Linguagem, Teoria do Discurso e Regras
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- Alana Camilo Coimbra
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1 Linguagem, Teoria do Discurso e Regras
2 FMP FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO FACULDADE DE DIREITO LINGUAGEM, TEORIA DO DISCURSO E REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA
3 OS JOGOS DE LINGUAGEM (SPRACHSPIELEN) A FILOSOFIA DA LINGUAGEM DO SEGUNDO WITTGENSTEIN OS JOGOS DE LINGUAGEM representam o uso das palavras A FORMA DE VIDA Os jogos de linguagem, a forma de vida e o significado das palavras O jogo de linguagem e o jogo de xadrez: atividades guiadas por regras
4 OS JOGOS DE LINGUAGEM (SPRACHSPIELEN) PARTICIPAR DE UM JOGO DE LINGUAGEM PRESSUPÕE FAZER PARTE DE UMA DETERMINADA FORMA DE VIDA COMO AS SUAS REGRAS E CONVICÇÕES FUNAMENTAIS O USO DA LINGUAGEM E AS REGRAS PARA O USO DA LINGUAGEM
5 OS ATOS DE FALA (SPEECH ACTS) A TEORIA DOS ATOS DE FALA DE J. L. AUSTIN (How to Do Things with Words) e JOHN SEARLE (Spech Acts) FALAR UMA LINGUAGEM É PARTICIPAR DE UMA DETERMINADA FORMA DE CONDUTA GOVERNADA POR REGRAS FALAR É REALIZAR ATOS CONFORME AS REGRAS DIFERENTES ATOS DE FALA E DIFERENTE REGRAS
6 ATOS DE FALA (SPEECH ACTS) ATOS DE FALA CONSTATIVOS Usados para descrever o mundo ATOS DE FALA PERFORMATIVOS Usados para realizar uma ação (utterances performative): sim, aceito ; aposto ; prometo Dizer algo é fazer algo A DISTINÇÃO DE AUSTIN
7 ATOS DE FALA (SPEECH ACTS) O ATO DE FALA APOSTO ATO LOCUCIONÁRIO O som, a sua identificação com uma palavra reconhecida e o seu sentido ou referência a algo ATO ILOCUCIONÁRIO O contexto do ato determina o seu significado Um mesmo ato de fala pode ser uma ordem, uma sugestão, uma advertência ATO PERLOCUCIONÁRIO Ato que produz uma consequência (ato de convencer ou persuadir o falante)
8 ATOS DE FALA (SPEECH ACTS) A DISTINÇÃO DE SEARLE ATOS DE EMISSÃO de palavras ATOS PROPOSICIONAIS (referências e predicações) ATOS ILOCUCIONÁRIOS (enunciar, descrever, perguntar, ordenar, aconselhar ATOS PERLOCUCIONÁRIOS (de Austin) FALANTES REALIZAM SIMULTANEAMENTE OS DIVERSOS TIPOS DE ATOS DE FALA
9 AS REGRAS DOS ATOS DE FALA REGRAS REGULATIVAS Regulam condutas que existem independente das regras ou atividade já existente REGRAS CONSTITUTIVAS Criam novas formas de conduta As regras do jogo constituem o jogo Jogar futebol é atuar conforme as regras
10 AS REGRAS DOS ATOS DE FALA ATOS DE FALA PERFORMATIVOS REGRAS, EXIGÊNCIAS, CIRCUNSTÂNCIAS APROPRIADAS (Appropriete circumstances) DOUTRINA DAS INFELICIDADES DE AUSTIN (Doctrine of infelicities) 1. PROCEDIMENTO CONVENCINAL ACEITO 2. PESSOAS E CIRCUNSTÂNCIAS DETERMINADAS 3. PROCEDIMENTO EXECUTADO POR TODOS CORRETAMENTE 4. PENSAMENTO E INTENÇÃO DE AGIR CORRETAMENTE
11 AS REGRAS DOS ATOS DE FALA CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E SUFICIENTES PARA O ÊXITO DE UM ATO ILOCUCIONÁRIO A PROMESSA 1. CONDIÇÕES GERAIS DE COMUNICAÇÃO (input e output) 2. ATO ILOCUCIONÁRIO DA PROMESSA Expressão, verdade do conteúdo proposicional, intenção, desejo, curso de ação não óbvio 3. CONDIÇÃO DE SINCERIDADE (Sincerity condition) Prometer sinceramente e acreditar no cumprimento
12 AS REGRAS DOS ATOS DE FALA 4. CONDIÇÃO ESSENCIAL (Essential condition) Com a promessa o falante coloca a obrigação de cumprir e o ouvinte reconhece essa intenção AS CONDIÇÕES DA PROMESSAS E OS DEMAIS ATOS ILOCUCIONÁRIOS CONDIÇÕES (preparatórias, sinceridade e essencial)
13 AS REGRAS DOS ATOS DE FALA O ATO DE FALA DA AFIRMAÇÃO O falante dispõe de dados para a verdade do afirmado (condição preparatória) O falante acredita na verdade do afirmado (condição de sinceridade) O estado de coisas afirmado existe (condição essencial)
14 OS JUÍZOS MORAIS COMO IMPERATIVOS A TEORIA DA LINGUAGEM DA MORAL DE R. M. HARE REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO MORAL ATOS DE FALA DESCRITIVOS ATOS DE FALA IMPERATIVAS Os atos de fala expressos no imperativo são prescritivos Juízos de dever são IMPERAÇÕES, pois concordar com eles implica aceitar uma regra ou princípio
15 OS JUÍZOS MORAIS COMO IMPERATIVOS PRINCÍPIO DA UNIVERLIZABILIDADE Objetos iguais devem ser designados por palavras iguais Fatos iguais devem receber o mesmo juízo de valor Se x é bom, pois tem as notas 1, 2, 3, tudo com essas notas deve ser designado como bom. A razão de que x é bom por essas notas implica para todos os casos ASSIM: uma razão G e a regra R implicam um juízo de dever ou um juízo moral
16 OS JUÍZOS MORAIS COMO IMPERATIVOS PRINCÍPIO DA PRESCRETIVIDADE A questão do conteúdo A parábola bíblica A Relação de transitividade REGRA DE OURO (troca de papéis) Quem julga deve, hipoteticamente, colocar-se no lugar de quem está sendo julgado e perguntar, a si mesmo, se ACEITA as consequencias da regra moral examinada
17 OS JUÍZOS MORAIS COMO IMPERATIVOS O JUIZ E O RÉU A troca de papéis não basta Consideração de todos os interesses e desejos Composição do equilíbrio de interesses Critérios de correção moral e justiça Dependência de uma forma de vida
18 AS RAZÕES PARA O JUÍZO MORAL RAZÕES PARA A JUSTIFICAÇÃO DE UM JUÍZO MORAL OU DE DEVER Um conjunto de DADOS com RAZÃO a justificação de JUÍZO DE DEVER BOAS RAZÕES e ARGUMENTOS VÁLIDOS A TEORIA DE STEPHEN TOULMIN Regras de inferência permitem a passagem de dados D para juízos de dever
19 AS RAZÕES PARA O JUÍZO MORAL Quem faz uma afirmação coloca a PRETENSÃO de ela deve ser ACEITA e que está em condições de JUSTIFICÁ-LA, caso lhe for solicitado. Quem diz o carro é vermelho ou você deve pagar o jantar deve APRESENTAR RAZÕES (fatos) para justificar esses juízos
20 AS RAZÕES PARA O JUÍZO MORAL LAYOUT DOS ARGUMENTOS Os dados D são apresentados como razões para suportar uma conclusão C A conclusão é garantida por regra de garantia W (Warrant) Se a regra de garantia W é coloca em dúvida, o falante deve apresentar uma outra regra de inferência para garantir a garantia B (Backing) O problema da justificação da regra fundamental
21 A TEORIA DO DISCURSO AS PROPOSIÇÕES NORMATIVAS SÃO PASSÍVEIS DE VERDADE A CORREÇÃO das proposições normativas como correspondente à VERDADE das proposições descritivas QUESTÕES PRÁTICAS são passíveis resolução RACIONAL no âmbito da ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA. AÇÃO COMUNICATIVA DIRIGIDA AO ACORDO OU MÚTUO ENTENDIMENTO
22 A TEORIA DO DISCURSO A força do melhor argumento obtida em uma SITUAÇÃO IDEAL DE FALA, pressupõe determinadas condições, as PRETENSÕES DE VALIDEZ, que devem ser observadas por todo aquele pretende se entender com alguém sobre algo no mundo O resultado de uma argumentação prática, que cumpre essas pretensões de validez, é um ACORDO RACIONAL E INTERSUBJETIVAMENTE CONTROLÁVEL
23 A TEORIA DO DISCURSO: AS PRETENSÕES DE VALIDEZ DA PRAGMÁTICA UNIVERSAL Qualquer pessoa que pretende se entender com alguém sobre algo no mundo deve colocar estas quatro pretensões de validez: 1. INTELIGIBILIDADE 2. VERDADE PROPOSICIONAL 3. VERACIDADE 4. CORREÇÃO NORMATIVA
24 A TEORIA DO DISCURSO: AS PRETENSÕES DE VALIDEZ DA PRAGMÁTICA UNIVERSAL 1. Todo falante deve se expressar de forma INTELIGÍVEL (verständlich), observando as regras gramaticais 2. Todo falante deve comunicar uma VERDADE (wahr), apresentando um conteúdo proposicional de algo existente que possa ser compartilhado com o ouvinte 3. Todo falante deve expressar suas intenções de forma verdadeira (Wahrhaftig) de modo que o ouvinte possa confiar no discurso
25 A TEORIA DO DISCURSO: AS PRETENSÕES DE VALIDEZ DA PRAGMÁTICA UNIVERSAL 4. Todo o falante deve colocar um discurso CORRETO (rechtig), sob normas e valores comuns existentes (base normativa comum) Uma AÇÃO COMUNICATIVA somente pode ser realizada se essas quatro PRETENSÕES DE VALIDEZ forem reciprocamente reconhecidas pelos participantes do discurso
26 A TEORIA DO DISCURSO: AÇÃO COMUNICATIVA AÇÃO COMUNICATIVA é ação de fala dirigida ao mútuo entendimento ou acordo intersubjetivamente racional, realizada sob as condições rigorosas dos pressupostos da pragmática universal O ACORDO não pode ser imposto por meio de uma influência externa Uma AÇÃO COMUNICATIVA coloca exigências cooperativas e comunicativas
27 A TEORIA DO DISCURSO: A RACIONALIDADE COMUNICATIVA A RACIONALIDADE COMUNICATIVA é a racionalidade da utilização comunicativa das expressões linguísticas caracterizada pelo discurso orientado para o entendimento É a racionalidade dos atos de fala vinculados às PRETENSÕES DE VALIDEZ na perspectiva da busca cooperativa do acordo sobre algo no mundo Acordo assentado na prática de DAR RAZÕES e APRESENTAR ARGUMENTOS
28 A TEORIA DO DISCURSO: A ÉTICA DO DISCURSO E A CORREÇÃO NORMATIVA ÉTICA DO DISCURSO Fundamenta o julgamento imparcial das questões morais a partir da práxis argumentativa e das condições ideais de fala Está assentada no PRINCÍPIO DA UNIVERSALIZAÇÃO e no PRINCÍPIO ÉTICO-DISCURSIVO
29 A TEORIA DO DISCURSO: A ÉTICA DO DISCURSO E A CORREÇÃO NORMATIVA PRINCÍPIO DA UNIVERSALIZAÇÃO Princípio moral assentado no IMPERATIVO CATEGÓRICO KANTIANO do caráter universal das normas morais São válidas as normas normais que exprimem uma VONTADE GERAL, que encontram o ASSENTIMENTO de todos
30 A TEORIA DO DISCURSO: A ÉTICA DO DISCURSO E A CORREÇÃO NORMATIVA PRINCÍPIO DA UNIVERSALIZAÇÃO As normas morais devem ser universais e merecer reconhecimento por parte de todos os por ela afetados São passíveis de universalização as normas que representam o INTERESSE COMUM de todos os atingidos Elas merecem RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO
31 A TEORIA DO DISCURSO: A ÉTICA DO DISCURSO E A CORREÇÃO NORMATIVA O princípio da universalização provoca a TROCA DE PAPÉIS, obrigando cada um dos afetados a ponderar os interesses em jogo a partir da perspectiva do interesse de todos As CONSEQUÊNCIAS ou EFEITOS COLATERAIS do cumprimento universal da norma, que resultam para cada um, devem ser aceitas por todos SEM QUALQUER COAÇÃO
32 A TEORIA DO DISCURSO: A ÉTICA DO DISCURSO E A CORREÇÃO NORMATIVA PRINCÍPIO ÉTICO-DISCURSIVO Somente pode ser válidas as normas poderiam obter a aprovação de todos enquanto participantes do discurso Uma norma somente pode pretender validez quando todos os afetados, enquanto participantes do discurso, cheguem a um acordo sobre sua validez mesma
33 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA 1. REGRAS FUNDAMENTAIS 2. REGRAS DA RAZÃO 3. REGRAS DA CARGA DA ARGUMENTAÇÃO 4. REGRAS DE FUNDAMENTAÇÃO 5. REGRAS DE TRANSIÇÃO
34 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS FUNDAMENTAIS Exigências colocadas em toda e qualquer atividade comunicativa com pretensão de verdade ou correção R..1. Nenhum falante pode se contradizer R.1.2. Cada falante somente pode afirmar aquilo que ele mesmo acredita R.1.3. Cada falante que aplica um predicado F a um objeto A, tem que estar preparado para aplicar esse mesmo predicado F também a qualquer outro objeto semelhante a A em seus aspectos importantes R.1.4. Diferentes falantes não podem usar a mesma expressão com significados diferentes
35 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS FUNDAMENTAIS A regra R.1.3, aplicada a expressões valorativas, assume esta formulação: R.1.3. Cada falante somente pode afirmar aqueles juízos de valor ou de dever a respeito de uma dada situação que igualmente estaria disposto a afirmar em relação a todas as outras situações semelhantes em aspectos relevantes com a situação dada. Essa é uma formulação do princípio da universalizabilidade
36 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DA RAZÃO As regras da razão estão relacionadas à exigência de fundamentação colocada a todo aquele falante que afirma algo e, com alguém, pretende estabelecer uma ação comunicativa a respeito de verdade ou correção A regra geral de fundamentação R.2 diz que cada o falante, quando lhe for solicitado, deve fundamentar o que afirma, a menos que possa aduzir razões que justifiquem sua recusa à fundamentação do afirmado
37 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DA RAZÃO R.2.1. Cada um que pode falar pode participar de discursos R.2.2.a. Cada um pode problematizar cada afirmação R.2.2.b. Cada um pode introduzir qualquer afirmação no discurso R.2.2.c. Cada um pode expressar suas opiniões, desejos e necessidades R.2.3. Nenhum falante pode, mediante coerção interna ou externa ao discurso, ser impedido de realizar os direitos determinados em R.2.1 e R.2.2
38 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DA CARGA DA ARGUMENTAÇÃO (MATERIAL) O princípio da universabilidade da regra R.1.3 e da regra de fundamentação R.2, autoriza a seguinte a regra R.3.1: quem pretende tratar uma pessoa A de maneira diferente da pessoa B está obrigado a fundamentar Uma razão para essa regra está em que tratar A diferente de B pressupõe uma diferença entre A e B e isso, a partir do colocado pela regra R.1.3, exige uma justificação
39 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DA CARGA DA ARGUMENTAÇÃO (PROCEDIMENTAIS) As regras procedimentais da carga de prova estão assentadas na ideia de continuidade e normalidade da vida intelectual e social Uma opinião já consolidada ou adotada como prevalente em relação a outras não deve ser abandonada sem uma justificação (princípio da inércia de Perelman) Desse modo, quando o falante afirma algo, os participantes do discurso, conforme a regra R.2, têm o direito de exigir uma fundamentação.
40 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DA CARGA DA ARGUMENTAÇÃO (PROCEDIMENTAIS) Quando uma proposição é pressuposta como verdadeira ou correta, mas isso não é afirmado expressamente, ela somente pode ser questionada se são apresentadas razões A regra R.3.2 diz que quem ataca uma proposição ou uma norma, que não é objeto de discussão, deve dar uma razão para isso
41 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DA CARGA DA ARGUMENTAÇÃO (PROCEDIMENTAIS) Se o falante apresenta uma razão, somente está obrigado a dar uma nova razão se novos contra-argumentos forem colocados Assim, a regra R.3.3 diz que quem apresenta um argumento, somente é obrigado a aduzir outros no caso de surgir um contra-argumento.
42 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DA CARGA DA ARGUMENTAÇÃO (PROCEDIMENTAIS) A regra R.3.4 que diz que quem introduz no discurso uma afirmação ou manifestação sobre suas opiniões, desejos e necessidades, que não está relacionada, como argumento, a uma manifestação precedente, deve, caso lhe seja solicitado, fundamentar porque introduziu essa afirmação ou manifestação
43 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DE FUNDAMENTAÇÃO As regras de fundamentação (Begründungsregeln) determinam diretamente o conteúdo das proposições e das regras mesmas A R diz que quem afirma uma proposição normativa que pressupõe uma regra para a satisfação dos interesses de outras pessoas, deve aceitar as consequências dessa mesma regra também no caso hipotético de que se encontre na mesma situação daquelas pessoas
44 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DE FUNDAMENTAÇÃO A regra R diz que as consequências de cada regra para a satisfação dos interesses de cada um e de todos os indivíduos devem poder ser aceitas por todos O que isso significa é que cada um deve poder estar de acordo com cada regra, ou seja, cada um deve concordar com cada regra
45 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DE FUNDAMENTAÇÃO A regra R diz que as consequências de cada regra para a satisfação dos interesses de cada um e de todos os indivíduos devem poder ser aceitas por todos O que isso significa é que cada um deve poder estar de acordo com cada regra, ou seja, cada um deve concordar com cada regra
46 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DE FUNDAMENTAÇÃO A R.2.1 diz que as regras morais, que servem de base para as concepções morais do falante, devem ser capazes de suportar à revisão de sua gênese histórica-crítica. Uma regra moral não suporta tal comprovação se: a) ela, primitivamente, era justificável racionalmente, mas perdeu, sua justificação b) ela, já, primitivamente, não era justificável racionalmente e também não existem para ela novas razões suficientes
47 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DE FUNDAMENTAÇÃO Essa revisão quanto à formação histórico-social das normas deve ser complementada pela revisão quanto ao desenvolvimento individual das concepções normativas, resultando A regra R.2.2, no sentido de que as regras morais, que servem de base para as concepções morais do falante, devem poder resistir à revisão de sua formação históricoindividual. Uma regra moral não suporta semelhante revisão se ela foi estabelecida somente sob condições de socialização não justificáveis, como aquelas em que o discurso não seja aberto material e subjetivamente
48 AS REGRAS DA ARGUMENTAÇÃO PRÁTICA: AS REGRAS DE TRANSIÇÃO R.6.1. Para qualquer falante, a qualquer momento, é possível passar a um discurso teórico (empírico) R.6.2. Para qualquer falante, a qualquer momento, é possível passar a um discurso analíticolinguístico (de análise da linguagem) R.6.3. Para qualquer falante, a qualquer momento, é possível passar a um discurso teórico-discursivo (de teoria do discurso).
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