LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
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- Maria Furtado Mendes
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1 AULA 4 PG 1
2 Este material é parte integrante da disciplina Linguagem e Argumentação Jurídica oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, os exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on line. AULA 4 PG 2
3 Sumário AULA 04 INTRODUÇÃO...4 A linguagem argumentativa...4 Tese...5 A identificação dos argumentos...5 Estratégias argumentativas...5 Conclusão...6 BIBLIOGRAFIA...7 AULA 4 PG 3
4 AULA 04 INTRODUÇÃO Nesta aula veremos quais os elementos que compõem a linguagem argumentativa de um texto jurídico. Você aprenderá como estruturar adequadamente um texto argumentativo, conhecerá as características dessa estrutura e saberá identificá las e usá las em seu dia a dia profissional. A linguagem jurídica adotada pelo legislador nos textos normativos é prescritiva, na medida em que ordena comportamentos e descreve situações, permanentes ou sujeitas a alterações e para alcançar essa finalidade, o legislador se vale de uma linguagem vaga e imprecisa, visto que se apropria da linguagem comum, o que torna a linguagem do legislador passível de interpretação. A linguagem jurídica adotada pelo advogado em suas peças processuais, pelo juiz em suas decisões e pelo promotor de público é, sobretudo, argumentativa, isto é, a linguagem tende a convencer alguém, a demonstrar a validade de uma tese ou a defender um ponto de vista. A função da linguagem empregada é persuasiva e o uso de argumentos será preponderante, pois a intenção é influenciar o interlocutor e conseguir a sua adesão no sentido de aceitar a ideia, de agir de uma determinada maneira ou de acreditar em algo. Acesse a plataforma e ouça o áudio sobre esse assunto. Se preferir você pode baixá lo para ouvir onde desejar. A linguagem argumentativa A linguagem argumentativa, para sua eficácia, depende não só da observância das regras de lógica, mas também da consistência dos argumentos desenvolvidos e das evidências das provas que dão sustentação ao argumento. O texto argumentativo é composto de: tese, argumentos, estratégias argumentativas e conclusão. AULA 4 PG 4
5 Tese A tese de um texto argumentativo é a proposição que se busca defender, que geralmente vem marcada por uma certa polêmica, isso porque os argumentos implicam necessariamente divergência de opinião, porquanto o objetivo do texto argumentativo é convencer e persuadir alguém. Assim, verdades universais e temas sobre os quais há um consenso não podem ser tomados como tese. Imagine a situação em que um dos cônjuges atribua ao outro um comportamento desonroso capaz de autorizar a separação judicial, como determina a lei civil. Evidentemente que o outro cônjuge negará a imputação dessa conduta, dizendo se inocente. O juiz precisará ser convencido. Portanto, estabelecida a divergência, cada um dos advogados buscará convencer o juiz da sua tese culpa ou inocência pela separação. A tese, como se vê, é uma ideia que será defendida com os argumentos. A identificação dos argumentos Para identificar os argumentos, basta que se formule mentalmente a pergunta: Por quê? Assim, se o advogado de A afirma que B é culpado pela separação judicial, a pergunta deve ser: Por quê?. A essa resposta dá se o nome de argumento. A argumentação é a demonstração do ponto de vista do emissor da mensagem que vem amparada nas relações de causa e efeito, em comparações entre situações, épocas e lugares diferentes. A argumentação também se apoia em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no assunto abordado, em dados estatísticos, pesquisas. Para uma boa construção dos argumentos é preciso conhecer bem a tese, ter informações e documentos necessários que lhe dão suporte. Depois, é preciso selecionar os argumentos e encadeá los de forma lógica e racional, considerando o que é de fato relevante para a eficácia do texto, ou seja, convencer, persuadir e obter a adesão do leitor. Estratégias argumentativas As estratégias argumentativas dizem respeito à articulação e ao desenvolvimento do discurso e representam o verdadeiro mecanismo pelo qual o leitor será persuadido. AULA 4 PG 5
6 A eficácia do texto argumentativo, em certa medida, para além das provas apresentadas na argumentação, depende do estabelecimento de relações lógicas entre as palavras, as frases, os períodos e os parágrafos, o que já vimos nas aulas anteriores. A eficácia do texto depende da correta estruturação das frases, do uso correto e adequado das frases de transição, com relação às regras de concordância verbo nominal, ao uso adequado de pronomes e à utilização de uma variada gama de vocabulário. Daí a importância de conhecer bem o repertório jurídico ou o chamado vocabulário jurídico sobre o qual já falamos em outra aula. Para resumir, as estratégias argumentativas dizem respeito à fluência do texto, à sua clareza, coerência e coesão. Conclusão A parte final do texto não é um resumo dos argumentos nem uma síntese do que foi escrito, mas o apontamento das conclusões decorrentes dos argumentos apresentados e a comprovação da tese. A conclusão deve ser uma decorrência natural dos argumentos. Acesse a plataforma de estudo para realizar leitura complementar. AULA 4 PG 6
7 BIBLIOGRAFIA GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13 a ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, p AULA 4 PG 7
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