACT The present work is concerned with the phenomenon analysis called rapport, focusing the relationship between this concept and the one of positive politeness and involvement. The main focus is to identify and to analyze the use of strategies of rapport in the activity type conversation between friends and family, in an oral corpus of Spanish language, using an interactional approach focuses on speech-in-interaction sequentially built by the participants. The research includes a case study, of qualitative and interpretative nature, in which were used samples of the oral language of the city of Buenos Aires. These samples were taken from conversations recorded in a research program coordinated by the Profª Drª Ana Maria Barrenechea, from the University of Buenos Aires. The study of the phenomenon of rapport in symmetric relationships is complex and encompasses other concepts related to them as face, positive politeness, involvement, trust, small talk and language play. The research results show that disagreements or excessive criticism are risks arising from the act of presenting the own opinion about someone or something and can be seen as threatening the social relations. However, when the level of trust between the participants is high, such threats are neutralized. Hence, it can be concluded that, as consequence of these potential threats, the participants of the interactions analysed tend toward the maintenance of the rapport (harmony) of the relation, seeking the interpersonal consent, the cooperative participation, trying to preserve an affiliative emotional stance when they express their opinions.

8 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. NOÇÕES TEÓRICAS PERTINENTES: FACE, POLIDEZ, RAPPORT E ENVOLVIMENTO ENTRELAÇAMENTOS E ESPECIFICIDADES 2.1 A noção de face Face e trabalho de face: Goffman Face e trabalho de face: Brown e Levinson 2.2 A noção de polidez Teoria da Polidez: Brown & Levinson Modelo de Comunicação: Lim e Bowers Sistemas de Polidez: Scollon e Scollon Tipos de Polidez: Kerbrat-Orecchioni 2.3 A noção de rapport, de envolvimento e conceitos associados Gerenciamento de rapport: Spencer-Oatey Conceitos de rapport, de small talk e de language play Conceitos de envolvimento, de script cultural e de confiança 2.4 Propostas de análise aplicadas a corpora em língua espanhola Bravo (Universidade de Estocolmo) Briz (Universidade de Valência) Hernández-Flores (Escola Superior de Comércio de Copenhage) Albelda (Universidade de Valência) Boretti (Universidade Nacional de Rosário) 2.5 Síntese e discussão Críticas à teoria da polidez de Brown e Levinson Rapport como estratégia de envolvimento: um modelo teórico para análise

9 9 3. METODOLOGIA 3.1 Critérios de constituição do corpus 3.2 Características da pesquisa: um estudo de caso 3.3 Proposta de modelo de análise do corpus 4. CONVERSA COTIDIANA ENTRE AMIGOS E FAMILIARES NA CIDADE DE BUENOS AIRES: suas especificidades 4.1 Situando conversa entre amigos e familiares 4.2 Situando polidez positiva e rapport no contexto de nosso corpus 4.3 Situando o comportamento e o modo lingüístico do argentino 5. CONVERSA ENTRE AMIGOS E FAMILIARES: estratégias de envolvimento e de rapport 5.1 Análise macro Manutenção de rapport Maximização de rapport 5.2 Uso das micro-estratégias de rapport Micro estratégias destinadas à manutenção de rapport: gerenciamento / mitigação de conflito Micro estratégias destinadas à maximização de rapport: maximização / aumento de acordo / compartilhamento 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS

10 10 1. INTRODUÇÃO Este trabalho, que se filia à linha de pesquisa Processos Interculturais Lingüísticos e Identitários, tem como objeto de estudo o fenômeno denominado rapport, focalizando as relações existentes entre esse conceito e os conceitos de polidez positiva e envolvimento. Nosso objetivo central é identificar e analisar o uso de estratégias de rapport no gênero conversa entre amigos e familiares, em um corpus oral da língua espanhola de Buenos Aires, adotando para tal uma perspectiva interacional das trocas conversacionais seqüencialmente situadas. O conceito de rapport inclui uma ampla gama de estratégias (algumas das quais têm sido apresentadas como de polidez positiva), que têm como objetivos a aproximação e o envolvimento entre os participantes de um encontro social. Um dos elementos constitutivos do envolvimento é, segundo Scollon e Scollon (1995), demonstrar que o falante deseja sustentar uma visão de mundo partilhada com o ouvinte. Já para Aston (1988, apud PLACENCIA, 2004), o rapport é uma forma de estabelecimento e manutenção de relações amigáveis, sendo, por isso, um termo amplo que abrange várias atividades: comunicação fática, cumprimentos, language play, perguntas do tipo como vai você?, despedidas amigáveis, entre outras listadas como estratégias de polidez positiva. Na avaliação de Sacks (1992), a organização seqüencial da conversa envolve, entre outras coisas, a sucessão de falantes, que se dá de forma sistemática e ordenada através de um sistema de tomada de turnos. O sistema de tomada de turnos, nas conversas, é organizado com base em relações simétricas entre os participantes, que, teoricamente, têm os mesmos direitos de assumir os turnos de fala e de selecionar ou recusar os tópicos. Assim, olhar para o modo pelo qual cada conversa se organiza ilumina a forma pela qual as interações sociais são concebidas em uma dada comunidade de fala. As regras que organizam os comportamentos, verbais e nãoverbais, emergem da orientação que os próprios participantes demonstram estar assumindo (cf. DURANTI, 1996). Segundo Goffman (2002), um dos princípios organizadores das trocas conversacionais é a preocupação com os desejos de face do

11 11 self 1 e do outro, condição necessária para a manutenção das interações sociais. As regras do grupo e a definição da situação são decisivas para a forma como a face e as imagens do self são construídas e negociadas no curso da interação. O estudo do fenômeno do rapport em relações simétricas é complexo e abrange outros conceitos a eles associados, como face, polidez positiva, envolvimento, confiança, small talk e language play 2. A presente pesquisa vem suprir uma carência, no sentido de as estratégias de rapport em relações simétricas terem sido ainda pouco estudadas. Apoiamos a discussão do conceito de rapport na concepção de face em Goffman (1972), na Teoria da Polidez de Brown e Levinson (1978), na noção de atos lisonjeiros para face (face flattering acts) de Kerbrat-Orecchioni (2000) e nas definições de envolvimento em Tannen (1989) e Scollon e Scollon (1995). Examinamos, ainda, na vertente espanhola, as categorias de autonomia e afiliação propostas por Bravo (1999), as premissas ligadas a essas categorias, e os resultados encontrados por Boretti (2003) em seus trabalhos com o espanhol de Rosário, assim como com as estratégias de intensificação propostas por Albelda (2003), que estende a proposta de Kerbrat-Orecchioni (op. cit.). Considerando-se o entrelaçamento dos conceitos acima referidos rapport, polidez positiva e envolvimento em nossa pesquisa, temos como objetivos discutir e/ou responder às seguintes questões de natureza teórica e empírica: (i) quais as relações de semelhança e diferença entre esses conceitos? (ii) qual o papel do uso de estratégias de rapport na construção / negociação de relações de amizade no corpus em análise? 1 A noção de self diz respeito à identidade pessoal do eu (self): é um conjunto de qualidades sem as quais o indivíduo não pode imaginar-se a si mesmo (noção psicológica); em termos de identidade social, o self é um conjunto relativamente estável de percepções sobre quem somos em relação a nós mesmos, aos outros e aos sistemas sociais. O self está organizado em torno de um conceito de si mesmo, isto é, das idéias e sentimentos que temos com relação a nós mesmos (porém sempre com respeito à relação que temos ou tivemos com os demais). 2 As noções de small talk (cf. KNAPP, 1978), comunicação fática, e de language play (cf. SHERZER, 1992), manipulação dos elementos de linguagem, serão detalhadas na seção

12 12 (iii) quais os principais recursos lingüísticos e discursivos usados no espanhol de Buenos Aires para sinalizar rapport? Algumas justificativas de ordem teórica e prática para o presente estudo poderiam ser assim relacionadas: teóricas: contribuir para um melhor entendimento sobre as teorias de polidez e rapport e, conseqüentemente, para o estudo da linguagem enquanto lugar de construção / negociação das relações interpessoais; práticas: o uso da linguagem em situações concretas e um melhor entendimento dos recursos lingüísticos e discursivos que garantem uma comunicação não só eficaz do ponto de vista da informação, mas bem sucedida em termos da manutenção e construção das relações interpessoais, através de escolhas adequadas ao contexto de uso da linguagem. O presente trabalho segue a organização descrita a seguir. No capítulo 1, especificamos o objeto de estudo e os objetivos pretendidos. No capítulo 2, apresentamos os pressupostos teóricos pertinentes ao estudo do rapport noções de face, polidez, envolvimento, small talk e language play, discutimos os modelos aplicados a corpora em língua espanhola, examinamos os modelos que criticam e/ou expandem a teoria de Brown e Levinson e, por último, especificamos o modelo teórico adotado em nossa análise. No capítulo 3, detalhamos os parâmetros metodológicos adequados a uma perspectiva interacional de abordagem qualitativa de estudo de caso e definimos os critérios de constituição do corpus El habla culta de la cuidad de Buenos Aires materiales para su estúdio (BARRENECHEA, 1987). No capítulo 4, cotejamos as noções de polidez positiva e de rapport, com base no corpus adotado, a partir das especificidades da conversa entre amigos e familiares no contexto do comportamento e do modo lingüístico do argentino. No capítulo 5, apresentamos a análise propriamente dita das estratégias de rapport na conversa cotidiana entre amigos e familiares do espanhol de Buenos Aires. O capítulo 6 é dedicado à discussão dos resultados e à síntese das conclusões relevantes.

13 13 2. NOÇÕES TEÓRICAS PERTINENTES: FACE, POLIDEZ, RAPPORT E ENVOLVIMENTO ENTRELAÇAMENTOS E ESPECIFICIDADES Neste capítulo, apresentamos, os pressupostos teóricos que nortearam nossa análise à luz da perspectiva interacional. Nosso objetivo é buscar, nos entrelaçamentos entre as noções de face, polidez positiva, rapport e envolvimento, direcionamentos teórico-metodológicos que nos permitam examinar como os participantes constroem e negociam seus alinhamentos no enquadre de uma conversa entre amigos e familiares cujas relações interpessoais são potencialmente de natureza simétrica. Inicialmente, cumpre esclarecer que, segundo Scollon e Scollon (1995), conversas entre amigos e familiares regulam-se por um Sistema de Solidariedade, em que há um alto grau de envolvimento, não havendo sentimentos de diferença de poder e nem de distância entre os participantes da interação. As características deste sistema podem ser assim configuradas: relação simétrica (-poder): os participantes se vêem como estando na mesma posição social; relação estreita (-distância): os participantes fazem uso de estratégias de envolvimento. Para eles, toda comunicação implica envolvimento, expresso tanto através da assunção do ponto de vista do outro, quanto através de um outro meio qualquer que demonstre que o falante deseja sustentar uma visão de mundo partilhada. 2.1 A noção de face Face e trabalho de face: Goffman O ponto de partida para a maioria dos estudos atuais, no ocidente, sobre face e trabalhos de face tem sido o trabalho pioneiro de Goffman, sociólogo de origem canadense, acerca da natureza e forma de organização da interação social, em que face é descrita como algo que pode ser perdido, mantido ou aumentado. Segundo Goffman (1980 [1967]: 76-77), face é o valor social positivo que uma pessoa realmente reivindica para si, a partir da linha que os outros pressupõem que ela tenha adotado, durante um contato particular. Linha, por sua vez, corresponde ao padrão de atos verbais e não-verbais que uma pessoa adota durante uma interação, expressando, assim, a avaliação que faz da situação em que se encontra engajada, dos demais participantes e, especialmente, de si mesma.

14 14 Segundo Goffman (op.cit.), o conceito de face pode ser entendido como imagem social. Para ele, face é [...] o valor social positivo que uma pessoa efetivamente reclama para si [...] em termos de atributos aprovados socialmente. Este autor propõe o conceito de face como imagem social porque, segundo ele, as pessoas estão emocionalmente comprometidas com uma imagem de si mesmas que é aprovada pela sociedade e que dá lugar a uma série de regras para o trato interpessoal e cujo desconhecimento pode provocar conflitos na conversa. Ele também incorpora a noção de território, ou melhor, os territórios do eu : territórios corporal, material, espacial, temporal, cognitivo, etc. Um outro pressuposto envolvido nas discussões sobre face é o de que, no curso das interações sociais, as pessoas defendem suas faces e/ou os valores associados às mesmas, como também as faces dos outros, através de trabalhos de face que são: as ações realizadas por uma pessoa para tornar o que quer que esteja fazendo consistente com a face que está sendo reivindicada, num dado momento. (Goffman, 1972, p.5). Face é também definida como uma imagem do self, delineada em termos de atributos sociais aprovados (1980, p.76). Assim sendo, o termo face, para Goffman, envolve tanto o significado denotado semblante, aparência, aspecto externo como o sentido conotado de dignidade, auto-respeito, prestígio (i.e. valores afetivos e sociocognitivos). Podemos verificar que o autor explora esse duplo sentido em sua terminologia: salvar a face (e.g. salvar as aparências); perder a face (e.g. perder o prestígio, desacreditar-se). O conceito de face focaliza os seguintes aspectos: (1) valor social positivo que uma pessoa efetivamente reclama para si mesma através daquilo que os outros presumem ser a linha por ela tomada durante um contato específico (op.cit., p.76-77) ; (2) uma imagem do self delineada em termos de atributos sociais aprovados (op.cit., p.77); (3) algo que se localiza no fluxo de eventos que se desenrolam no encontro, e se torna manifesto apenas quando estes eventos são lidos e interpretados em função das avaliações que nele se expressam (op.cit., p.78)

15 15 Goffman (op.cit.) introduziu várias expressões relacionadas ao termo face, entre as quais citamos as seguintes: face social: embora a face social de uma pessoa possa ser o que ela possui de mais pessoal, o centro de sua segurança e prazer, trata-se apenas de um empréstimo que lhe foi feito pela sociedade: poderá ser-lhe retirada caso não se comporte de modo a merecê-la (p.80-81). manter a face: manter a face hoje implica ter adotado uma determinada linha coerente com a anterior (ex.: se a pessoa aceitou ser humilhada, os outros não terão consideração com seus sentimentos, no presente). estar na face errada: uma pessoa está na face errada quando surge uma informação acerca de seu valor social que não pode ser integrada, mesmo com esforço, à face que está sendo sustentada (p.79). estar na face errada / fora da face: produz sentimentos (justificados ou não) de vergonha, inferioridade, embaraço. A pessoa teme perder sua reputação e isso constitui uma ameaça à face e aos sentimentos ligados à mesma. A expressão perder a face significa estar fora da face, estar na face errada, estar envergonhado (perder o prestígio; desacreditar-se). estar em face / estar na face certa: produz confiança e segurança ou quando não está, mas os outros não deixam isto transparecer. salvar a face: refere-se ao processo pelo qual a pessoa sustenta para os outros a impressão de não ter perdido a face (salvar as aparências) trabalhos de face / elaboração da face: pretende designar as ações através das quais uma pessoa é capaz de tornar qualquer coisa que esteja fazendo consistente com a face (p.82) Os tipos básicos de elaboração de face (trabalhos de face), segundo Goffman (op.cit.), são: Processo de evitação: O modo mais seguro de se evitar ameaças à própria face é evitar contatos nos quais exista a probabilidade de ocorrência de tais ameaças. Uma vez que se tenha arriscado um encontro, como medida defensiva a pessoa pode manter-se afastada de tópicos e atividades que poderiam levar à expressão de informações inconsistentes com a linha seguida. Por outro lado, como manobra protetora, a pessoa pode mostrar-se respeitosa e polida; empregar discrição; deixar de expor fatos que poderiam, implícita ou explicitamente, contradizer e embaraçar as reivindicações positivas feitas por outros; fazer ligeiras modificações nas exigências feitas aos outros e na apreciação dos outros, etc.

16 16 Processo corretivo: Os participantes tendem a dar à ameaça ocorrida o status de incidente, para ratificá-la como uma ameaça que merece atenção oficial direta, e tentar corrigir seus efeitos. A extensão e a intensidade do esforço corretivo são habilmente adaptadas à persistência e intensidade da ameaça. Um encontro pode tornar-se não uma cena de consideração mútua das faces, mas uma arena na qual se desenrola um concurso ou uma competição. Objetivo: marcar o maior número possível de pontos contra o adversário e fazer o maior número de pontos para si mesmo (e.g. introduzir fatos lisonjeiros sobre si mesmo e fatos desfavoráveis sobre os outros, dar alfinetadas, fazer afrontas, etc.) Em suma, estamos diante de intercâmbios agressivos: o vencedor demonstra que, como interagente, consegue lidar consigo mesmo melhor que seus adversários. É o que Goffman chamou de fazer pontos, isto é, é o uso agressivo da elaboração facial. Para Goffman, é fundamental a escolha da elaboração de face apropriada. Quando ocorre um incidente, a pessoa cuja face é ameaçada pode tentar restabelecer a ordem ritual através de um tipo de estratégia, enquanto os outros participantes podem estar desejando ou esperando o emprego de uma prática de tipo diferente. Portanto, quando alguém comete uma gafe, todos podem ficar embaraçados, não por uma inabilidade em lidar com tais dificuldades, mas porque, por um momento, ninguém sabe se o ofensor vai deixar passar o incidente, dar-lhe um reconhecimento jocoso ou empregar alguma outra prática salvadora da face. Sempre que há uma ameaça à face, uma elaboração deve ser feita. Como cada participante em uma situação de interação está preocupado em salvar a própria face e a face dos outros, embora por razões diferentes, produzir-se-á naturalmente uma cooperação tácita, de tal forma que os participantes, em conjunto, possam atingir seus objetivos comuns, apesar de diferentemente motivados. Quando uma pessoa é responsável pela introdução de uma ameaça à face de outrem, ela aparentemente tem o direito, dentro de certos limites, de esquivar-se da dificuldade através da auto-degradação. Portanto, em termos do código ritual, a pessoa parece ter uma permissão especial para aceitar maus-tratos de si própria, porém não

17 17 pode aceitá-los caso venham de outrem. Além disso, dentro de certos limites, a pessoa tem o direito de perdoar afrontas de outros participantes à sua imagem sagrada. Pode, indulgentemente, deixar passar ofensas sem importância à sua face, e, quando se trata de danos maiores, é ela a pessoa que está em posição de aceitar desculpas em nome de seu self sagrado. É o que Goffman denominou de os papéis rituais do self. Em suma, os direitos e deveres de um interagente são planejados para impedi-lo de abusar de seu papel como objeto de valor sagrado. Em qualquer sociedade, sempre que surge a possibilidade física de uma interação falada, um sistema de práticas, convenções e regras de procedimento, que funciona como um meio de guiar e organizar o fluxo de mensagens, parece entrar em jogo. Uma compreensão acerca de quando e onde será permissível iniciar a conversa, entre quem, e através de que tópicos, prevalecerá. Estas regras de fala pertencem, não à interação falada enquanto processo contínuo, mas a uma ocasião de fala ou episódio de interação como uma unidade naturalmente de marcada. As convenções relacionadas à estrutura das ocasiões de fala representam uma solução efetiva para o problema da organização de um fluxo de mensagens faladas. Ao se tentar descobrir como tais convenções são mantidas com tal vigor como guias para a ação, encontram-se indícios que sugerem uma relação funcional entre a estrutura do self e a estrutura da interação falada. Essa interação entre o self e a interação falada se revela mais claramente quando se examina o intercâmbio ritual. Num encontro em que há conversa, a interação tende a desenvolver-se em jorros, um intercâmbio de cada vez, e o fluxo de informação e negócios é parcelado em termos dessas unidades rituais relativamente fechadas. Quando uma pessoa começa um encontro mediado ou imediato, já existe algum tipo de relação social entre ela e os outros interessados, assim como uma expectativa de sua parte quanto à relação que manterá com estes após o término do encontro. Esta é uma das formas pelas quais contatos sociais se inserem na sociedade mais ampla. O fato de que cada um dos membros garanta seu apoio a uma dada face para os outros membros em uma dada situação parece ser uma obrigação característica de

18 18 muitas relações sociais. Portanto, para impedir o rompimento de tais relações, é necessário que cada membro evite destruir a face dos outros. Uma relação social, então, pode ser vista como um modo pelo qual a pessoa é forçada a confiar sua auto-imagem e sua face ao tato e à boa conduta de outros. Deve-se observar o fato de que qualquer sociedade, enquanto sociedade, deve mobilizar seus membros como participantes auto-reguladores em encontros sociais. O ritual é uma forma através da qual se pode mobilizar o indivíduo para este propósito Face e trabalho de face: Brown e Levinson Com relação ao conceito de face, esta também é definida pelos autores (1978) como a imagem social ou pública do self que todos querem reivindicar para si mesmos, e que é constituída de dois aspectos relacionados. Esses aspectos consistiriam de dois desejos básicos, que seriam: (1) o desejo de não sofrer imposições, de ter liberdade de ação (não ser cerceado ou impedido em suas ações), de reivindicar territorialidade, de preservação pessoal ou privacidade, denominado de face negativa; (2) o desejo de que a imagem do self seja aprovada e apreciada pelos interlocutores, que os demais compartilhem e aprovem pelo menos algumas manifestações de sua personalidade (forma de pensar, de agir, etc.), denominado de face positiva. Os autores partem do pressuposto de que os atos de fala são ameaças potenciais aos desejos de face e definem estratégias de polidez como aquelas utilizadas para mitigar o grau de ameaça potencial existente nos atos de fala. Portanto, segundo esses autores, todo ato de fala seria potencialmente ameaçador à face (face threatening acts, FTAs) ou imagem social do falante e/ou do ouvinte. A partir desse pressuposto, Brown e Levinson propõem um modelo de estratégias de polidez (politeness strategies), que têm como objetivo atenuar o efeito social negativo de atos que supõem a possibilidade de uma ameaça às faces de falantes e ouvintes. Essas estratégias de polidez constituem trabalhos de face (face work), que são

19 19 comportamentos realizados com o propósito atenuar ou evitar os efeitos dos atos de ameaça à face. Exemplos de ameaça à face negativa do interlocutor seriam pedidos ou ordens, pois eles limitariam o direito da pessoa de decidir sobre suas próprias ações. O adequado, para evitar-se o conflito, seria escolher um modo indireto ou atenuado de formular o pedido (ou a ordem), que levasse em consideração a vontade do interpelado. Ex.: (1) Me passe esse livro. (2) Me passe esse livro, por favor? (3) Você poderia me passar esse livro, por favor? (4) Será que você poderia me passar esse livro, por favor? Nos exemplos acima, o (1) ameaça a face negativa do interlocutor; já os exemplos (2-4) possuem diferentes graus de atenuação para minimizar esse efeito de ameaça. Outros aspectos que devem ser levados em conta são os prosódicos, como a entonação. Um mesmo enunciado, como (1), pode, conforme a entonação dada pelo falante, ameaçar ou não a face do interlocutor. Também as variáveis sociológicas (por exemplo, a distância social existente entre os falantes) são fundamentais. O enunciado (1) pode não soar ameaçador à face, se os falantes possuírem um alto grau de envolvimento e/ou intimidade. No caso de ataques à face positiva, seria apropriado minimizar uma expressão de desacordo ou de desaprovação para não frustrar os desejos de aprovação do interlocutor. Ex.: (5) Na minha opinião, isso não procede. (6) Se não me engano, não foi isso que ele falou. (7) Eu acho que não é bem assim. (8) Dizem que foi isso o que aconteceu. (9) Parece que eles brigaram. Vamos analisar os exemplos acima segundo a terminologia adotada por Rosa (1992). Os exemplos (5-6) lançam mão de marcadores de rejeição (disclaimers), pequenos prefácios que costumam preceder possíveis atos ameaçadores da face, como críticas, proibições, ordens (se não me engano, não me leve a mal, a meu ver, na minha opinião, etc.). Esses marcadores preservam a face do enunciador, restringindo a gama de respostas que possam gerar algum tipo de conflito entre os participantes de uma interação. Também preservam a face do interlocutor, afastando, de antemão, interpretações danosas à interação.

20 20 O exemplo (7) faz uso de um marcador de evasão (hedge), que introduz um grau de incerteza ou imprecisão. Há evasivos de dois tipos: (1) indicadores de atividade cognitiva = atenuação da impositividade (assim, quer dizer, sei lá, não sei, etc) e (2) indicadores de incerteza = diminuição do comprometimento para com o que foi enunciado (acho que, não sei, etc). Os exemplos (8 9) lançam mão de marcadores de distanciamento, que sinalizam lingüisticamente o afastamento do enunciador da situação de comunicação, deslocando a responsabilidade, através de marcas lingüísticas de impessoalidade ( parece que, parece, é possível que, etc) e indeterminação do sujeito do enunciado (diz que, dizem que, diz-se, segundo fulano, etc.). Os procedimentos de atenuação contribuem para preservar a face na interação e podem ser de natureza não-verbal (um sorriso), de natureza prosódica (entonação, altura) ou de natureza verbal (palavras ou expressões atenuadoras). Uma advertência, contudo, deve ser feita. Dizer que os elementos atenuadores são procedimentos de preservação da face pode levar a uma confusão entre as noções de polidez e de atenuação, que não são fenômenos equivalentes. Fraser (1980) considera que o abrandamento ou atenuação implica polidez, mas não o inverso. O fenômeno da polidez é mais amplo do que a atenuação e pode prescindir de procedimentos atenuadores (por exemplo, um cumprimento é um ato de polidez, porém não é um procedimento atenuador), além de ser possível a realização da polidez mediante procedimentos de intensificação, como veremos mais adiante.

21 A noção de polidez Teoria da Polidez de Brown e Levinson A Teoria da Polidez de Brown e Levinson (1978) é uma extensão do conceito de face e de elaboração da face de Goffman. Essa teoria propõe a existência de dois princípios que governariam o uso da linguagem, a cooperação e a polidez. A cooperação é definida como eficiência comunicativa e a polidez, como a expressão das relações sociais. A Teoria da Polidez adota como ponto de partida um modelo de pessoa (um falante adulto de uma língua natural, fluente) dotado de duas propriedades: racionalidade (modo de raciocínio) e face. O princípio da racionalidade consiste na habilidade desse indivíduo modelar de escolher estratégias lingüísticas para atingir determinados fins comunicativos. As escolhas feitas por um modelo de pessoa (doravante, MP), para lidar com o desejo de ser eficiente comunicativamente e com os desejos de face do self e do outro fornecem um modelo de descrição do estilo de interação verbal. Os pressupostos que fundamentam essa teoria podem ser assim resumidos: 1) Todos os MPs (falantes e ouvintes) têm face positiva e face negativa e todos os MPs são agentes racionais, isto é, escolhem meios que irão satisfazer seus fins. 2) Dado que face consiste em um conjunto de desejos satisfeitos apenas por ações (incluindo expressões de desejos) dos outros, é geralmente de interesse mútuo dos dois MPs manter a face um do outro, a não ser que o falante faça com que, via coerção, ameaça, etc., o ouvinte mantenha a sua face sem ter que recompensá-lo. 3) Alguns atos são intrinsecamente ameaçadores à face (AAFs: atos de ameaça a face). 4) A não ser que o falante queira fazer um AAF com máxima eficiência, ( na bucha, diretamente, bold on record), é desejável que o falante preserve a face do ouvinte (ou a sua própria) em algum grau, assim o falante desejará minimizar a ameaça à face do ato de fala. 5) Quanto mais um ato for ameaçador à face do falante e/ou do ouvinte, mais o falante deverá escolher uma estratégia destinada a minimizar o risco de ameaça às faces envolvidas. Brown e Levinson (op. cit.) propõem a seguinte classificação para os atos de ameaça à face, levando em consideração o tipo de face (positiva ou negativa) e o alvo da ameaça (falante e/ou ouvinte):

22 22 A) Atos que ameaçam a face negativa (FN) do ouvinte: 1) atos que predizem alguma ação futura do ouvinte, gerando algum tipo de pressão sobre o mesmo (ordem, pedido, sugestão, ameaça, advertência); 2) atos que prevêem alguma ação futura do falante, criando algum tipo de pressão sobre o ouvinte (oferecimento, promessas); 3) atos que indicam o desejo do falante em relação ao ouvinte (cumprimentos, elogios). B) Atos que ameaçam a face positiva (FP) do ouvinte (o falante não se importa com os desejos do ouvinte): 1) mostram que o falante tem uma avaliação negativa de alguns aspectos da FP do ouvinte: expressar desacordo, críticas, ridicularização, insulto, questionamentos, etc.; 2) mostram que o falante não valoriza, nem teme o que o ouvinte teme: ser irreverente; falar de tabus ou coisas impróprias ao contexto; contar coisas desagradáveis sobre o ouvinte e agradáveis de si mesmo; demonstrar nãocooperação; interromper a fala do outro; não prestar atenção e marcar diferença de status através de termos de endereçamento. C) Atos que ameaçam a face do falante e do ouvinte: 1) atos que ameaçam a face negativa do falante e do ouvinte: expressar agradecimentos; aceitar agradecimentos / pedidos de desculpas, obrigando a minimizar transgressão do ouvinte; desculpar após um ato criticado pelo ouvinte; aceitar oferecimentos (o falante fica em débito); responder a um faux pas (gafe) do ouvinte; promessas e oferecimentos (o falante promete, mas não quer / pode cumprir). 2) atos que ameaçam a face positiva do falante: pedir desculpas; aceitar elogios; auto-humilhar-se; confundir-se; acovardar-se; agir como um idiota; confessar-se e admitir culpa. As estratégias de polidez positiva, que estão direcionadas aos desejos de face positiva do ouvinte, têm como função azeitar as relações sociais. Brown e Levinson dividem as estratégias de polidez positiva em três grandes mecanismos, que se desmembram dando origem a um conjunto de quinze estratégias: 1º) Reivindicar base comum: Estratégia 1: tomar conhecimento, atender ao ouvinte (seus desejos, interesses, necessidades, bens); Estratégia 2: exagerar (interesse, aprovação, solidariedade com o ouvinte); Estratégia 3: intensificar interesse pelo ouvinte; Estratégia 4: utilizar marcadores de identidade do grupo, por exemplo, apelidos, formas de tratamento;

23 23 Estratégia 5: procurar acordo; Estratégia 6: evitar desacordo; Estratégia 7: pressupor, levantar, garantir base comum, por exemplo, falar abobrinhas, boatos ou assuntos que interessam ao falante e ao ouvinte antes de chegar ao ponto ; Estratégia 8: fazer piadas para reparar um FTA. 2º) Informar que falante e ouvinte são cooperativos: Estratégia 9: garantir ou pressupor o conhecimento e interesses do falante pelos desejos do ouvinte e não potencialmente pressionar o ouvinte a cooperar com o falante ; Estratégia 10: oferecer, prometer (o que quer que o ouvinte deseje, o falante deseja por ele e o ajudará a obtê-lo); Estratégia 11: ser otimista, isto é, o falante assume que o ouvinte deseja os desejos do falante (interesse partilhado); Estratégia 12: incluir tanto o falante quanto o ouvinte na atividade, por exemplo, o uso de nós inclusivo; Estratégia 13: dar ou pedir razões, explicações, incluindo o uso de sugestões indiretas; Estratégia 14: supor ou garantir reciprocidade (direitos ou obrigações recíprocas). 3º) Atender aos desejos do outro: Estratégia 15: dar presentes para o ouvinte (bens, solidariedade, compreensão, cooperação, etc.), com a função de demonstrar que o ouvinte é: amado, admirado, compreendido, escutado, etc. Brown e Levinson também propõem um total de dez estratégias de polidez negativa, cuja função seria amenizar a imposição particular de um Ato de Ameaça à Face (AAF). São elas: ser convencionalmente indireto; perguntar em vez de afirmar, ser evasivo; ser pessimista; minimizar a imposição; fazer deferência; desculpar-se; impessoalizar falante e ouvinte; apresentar um AAF como regra geral; usar estratégias de nominalização; incorrer em débito com o ouvinte ou fazê-lo, não criando um débito para o ouvinte. Nas seções a seguir, apresentamos alguns outros modelos que têm como ponto de partida a Teoria da Polidez de Brown e Levinson, porém a ela fazem críticas ou propõem reformulações Modelo de Comunicação de Lim e Bowers Lim e Bowers criticam o fato de Brown e Levinson (op.cit) darem atenção excessiva aos atos que ameaçam a face negativa (para eles face da autonomia), negligenciando os trabalhos de face direcionados aos desejos de face positiva.

24 24 Diferentemente de Brown & Levinson (op.cit), esses autores defendem que as estratégias de polidez positiva são dirigidas a dois desejos humanos distintos: o de ser incluído e aceito pelos outros (polidez positiva para de Brown & Levinson) e o desejo de ter suas habilidades respeitadas. O desejo de inclusão corresponderia, segundo eles, à face da camaradagem, segundo a qual os participantes querem ser considerados membros de um grupo, envolvendo os desejos de aceitação e pertencimento. Ao reivindicarem a face da camaradagem, os participantes reivindicam valores associados à amizade e cooperação. O segundo, o desejo de aprovação, corresponderia, à face da competência e à necessidade de todo ser humano de ter suas habilidades reconhecidas e suas ações respeitadas. Propõem com isso um novo modelo de trabalhos de face, com três tipos de desejos de face: o de inclusão, o de aprovação e o de estar livre de imposições ou controle por parte de terceiros. A cada um desses desejos de face, corresponde um tipo diferente de trabalho de face: estratégias de solidariedade, ligadas à face da camaradagem; estratégias de aprovação, ligadas à face da competência e estratégias de tato, associadas à face da autonomia. Os autores apresentam, ainda, três fatores sociais como determinantes na escolha dos trabalhos de face: a intimidade relacional, a diferença de poder e o direito de realizar determinado ato. A intimidade relacional entre os participantes da interação é o fator que mais influencia a escolha dos trabalhos de face adotados. Quanto mais próxima for a relação entre os interlocutores, mais eles sentir-se-ão obrigados a cooperar mutuamente, e tornar-se-ão mais dispostos à tolerância de imposições e críticas. Sendo assim, o esforço para minimizar uma ameaça à face do outro diminui à medida que a intimidade aumenta. Porém, quando ocorrerem casos de ameaças à face que superem os limites tolerados, essa dinâmica mudará e os interlocutores reagirão tão ou mais negativamente, caso a relação entre eles não seja de proximidade. O segundo fator social apontado pelos autores é a diferença de poder. Ele influencia as escolhas dos trabalhos de face em uma medida menor do que a intimidade relacional (devido à ideologia do igualitarismo que rege a maioria das sociedades), mas também é uma influência forte nessas escolhas. À medida que o poder de um

25 25 interlocutor sobre o outro aumenta, ocorre, na mesma proporção, uma diminuição nos índices de solidariedade, aprovação e tato, mas somente entre pessoas com baixo grau de intimidade. O terceiro e último fator social é o direito de realizar um ato. A legitimidade da ação influencia os trabalhos de face, uma vez que os interlocutores, à medida que seu direito de imposição e/ou desaprovação diminuem, tendem a utilizar níveis mais elevados de tato e/ou aprovação Sistemas de polidez de Scollon e Scollon Scollon e Scollon (1995) definem e classificam três Sistemas de Polidez ou de Face: Sistema de Deferência, Sistema de Solidariedade e Sistema Hierárquico. Tais sistemas fazem uso de Estratégias de Polidez, que podem ser de dois tipos: de envolvimento e de independência. Na interação, além dos aspectos implicados na participação dos interlocutores (em termos de quem são eles e de que papéis assumem), há um importante aspecto de identidade tido como um elemento essencial à participação, ou seja, a identidade interpessoal dos indivíduos envolvidos na interação. Este componente, segundo Scollon e Scollon (op. cit.), tem sido referido como face. Face, portanto, segundo eles, é um conceito paradoxal por implicar dois lados que estão em oposição: (a) a necessidade humana de manter / expressar algum grau de independência em relação ao outro participante e (b) a necessidade humana de estar envolvido com os outros participantes e mostrar-lhes este envolvimento. Segundo Scollon e Scollon, as estratégias utilizadas para mostrar independência enfatizam a individualidade dos participantes, seu direito a não serem completamente dominados seja por valores sociais, seja por valores do grupo, sendo expresso o desejo de que a pessoa quer agir com algum grau de autonomia / liberdade de movimentos ou de escolha. Para esses autores toda comunicação implica envolvimento e eles afirmam que envolvimento pode ser manifestado ao assumir-se o ponto de vista do outro, ou através de qualquer meio de demonstrar que o falante deseja sustentar uma visão de mundo partilhada.

26 26 Por outro lado, os participantes devem partilhar alguns aspectos dos sistemas simbólicos para que possam se intercomunicar. A necessidade de enfatizar independência, porém, põe em risco o envolvimento e vice-versa, o que gera um conflito. Destacam-se dez estratégias de envolvimento, que são aquelas utilizadas pelos participantes de nosso corpus. São elas: 1) notar o ouvinte, atendê-lo: Gostei de sua jaqueta ; Você está se sentindo melhor agora? 2) exagerar interesse, aprovação ou simpatia pelo outro: Por favor, seja cuidadoso com os degraus, eles são muito escorregadios 3) reivindicar pertencer ao mesmo grupo do ouvinte: Todos nós aqui da PUC. 4) reivindicar ponto de vista comum, opiniões, atitudes, conhecimento, empatia: Eu sei como você se sente. Tive um resfriado destes a semana passada 5) ser otimista: Acho que vamos acabar este trabalho bem rápido. 6) indicar que o falante conhece e leva em consideração os desejos do outro: Tenho certeza que todos vocês querem saber quando esta reunião vai acabar. 7) assumir ou afirmar reciprocidade: Eu sei que você quer se dar bem nas vendas, tanto quanto eu quero que isto ocorra. 8) usar o primeiro nome ou apelido: Bill, você pode fazer aquela reportagem para mim, amanhã? 9) ser volúvel: (por exemplo, falar abobrinhas) 10) usar a linguagem ou o dialeto do ouvinte: Tudo bem, guria? Esses autores, tal como Brown e Levinson, afirmam que há três fatores que determinam a escolha das estratégias e que colocam esse sistema em jogo: poder, distância e grau de imposição (teor de risco). O poder refere-se à diferença vertical entre os participantes numa estrutura hierárquica. Por exemplo, a relação entre patrão e empregado é categorizada como [+Poder]. A relação [-Poder] ocorre quando há pouca ou nenhuma diferença hierárquica entre os participantes, trata-se de um sistema igualitário, como é o caso de nosso corpus. Na distância, a relação pode ser entre desconhecidos [+Distância] ou entre conhecidos, amigos [-Distância], este último sendo o caso de nossos dados. Assim, uma conversa entre pessoas que possuem cargos equivalentes, mas são desconhecidas entre

27 27 si, seria categorizada como [+ Distância] e [-Poder] e uma conversa entre amigos como de [-Distância] e [-Poder]. O terceiro fator a influenciar a escolha de estratégias de face é, segundo eles, o grau de imposição. Mesmo se dois participantes têm relações fixas, as estratégias de face usadas irão variar, dependendo da importância por eles atribuída ao tópico em discussão (grau de ameaça inerente ao conteúdo proposicional do ato de fala). Esse fator é muito relevante, e pode ser comprovado em nosso corpus, nos excertos (1) e (2) da parte 1A (manutenção de rapport) de nossa análise. Scollon e Scollon concluem que diferença hierárquica está associada a poder e que grau de conhecimento está associado à distância (contato). Fatores como poder e distância podem decorrer das mais diversas razões. Variam de sociedade para sociedade e também no curso da história. Os autores ressaltam ainda que esses fatores estão diretamente associados ao tipo de sistema de polidez que está operando na interação em um dado momento: a deferência, a solidariedade ou a hierarquia. Para que possa ser aplicado o Sistema de Deferência [-P; +D], as duas pessoas que têm o mesmo status (-P), mas são desconhecidas (+D), devem usar um sistema de deferência mútua, isto é, serão distantes e independentes. Pode-se encontrar este sistema onde quer que a relação seja igualitária, mas em que os participantes queiram manter distância (com deferência) entre eles. Esse sistema possui as seguintes características: (1) ser simétrico (-P): os participantes usam estratégias de independência ao falar com o outro; (2) ser distante (+D): cada participante usa estratégias de independência ao falar com o outro. No Sistema Hierárquico, os participantes reconhecem e respeitam as diferenças sociais que coloca um deles numa posição superordenada (superior) e o outro, numa posição subordinada. A principal característica deste sistema é o reconhecimento da diferença de status ou [+P]: (1) relações assimétricas: os participantes se vêem como estando em posições sociais desiguais; (2) relações assimétricas: os participantes usam de estratégias de face diferentes: o superior usa estratégias de envolvimento e o subordinado estratégias de independência.

28 28 Finalmente, no Sistema de Solidariedade (-P, -D), que é o sistema utilizado pelos participantes de nosso corpus, há um alto grau de envolvimento, não havendo sentimentos de diferença de poder entre os participantes da interação, nem de distância. Esse sistema possui as seguintes características: (1). relação simétrica (-P): os participantes se vêem como estando na mesma posição social; (2). relação estreita (-D): ambos os participantes usam estratégias de envolvimento. Podemos encontrar o Sistema de Solidariedade em todas as situações em que as relações forem igualitárias e os participantes sintam ou expressem proximidade uns com os outros. Amizades entre colegas de trabalho, parentes ou amigos que são muito próximos, íntimos, geralmente são sistemas de solidariedade Tipos de polidez de Kerbrat-Orecchioni Segundo Kerbrat-Orecchioni (1996), a teoria de Brown e Levinson é relevante em seu fundamento básico: polidez é real e fundamentalmente uma questão de faces, de desejo de face e de trabalho de face. Isso não significa necessariamente que todas as coisas em uma interação correspondam a questões de face. O maior impedimento para o correto funcionamento do modelo de Brown e Levinson é, de acordo com essa autora, a extrema falta de clareza que permeia as noções de negativo e positivo. Para ela, esses predicados se aplicam a dois objetos diferentes: face e polidez. No que concerne à noção de face, a face negativa corresponde aproximadamente à noção de território de Goffman; e face positiva corresponde, grosso modo, ao que a linguagem comumente chama face, que alguém pode perder ou salvar, estando associada a orgulho, sentido de honra, narcisismo. Por que, então renomear respectivamente território e face em face negativa e face positiva, expressões que implicam que poderia existir uma relação de oposição entre essas duas entidades, quando existe, de fato, dois constituintes complementares de qualquer indivíduo social? De acordo com Kerbrat-Orecchioni, para correlacioná-los

29 29 com duas formas de polidez, a positiva e a negativa, e é neste ponto, segundo ela, que surgem os problemas. No que concerne à polidez, a negativa é primeiramente orientada para a satisfação dos desejos de face negativa, porém Brown e Levinson acrescentam que essa forma de polidez é principalmente baseada na evitação. O mesmo argumento pode ser aplicado no que concerne à face positiva, a qual é o cenário dos desejos de preservação e gratificação. Brown e Levinson incorporam, nesse momento, face positiva e polidez positiva, quando a autora acredita que deveria ser: (1) polidez negativa (ou mitigadora) orientada à face negativa (por exemplo, abrandar uma ordem); (2) polidez positiva (ou valorizante) orientada à face negativa (por exemplo, um presente); (3) polidez negativa (ou mitigadora) orientada à face positiva (por exemplo, abrandar uma crítica ou um desacordo); (4) polidez positiva (ou valorizante) orientada à face positiva (por exemplo, um elogio, uma expressão de acordo, etc.). As principais proposições de ajustes ao modelo de Brown e Levinson feitas por essa autora consistem, exatamente, em dissociar face negativa e face positiva de polidez negativa e polidez positiva. Kerbrat-Orecchioni também critica o fato de Brown e Levinson não haverem ponderado que alguns atos poderiam ser lisonjeiros para as faces, como votos, agradecimentos e elogios. É por isso que ela propõe introduzir um termo extra dentro desse modelo teórico para referir-se a esses atos que são, de certo modo, uma cópia positiva dos FTAs, aos quais ela chamou de FFAs (Face Flattering Acts), isto é, Atos Lisonjeiros de Face.

Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa

Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 30.09.2015 Aula 14 A noção de face O termo face

Leia mais

Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa

Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa Polidez/Cortesia/Descortesia: noção de face positiva e negativa Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 02.10, 04.10 e 09.10.2017 Aula 14-16 A noção de

Leia mais

Pesquisadores e suas contribuições para a teoria da polidez

Pesquisadores e suas contribuições para a teoria da polidez Aula 07: Teoria do discurso Pesquisadores e suas contribuições para a teoria da polidez Vamos conhecer três pesquisadores e suas contribuições para a teoria da polidez. Elvin Goffman Seu trabalho foi de

Leia mais

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Conceitos básicos. Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Conceitos básicos. Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Conceitos básicos Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo PROCESSO DE COMUNICAÇÃO A comunicação permeia toda a ação do enfermeiro PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Leia mais

01/08/2017 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO. Conceitos básicos. Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo

01/08/2017 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO. Conceitos básicos. Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Conceitos básicos Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo PROCESSO DE COMUNICAÇÃO A comunicação permeia toda a ação do enfermeiro PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Leia mais

A relação interpessoal: -Actuando Relações: Estratégias e Padrões Comunicativos

A relação interpessoal: -Actuando Relações: Estratégias e Padrões Comunicativos A relação interpessoal: -Actuando Relações: Estratégias e Padrões Comunicativos Características básicas A qualidade da relação Negociação da relações interpessoais Questões de base COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

Leia mais

Síntese do livro de Dale Carnegie Como fazer amigos e influenciar pessoas

Síntese do livro de Dale Carnegie Como fazer amigos e influenciar pessoas Síntese do livro de Dale Carnegie Como fazer amigos e influenciar pessoas Por Marco Bechara Material complementar Aula 3 (Curso de Reforma Íntima / 2015) Como fazer com que as pessoas gostem de você? Qualquer

Leia mais

Na relação terapêutica, paciente e terapeuta, ambos são pacientes. Robert Leahy

Na relação terapêutica, paciente e terapeuta, ambos são pacientes. Robert Leahy Na relação terapêutica, paciente e terapeuta, ambos são pacientes. Robert Leahy O instrumento apresentado a seguir foi retirado dos livros Terapia do Esquema Emocional e Superando a resistência em terapia

Leia mais

Será Culpa ou Vergonha?

Será Culpa ou Vergonha? Será Culpa ou Vergonha? Aprenda a distinguir e a lidar com estas emoções! O que são? A vergonha e culpa são emoções auto-conscientes que fazem parte do sistema moral e motivacional de cada indivíduo. Estas

Leia mais

Grupo 1 Análise sob a ótica da Empresa. Quais benefícios contribuem para o desenvolvimento da comunidade que recebe o PVE?

Grupo 1 Análise sob a ótica da Empresa. Quais benefícios contribuem para o desenvolvimento da comunidade que recebe o PVE? Sistematização da atividade realizada pelos participantes do encontro sobre Investimento Social e Voluntariado Empresarial do Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial 13. Abr. 2013 Grupo 1 Análise

Leia mais

Apresentações Orais - Dicas para melhorar -

Apresentações Orais - Dicas para melhorar - Apresentações Orais - Dicas para melhorar - Prof. Armando Albertazzi Gonçalves Júnior Outubro de 2015 O Discurso do Rei (George VI) 2 Tópicos da Apresentação Comunicação verbal e não verbal Recursos audiovisuais

Leia mais

Comportamento Ético. Aula 9- Camara/Assembleia/TRT 29/07/2018

Comportamento Ético. Aula 9- Camara/Assembleia/TRT 29/07/2018 Ética - Prof. Alex Diniz Ética Necessária para viver em sociedade Do grego ethos: costumes, hábitos, tradições de um povo Moral: Do latim mores, "relativo aos costumes". Moral Comportamento Situação +

Leia mais

O papel do líder no engajamento dos profissionais

O papel do líder no engajamento dos profissionais O papel do líder no engajamento dos profissionais O que é engajamento e para que serve? O comprometimento de um empregado e sua vontade para trabalhar além das expectativas, ou seja, o seu engajamento

Leia mais

Início, identificar uma necessidade ou oportunidade, o problema e sua solução, e a estimativa inicial dos custos e prazos;

Início, identificar uma necessidade ou oportunidade, o problema e sua solução, e a estimativa inicial dos custos e prazos; O projeto Os projetos estão sempre vinculados às organizações, são de caráter transitório e seu objetivo é satisfazer ou exceder as expectativas dos mercados ou das partes interessadas (stakeholders).

Leia mais

TREINAMENTO DE GESTÃO? Você sabe a importância das pessoas no seu negócio?

TREINAMENTO DE GESTÃO? Você sabe a importância das pessoas no seu negócio? Boa tarde!!!! TREINAMENTO DE GESTÃO? Você sabe a importância das pessoas no seu negócio? CONVITE PARA REFLETIRMOS: Gestão é diferente de liderança? Quais são as formas com que me comunico com minha equipe?

Leia mais

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

DESENVOLVIMENTO SOCIAL FACULDADE DE MEDICINA USP DEPARTAMENTO DE NEUROCIÊNCIAS E CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Profa Dra Maria Beatriz Martins Linhares Professora Associada Faculdade de Medicina de Ribeirão

Leia mais

Empatia. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo Aula 22 Empatia

Empatia. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo Aula 22 Empatia Empatia Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo Aula 22 Empatia Introdução Embora consista em um assunto novo na Linguística, os estudos sobre empatia são

Leia mais

Conhecimento Específico

Conhecimento Específico Conhecimento Específico Trabalho em Equipe Professor Rafael Ravazolo www.acasadoconcurseiro.com.br Conhecimento Específico TRABALHO EM EQUIPE Grupo é um conjunto de pessoas que podem ou não ter objetivos

Leia mais

Relações Humanas- Edital Câmara 2014 (Polícia) item 11

Relações Humanas- Edital Câmara 2014 (Polícia) item 11 - Relações Humanas- Edital Câmara 2014 (Polícia) item 11 - Professor: Marcos Girão - marcospascho@gmail.com Marcos Girão QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO PÚBLICO QUALIDADE NO ATENDIMENTO No cenário global dos

Leia mais

i dos pais O jovem adulto

i dos pais O jovem adulto i dos pais O jovem adulto O desenvolvimento humano é um processo de mudanças emocionais, comportamentais, cognitivas, físicas e psíquicas. Através do processo, cada ser humano desenvolve atitudes e comportamentos

Leia mais

DESENVOLVIMENTO AFETIVO

DESENVOLVIMENTO AFETIVO FACULDADE DE MEDICINA USP DEPARTAMENTO DE NEUROCIÊNCIAS E CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO DESENVOLVIMENTO AFETIVO Profa Dra Maria Beatriz Martins Linhares Professora Associada Faculdade de Medicina de Ribeirão

Leia mais

5 Discurso e interação

5 Discurso e interação 5 Discurso e interação A linguagem é uma cidade formada por edifícios onde cada ser humano trouxe uma pedra. 32 (Emerson in Fromkin & Rodman, 1998) 5.1 Introdução Como comentado até o presente momento,

Leia mais

LEMBRE-SE DE SER CORTÊS - INTERAÇÃO NA SALA DE AULA (teoria de ameaça às faces entre professor e aluno)

LEMBRE-SE DE SER CORTÊS - INTERAÇÃO NA SALA DE AULA (teoria de ameaça às faces entre professor e aluno) LEMBRE-SE DE SER CORTÊS - INTERAÇÃO NA SALA DE AULA (teoria de ameaça às faces entre professor e aluno) Renira Appa Cirelli Professora da Faculdade Sumaré Mestre e Doutoranda em Filologia e Língua Portuguesa

Leia mais

Análise das Interacções verbais Abordagens antropológica, linguística e sociológica

Análise das Interacções verbais Abordagens antropológica, linguística e sociológica Análise das Interacções verbais Abordagens antropológica, linguística e sociológica Sessão 7 Condicionamentos, regras e normas das interacções verbais FCSH 2º semestre 2011-2012 FIGURAÇÃO ( FACEWORK )

Leia mais

ENTREVISTA COM FAMÍLIAS. Como conduzir a entrevista com famílias

ENTREVISTA COM FAMÍLIAS. Como conduzir a entrevista com famílias ENTREVISTA COM FAMÍLIAS Como conduzir a entrevista com famílias Engajamento-relacionamento colaborativo e de consentimentos Avaliação-Exploração, identificação e delineamento de forças e dificuldades da

Leia mais

FORMAÇÃO GESTÃO DE EQUIPAS 1. INTRODUÇÃO

FORMAÇÃO GESTÃO DE EQUIPAS 1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO A cada encontro com o outro surgem novas opiniões, novas ideias, diferentes projectos ou mesmo discussões, fricções, perdas de tempo e sentimentos feridos. Gerir diferenças entre as pessoas

Leia mais

NOÇÕES DE PSICOLOGIA DO RELACIONAMENTO

NOÇÕES DE PSICOLOGIA DO RELACIONAMENTO NOÇÕES DE PSICOLOGIA DO RELACIONAMENTO A INTELIGÊNCIA A inteligência tem significados diferentes para pessoas diferentes. É a capacidade de usar a experiência e o conhecimento que constitui o comportamento

Leia mais

Vivian Faria Weiss 1. UFJF. As sugestões, críticas ou discussões podem ser feitas em

Vivian Faria Weiss 1. UFJF. As sugestões, críticas ou discussões podem ser feitas em CAPELLANI, Danielle Zuma. Projeção e Negociação de identidades em entrevistas com candidatos à presidência da república nas eleições de 2002. Juiz de Fora, 2004. 170 p. Dissertação (mestrado em Letras

Leia mais

Profª Daniela Cartoni

Profª Daniela Cartoni Etapa da Negociação Planejamento, estratégias e táticas Profª Daniela Cartoni daniela_cartoni@yahoo.com.br Etapas da negociação Uma negociação é um processo de comunicação interativa que pode ocorrer quando

Leia mais

13 soluções para melhorar a comunicação

13 soluções para melhorar a comunicação 13 soluções para melhorar a comunicação Anna Carolina Rodrigues Você S/A A dificuldade de se expressar é um problema recorrente entre profissionais e um dos principais obstáculos que as empresas enfrentam

Leia mais

ANEXO IX. Manual da Avaliação de Desempenho. São Paulo Turismo S.A.

ANEXO IX. Manual da Avaliação de Desempenho. São Paulo Turismo S.A. ANEXO IX Manual da Avaliação de Desempenho São Paulo Turismo S.A. 129 OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A avaliação de desempenho será um processo anual e sistemático que, enquanto processo de aferição

Leia mais

PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES:

PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES: AUTONOMIA E PARTICIPAÇÃO, RECURSOS E BARREIRAS NO CONTEXTO ESCOLAR Bom Celeste Simões Margarida Gaspar de Matos Tânia Gaspar Faculdade de Motricidade Humana

Leia mais

SBCOACHING. Já sabe qual é o seu tipo de liderança?

SBCOACHING. Já sabe qual é o seu tipo de liderança? 1 Já sabe qual é o seu tipo de liderança? 2 Há diferentes estilos de liderança. Como escolher o que é certo para você? A abordagem de liderança conhecida como abordagem de contingência diz que você deve

Leia mais

Dicas Crie um estilo pessoal

Dicas Crie um estilo pessoal Introdução Esse mini ebook foi feito especialmente para você que deseja conquistar lindas mulheres. Nas próximas páginas será compartilhado dicas práticas para que você conquiste mulheres de forma mais

Leia mais

Autoconhecimento. Sri Prem Baba. "Tome cuidado com o que você deseja. Você pode acabar conseguindo Scott Flanagan

Autoconhecimento. Sri Prem Baba. Tome cuidado com o que você deseja. Você pode acabar conseguindo Scott Flanagan Autoconhecimento Quem somos? Por que estamos aqui? O que realmente buscamos? Estamos sempre insatisfeitos, querendo mais, pois nada pode preencher o vazio de não sermos quem somos. Sri Prem Baba Enquanto

Leia mais

Mal-me-quer, Bem-me-quer!

Mal-me-quer, Bem-me-quer! Mal-me-quer, Bem-me-quer! O ciclo da violência no namoro Prevalência deste fenómeno no contexto universitário Português Segundo um estudo realizado em 2002, em contexto universitário português, concluiu-se

Leia mais

Unidade II MODELOS DE LIDERANÇA. Prof. Gustavo Nascimento

Unidade II MODELOS DE LIDERANÇA. Prof. Gustavo Nascimento Unidade II MODELOS DE LIDERANÇA Prof. Gustavo Nascimento O líder como administrador de conflitos A dinâmica dos grupos organizacionais é marcada por diferentes conflitos, principalmente do tipo interpessoal,

Leia mais

ABORDAGEM COMPORTAMENTAL

ABORDAGEM COMPORTAMENTAL ABORDAGEM COMPORTAMENTAL Desdobramentos da Escola de Relações Humanas o Kurt Lewin Dinâmica de grupo (1935) o Chester Barnard As funções do executivo (1938) o George Homans Sociologia funcional de grupo

Leia mais

ASSERTIVIDADE E COMPORTAMENTO ASSERTIVO

ASSERTIVIDADE E COMPORTAMENTO ASSERTIVO Terapêutica Nova 1 2 COMPORTAMENTO ASSERTIVO GRUPO DE APOIO PARA FAMILIARES Quantas vezes você disse sim com a vontade de dizer não? COMUNIDADE TERAPÊUTICA NOVA JORNADA 3 4 www.nvoajornanda.org.br 1 Terapêutica

Leia mais

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução 1 Introdução Um estudo de doutorado é, a meu ver, um caso de amor, e em minha vida sempre houve duas grandes paixões imagens e palavras. Escolhi iniciar minha tese com o poema apresentado na epígrafe porque

Leia mais

POR QUE É TÃO IMPORTANTE SABER INFLUENCIAR AS PESSOAS? QUAL A DIFERENÇA ENTRE INFLUÊNCIA E MANIPULAÇÃO? O QUE SIGNIFICA INFLUÊNCIA, E COMO ELA SE APLICA NO AMBIENTE PROFISSIONAL? AGENDA 1. O que é influência?

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 2

Lógica Proposicional Parte 2 Lógica Proposicional Parte 2 Como vimos na aula passada, podemos usar os operadores lógicos para combinar afirmações criando, assim, novas afirmações. Com o que vimos, já podemos combinar afirmações conhecidas

Leia mais

Aula 4 Cultura e Sociedade

Aula 4 Cultura e Sociedade Sociologia e Antropologia em Administraçã ção Aula 4 Cultura e Sociedade Profa. Ms. Daniela Cartoni Leitura para a aula DIAS, Reinaldo. Sociologia Geral. Campinas: Alinea, 2008. PLT 254 Capítulo 2 CONCEITO

Leia mais

ABORDAGENS O ESTUDO DOS VALORES VALORES. O grau de congruênciados valores do trabalhador com os da organização influi no stress e na satisfação.

ABORDAGENS O ESTUDO DOS VALORES VALORES. O grau de congruênciados valores do trabalhador com os da organização influi no stress e na satisfação. O ESTUDO DOS VALORES O grau de congruênciados valores do trabalhador com os da organização influi no stress e na satisfação. ABORDAGENS Estudo dos documentos oficiais da organização ou através do discurso

Leia mais

INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO(S)/DE DISCURSO(S) UNEB Teorias do signo Lidiane Pinheiro

INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO(S)/DE DISCURSO(S) UNEB Teorias do signo Lidiane Pinheiro INTRODUÇÃO À ANÁLISE DO(S)/DE DISCURSO(S) UNEB Teorias do signo Lidiane Pinheiro PARA ALÉM DA FRASE Ex.: Aluga-se quartos FRASE mensagem significado TEXTO/ discurso sentido ENUNCIADO Traços de condições

Leia mais

AULA: MARCADORES CONVERSACIONAIS INTERACIONAIS

AULA: MARCADORES CONVERSACIONAIS INTERACIONAIS AULA: MARCADORES CONVERSACIONAIS INTERACIONAIS 1. Preliminares Alguns desses marcadores podem ter a função concomitante de sequenciadores tópicos Grupos de marcadores interacionais aqui abordados o ah,

Leia mais

Colégio Valsassina. Modelo pedagógico do jardim de infância

Colégio Valsassina. Modelo pedagógico do jardim de infância Colégio Valsassina Modelo pedagógico do jardim de infância Educação emocional Aprendizagem pela experimentação Educação para a ciência Fatores múltiplos da inteligência Plano anual de expressão plástica

Leia mais

O que é Comunicação?

O que é Comunicação? A Importância da O que é Comunicação? É transmitir ideias, sentimentos ou experiências de uma ou mais pessoas para outra, ou outras. A comunicação se estabelece quando o emissor leva a mensagem até o receptor

Leia mais

Potencializando a sua Iniciação

Potencializando a sua Iniciação Potencializando a sua Iniciação BEM-VINDAS!!! UMA EQUIPE É MUITO MAIS DO QUE A SOMA DE SUAS PARTES HÁ 40 % DE GANHOS HÁ LIMITE 4%, 6 %, 8 % o 12 % DE GANHOS ILIMITADOS Os seus ganhos com suas vendas podem

Leia mais

Obrigado por aceitar ser entrevistado neste estudo coordenado por.

Obrigado por aceitar ser entrevistado neste estudo coordenado por. ESCALA DE AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA COM OS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL (SATIS-BR) Bandeira, M., Pitta, AMF e Mercier,C (000). Escalas Brasileiras de Avaliação da Satisfação (SATIS-BR) e da

Leia mais

QUESTIONÁRIO SOBRE OS VALORES PESSOAIS

QUESTIONÁRIO SOBRE OS VALORES PESSOAIS QUESTIONÁRIO SOBRE OS VALORES PESSOAIS Shalom H. Schwartz; Tradução e Adaptação: Menezes & Campos, 989 Recriação: Prioste, Narciso, & Gonçalves (00) Neste questionário deve perguntar-se a si próprio: "Que

Leia mais

Quadro 1: Itens que constituem cada escala

Quadro 1: Itens que constituem cada escala Quadro 1: Itens que constituem cada escala Secção Questão Escala de Satisfação 2. O trabalho em si. 3. Grau de motivação que você sente em seu trabalho. Satisfação com o Trabalho Secção 2 6. Tipo de trabalho

Leia mais

3 As teorias da polidez nos estudos linguísticos e sociológicos

3 As teorias da polidez nos estudos linguísticos e sociológicos 3 As teorias da polidez nos estudos linguísticos e sociológicos O estudo da desculpa, numa abordagem sociológica, tem privilegiado a função das desculpas como um restaurador da ordem em suas diversas instâncias:

Leia mais

REVISÃO PARA P2 LINGUAGENS PROF. ANTONIO

REVISÃO PARA P2 LINGUAGENS PROF. ANTONIO REVISÃO PARA P2 LINGUAGENS PROF. ANTONIO QUESTÃO 1) Sobre a essência da ética Quando pensamos em ética, em todos os seus sentidos, partimos da premissa de que estamos abordando a característica fundamental

Leia mais

RELAÇÕES INTERPESSOAIS: UM DEBATE NA DIVERSIDADE. Profa. Elizabeth Toledo Novembro/2012

RELAÇÕES INTERPESSOAIS: UM DEBATE NA DIVERSIDADE. Profa. Elizabeth Toledo Novembro/2012 RELAÇÕES INTERPESSOAIS: UM DEBATE NA DIVERSIDADE Profa. Elizabeth Toledo Novembro/2012 Homem: Ser Social Só existe em relação. Subjetividade e individualidade: se formam a partir de sua convivência social.

Leia mais

LIVRO PRINCÍPIOS DE PSICOLOGIA TOPOLÓGICA KURT LEWIN. Profª: Jordana Calil Lopes de Menezes

LIVRO PRINCÍPIOS DE PSICOLOGIA TOPOLÓGICA KURT LEWIN. Profª: Jordana Calil Lopes de Menezes LIVRO PRINCÍPIOS DE PSICOLOGIA TOPOLÓGICA KURT LEWIN Profª: Jordana Calil Lopes de Menezes PESSOA E AMBIENTE; O ESPAÇO VITAL Todo e qualquer evento psicológico depende do estado da pessoa e ao mesmo tempo

Leia mais

PRÁTICAS POSITIVAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING. JULIANA SCHWEIDZON MACHADO PSICÓLOGA KIDPOWER INTERNATIONAL Parte III

PRÁTICAS POSITIVAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING. JULIANA SCHWEIDZON MACHADO PSICÓLOGA KIDPOWER INTERNATIONAL Parte III PRÁTICAS POSITIVAS DE PREVENÇÃO AO BULLYING JULIANA SCHWEIDZON MACHADO PSICÓLOGA KIDPOWER INTERNATIONAL Parte III Um dos focos que podemos dar ao trabalho de práticas positivas é o cuidado com a COMUNICAÇÃO.

Leia mais

O que é uma convenção? (Lewis) Uma regularidade R na acção ou na acção e na crença é uma convenção numa população P se e somente se:

O que é uma convenção? (Lewis) Uma regularidade R na acção ou na acção e na crença é uma convenção numa população P se e somente se: Convenções Referências Burge, Tyler, On knowledge and convention, The Philosophical Review, 84 (2), 1975, pp 249-255. Chomsky, Noam, Rules and Representations, Oxford, Blackwell, 1980. Davidson, Donald,

Leia mais

Os 7 Passos da Negociação

Os 7 Passos da Negociação Os 7 Passos da Negociação Como preparar-se para suas negociações do dia-dia Por Alfredo Bravo, D.Sc. A necessidade de preparar-se para as negociações mais importantes da vida é fator crítico, porém, nem

Leia mais

Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú.

Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú. Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú. Uvinha outubro/novembro de 2012. Editorial: Uvinha Olá, estimados leitores. Essa edição do jornal Uvinha está muito interessante, pois

Leia mais

ELEIÇÕES EUROPEIAS Eurobarómetro do Parlamento Europeu (EB Standard 69.2) Primavera Síntese analítica

ELEIÇÕES EUROPEIAS Eurobarómetro do Parlamento Europeu (EB Standard 69.2) Primavera Síntese analítica Direcção-Geral da Comunicação Direcção C Relações com os Cidadãos UNIDADE DE ACOMPANHAMENTO DA OPINIÃO PÚBLICA 15/09/2008 ELEIÇÕES EUROPEIAS 2009 Eurobarómetro do Parlamento Europeu (EB Standard 69.2)

Leia mais

Jogar e desenvolver o raciocínio lógico. Profa. Dra. Adriana M. Corder Molinari

Jogar e desenvolver o raciocínio lógico. Profa. Dra. Adriana M. Corder Molinari Jogar e desenvolver o raciocínio lógico Profa. Dra. Adriana M. Corder Molinari dri.corder@uol.com.br 1 RACIOCÍNIO LÓGICO -MATEMÁTICO O QUE É? QUANDO VOCÊ UTILIZA ESTE TIPO DE RACIOCÍNIO? COM QUAIS ÁREAS

Leia mais

AULA 2. Texto e Textualização. Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º

AULA 2. Texto e Textualização. Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º AULA 2 Texto e Textualização Prof. Daniel Mazzaro Vilar de Almeida 2013/1º daniel.almeida@unifal-mg.edu.br O QUE É TEXTO? Para Costa Val, texto = discurso. É uma ocorrência linguística falada ou escrita,

Leia mais

Relatório de Competências

Relatório de Competências Relatório de Competências Natural Este Relatório é um produto da PDA International. PDA International é líder no fornecimento de avaliações comportamentais aplicadas para a seleção, gestão e desenvolvimento

Leia mais

Linguagem, Teoria do Discurso e Regras

Linguagem, Teoria do Discurso e Regras Linguagem, Teoria do Discurso e Regras FMP FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO FACULDADE DE DIREITO LINGUAGEM, TEORIA DO DISCURSO E REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA OS JOGOS DE LINGUAGEM (SPRACHSPIELEN)

Leia mais

10 DICAS PARA AUMENTAR SEU INÍCIOS!!!

10 DICAS PARA AUMENTAR SEU INÍCIOS!!! 10 DICAS PARA AUMENTAR SEU INÍCIOS!!! Internamente usamos a expressão entrevista de início. Não use esta expressão com as potenciais iniciadas, porque elas não sabem o que é isso!! Para suas potenciais

Leia mais

# VENDAS PROFESSOR GUALBER CALADO

# VENDAS PROFESSOR GUALBER CALADO O MUNDO MUDOU... E VOCÊ? Globalização Concorrência maior e mais acirrada Novas Tecnologias Novo perfil do consumidor O Cliente manda! Novas necessidades e desejos Vamos rever nossos métodos, estratégias,

Leia mais

INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO!

INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! DIR. VENDAS IND. RENATA BORGES Uma equipe é muito mais do que a soma de suas partes! HÁ 40 % DE GANHOS LIMITADOS (VENDAS) 4%, 6 %, 8 % ou 12 % DE GANHOS ILIMITADOS (CARREIRA)

Leia mais

1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES TEORIA DA HIGIENE-MOTIVAÇÃO TEORIA DA MATURIDADE MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO. 11 RESUMO.

1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES TEORIA DA HIGIENE-MOTIVAÇÃO TEORIA DA MATURIDADE MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO. 11 RESUMO. 2 SUMÁRIO 1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES... 3 2 - TEORIA DA HIGIENE-MOTIVAÇÃO... 7 3 - TEORIA DA MATURIDADE... 8 4 - MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO... 11 RESUMO... 13 3 1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES UNIDADE

Leia mais

A porta e o zíper. Meu desejo: AMOR VERDADEIRO

A porta e o zíper. Meu desejo: AMOR VERDADEIRO UNIDADE 6: A porta e o zíper. Meu desejo: AMOR VERDADEIRO 1ºESO 4º ESO O amor é um caminho. Cada etapa é importante. Não tem que queimar etapas. Estar noivos: conhecer-nos e conhecer juntos o amor verdadeiro

Leia mais

Encontro 4 Tema: HABILIDADES SOCIAIS

Encontro 4 Tema: HABILIDADES SOCIAIS PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO FAMILIAR Serviço de Atendimento Psicopedagógico Silvany Brasil Serviço Socioeducacional Divaneid Araújo Encontro 4 Tema: HABILIDADES SOCIAIS 08 de abril de 2015 A redução ou eliminação

Leia mais

Herding Behavior e o Sentimento do Investidor: Evidência no Mercado Português

Herding Behavior e o Sentimento do Investidor: Evidência no Mercado Português Universidade de Aveiro Herding Behavior e o Sentimento do Investidor: Evidência no Mercado Português 3ª Conferência Internacional de Educação Financeira Educação Financeira: Transversalidade e Cidadania

Leia mais

CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS

CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS CRIAÇÃO LEXICAL: O USO DE NEOLOGISMOS NO PORTUGUÊS FALADO EM DOURADOS Paulo Gerson Rodrigues Stefanello ¹; Elza Sabino da Silva Bueno². ¹Aluno do 4º ano do Curso de Letras Português/Espanhol. Bolsista

Leia mais

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL : LINGUAGEM CORPORAL

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL : LINGUAGEM CORPORAL COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL : LINGUAGEM CORPORAL por Ana Raquel de Brito Prata Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra 3030 Coimbra, Portugal aprata@student.dei.uc.pt Resumo: Apresentam-se,

Leia mais

INTRODUÇÃO. ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA (PLNM) Nível A2

INTRODUÇÃO. ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA (PLNM) Nível A2 APRENDIZAGENS ESSENCIAIS ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA (PLNM) Nível A2 INTRODUÇÃO O Português Língua Não Materna (PLNM) constitui uma componente

Leia mais

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1

A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 A CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 1 Sirlane de Jesus Damasceno Ramos Mestranda Programa de Pós-graduação Educação Cultura e Linguagem PPGEDUC/UFPA.

Leia mais

APRENDIZAGENS ESSENCIAIS

APRENDIZAGENS ESSENCIAIS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS JULHO DE 2018 ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA (PLNM) Nível A2 INTRODUÇÃO O Português Língua Não Materna (PLNM)

Leia mais

Suplemento de Aula Material Extra: Não faz parte da apostila

Suplemento de Aula Material Extra: Não faz parte da apostila Suplemento de Aula Material Extra: Não faz parte da apostila Linguagem Corporal Prof. Murillo Dias, MSc 1 Tipos de Linguagem Verbal Palavra Falada ou Escrita. Não-Verbal Gesto, Movimento, Imagem, Proximidade

Leia mais

INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO!

INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! INICIAÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO! Uma equipe é muito mais do que a soma de suas

Leia mais

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo NOÇÕES DE PRAGMÁTICA Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 14.08-16.08.2017 Situando a Pragmática no seio das disciplinas da Linguística O aspecto pragmático

Leia mais

PROGRAMA DE COMPETÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE COMPETÊNCIAS SOCIAIS COMPETÊNCIA SOCIAL... COMPETÊNCIA SOCIAL... COMPETÊNCIA SOCIAL...

PROGRAMA DE COMPETÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE COMPETÊNCIAS SOCIAIS COMPETÊNCIA SOCIAL... COMPETÊNCIA SOCIAL... COMPETÊNCIA SOCIAL... 5º CONGRESSO CERCILEI HUMANIZAR PARA INTEGRAR A IMPORTÂNCIA DA DIFERENÇA A NO PROJECTO SER PESSOA PROGRAMA DE SOCIAIS PROGRAMA DE SOCIAIS Celeste Simões DEER / FMH / UTL o O que é a competência social

Leia mais

Anexo 1 Critérios Gerais de Avaliação da Educação Pré-Escolar

Anexo 1 Critérios Gerais de Avaliação da Educação Pré-Escolar Anexo 1 Critérios Gerais de Avaliação da Educação Pré-Escolar CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Modalidades de Avaliação: Diagnóstica Auto-Avaliação Formativa Terminologia de Avaliação: A Adquirido NA- Não Adquirido

Leia mais

AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA

AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA 1. Introdução Necessidade de descrição do par dialógico pergunta-resposta (P- R): elementos cruciais da interação humana Análise tipológica do par P-R quanto

Leia mais

PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS EM EVENTO CRÍTICO (PCMNec)

PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS EM EVENTO CRÍTICO (PCMNec) PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS EM EVENTO CRÍTICO (PCMNec) Justificação: A comunicação de más notícias é uma das maiores dificuldades mencionadas pelos profissionais de saúde e uma das áreas que

Leia mais

A SOCIOLINGUÍSTICA E O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA: UMA PROPOSTA BASEADA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

A SOCIOLINGUÍSTICA E O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA: UMA PROPOSTA BASEADA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS A SOCIOLINGUÍSTICA E O ENSINO DE LINGUA PORTUGUESA: UMA PROPOSTA BASEADA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Fabiana Gonçalves de Lima Universidade Federal da Paraíba fabianalima1304@gmail.com INTRODUÇÃO

Leia mais

COMPETÊNCIA DE PARCERIA

COMPETÊNCIA DE PARCERIA COMPETÊNCIA DE PARCERIA COSTACURTA JUNQUEIRA CEO do Instituto MVC costacurta@institutomvc.com.br www.institutomvc.com.br Pano de Fundo PENSAR NA MELHOR PARCERIA DE SUA VIDA PENSAR NA PIOR PARCERIA DE SUA

Leia mais

Marcadores Discursivos. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves-Segundo

Marcadores Discursivos. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves-Segundo Marcadores Discursivos Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves-Segundo 26.09.2016 Aulas 10-11 Introdução Said Ali, já na década de 30, atentava para um grupo peculiar

Leia mais

AS DIMENSÕES BÁSICAS DO ACONSELHAMENTO DIMENSÃO = SENTIDO EM QUE SE MEDE A EXTENSÃO PARA AVALIÁ-LA.

AS DIMENSÕES BÁSICAS DO ACONSELHAMENTO DIMENSÃO = SENTIDO EM QUE SE MEDE A EXTENSÃO PARA AVALIÁ-LA. AS DIMENSÕES BÁSICAS DO ACONSELHAMENTO DIMENSÃO = SENTIDO EM QUE SE MEDE A EXTENSÃO PARA AVALIÁ-LA. BÁSICO = QUE SERVE DE BASE; QUE ENTRA NA BASE; FUNDAMENTAL; PRINCIPAL; ESSENCIAL. O Conselheiro em Dependência

Leia mais

> Relatório do Participante. Nome: Exemplo

> Relatório do Participante. Nome: Exemplo > Relatório do Participante Nome: Exemplo Data: 8 maio 2008 Relatório do Participante Introdução Este relatório é confidencial e destina-se exclusivamente à pessoa que respondeu o Está sendo entregue a

Leia mais

Para o psicólogo Abraham M. Maslow, o homem é um ser insaciável. Está sempre procurando satisfazer uma necessidade, até encontrar a autorrealização.

Para o psicólogo Abraham M. Maslow, o homem é um ser insaciável. Está sempre procurando satisfazer uma necessidade, até encontrar a autorrealização. c 2 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES Para o psicólogo Abraham M. Maslow, o homem é um ser insaciável. Está sempre procurando satisfazer uma necessidade, até encontrar a autorrealização. As necessidades humanas,

Leia mais

A Importância de ter Metas e Objetivos. Daiane Ramos

A Importância de ter Metas e Objetivos. Daiane Ramos A Importância de ter Metas e Objetivos Daiane Ramos Sobre o E-book Este E-book tem como objetivo oferecer algumas informações essenciais sobre Metas e Objetivos e também levar os leitores a conscientização

Leia mais

1. O que buscam? 2. Treinamento

1. O que buscam? 2. Treinamento GESTÃO DE PESSOAS NO CONSULTÓRIO No 1º fascículo expusemos as dificuldades podem impedir um consultório de atingir sua plenitude em resultados e consequentemente na satisfação de clientes. No 2º, orientamos

Leia mais

A SOCIOLOGIA E A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE

A SOCIOLOGIA E A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE A SOCIOLOGIA E A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE A vida em sociedade exige que os indivíduos se conformem aos comportamentos e valores socialmente instituídos em cada cultura e momento histórico.

Leia mais

PSICOLOGIA DA SAÚDE. Conceitos, Personalidade, Comportamento e Transtornos Mentais no Trabalho

PSICOLOGIA DA SAÚDE. Conceitos, Personalidade, Comportamento e Transtornos Mentais no Trabalho PSICOLOGIA DA SAÚDE Conceitos, Personalidade, Comportamento e Transtornos Mentais no Trabalho Boas vindas e Objetivo Contribuir com os Participantes no Desenvolvimento de Mudanças e Repertorio técnico

Leia mais

PROCESSO DECISÓRIO CRIATIVO EM GRUPO: SUA IMPORTÂNCIA NO GERENCIAMENTO DE PROJETO 7 DE ABRIL DE 2017

PROCESSO DECISÓRIO CRIATIVO EM GRUPO: SUA IMPORTÂNCIA NO GERENCIAMENTO DE PROJETO 7 DE ABRIL DE 2017 PROCESSO DECISÓRIO CRIATIVO EM GRUPO: SUA IMPORTÂNCIA NO GERENCIAMENTO DE PROJETO 7 DE ABRIL DE 2017-1 - Projeto Esforço TEMPORÁRIO empreendido para criar um produto ou serviço ÚNICO Temporário: Deve ter

Leia mais

Anexo 1 Critérios Gerais de Avaliação da Educação Pré-Escolar

Anexo 1 Critérios Gerais de Avaliação da Educação Pré-Escolar Anexo 1 Critérios Gerais de Avaliação da Educação Pré-Escolar CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Modalidades de Avaliação: Diagnóstica Autoavaliação Formativa Terminologia de Avaliação: A Adquirido NA- Não Adquirido

Leia mais

VENDAS DE ALTA PERFORMANCE

VENDAS DE ALTA PERFORMANCE VENDAS DE ALTA PERFORMANCE 1. Arte de perguntar; 2. A linha; 3. Complexo sistema de comunicação; 4. Faça seu convidado confiar em você; 5. É um caso racional ou emocional?; 6. Desenvolva clientes para

Leia mais