Ficha de Unidade Curricular. Unidade Curricular Professores João Miguel Garcia / Teresa Fradique / Ricardo Pimentel

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1 Ficha de Unidade Curricular Unidade Curricular Professores João Miguel Garcia / Teresa Fradique / Ricardo Pimentel Designação: PROJECTO TEATRAL III Área Científica: TEATRO Ciclo de Estudos: 1º CICLO Carácter: Obrigatória Ano lectivo: 2008/2009 Semestre: 5º ECTS: 12 Tempo de Trabalho: Horas de Contacto: 180 Ensino Teórico-Prático (TP): 30H Ensino Prático e Laboratorial (PL): 120H Trabalho de Campo (TC): 25H Orientação Tutorial (OT): 5H Horas de Trabalho Autónomo: 108H Total: 324H Pré-Requisitos: Não tem. Objectivos de Aprendizagem: Gerais: Obtenção de competências que permitam comunicar informação, ideias, problemas e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como não especialistas. Saber aplicar os conhecimentos e a capacidade de compreensão adquiridas, de forma a evidenciar uma abordagem profissional do trabalho teatral desenvolvido. Comprovar ter capacidade de resolução de problemas no âmbito teatral e de constituir e fundamentar argumentação própria. Demonstrar capacidade de recolher, seleccionar e interpretar informação relevante que habilitando o aluno a fundamentar as soluções que preconiza e os juízos que emite, incluindo na análise os aspectos sociais científicos e éticos relevantes. Desenvolver uma aquisição de competências que permita uma aprendizagem ao longo da vida, com elevado grau de autonomia. Específicos: Noções de observação em trabalho de campo, capacidade de sistematização criteriosa de

2 informação e capacidade de memorização. O auto reconhecimento: a consciência emocional, a consciência criadora. Desenvolvimento das capacidades de apreensão espaciais, temporais e sociais. Desenvolvimento das capacidades individuais de consciência teatral individual e da consciência teatral colectiva. Desenvolvimento das capacidades de criação cénica sobre a perspectiva do actor, do encenador e do espectador. Desenvolvimento das capacidades individuais de representação e interpretação. Desenvolvimento de capacidades individuais de pesquisa aplicada à criação teatral. Desenvolvimento de capacidades individuais de operação e utilização de objectos e instrumentos de cena. Transversais: Capacidade de estudar e pesquisar de forma autónoma. Desenvolvimento das capacidades de criação de contextos e de um discurso crítico e de coerência dramatúrgica. Desenvolvimento das capacidades de análise de texto. Desenvolvimento de capacidades vocais. Desenvolvimento das capacidades físicas individuais. Desenvolvimento da compreensão de textos específicos de Teatro e Estudos Teatrais em línguas estrangeiras. Desenvolvimento de capacidades de relacionar diferentes saberes e áreas disciplinares. Conteúdo Programático: Módulo I - João Garcia Miguel Processo Criativo Métodos e práticas 1 Apresentação de modelos e métodos criativos. Discussão crítica. 2 Pesquisa teórica e prática formal. Diferenças. Percas e ganhos. Articulação de discursos. 3 Construção de objectos artísticos. Comunicação e complexificação de sentidos. Articulação de uma poética.

3 Módulo II - Teresa Fradique 1- Contextualização do trabalho de campo com observação participante como metodologia de pesquisa em contexto performativo. (palavras-chave: trabalho de campo; observação; registo; ponto de vista). 2 - Performance e representação social. (palavras-chave: performance; esferas da performance; conflito social e performatividade). 3 - Ruptura e Cultura: olhares As dimensões de ruptura introduzidas pelo texto O Teatro e a Cultura de Artaud. O olhar sobre os "teatros do Outro" como forma de inovação e renovação da linguagem teatral. (palavras-chave: cultura; ruptura; gesto; "primitivismos"; performance; ritual; Bali; antropólogos). 4 - Drama social e liminaridade no ritual. (palavras-chave: cultura; performance; Victor Turner; ruptura; crise social). 5 - Trabalho de campo e pesquisa aplicada: Desenvolvimento de observação participante e de registo de dados com vista à desenvolvimento do processo criativo. (palavras-chave: registar; observar; reflectir; processo criativo; observação-participante). Módulo III - Ricardo Pimentel 1. Espaço: 1.1 A escolha e utilização de espaços de representação convencionais e não convencionais. 1.2 Análise da estrutura e organização de um determinado espaço cénico com especial atenção aos estímulos e ressonâncias físicos e psicológicos resultantes da utilização do mesmo. 1.3 Análise e resolução da potencial relação entre audiência e performer. 1.4 Problemas inerentes à migração das propostas de encenação por diversos espaços diferentes. 2. Objecto: 2.1 O objecto de cena e modo como é usado. O objecto de cena e o modo como é lido. 2.2 Tiipologia dos objectos. Objecto funcional, objecto referencial e objecto simbólico. 2.3 A utilização de fontes sonoras e fontes visuais e o performer como operador destes elementos A produção de significado através da composição sonora e visual. A comunicação de significado pela interpretação dessa composição.

4 Módulo IV - João Garcia Miguel Exercícios mistos de encenação: Discussão do papel do actor na criação de uma obra dramática. A figura do performer Relação entre encenação e interpretação. Estudo de textos teatrais. Discussão de soluções de encenação. Estudos teórico-críticos dos enquadramentos das personagens e dramaturgias. Exercícios colectivos de encenação/direcção (introdução). Exercícios finais: Exercício final: selecção de peça para trabalho final. Aplicação dos conhecimentos adquiridos. Apresentação circunstancial de trabalhos em momentos pré-definidos. Preparação e ensaio de trabalho teatral para apresentação pública. Metodologia de Aprendizagem: Presencial: O desenvolvimento do programa concretizar-se-á através do recurso equilibrado a três modalidade principais: Componente teórica, engloba principalmente exposições por parte do professor da matéria associada aos conteúdos programáticos. Essas exposições destinam-se a fornecer aos alunos o suporte teórico-artístico-científico essencial ao domínio básico das principais componentes do programa. Componente teórico-prática, inclui entre outros a realização, observação e discussão de exercícios práticos e de documentos de diferentes tipos no decurso das aulas e ida a espectáculos em cena no decorrer do ano lectivo. Análise de casos com recurso a documentos diversos (projecções de vídeo e comentários, discussão no espaço das aulas relativa ao avanço dos trabalhos de grupo. complementando, ilustrando e integrando a aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos. O desenvolvimento das capacidades de análise critica individual e colectiva. Componente prática, implementa a experimentação e o desenvolvimento físico e corporal das diversas componentes de trabalho do actor intérprete. O desenvolvimento de capacidades motoras, sensoriais e das diversas formas de consciência do corpo. Autónoma: O desenvolvimento do programa concretizar-se-á através do recurso equilibrado a três modalidade principais de acordo com o numero de horas de estudo previstas: Componente teórica, engloba principalmente estudo de textos e temas teóricos por parte do aluno da matéria associada aos conteúdos programáticos. Esses estudos destinam-se

5 a fornecer ao aluno o suporte teórico-artístico-científico essencial ao domínio básico das principais componentes do programa. Componente teórico-prática, inclui entre outros a realização, observação e discussão de exercícios práticos e de documentos de diferentes tipos no decurso das aulas e ida a espectáculos em cena no decorrer do ano lectivo. Análise de casos com recurso a documentos diversos (projecções de vídeo e comentários, discussão no espaço das aulas relativa ao avanço dos trabalhos de grupo. complementando, ilustrando e integrando a aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos. O desenvolvimento das capacidades de análise critica individual e colectiva. Componente prática, implementa a experimentação e o desenvolvimento físico e corporal das diversas componentes de trabalho do actor intérprete. O desenvolvimento de capacidades motoras, sensoriais e das diversas formas de consciência do corpo. Trabalho de memorização, repetição e ensaio individual requerido para adquirir um estado de equilíbrio e de competência técnica optimizada para a execução dos trabalhos práticos propostos para apresentação publica. Avaliação de Competências: AC Avaliação Contínua (obrigatória) Apreciação do trabalho realizado individualmente ao longo do percurso lectivo. Avaliando o desempenho e a sua capacidade de utilização dos conhecimentos entretanto explicitados, atestando a validade e desenvolvimento dos trabalhos em curso. Critérios de Avaliação: assiduidade, autonomia, interesse demonstrado, empenho, evolução, criatividade. AC = 0.30 CF AP Avaliação Periódica (obrigatória) Entrevista, texto ou exercício prático performativo que inclua um momento de auto avaliação crítica. Anterior ao termo do percurso lectivo terá lugar um momento de avaliação, no qual deverão ser presentes de modo escrito ou oral de elementos solicitados de apreciação do trabalho individual de cada aluno. Estes elementos serão definidos durante o processo de criação da personagem e da encenação. Critérios de Avaliação: capacidade de investigação, capacidade de proposição de soluções, criatividade e singularidade das prestações e das soluções propostas, capacidades técnicas, interpretação. AP = 0.30 CF AF Avaliação Final (obrigatória) Avaliação da apresentação publica final. AF = 0.40 CF Ponderação Classificação Final:

6 CF = 0.30AC+0.30AP+0.40AF Época Normal, Época de Recurso e Época Especial Avaliação Final (ou equivalente) a avaliação será feita através de um trabalho de texto ou performativo proposto em encontro a realizar entre o professor e o aluno. NOTA: para poder ser considerado em avaliação final de Época Normal, em Época de Recurso ou Época Especial os trabalhos devem ser acompanhados pelo docente da disciplina em período a fixar para o efeito. Época de Recurso NOTA: Dado o carácter efémero e insubstituível do trabalho apresentado nesta unidade curricular a época de recurso implica um trabalho final com o grau de dificuldade equivalente à avaliação final com carácter público. Bibliografia Recomendada: MÓDULO II MALINOWSKI, Bronislaw, (1922) 1997, «Os Argonautas do Pacífico Ocidental - Introdução: objecto, método e alcance desta investigação» in Etnologia 6-8: ARTAUD, Antonin, 1989 [...], O Teatro e a Cultura in O Teatro e seu Duplo. Lisboa, Fenda. ARTAUD, Antonin, 1989 [...], Acerca do Teatro no Bali in O Teatro e seu Duplo. Lisboa, Fenda. TURNER, Victor, 1990, Are there universals of performance in myth, ritual, and drama? in SCHECHNER, Richard & WILLA, Appel, (eds.), By Means of Performance: Intercultural Studies of Theatre and Ritual. Cambridge: Cambridge University Press. IMAGENS DE APOIO: The Ax Figth, 1975, E.U.A., cor, 30. Realização: Timothy Asch e Napoleon Chagnon Les Maîtres Fous, 1955, Jean Rouch Margaret MEAD e Gregory BATESON, Dance and Transe in Bali; Learning to Dance in Bali. YOUNG, Michael & MALINOWSKI, Bronislaw, 1999, Malinowski s Kiriwina: Fieldwork Photography , University of Chicago Press. (Fotografias de campo de Bronislaw

7 Malinowski, na biblioteca da ESAD). Gerald SULLIVAN, 1999, Margaret Mead e Gregory Bateson, and Highland Bali, Fieldwork Photographs of Bayung Gedé , The University of Chicago Press. NOTA ÚNICA: Em cada caso e dependente das necessidades e oportunidades encontradas, proceder-se-á à entrega de material complementar de estudo (fotocópias e/ou a solicitar a aquisição de livros específicos ou outros documentos de estudo). Bibliografia Complementar: MÓDULO II: CLIFFORD,J. G. MARCUS,1986, Writing Culture: The Poetics and Politics of Ethnography, University of California Press. PARKIN, David; CAPLAN, Lionel; FISHER, Humphrey, (eds.), 1996, The Politics of Cultural Performance, Oxford, Berghahn Books. BARBA, Eugenio & SAVARESE, Nicola, (eds.), 2ª ed., 2006 [1991], The Secret Art of the Performer: A Dictionary of Theatre Anthropology, London: Routledge. BHARUCHA, Rustom, 2000, The Politics of Cultural Practice: Thinking Through Theatre in an Age of Globalization, London: Athlone. DIAS, Jill, 1997, «Entre a arte e a ciência ou o Etnógrafo como herói romântico : Malinowski e o trabalho de campo antropológico» in Etnologia 6-8: FREELAND, Felícia (ed.), Ritual, Performance, Media. London, Routledge, ASA Monographs 35. SCHECHNER, Richard & WILLA, Appel, (eds.), 1990, By Means of Performance: Intercultural Studies of Theatre and Ritual. Cambridge: Cambridge University Press. STOCKING, JR., George, 1992, The Etnhographer's Magic and Other Essays in the History of Anthropology, Madison/Wisconsin, The University of Wisconsin Press. TURNER Victor, 1988 [1987], The Anthropology of Performance. New York, PAJ Publications. APPADURAI, Arjun, [1996] 2004, Dimensões Culturais da Globalização, Lisboa, Teorema. INGOLD, Tim, 1994, Companion Encyclopedia of Anthropology, London, Routledge. KUPER, Adam, 1988, The Invention of Primitive Society - Transformations of an Illusion, London, Routledge. LEACH, Edmund, (1982) 1989, A Diversidade da Antropologia, Lisboa, Edições 70. AUGÉ, Marc & COLLEYN, Jean-Paul, (2004) 2005, A Antropologia, Lisboa: Edições 70. RIVIÈRE, Claude, [1995] 2000, Introdução à Antropologia, Lisboa, Edições 70.

8 MÓDULO III ALEKAN, H Des Lumieres et des Ombres. Paris, Librairie du Collectionneur BABLET, D. 1982, Adolphe Appia, : Actor/ Space/ Light - Exhibition Catalogue, Londres, Calder. BABLET, D; J. JAQUOT(Org). 1984, L Expressionisme dans le Theatre Européen, Paris, CNRS BARBER, Stephen. 1999, The Screaming Body, Antonin Artaud: Film Projects, Drawings and Sound Recordings. Creation Books. CAGE, J. 1961, Silence. Middletown, Wesleyan University. FLUSSER, V. 1998, Ensaio sobre a fotografia, para uma filosofia da técnica, Lisboa, Relógio de Água, HOWARD, Pamela. 2002, What is Scenography?, Routledge, London. KWON, Miwon. 2004, One Place after another, Site Specific-Art and Locational Identity. MIT, Cambridge. LISTA, Giovanni. 1989, La Scéne Futuriste, Paris,CNRS. MANCINI, Franco L Evoluzione dello Spazio Scenico, Dal Naturalismo al Teatro Epico, Bari, Dedalo. MELZER, Annabelle. Dada and Surrealist Performance, PAJ Books, 1994 PANOFSKI, E. 1993, A Perspectiva como forma simbólica, Lisboa, Edições 70. PAVIS, P A Análise dos Espetáculos. S. Paulo. Perspectiva. SVOBODA, Josef.1997(1990). I Segreti dello Spazio Teatrale, Milão, Ubulibri. UBERSFELD, A. Semiótica teatral. Madrid. Cátedra: UBERSFELD, Anne Reading Theatre (Toronto Studies in Semiotics), University of Toronto Press Módulo I & IV Appia, Adolphe. A obra de arte viva. Trad. De Redondo Júnior, Edição de Eugénia Vasques, Lisboa, Escola Superior de Teatro e Cinema, 2002, Cd-Rom. Escola Superior de Teatro e Cinema, Artaud, Antonin. O teatro e o seu duplo. Fenda Edições, Lda. 1996, Lisboa Artaud, Antonin (1998). The Secret Art of Antonin Artaud. MIT Press, Cambridge Massaschusetts. Artaud, Antonin (2004). OEuvres. Gallimard, Paris. Artaud, Antonin. O Teatro e o Seu duplo. Editorial, Minotauro, Lisboa. Barba, Eugénio (1993). Le canoe de papier. Bouffonneries nº Boal, Augusto (1998). Jogos para atores e não-atores. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro. Brecht, Bertolt (1999). L Art de comédien. L Arche, Paris Brook, Peter (1990). The Empty Space. Penguin Books, London. Chekhov, Michael ( 1995). L imagination créatrice de l acteur. Pygmalion/Gérard Watelet,

9 Paris. Chekhov, Michael (2002). To the actor. Routledge, London. Craig, Edward Gordon (1999). De l Art du Théâtre. Circé, France. Diderot (2000). Paradoxo sobre o comediante. Guimarães editores, Lisboa. Gourfinkel, Nina (1975). O Teatro Teatral. Arcádia Editora. Grotowski, Jerzy ( 1991). Towards a poor theatre. Methuen drama, London. Grotowski, Jerzi (1975). Para um teatro pobre. Trad. de Rosa Macedo e J. A. Osório Mateus. Editora Forja, Lisboa. Kantor, T. (1993). Les voies de la création théâtrale. CNRS Editions, Paris. Oida, Yoshi; Marshall, Lorna ( 1997). The Invisible actor. Methuen, London. Schechner, Richard and Wolford, Lisa (1997). The Grotowski Sourcebook. Worlds of Performance. A Routledge/TDR Series, New York. Schechner, Richard (2002). Performance Studies. Routledge, London. Schechner, Richard (2003). Performance theory. Routledge, New York. Stanislavisky, Constantin (1999). A criação de um papel. Civilização Brasileira, São Paulo. Stanislavisky, Constantin (2001). A construção da personagem. Editora Perspectiva, São Paulo Stanislavski, Constantin (1968). Building a character. Methuen, London. Stanislavski, Constantin (1980). An actor prepares. Methuen, London. Stanislavski, Constantin (1981). Creating a role. Methuen, London. Stanislavski, Constantin (1981). Stanislavski s legacy. Methuen, London. Stanislavski, Constantin (2001). My Life is Art. Methuen. Stanislavski, Konstantin (1979). Preparação do Actor. Arcádia, Lisboa. Stanislavski, Konstantin. A preparação do Actor. Editora Arcádia, Lisboa. Stanislavsky, K. ( 1967). Stanislavsky on the art of stage. Faber and Faber, London. Strasberg, Lee ( 1987). A dream of passion. Plume/Penguin, London. Recursos Físicos: Sala FO 17 Distribuição de horas totais de trabalho em 20 semanas por conteúdos programáticos e por métodos pedagógicos Esta distribuição está relacionada com a organização do respectivo horário.

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