Notas sobre Mecânica Clássica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Notas sobre Mecânica Clássica"

Transcrição

1 Notas sobre Mecânica Clássica Hildeberto Eulalio Cabral 1 Cinemática do corpo rígido Em mecânica clássica, um corpo rígido é um sistema de pontos materiais cuas distâncias entre dois quaisquer deles mantem-se inalterada. Esta é uma idealização pois na natureza não existe nenhum corpo que sea absolutamente rígido, todos sofrem alguma deformação quando se exerce sobre eles grandes pressões ou tensões. Tomemos um ponto O no corpo, chamando-o de polo. Fixemos um sistema de coordenadas Oxyz, com origem em O e cuos eixos são firmemente ligados ao corpo de modo que sob um movimento qualquer do corpo os seus pontos não se movem em relação a este sistema de coordenadas. Fixemos no espaço um sistema absoluto de coordenadas inerciais O a XY Z. O movimento do corpo rígido fica completamente determinado pelo movimento do polo O e pela posição, em cada instante, do sistema de coordenadas Oxyz em relação aos eixos dos sistema absoluto. Esta posição relativa dos dois sistemas de coordenadas é caracterizada pela matriz ortogonal A que leva os vetores unitários E X, E Y, E Z dos eixos do sistema fixo O a XY Z nos vetores unitários e x, e y, e z dos eixos do sistema móvel Oxyz. Se P é um ponto do corpo, denotemos por r o vetor das coordenadas de OP no sistema absoluto e por ρ o vetor das coordenadas de OP nos sistema móvel, isto é, r = r 1 E X +r 2 E Y +r 3 E Z = OP = ρ 1 e x +ρ 2 e y +ρ 3 e z, logo, ρ = ρ 1 E X + ρ 2 E Y + ρ 3 E Z. Então, Ao longo do movimento do corpo temos ρ = 0, de modo que r = A ρ. (1.1) ṙ = A ρ = Σr, onde Σ = AA 1. Esta matriz é anti-simétrica, pois derivando a identidade AA T = I, obtemos AA T + AA T = 0 ou sea Σ + Σ T = 0. Representando Σ na forma Σ = 0 ω 3 ω 2 ω 3 0 ω 1 (1.2) ω 2 ω 1 0 e tomando ω 1, ω 2, ω 3 como as componentes de um vetor ω no sistema de coordenadas O a XY Z, verificamos que Ar = ω r, produto vetorial de ω por r. Portanto, a velocidade 1

2 do vetor r é dada por ṙ = ω r. (1.3) Se R é o vetor-posição do ponto P do corpo e R O o do polo, então temos R = R O + r de modo que Ṙ = ṘO + ω r, (1.4) ou sea a velocidade do ponto P do corpo, v = Ṙ, e a do polo, v O = ṘO, satisfazem a relação v = v O + ω r. (1.5) O vetor ω é intrínseco ao movimento do corpo rígido, não dependendo nem do polo O nem do sistema de coordenadas Oxyz fixado no corpo. De fato, tomemos outro polo Õ e outro sistema de coordenadas Õ xỹ z fixados no corpo. Então, temos R = RÕ + r e outra matriz Σ = ÃÃ 1 que nos dá o vetor ω. A velocidade de cada ponto P do corpo obedece então à equação v = võ + ω r. Tomando em (1.5) o ponto P como o polo Õ temos v Õ = v O + ω OÕ e como OÕ = r r, obtemos da equação anterior Desta equação e de (1.5) segue-se que v = v O + ω ( r r) + ω r. ( ω ω) r = 0. Daqui vemos que se o corpo não se reduzir a um comunto de ponto contidos em uma reta que passe por Õ, podemos obter dois vetores r não paralelos entre si e isto implicará que ω = ω. O vetor ω é chamado a velocidade angular instantânea do corpo rígido. Se um corpo rígido está se movendo de modo que todos os seus pontos têm a mesma velocidade, dizemos que este é um movimento de translação. Se num certo instante todos os seus pontos têm a mesma velocidade dizemos que ele está em uma translação instantânea. Por (1.5) é claro que neste instante a velocidadde angular é nula. Se na translação instantânea a velodidade é nula dizemos que o corpo está em estado de repouso instantâneo. Se existe uma reta fixa que passa por um dos pontos do corpo rígido e todos os pontos deste que estão sobre a reta têm velocidade nula, dizemos que ele executa um movimento de rotação em torno desta reta, a qual denominamos eixo de rotação do movimento. Neste caso o vetor velocidade angular tem direção fixa, a do eixo de rotação. Se o corpo não está em movimento de translação e num certo instante existe um de seus pontos com velocidade nula, então tomando este ponto O como o polo vemos de (1.5) que neste instante todos os pontos do corpo sobre a reta X = O + λω têm velocidade nula. Dizemos que esta reta é o eixo instantâneo de rotação do corpo. Se B : R 3 R 3 é uma transformação ortogonal com determinante igual a +1, então B tem um autovetor real com autovalor igual a 1. De fato, como B T B = I, temos det (B I) = det B T det (B I) = det (I B T ) = ( 1) 3 det (B I), logo, det (B I) = 0 e, assim, 1 é um autovalor de B. 2

3 Como B é real e B I é singular, existe um vetor não-nulo x R 3 tal que Bx = x. Sea e 3 um autovetor unitário de B associado ao autovalor 1 e complete-o para uma base ortonormal de R 3, e 1, e 2, e 3. Então, o subespaço E gerado por e 1, e 2 é invariante por B, pois para = 1, 2, temos Be, e 3 = e, Be 3 = e, e 3 = 0. Assim, B E : E E é uma rotação, pois para algum ângulo α e 3 a Be 1 e 2 Be 1 = cos αe 1 + sin αe 2, Be 2 = sin αe 1 + cos αe 2. e 1 A matriz de B nesta base é [B] = cos α sin α 0 sin α cos α O eixo definido pelo vetor e 3 é o eixo de rotação da matriz de rotação B: todos os pontos deste eixo ficam invariantes por B, Bx = x. Sea agora A : R 3 R 3 o operador linear definido na base E X, E Y, E Z pela matriz de transição A(t) desta base para a base do referencial móvel e x, e y, e z. Este operador tem um eixo instantâneo de rotação cua direção é dada por um autovetor v(t) do autovalor 1. Por outro lado, o corpo rígido ao qual está fixo o referencial tem um eixo instantâneo de rotação, em tôrno do qual o corpo gira com a velocidade angular instantânea ω(t). Ora, a direção do eixo instantâneo de rotação do corpo rígido, como vimos, não depende do particular referencial que se fixe no corpo, enquanto a matriz de rotação A(t) depende. Isto sugere que os dois eixos instantâneos de rotação não têm a mesma direção, isto é, que ω não é um autovetor de A(t) associado ao autovalor 1. Isto só ocorre se a rotação do corpo for estacionária. De fato, derivando Aω = ω, temos Aω + A ω = ω e como ω = A 1 ω, temos Ȧω = Σω = ω ω = 0. Portanto, A ω = ω, logo, ω = µω, o que implica que logo ω tem direção fixa. d ( ω ) = dt ω. ω ( ω ω) ω 3 = 0, Para construir um exemplo explícito em que v(t) e ω(t) são linearmente independentes, tomemos uma matriz anti-simétrica Σ(t) em (1.2) e consideremos a matriz de rotação ( t R(t) = exp 0 ) Σ(s) ds. Então, ṘR 1 = Σ e denotando por ω R o vetor de velocidade angular instantânea correspondente, temos ω R = ω. Mas, v R = ( ω 1, ω 2, ω 3 ) é um autovetor de t Σ(s) ds 0 correspondente ao autovalor 0, logo, R(t)v R (t) = v R (t). Os v R (t) e ω R (t) são em geral linearmente independentes. Para um caso particular disto tome ω = (1, 2t, 3t 2 ), então v = (t, t 2, t 3 ). Movimentos absolutos e relativos 3

4 Consideremos um sistema de coordenadas inercial fixo, O a XY Z e outro sistema de coordenadas Oxyz que se move no espaço. Consideremos um ponto P que se move no espaço. Este ponto apresenta dois movimentos, um em relação ao sistema fixo, chamado de movimento absoluto e outro em relação ao sistema móvel, chamado movimento relativo. O movimento do referencial Oxyz em relação ao referencial fixo O a XY Z é chamado de movimento de transferência. Vendo o sistema móvel como se estivesse associado a um corpo rígido, o referencial móvel e x, e y, e z executa uma rotação instantânea com velocidade angular ω. Se R é o vetor-posição do ponto P no sistema absoluto e R O o da origem do sistema móvel, então estes vetores se relacionam com o vetor r das coordenadas de OP nos sistema fixo pela equação R = R O +r. Por outro lado, r se relaciona com o vetor ρ das coordenadas de OP no sistema móvel através da matriz de transição, A, das duas bases pela equação (1.1), só que agora o vetor ρ não é constante. Assim, derivando (1.1) obtemos ṙ = Aρ + A ρ = ω r + A ρ. O vetor v r = A ρ é chamado velocidade relativa do ponto P. Ele e os outros dois vetores, ṙ e ω r, são dados no sistema absoluto de coordenadas O a XY Z. Derivando a igualdade R = R O + r, encontramos v = v O + ω r + v r. Conforme a equação (1.5) o vetor v t = v O + ω r é a velocidade que o ponto P teria caso ele se movesse de modo a constituir com o sistema Oxyz um corpo rígido. Este vetor é chamado de velocidade de transferência do ponto P e assim temos a fórmula de decomposição de velocidades: Proposição 1.1 Entre as velocidades absoluta, relativa e de transferência v a, v r, v t de um ponto P sempre vale a relação v a = v t + v r. (1.6) Neste ponto é apropriado introduzir as noções de derivada absoluta e derivada relativa de uma função vetorial que serão usadas muitas vezes no futuro. Consideremos, como acima, dois sistemas de coordenadas, um fixo O a XY Z e outro móvel, Oxyz. Consideremos agora uma grandeza vetorial que depende do tempo, F(t), representada pelo segmento OP. Denotemo-la por U quando referenciada ao sistema absoluto e por u quando referenciada ao sistema móvel. Então U = Au, onde A é a matriz de transição das bases dos dois sistemas. Derivando em relação ao tempo, obtemos U = ω U + A u. Denotamos por df dt o vetor U e o chamamos de derivada absoluta de F(t) e por df dt o vetor A u e o chamamos de derivada relativa de F(t). Estes vetores são dados no sistema absoluto de coordenadas. Assim, temos o seguinte resultado: Proposição 1.2 As derivadas absoluta e relativa da função vetorial F(t) são vinculadas pela relação df dt = df + ω F. (1.7) dt 4

5 Por exemplo, uma equação dinâmica df = R a, resultante da aplicação de leis da dt mecânica num sistema inercial, será escrita na forma df dt + ω F = R a. Se as expressões de F, ω e R a no sistema móvel Oxyz são f, ω m e R, então F = Af, ω = Aω m e R a = AR, de modo que usando a identidade A ( ω m f ) = Aω m Af obtemos a equação df dt + ω m f = R. (1.8) 2 Ângulos de Euler. Equações cinemáticas de Euler Tomemos novamente um sistema de coordenadas fixo, O a XY Z e outro sistema de coordenadas Oxyz que se move no espaço. Consideremos o sistema OXY Z obtido do sistema fixo por translação para o ponto O. Seam E X, E Y, E Z os vetores unitários dos eixos do sistema OXY Z e e x, e y, e z os vetores unitários dos eixos do sistema Oxyz. Para descrever o referencial do sistema móvel em termos do referencial do sistema fixo, usamos os ângulos de Euler, assim definidos: consideramos a linha dos nodos que é a reta interseção do plano Oxy com o plano OXY e denotamos por e N o vetor unitário de sua direção, no sentido do vetor E Z e z. Denotamos por ψ o ângulo de e x com e N, chamado o ângulo de precessão. Denotamos por θ o ângulo que E Z faz com e z, chamado o ângulo de nutação. Finalmente, consideramos o ângulo que e N faz com e x, chamado ângulo de rotação própria. X z y q O y N Z f x y Y Aqui ψ é o ângulo de uma rotação em torno do eixo OZ que leva o eixo OX no eixo ON, no sentido anti-horário, θ é o ângulo de uma rotação em torno do eixo ON que leva o eixo OZ no eixo Oz, no sentido anti-horário e ϕ é o ângulo de uma rotação em torno do eixo Oz que leva o eixo ON no eixo Ox, no sentido anti-horário. A composição destas três rotações leva o referencial E X, E Y, E Z do sistema OXY Z no referencial e x, e y, e z do sistema Oxyz. Os ângulos ψ, θ, ϕ são chamados os ângulos de Euler. Note que a proeção do eixo Oz sobre o plano OXY faz com o eixo OY um ângulo igual a ψ. Assim obtemos a seguinte espressão de e z na base E X, E Y, E Z : Evidentemente, temos e z = sin θ sin ψ E X sin θ cos ψ E Y + cos θ E Z. e N = cos ψ E X + sin ψ E Y, de modo que o vetor e N = e z e N, no plano Oxy, tem a seguinte expressão e N = cos θ sin ψ E X + cos θ cos ψ E Y + sin θ E Z. 5

6 Como e x = cos ϕ e N + sin ϕ e N e e y = sin ϕ e N + cos ϕ e N, obtemos imediatamente os vetores e x e e y como combinação linear da base E X, E Y, E Z : e x = (cos ϕ cos ψ sin ϕ cos θ sin ψ)e X + (cos ϕ sin ψ + sin ϕ cos θ cos ψ) E Y + sin θ sin ϕ E Z, e y = ( sin ϕ cos ψ cos ϕ cos θ sin ψ) E X + ( sin ϕ sin ψ + cos ϕ cos θ cos ψ) E Y + sin θ cos ϕ E Z. Portanto, a matriz de transição da base E X, E Y, E Z para a base e x, e y, e z é A = cos ϕ cos ψ sin ϕ cos θ sin ψ sin ϕ cos ψ cos ϕ cos θ sin ψ sin θ sin ψ cos ϕ sin ψ + sin ϕ cos θ cos ψ sin ϕ sin ψ + cos ϕ cos θ cos ψ sin θ cos ψ sin θ sin ϕ sin θ cos ϕ cos θ (2.1) Composição de rotações com eixos concorrentes Consideremos dois sistemas de coordenadas móveis com a mesma origem O, Ox 1 y 1 z 1 e Ox 2 y 2 z 2, o primeiro girando em relação a um sistema absoluto de coordenadas com velocidade angulare ω 1 e s segundo girando em relação primeiro com uma velocidade angular ω 2. Qual a velocidade angular do movimento composto pelos movimentos dos dois sistemas? Tomemos um ponto P fixo em relação sistema Ox 2 y 2 z 2. Então, por (1.6) a decomposição de velocidades, usando o sistema Ox 1 y 1 z 1 é dada por v a = v t + v r. w 1 O P w 2 Mas, v t = v O + ω 1 OP e como o segundo sistema gira em relação ao primeiro temos v r = ω 2 OP. Por outro lado, se a velocidade angular do movimento composto é Ω, temos v a = v O + Ω OP. Por conseguinte, obtemos Ω OP = (ω 1 + ω 2 ) OP. Como P é um ponto arbitrário, obtemos Ω = ω 1 + ω 2. Se tivermos três sistemas de coordenadas com a mesma origem O e velocidades angulares ω 1, ω 2 e ω 3, combinando ω 1 + ω 2 com ω 3 concluimos que a velocidade angular da composição dos movimentos é Ω = ω 1 + ω 2 + ω 3 e isto vale para um número qualquer de rotações com eixos concorrentes temos Ω = ω 1 + ω ω n. 6

7 O que acabamos de ver pode ser aplicado na obtenção das equações que dão as componentes da velocidade angular de um corpo rígido em termos dos ângulos de Euler. A figura seguinte basicamente é aquela que ilustra a definição dos ângulos de Euler, porém destacando as rotações em torno dos eixos OZ, ON e Oz. Desta figura obtemos imediatamente as componentes das três rotações R ψ, R θ e R ϕ em torno dos eixos mencionados. Para obter as componentes das velocidades angulares destas rotações em relação ao referencial móvel e x, e y, e z, convém notar inicialmente que a proeção da velocidade angular ω ψ sobre o plano Oxy tem componentes ( ψ sin θ sin ϕ, ψ sin θ cos ϕ, 0). X z f q y q N Z y f f x y Y As três rotações têm portanto velocidades angulares com as seguintes componentes na base e x, e y, e z : ω ϕ = (0, 0, ϕ) ω θ = ( θ cos ϕ, θ sin ϕ, 0) ω ψ = ( ψ sin θ sin ϕ, ψ sin θ cos ϕ, ψ cos θ). Concluimos que a velocidade angular ω do referencial e x, e y, e z, que é dada por ω = ω ψ + ω ϕ + ω θ, tem neste referencial as componentes p, q, r dadas por p = ψ sin θ sin ϕ + θ cos ϕ q = ψ sin θ cos ϕ θ sin ϕ (2.2) r = ψ cos θ + ϕ. Estas são chamadas equações cinemáticas de Euler. 3 Geometria das massas. O tensor de inércia Consideremos um sistema de massas m 1,..., m N localizadas pelos vetores-posição r 1,..., r N em um sistema de coordenadas Oxyz. O centro de massa do sistema é o ponto C do espaço, definido pelo raio-vetor r C = 1 m r, (3.1) M =1 onde M = m m N é a massa total do sistema. Consideremos um eixo definido pelo vetor unitário u. O momento de inércia do sistema relativamente a este eixo é definido por J u = m ρ 2, (3.2) =1 7

8 onde ρ é a distância do ponto P ao eixo u. Quando o corpo é formado por uma distribuição contínua de massa sobre uma região R do espaço, a definição é: J u = ρ 2 dm. R Denotando por J x, J y, J z os momentos de inércia do sistema de massas em relação aos eixos coordenados Ox, Oy, Oz temos (aqui tomamos o corpo definido por um continuo de massa ocupando uma região R) J x = (y 2 + z 2 )dm, J y = (z 2 + x 2 )dm, J z = (x 2 + y 2 )dm. (3.3) R R R Definimos também os produtos de inércia pelas igualdades J xy = xy dm, J xz = xz dm, J yz = R R R yz dm. (3.4) Denotemos por α, β, γ os co-senos diretores da direção u, isto é, os co-senos dos ângulos que o eixo u faz com os eixos coordenados Ox, Oy, Oz. Como ρ 2 = ρ 2 (ρ bfu) 2, temos J u = = m ρ 2 = m [(x 2 + y 2 + z 2 ) (x α + y β + z γ) 2 ] = =1 =1 m [(1 α 2 )x 2 + (1 β 2 )y 2 + (1 γ 2 )z 2 2αβx y 2αγx z 2βγy z ]. =1 Usando a iqualdade α 2 + β 2 + γ 2 = 1, mudamos os coeficientes 1 α 2, 1 β 2, 1 γ 2 respectivamente para β 2 + γ 2, α 2 + γ 2, α 2 + β 2 e coletamos os termos semelhantes na expressão dentro dos colchetes. Obtemos J u = J x α 2 + J y β 2 + J z γ 2 2J xy αβ 2J xz αγ 2J yz βγ, (3.5) onde foi introduzida a notação (compare com (3.3) e (3.4)) J x = m (y 2 + z 2 ), J y = =1 m (z 2 + x 2 ), J z = =1 m (x 2 + y 2 ) (3.6) =1 J xy = m x y, xz = =1 m x z, J yz = =1 m y z. (3.7) =1 Como o vetor u tem componentes α, β, γ, a equação (3.5) pode ser escrita na forma J u = u T Ju, (3.8) onde J é a matriz simétrica J = J x J xy J xz J xy J y J yz J xz J yz J z. (3.9) 8

9 A forma quadrática associada à forma bilinear simétrica cua matriz na base canônica é a matriz J é chamada o tensor de inércia do sistema de pontos materiais. Suponha que o sistema de pontos materiais é tal que J u 0, para toda direção u. Sea P (x, y, z) o ponto ao longo da semi-reta definida pelo eixo u que está a uma distância do ponto O igual a 1/ J u. Então, OP = 1 Ju u, donde α = J u x, β = J u y, γ = J u z. Substituindo estes valores de α, β, γ na equação (3.5) e cancelando o fator J u, vemos que as coordenadas de P satisfazem à equação J x x 2 + J y y 2 + J z z 2 2J xy xy 2J xz xz 2J yz yz = 1. (3.10) Os coeficientes J x, J y,... nesta equação são constantes que dependem somente da geometria do sistema de massas. Esta equação representa portanto uma quádrica em R 3, chamada de elipsóide de inércia do sistema de pontos materiais, relativamente ao ponto O. Normalmente, esta de fato é um elipsóide mas em casos especiais pode ser um cilindro, por exemplo, se o sistema de massas está distribuido sobre uma reta, um dos momentos de inércia é nulo e a quádrica é um cilindro. Se o ponto O é o centro de massa do sistema, dizemos que (3.10) é o elipsóide central de inércia do sistema material. Como para toda matriz real simétrica existe uma base ortonormal de autovetores, seam e 1, e 2, e 3 autovetores ortonormais de J com os autovalores I 1, I 2, I 3, respectivamente. Então, Je = I e, logo se x = OP = x 1 e 1 + x 2 e 2 + x 3 e 3, temos x T Jx = I 1 x I 2 x I 3 x 2 3, e a equação (3.10) é escrita na forma I 1 x I 2 x I 3 x 2 3 = 1. (3.11) Daqui vê-se claramente que se I 1 > 0, I 2 > 0 e I 3 > 0, então a quádrica (3.10) é de fato um elipsóide com semi-eixos 1 1 1,,, (3.12) I1 I2 I3 e se um dos autovalores é nulo, a quádrica é um cilindro. Os autovetores e 1, e 2, e 3 do tensor J são chamados eixos principais de inércia do sistema material e os autovalores I 1, I 2, I 3 são os momentos principais de inércia. Note que I = e T Je e (3.8) mostra que os autovalores I 1, I 2, I 3 são de fato os momentos de inércia do sistema material relativamente aos eixos principais de inércia. Se o ponto O é o centro de massa do sistema material acrescentamos a esta terminologia o adetivo central, assim, por exemplo falamos em elipsóide central de inércia, eixos centrais principais de inércia, etc; claro que neste caso não precisamos fazer referência ao ponto O. Observemos que, por (3.12), os semieixos do elipsóide de inércia são inversamente proporcionais às raízes quadradas do momento de inércia. Assim, a forma do corpo é refletida na de seu elipsóide de inércia: um corpo alongado em uma dada direção tem um elipsóide de inércia também alongado naquela direção. 9

10 Note que se em algum sistema de coordenadas Oxyz, dois dos produtos de inércia são nulos, digamos J xz = J yz = 0, então o eixo Oz é um eixo principal de inércia para o elipsóide de inércia relativo ao ponto O. De fato, da matriz (3.9) vemos que a terceira coluna é um autovetor do tensor de inércia, logo, o eixo Oz é um eixo principal de inércia. Para nos mantermos com a notação do livro do Markeev, denotemos os autovalores I 1, I 2, I 3 por A, B, C. Das igualdades A = m (y 2 + z 2 ), B = m (x 2 + z 2 ), C = m (x 2 + y 2 ) vemos imediatamente que A, B, C satisfazem às desigualdades triangulares A + B C, A + C B, B + C A. (3.13) Mas, podemos melhorar esta afirmação, considerando a igualdade A + B = m (x 2 + y 2 ) + 2 m z 2 = C + 2 m z 2, que não somente estabelece a primeira desigualdade em (3.13) mas também mostra que o sinal de igualdade nela ocorre se e somente se z = 0, para todo, isto é, os pontos materiais estão todos no plano z = 0. Conclusão semelhante evidentemente vale para as outras duas desigualdades em (3.13). Introduzindo os parâmetros θ A = A, θ B C = C as desigualdades triangulares (3.13) tomam B a forma θ A + 1 θ C, θ A + θ C 1, 1 + θ C θ A. (3.14) Estas desigualdades nos permitem dar uma interpretação geométrica para a região dos valores admissíveis dos parâmetros θ A e θ C. Esta é a região hachuriada na figura abaixo. Ela é uma faixa infinita entre as retas paralelas θ A +1 = θ C, 1+θ C = θ A que se estende C q para a direita e acima da reta θ A + θ C = 1. As partes da fronteira da região nas retas θ A + 1 = θ C, θ A + θ C = 1 e 1 + θ C = θ A correspondem aos sistemas de pontos materiais que estão respectivamente nos planos Oxy, Oxz and Oyz. Na figura, o ponto (1, 0), o 1 ponto (0, 1) e os pontos infinitamente afastados das retas θ A + 1 = θ C, 1 + θ C = θ A correspondem aos sistemas de pontos materiais que estão respectivamente nos eixos Oz, 0 q A Ox e Oy. q A + q C = 1 + qa 1= qc 4 As quantidades dinâmicas básicas da Mecânica Clássica 1+ q C = q A São três as quantidades básicas da Mecânica, sob o aspecto dinâmico: quantidade de movimento, momento cinético e energia cinética. Quantidade de movimento (produto de massa por velocidade). 10

11 Para um sistema de massas m com velocidades v a quantidade de movimento do sistema é definida por Q = m v. (4.1) Momento cinético (ou momento da quantidade de movimento), também chamado de momento angular. O momento cinético em relação a um ponto A do espaço é definido por K A = r (m v ), (4.2) onde r é o vetor-posição do ponto de massa massa m, em relação ao ponto A, e v é a velocidade deste ponto. Energia cinética, a quantidade dupla era classicamente chamada de vis viva, a força viva. A energia cinética de um sistema de massas m com velocidades v é definida por Propriedades T = 1 2 m v 2. (4.3) 1. Se M = m é a massa total do sistema, a quantidade de movimento é dada por onde v C é a velocidade do centro de massa definido em (3.1). De fato, Q = Mv C, (4.4) v C = 1 m ṙ = 1 m v = 1 M M M Q. 2. Para qualquer outro ponto B do espaço, temos a seguinte relação entre os momentos cinéticos relativamante aos pontos A e B: K B = K A + BA Q. (4.5) Em particular, para um ponto arbitrário O do espaço e o centro de massa, C, temos De fato, como r B = r A + BA, temos K O = K C + OC Q. (4.6) K B = r B (m v ) = ( ra + BA) (m v ) = K A + BA Q. Fixado um sistema inercial, um sistema de König é um sistema de coordenadas com origem no centro de massa e eixos paralelos aos do sistema inercial. Chamamos de momento cinético relativo o momento cinético em relação ao sistema de König. 11

12 Observemos que em um sistema de König, a velocidade de transferência de um ponto é igual à velocidade do centro de massa. Segue-se que: 3. O momento cinético com respeito ao centro de massa é o mesmo quer sea dado no sistema absoluto ou no sistema de König, isto é, De fato como por (1.6) v = v C + v r, temos K C = K C = K Cr. (4.7) ( ) r m vc + v r = r ( ) m v r = KCr, pois m r = 0, uma vez que C é a origem do sistema de König. ( ) 4. Teorema de König onde T C é a energia cinética relativamente ao centro de massa T = 1 2 M v C 2 + T C, (4.8) T C = 1 m v r 2. 2 De fato, considerando um sistema de König, temos v e = v C, logo v = v C + v r, donde T = 1 m v 2 = 1 ( m v C 2 + 2v C v r + v r ), e daqui resulta a igualdade (4.8) á que m v r = 0, pois C é a origem do sistema de König. Momento cinético e energia cinética de um corpo rígido Consideremos um corpo rígido movendo-se em torno de um ponto fixo O. Vamos encontrar as expressões de seu momento cinético K O e de sua energia cinética T. Teorema 4.1 Sea O o ponto estacionário do corpo rígido e sea ω a sua velocidade angular instantânea. Sea J o tensor de inércia do corpo relativo ao ponto O. Então: K O = Jω. (4.9) Prova Como v O = 0, a velocidade do ponto P do corpo é dada por v = ω r, donde usando a identidade vetorial a (b c) = (a c) b (a b) c, temos K O = r ( m (ω r ) ) = m [ r 2 ω ( r ω ) r ]. No sistema de coordenadas Oxyz, firmemente fixado no corpo, seam p, q, r as coordenadas de ω e x, y, z aquelas do vetor-posição OP. Então, o colchete na expressão de K O toma a forma (x 2 + y 2 + z 2 )(p, q, r) (px + qy + rz )(x, y, z ) = 12

13 = ( y 2 + z 2 )p x y q x z r, x y p + (x 2 + z 2 )q y z r, x z p y z q + (x 2 + y 2 )r ). Vemos da expressão acima para K O que K O = J xp J xy q J xz r J xy p + J y q J xz r = J ω. J xz p J yz q + J z r QED Corolário Se os eixos do sistema firmemente ligado ao corpo são paralelos aos eixos principais de inércia, então J xy = J xz = J yz = 0, logo, K Ox = Ap, K Oy = Bq, K Oz = Cr, onde A, B, C são os momentos principais de inércia do corpo rígido. Se o corpo rígido gira em torno de um eixo estacionário, digamos o eixo Oz, então p = q = 0 e temos K Ox = J xz r, K Oy = J yz r, K Oz = J z r. Vemos que a direção do eixo estacionário não coincide com a do momento cinético do corpo a não ser no caso em que o eixo estacionário sea um dos eixos principais de inércia. Teorema 4.2 Sea O o ponto estacionário do corpo rígido e sea ω a sua velocidade angular. Sea J o tensor de inércia do corpo relativo ao ponto O. Então, a energia cinética do corpo é dada por T = 1 2 ωt Jω = 1 2( ω Jω ). (4.10) Prova Como no teorema anterior, temos v = ω r, donde 2T = m ω r 2 = [ m ω 2 r 2 ( ) 2 ] ω r = m [ (p 2 + q 2 + r 2 )(x 2 + y 2 + z 2 ) (px + qy + rz ) 2 = J x p 2 + J y q 2 + J z r 2 2J xy pq 2J xz pr 2J yz qr = ω Jω. QED Usando a igualdade (4.9), obtemos deste teorema o seguinte resultado: Corolário Em termos do momento cinético, a energia cinética do corpo rígido movendo-se em torno do ponto estacionário O é dada por T = 1 2( KO ω ). (4.11) Se o sistema de coordenadas tem eixos paralelos aos eixos principais de inércia e p, q, r são as componentes da velocidade angular ω neste sistema, então por (4.11) temos onde A, B, C são os momentos principais de inércia. T = 1 2( Ap 2 + Bq 2 + Cr 2 ), (4.12) 13

14 5 Leis dinâmicas: taxas de variação das grandezas básicas Nesta seção vamos obter as taxas de variação em relação ao tempo das grandezas dinâmicas fundamentais da mecânica. Variação da quantidade de movimento. Teorema 5.1 A taxa de variação no tempo da quantidade de movimento é igual à resultante de todas as forças externas atuando no sistema material, dq dt = R(e). (5.1) Prova Isto decorre da segunda lei de Newton, força = massa x aceleração, e sua terceira lei, a lei da ação e reação. De fato, pela segunda lei de Newton, temos m v = F (e) + F (i) onde F (e) é a resultante das forças externas e F (i) = k F (i) k é a resultante das forças internas atuando sobre a massa m. Agora para a soma das forças internas, temos F (i) = ( (i) F k + F (i) ) k = 0, <k pois, pela terceira lei de Newton, F (i) k dq dt = (i) = F. Por conseguinte, m v = k m F (e) = R (e). QED Assim, se a resultante das forças externas for nula, a quantidade de movimento é constante. Por (4.4), se a resultante das forças externas for nula, o centro de massa descreve um movimento retilíneo e uniforme. Variação do momento cinético. O teorema seguinte dá a taxa de variação do momento cinético K A em relação a um ponto A do espaço, o qual pode estar fixo ou se movendo ao longo de uma traetória arbitrária. Teorema 5.2 A taxa de variação do momento cinético de um sistema material com centro de massa C e massa total M é dada por: dk A dt = Mv C v A + M (e) A, (5.2) onde M (e) A é o momento total das forças externas que atuam sobre o sistema, relativamente ao ponto A. Prova Seam r o vetor-posição da massa m e r A o vetor-posição do ponto A, em relação a um sistema inercial fixo. Sea ρ = r r A. Então, K A = ρ ( m v ), donde dk A dt = = dρ dt ( ) m v + ρ ( m v ) ( dr dt dr ) A ( ) m v + ρ dt ( F (e) 14 + F (i) ),

15 onde F (i) = k F (i) k é a resultante das forças internas atuando sobre a massa m. A primeira soma se reduz a v A m v = Mv C v A e a segunda se reduz ao momento total das forças externas relativamente ao ponto A, M (e) A total das forças internas é nulo. De fato, M (i) A = ρ F (i) = <k ( ρ F (i) k + ρ k F (i) k = ρ F (e) ) = <k, por que o momento ( ρ ρ k ) F (i) k = 0, pois a força F (i) k atua na direção da reta que liga as massas m e m k. Portanto, dk A dt = Mv C v A + M (e) A. QED Na aplicação deste teorema a um corpo rígido em que o polo escolhido move-se no espaço, é necessário que tenhamos uma expressao para o momento cinético K O correspondente à expressão (4.9) para um polo estacionário. Teorema 5.3 Sea O o polo escolhido no corpo rígido e sea ω a velocidade angular instantânea deste. Sea J o tensor de inércia do corpo relativo ao ponto O. Então: K O = mr C v 0 + Jω, (5.3) onde m é a massa do corpo e r C é o vetor-posição do centro de massa. Prova Como, agora, a velocidade do ponto P do corpo é dada por v = v O +ω r, temos K O = r [m (v O + ω r ))] ( ) = m r v O + r ( m (ω r ) ) = mr C v O + m [ r 2 ω ( r ω ) r ]. Daqui por diante a demonstração segue exatamente como a do Teorema 4.2. QED Agora, vamos ver o teorema sobre a variação da energia cinética. Variação da energia cinética. References [1] A. P. Markeev, Theoretical Mechanics (in Russian), R&C Dynamics, Moscow-Izhevsk,

Equação Geral do Segundo Grau em R 2

Equação Geral do Segundo Grau em R 2 8 Equação Geral do Segundo Grau em R Sumário 8.1 Introdução....................... 8. Autovalores e autovetores de uma matriz real 8.3 Rotação dos Eixos Coordenados........... 5 8.4 Formas Quadráticas..................

Leia mais

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial 178 Capítulo 10 Equação da reta e do plano no espaço 1. Equações paramétricas da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Leia mais

1 Vetores no Plano e no Espaço

1 Vetores no Plano e no Espaço 1 Vetores no Plano e no Espaço Definimos as componentes de um vetor no espaço de forma análoga a que fizemos com vetores no plano. Vamos inicialmente introduzir um sistema de coordenadas retangulares no

Leia mais

MOVIMENTO ROTACIONAL E MOMENTO DE INÉRCIA

MOVIMENTO ROTACIONAL E MOMENTO DE INÉRCIA MOVIMENTO ROTACIONAL E MOMENTO DE INÉRCIA 1.0 Definições Posição angular: utiliza-se uma medida de ângulo a partir de uma direção de referência. É conveniente representar a posição da partícula com suas

Leia mais

Equações do Movimento

Equações do Movimento Equações do Movimento João Oliveira Estabilidade de Voo, Eng. Aeroespacial 1 Ângulos de Euler 1.1 Referenciais Referenciais: fixo na Terra e do avião (Ox E y E z E ) : referencial «inercial», fixo na Terra;

Leia mais

23 e 24. Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3. Sumário

23 e 24. Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3. Sumário 23 e 24 Forma Quadrática e Equação do Segundo Grau em R 3 Sumário 23.1 Introdução....................... 2 23.2 Autovalores e Autovetores de uma matriz 3 3.. 2 23.3 Mudança de Coordenadas no Espaço........

Leia mais

Equações do Movimento

Equações do Movimento Equações do Movimento João Oliveira Departamento de Engenharia Mecânica Área Científica de Mecânica Aplicada e Aeroespacial Instituto Superior Técnico Estabilidade de Voo, Eng. Aeroespacial João Oliveira

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis

Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis Diagonalização Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis Nosso objetivo neste capítulo é estudar aquelas transformações lineares de R n para as quais existe pelo menos uma base em que elas são representadas

Leia mais

Disciplina de Mecânica Geral II. CINEMÁTICA e DINÂMICA de CORPOS RÍGIDOS

Disciplina de Mecânica Geral II. CINEMÁTICA e DINÂMICA de CORPOS RÍGIDOS isciplina de Mecânica Geral II CINEMÁTIC e INÂMIC de CORPOS RÍGIOS CINEMÁTIC é o estudo da geometria em movimento, utilizada para relacionar as grandezas de deslocamento, velocidade, aceleração e tempo.

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

CAPÍTULO 9 CINEMÁTICA DO MOVIMENTO ESPACIAL DE CORPOS RÍGIDOS

CAPÍTULO 9 CINEMÁTICA DO MOVIMENTO ESPACIAL DE CORPOS RÍGIDOS 82 CPÍTULO 9 CINEMÁTIC DO MOVIMENTO ESPCIL DE CORPOS RÍGIDOS O estudo da dinâmica do corpo rígido requer o conhecimento da aceleração do centro de massa e das características cinemáticas do corpo denominadas

Leia mais

Notas de aula resumo de mecânica. Prof. Robinson RESUMO DE MECÂNICA

Notas de aula resumo de mecânica. Prof. Robinson RESUMO DE MECÂNICA RESUMO DE MECÂNICA Ano 2014 1 1. DINÂMICA DE UMA PARTÍCULA 1.1. O referencial inercial. O referencial inercial é um sistema de referência que está em repouso ou movimento retilíneo uniforme ao espaço absoluto.

Leia mais

Corpos Rígidos MOMENTO ANGULAR. Mecânica II (FIS-26) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá IEFF-ITA. 5 de março de R.R.Pelá

Corpos Rígidos MOMENTO ANGULAR. Mecânica II (FIS-26) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá IEFF-ITA. 5 de março de R.R.Pelá MOMENTO ANGULAR Mecânica II (FIS-26) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá IEFF-ITA 5 de março de 2013 Roteiro 1 Roteiro 1 Quando todas as partículas de um corpo rígido se movem ao longo de trajetórias que

Leia mais

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015 MAT27 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 201 Nesta prova considera-se fixada uma orientação do espaço e um sistema de coordenadas Σ (O, E) em E 3, em que E é uma base

Leia mais

O Triedro de Frenet. MAT Cálculo Diferencial e Integral II Daniel Victor Tausk

O Triedro de Frenet. MAT Cálculo Diferencial e Integral II Daniel Victor Tausk O Triedro de Frenet MAT 2454 - Cálculo Diferencial e Integral II Daniel Victor Tausk Seja γ : I IR 3 uma curva de classe C 3 definida num intervalo I IR. Assuma que γ é regular, ou seja, γ (t) 0 para todo

Leia mais

Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá. 12 de março de 2013

Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá. 12 de março de 2013 DINÂMICA Mecânica II (FIS-6) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá IEFF-ITA 1 de março de 013 Roteiro 1 Roteiro 1 : caso geral Componente do momento angular ao longo do eixo de rotação é L = I ω Mas o momento

Leia mais

Marcelo M. Santos DM-IMECC-UNICAMP msantos/

Marcelo M. Santos DM-IMECC-UNICAMP  msantos/ Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência 0 anos c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit Identificação de Cônicas

Leia mais

As variáveis de rotação

As variáveis de rotação Capítulo 10 Rotação Neste capítulo vamos estudar o movimento de rotação de corpos rígidos sobre um eixo fixo. Para descrever esse tipo de movimento, vamos introduzir os seguintes conceitos novos: -Deslocamento

Leia mais

Capítulo Equações da reta no espaço. Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Capítulo Equações da reta no espaço. Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que Capítulo 11 1. Equações da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que AP = t AB Fig. 1: Reta r passando por A e B. Como o ponto

Leia mais

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido:

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido: Capítulo 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r é assim definido: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, se as retas são concorrentes, isto é, r1

Leia mais

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: Espaços Euclidianos Espaços R n O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: R n = {(x 1,..., x n ) : x 1,..., x n R}. R 1 é simplesmente o conjunto R dos números

Leia mais

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino* ROTAÇÃO Física Geral I (1108030) - Capítulo 07 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 25 Translação e Rotação Sumário Definições, variáveis da rotação e notação vetorial Rotação com aceleração angular

Leia mais

Física aplicada à engenharia I

Física aplicada à engenharia I Física aplicada à engenharia I Rotação - I 10.2 As Variáveis da Rotação Um corpo rígido é um corpo que gira com todas as partes ligadas entre si e sem mudar de forma. Um eixo fixo é um eixo de rotação

Leia mais

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Apontamentos III Espaços euclidianos Álgebra Linear aulas teóricas 1 o semestre 2017/18 Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Índice Índice i 1 Espaços euclidianos 1 1.1

Leia mais

Mecânica 1. Resumo e Exercícios P3

Mecânica 1. Resumo e Exercícios P3 Mecânica 1 Resumo e Exercícios P3 Conceitos 1. Dinâmica do Ponto 2. Dinâmica do Corpo Rígido 1. Dinâmica do Ponto a. Quantidade de Movimento Linear Vetorial Instantânea Q = m v b. Quantidade de Movimento

Leia mais

Física para Zootecnia

Física para Zootecnia Física para Zootecnia Rotação - I 10.2 As Variáveis da Rotação Um corpo rígido é um corpo que gira com todas as partes ligadas entre si e sem mudar de forma. Um eixo fixo é um eixo de rotação cuja posição

Leia mais

Mecânica Clássica Curso - Licenciatura em Física EAD. Profº. M.Sc. Marcelo O Donnell Krause ILHÉUS - BA

Mecânica Clássica Curso - Licenciatura em Física EAD. Profº. M.Sc. Marcelo O Donnell Krause ILHÉUS - BA Mecânica Clássica Curso - Licenciatura em Física EAD Profº. M.Sc. Marcelo O Donnell Krause ILHÉUS - BA Aula 1 : Cinemática da partícula Aula 1 : Cinemática da partícula Exemplos Um tubo metálico, retilíneo

Leia mais

Aula 19 Operadores ortogonais

Aula 19 Operadores ortogonais Operadores ortogonais MÓDULO 3 AULA 19 Aula 19 Operadores ortogonais Objetivos Compreender o conceito e as propriedades apresentadas sobre operadores ortogonais. Aplicar os conceitos apresentados em exemplos

Leia mais

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira:

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira: Aula 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r se define da seguinte maneira: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, Se as retas são concorrentes, isto

Leia mais

Halliday & Resnick Fundamentos de Física

Halliday & Resnick Fundamentos de Física Halliday & Resnick Fundamentos de Física Mecânica Volume 1 www.grupogen.com.br http://gen-io.grupogen.com.br O GEN Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica,

Leia mais

CM005 Álgebra Linear Lista 3

CM005 Álgebra Linear Lista 3 CM005 Álgebra Linear Lista 3 Alberto Ramos Seja T : V V uma transformação linear. Se temos que T v = λv, v 0, para λ K. Dizemos que λ é um autovalor de T e v autovetor de T associado a λ. Observe que λ

Leia mais

Capítulo 9 - Rotação de Corpos Rígidos

Capítulo 9 - Rotação de Corpos Rígidos Aquino Lauri Espíndola 1 1 Departmento de Física Instituto de Ciências Exatas - ICEx, Universidade Federal Fluminense Volta Redonda, RJ 27.213-250 1 de dezembro de 2010 Conteúdo 1 e Aceleração Angular

Leia mais

O Plano no Espaço. Sumário

O Plano no Espaço. Sumário 17 Sumário 17.1 Introdução....................... 2 17.2 Equações paramétricas do plano no espaço..... 2 17.3 Equação cartesiana do plano............. 15 17.4 Exercícios........................ 21 1 Unidade

Leia mais

0 < c < a ; d(f 1, F 2 ) = 2c

0 < c < a ; d(f 1, F 2 ) = 2c Capítulo 14 Elipse Nosso objetivo, neste e nos próximos capítulos, é estudar a equação geral do segundo grau em duas variáveis: Ax + Bxy + Cy + Dx + Ey + F = 0, onde A 0 ou B 0 ou C 0 Para isso, deniremos,

Leia mais

Geometria Analítica e Álgebra Linear

Geometria Analítica e Álgebra Linear Geometria Analítica e Álgebra Linear por PAULO XAVIER PAMPLONA UFCG-UATA 2011 Conteúdo 1 Vetores 4 1.1 Introdução..................................... 4 1.2 Vetores no Plano.................................

Leia mais

(b) A não será diagonalizável sobre C e A será diagonalizável sobre R se, e

(b) A não será diagonalizável sobre C e A será diagonalizável sobre R se, e Q1. Sejam A M 6 (R) uma matriz real e T : R 6 R 6 o operador linear tal que [T ] can = A, em que can denota a base canônica de R 6. Se o polinômio característico de T for então poderemos afirmar que: p

Leia mais

SEM Controle de Sistemas Robóticos

SEM Controle de Sistemas Robóticos SEM5875 - Controle de Sistemas Robóticos Adriano A. G. Siqueira Aula 1 - Revisão de Cinemática, Dinâmica e Propriedades das Matrizes Dinâmicas SEM5875 - Controle de Sistemas Robóticos p. 1/61 Matrizes

Leia mais

Física 1. Rotação e Corpo Rígido Resumo P3

Física 1. Rotação e Corpo Rígido Resumo P3 Física 1 Rotação e Corpo Rígido Resumo P3 Fórmulas e Resumo Teórico Momento Angular - Considerando um corpo de massa m a um momento linear p, temos: L = r p = r mv Torque - Considerando uma força F em

Leia mais

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica ESCA PITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃ PAU Avenida Professor Mello Moraes, nº 31. cep 558-9, São Paulo, SP. Telefone: (xx11) 391 5337 Fax: (xx11) 3813 188 MECÂNICA II - PME 3 Primeira Prova de abril de 17

Leia mais

Unidade 22 - Teorema espectral para operadores simétricos, reconhecimento de cônicas. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa

Unidade 22 - Teorema espectral para operadores simétricos, reconhecimento de cônicas. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa MA33 - Introdução à Álgebra Linear Unidade 22 - Teorema espectral para operadores simétricos, reconhecimento de cônicas A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa PROFMAT - SBM 10 de agosto

Leia mais

Capítulo 11 Rotações e Momento Angular

Capítulo 11 Rotações e Momento Angular Capítulo 11 Rotações e Momento Angular Corpo Rígido Um corpo rígido é um corpo ideal indeformável de tal forma que a distância entre 2 pontos quaisquer do corpo não muda nunca. Um corpo rígido pode realizar

Leia mais

Rotação de Corpos Rígidos

Rotação de Corpos Rígidos Fisica I IO Rotação de Corpos Rígidos Prof. Cristiano Oliveira Ed. Basilio Jafet sala 202 crislpo@if.usp.br Rotação de Corpos Rígidos Movimentos de corpos contínuos podiam em muitos casos ser descritos

Leia mais

Introdução à Robótica Industrial p. 1/20

Introdução à Robótica Industrial p. 1/20 Introdução à Robótica Industrial Adriano A. G. Siqueira Aula 6 Introdução à Robótica Industrial p. 1/20 Dinâmica de Manipuladores Relação entre as forças e torques aplicados nas juntas e o movimento do

Leia mais

3. Algumas classes especiais de superfícies

3. Algumas classes especiais de superfícies 3. ALGUMAS CLASSES ESPECIAIS DE SUPERFÍCIES 77 3. Algumas classes especiais de superfícies Nesta secção descrevemos algumas das classes de superfícies mais simples. Superfícies quádricas As superfícies

Leia mais

Produto interno e produto vetorial no espaço

Produto interno e produto vetorial no espaço 14 Produto interno e produto vetorial no espaço Sumário 14.1 Produto interno.................... 14. Produto vetorial.................... 5 14..1 Interpretação geométrica da norma do produto vetorial.......................

Leia mais

Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes

Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes 6 Livro: Introdução à Álgebra Linear Autores: Abramo Hefez Cecília de Souza Fernandez Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes Sumário 1 Matriz de uma Transformação Linear....... 151 2 Operações

Leia mais

Parte 3 - Produto Interno e Diagonalização

Parte 3 - Produto Interno e Diagonalização Parte 3 - Produto Interno e Diagonalização Produto Escalar: Sejam u = (u 1,..., u n ) e v = (v 1,..., v n ) dois vetores no R n. O produto escalar, ou produto interno euclidiano, entre esses vetores é

Leia mais

MOVIMENTO 3D: EQUAÇÕES DE MOVIMENTO

MOVIMENTO 3D: EQUAÇÕES DE MOVIMENTO MOVIMENTO 3D: EQUAÇÕES DE MOVIMENTO INTRODUÇÃO ESTUDO DE CASO Um motor de dois cilindros roda em vazio a 1000 rpm quando a válvula borboleta é aberta. Como a forma assimétrica da árvore de manivelas e

Leia mais

v CM K = ½ I CM a CM

v CM K = ½ I CM a CM ENGENHARIA 1 ROLAMENTO O rolamento é um movimento que associa translação e rotação. É o caso, por exemplo, de uma roda que, ao mesmo tempo que rotaciona em torno de seu eixo central, translada como um

Leia mais

A primeira coisa a fazer é saber quais são as equações das curvas quando elas já se encontram na melhor

A primeira coisa a fazer é saber quais são as equações das curvas quando elas já se encontram na melhor Identificação de Cônicas Uma equação do segundo grau ax + bxy + cy + dx + ey + f = 0 define de maneira implícita uma curva no plano xy: o conjunto dos pontos (x, y) que satisfazem a equação. Por exemplo,

Leia mais

Aula 17 Superfícies quádricas - parabolóides

Aula 17 Superfícies quádricas - parabolóides Objetivos Aula 17 Superfícies quádricas - parabolóides Apresentar os parabolóides elípticos e hiperbólicos identificando suas seções planas. Estudar os parabolóides regrados e de revolução. Nas superfícies

Leia mais

CAPÍTULO 11 ROTAÇÕES E MOMENTO ANGULAR

CAPÍTULO 11 ROTAÇÕES E MOMENTO ANGULAR O que vamos estudar? CAPÍTULO 11 ROTAÇÕES E MOMENTO ANGULAR Seção 11.1 Cinemática do corpo rígido Seção 11.2 Representação vetorial das rotações Seção 11.3 Torque Seção 11.4 Momento angular Seção 11.5

Leia mais

Física I para a Escola Politécnica ( ) - P3 (24/06/2016) [16A7]

Física I para a Escola Politécnica ( ) - P3 (24/06/2016) [16A7] Física I para a Escola Politécnica (330) - P3 (/0/0) [A] NUSP: 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 3 3 8 8 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 Instruções: preencha completamente os círculos com os dígitos do seu número USP (um

Leia mais

Mudança de Coordenadas

Mudança de Coordenadas Mudanças de Coordenadas Mudança de Coordenadas A origem O = (0, 0, 0) e os vetores i, j, k da base canônica de R determinam um sistema de coordenadas: se as coordenadas de um ponto no espaço são (x, y,

Leia mais

2 Propriedades geométricas de curvas parametrizadas no R 4

2 Propriedades geométricas de curvas parametrizadas no R 4 2 Propriedades geométricas de curvas parametrizadas no R 4 Nesse capítulo trataremos dos conceitos básicos de geometria diferencial referentes à curvas parametrizadas no R 4. 2.1 Curvas Parametrizadas

Leia mais

Cap. 9 - Rotação do Corpo Rígido. 1 Posição, Velocidade e Aceleração Angulares

Cap. 9 - Rotação do Corpo Rígido. 1 Posição, Velocidade e Aceleração Angulares Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física I IGM1 2014/1 Cap. 9 - Rotação do Corpo Rígido Prof. Elvis Soares Para nós, um corpo rígido é um objeto indeformável, ou seja, nesse corpo

Leia mais

Vibrações e Dinâmica das Máquinas Aula - Cinemática. Professor: Gustavo Silva

Vibrações e Dinâmica das Máquinas Aula - Cinemática. Professor: Gustavo Silva Vibrações e Dinâmica das Máquinas Aula - Cinemática Professor: Gustavo Silva 1 Cinemática do Movimento Plano de um Corpo Rígido 1 Movimento de um corpo rígido; 2 Translação; 3 Rotação em torno de um eixo

Leia mais

Forma Canônica de Matrizes 2 2

Forma Canônica de Matrizes 2 2 Forma Canônica de Matrizes Slvie Olison Kamphorst Departamento de Matemática - ICE - UFMG Versão. - Novembro 5 a b Seja A c d induzida por A uma matriz real e seja T a transformação operador linear de

Leia mais

2 Cinemática 2.1 CINEMÁTICA DA PARTÍCULA Descrição do movimento

2 Cinemática 2.1 CINEMÁTICA DA PARTÍCULA Descrição do movimento 2 Cinemática A cinemática tem como objeto de estudo o movimento de sistemas mecânicos procurando descrever e analisar movimento do ponto de vista geométrico, sendo, para tal, irrelevantes os fenómenos

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 4 82

Geometria Analítica II - Aula 4 82 Geometria Analítica II - Aula 4 8 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 5 Esferas Iniciaremos o nosso estudo sobre superfícies com a esfera, que já nos é familiar. A esfera S de centro no ponto A e raio

Leia mais

Rotações de corpos rígidos

Rotações de corpos rígidos Rotações de corpos rígidos Alexandre Furlan Fundamentos de Mecânica - FIS065 Turmas E1 E2 E3 29 de outubro de 2018 Alexandre Furlan (Aula 18) Fundamentos de Mecânica 29 de outubro de 2018 1 / 10 Objetivos

Leia mais

Universidade Federal de Alagoas UFAL Centro de Tecnologia - CTEC Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil - PPGEC

Universidade Federal de Alagoas UFAL Centro de Tecnologia - CTEC Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil - PPGEC Universidade Federal de Alagoas UFAL Centro de Tecnologia - CTEC Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil - PPGEC Introdução à Mecânica do Contínuo Tensores Professor: Márcio André Araújo Cavalcante

Leia mais

d) [1,0 pt.] Determine a velocidade v(t) do segundo corpo, depois do choque, em relação à origem O do sistema de coordenadas mostrado na figura.

d) [1,0 pt.] Determine a velocidade v(t) do segundo corpo, depois do choque, em relação à origem O do sistema de coordenadas mostrado na figura. 1) Uma barra delgada homogênea de comprimento L e massa M está inicialmente em repouso como mostra a figura. Preso a uma de suas extremidades há um objeto de massa m e dimensões desprezíveis. Um segundo

Leia mais

Dinâmica. Prof.ª Betty Carvalho Rocha Gonçalves do Prado

Dinâmica. Prof.ª Betty Carvalho Rocha Gonçalves do Prado Dinâmica Prof.ª Betty Carvalho Rocha Gonçalves do Prado betty.prado@kroton.com.br bettycarvalho@ig.com.br CORPO RÍGIDO São corpos cuja dimensões não são desprezáveis Corpo rígido É um conceito limite ideal,

Leia mais

Resistência dos. Materiais. Capítulo 2. - Elasticidade Linear 2

Resistência dos. Materiais. Capítulo 2. - Elasticidade Linear 2 Resistência dos Materiais - Elasticidade Linear Acetatos baseados nos livros: - Mechanics of Materials - Beer & Jonhson - Mecânica e Resistência dos Materiais V. Dias da Silva Índice Carregamento Genérico:

Leia mais

MAE125 Álgebra Linear /2 Turmas EQN/QIN

MAE125 Álgebra Linear /2 Turmas EQN/QIN MAE25 Álgebra Linear 2 205/2 Turmas EQN/QIN Planejamento (última revisão: 26 de outubro de 205) Os exercícios correspondentes a cada aula serão cobrados oralmente na aula seguinte e valem nota Todas as

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 5 108

Geometria Analítica II - Aula 5 108 Geometria Analítica II - Aula 5 108 IM-UFF Aula 6 Superfícies Cilíndricas Sejam γ uma curva contida num plano π do espaço e v 0 um vetor não-paralelo ao plano π. A superfície cilíndrica S de diretriz γ

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I EQUILÍBRIO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I EQUILÍBRIO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I EQUILÍBRIO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: As condições que

Leia mais

Geometria Analítica - Aula

Geometria Analítica - Aula Geometria Analítica - Aula 19 246 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 20 Vamos analisar a equação Ax 2 + Cy 2 + Dx + Ey + F = 0 nos casos em que exatamente um dos coeficientes A ou C é nulo. 1. Parábola

Leia mais

Mini_Lista11: Rotação de Corpos Rígidos: Eixo Fixo

Mini_Lista11: Rotação de Corpos Rígidos: Eixo Fixo Mini_Lista11: Rotação de Corpos Rígidos: Eixo Fixo Lembrete 11.1 Em equações rotacionais, deve usar ângulos expressos em radianos. Lembrete 11.2 Na resolução de problemas de rotação, deve especificar um

Leia mais

Ângulos entre retas Retas e Planos Perpendiculares. Walcy Santos

Ângulos entre retas Retas e Planos Perpendiculares. Walcy Santos Ângulos entre retas Retas e Planos Perpendiculares Walcy Santos Ângulo entre duas retas A idéia do ângulo entre duas retas será adaptado do conceito que temos na Geometria Plana. Se duas retas são concorrentes

Leia mais

CF372 Mecânica Quântica I Segunda Lista de Exercícios - Capítulo II. q exp( q 2 ) ( 2 π. 2 (2q 2 1) exp( q 2 )

CF372 Mecânica Quântica I Segunda Lista de Exercícios - Capítulo II. q exp( q 2 ) ( 2 π. 2 (2q 2 1) exp( q 2 ) CF372 Mecânica Quântica I Segunda Lista de Exercícios - Capítulo II 1) Dadas as funções ψ 1 (q) e ψ 2 (q), definidas no intervalo < q < + : ψ 1 (q) = ( 2 π ) 1/2 q exp( q 2 ) Calcule: a) (ψ 1, ψ 2 ); b)

Leia mais

. (1) Se S é o espaço vetorial gerado pelos vetores 1 e,0,1

. (1) Se S é o espaço vetorial gerado pelos vetores 1 e,0,1 QUESTÕES ANPEC ÁLGEBRA LINEAR QUESTÃO 0 Assinale V (verdadeiro) ou F (falso): (0) Os vetores (,, ) (,,) e (, 0,) formam uma base de,, o espaço vetorial gerado por,, e,, passa pela origem na direção de,,

Leia mais

Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática

Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática Disciplina : Geometria Analítica e Álgebra Linear - GCI004 Assunto: Espaços vetoriais

Leia mais

Capítulo 6. Operadores Ortogonais. Curso: Licenciatura em Matemática. Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo

Capítulo 6. Operadores Ortogonais. Curso: Licenciatura em Matemática. Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo Capítulo 6 Operadores Ortogonais Curso: Licenciatura em Matemática Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves Melo Disciplina: Álgebra Linear II Unidade II Aula 6: Operadores Ortogonais

Leia mais

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional.

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Capítulo 9 1. Coordenadas no Espaço Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Um sistema de eixos ortogonais OXY Z em E consiste de três eixos ortogonais entre si OX, OY e OZ com a mesma

Leia mais

Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula. Petronio Pulino = Q

Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula. Petronio Pulino = Q Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula Petronio Pulino 1 3 4 3 1 0 4 0 1 = Q 4 1 6 Qt Q t Q = 1 1 1 PULINUS Álgebra Linear e suas Aplicações Notas de Aula Petronio Pulino Departamento de Matemática

Leia mais

Ga no plano 1. GA no plano. Prof. Fernando Carneiro Rio de Janeiro, Outubro de u v = aa + bb.

Ga no plano 1. GA no plano. Prof. Fernando Carneiro Rio de Janeiro, Outubro de u v = aa + bb. Ga no plano 1 GA no plano Prof. Fernando Carneiro Rio de Janeiro, Outubro de 015 1 Introdução Estudaremos as retas no plano euclidiano bidimensional e uma interessante aplicação, que recebe o nome de programação

Leia mais

MAE125 Álgebra Linear /1 Turmas EQN/QIN

MAE125 Álgebra Linear /1 Turmas EQN/QIN MAE25 Álgebra Linear 2 205/ Turmas EQN/QIN Planejamento (última revisão: 0 de junho de 205) Os exercícios correspondentes a cada aula serão cobrados oralmente na semana seguinte à aula e valem nota Todas

Leia mais

Curvas Planas em Coordenadas Polares

Curvas Planas em Coordenadas Polares Curvas Planas em Coordenadas Polares Sumário. Coordenadas Polares.................... Relações entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas...................... 6. Exercícios........................

Leia mais

Observação: i.e. é abreviação da expressão em latim istum est, que significa isto é.

Observação: i.e. é abreviação da expressão em latim istum est, que significa isto é. Um disco de raio R rola, sem deslizar, com velocidade angular ω constante ao longo de um plano horizontal, sendo que o centro da roda descreve uma trajetória retilínea. Suponha que, a partir de um instante

Leia mais

Cinemática da partícula fluida

Cinemática da partícula fluida Cinemática da partícula fluida J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v.1 Cinemática da partícula fluida 1 / 16 Sumário 1 Descrição do movimento 2 Cinemática

Leia mais

Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas)

Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas) Mecânica e Ondas, 0 Semestre 006-007, LEIC Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas) 1. O momento angular duma partícula em relação à origem é dado por: L = r p a) Uma vez que no movimento uniforme

Leia mais

Considerando a variação temporal do momento angular de um corpo rígido que gira ao redor de um eixo fixo, temos:

Considerando a variação temporal do momento angular de um corpo rígido que gira ao redor de um eixo fixo, temos: Segunda Lei de Newton para Rotações Considerando a variação temporal do momento angular de um corpo rígido que gira ao redor de um eixo fixo, temos: L t = I ω t e como L/ t = τ EXT e ω/ t = α, em que α

Leia mais

GAAL - Exame Especial - 12/julho/2013. Questão 1: Considere os pontos A = (1, 2, 3), B = (2, 3, 1), C = (3, 1, 2) e D = (2, 2, 1).

GAAL - Exame Especial - 12/julho/2013. Questão 1: Considere os pontos A = (1, 2, 3), B = (2, 3, 1), C = (3, 1, 2) e D = (2, 2, 1). GAAL - Exame Especial - /julho/3 SOLUÇÕES Questão : Considere os pontos A = (,, 3), B = (, 3, ), C = (3,, ) e D = (,, ) (a) Chame de α o plano que passa pelos pontos A, B e C e de β o plano que passa pelos

Leia mais

Mecânica 1. Guia de Estudos P2

Mecânica 1. Guia de Estudos P2 Mecânica 1 Guia de Estudos P2 Conceitos 1. Cinemática do Ponto Material 2. Cinemática dos Sólidos 1. Cinemática do Ponto Material a. Curvas Definição algébrica: A curva parametriza uma função de duas ou

Leia mais

ficha 6 espaços lineares com produto interno

ficha 6 espaços lineares com produto interno Exercícios de Álgebra Linear ficha espaços lineares com produto interno Exercícios coligidos por Jorge Almeida e Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico o semestre 011/1 Notação

Leia mais

Capítulo Propriedades das operações com vetores

Capítulo Propriedades das operações com vetores Capítulo 6 1. Propriedades das operações com vetores Propriedades da adição de vetores Sejam u, v e w vetores no plano. Valem as seguintes propriedades. Comutatividade: u + v = v + u. Associatividade:

Leia mais

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mestrado...

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mestrado... Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Mestrado... Complementos de Matemática - I Guião de Estudo 2012 2013 Primeiro semestre Américo Bento Outono, 2012 1 Conteúdo I 6 1 Cónicas 6 1.1 Caracterização

Leia mais

ESPAÇOS VETORIAIS EUCLIDIANOS

ESPAÇOS VETORIAIS EUCLIDIANOS ESPAÇOS VETORIAIS EUCLIDIANOS Produto interno em espaços vetoriais Estamos interessados em formalizar os conceitos de comprimento de um vetor e ângulos entre dois vetores. Esses conceitos permitirão uma

Leia mais

1 Auto vetores e autovalores

1 Auto vetores e autovalores Auto vetores e autovalores Os autovalores de uma matriz de uma matriz n n são os n números que resumem as propriedades essenciais daquela matriz. Como esses n números realmente caracterizam a matriz sendo

Leia mais

Transformações geométricas planas

Transformações geométricas planas 9 Transformações geométricas planas Sumário 9.1 Introdução....................... 2 9.2 Transformações no plano............... 2 9.3 Transformações lineares................ 5 9.4 Operações com transformações...........

Leia mais

Álgebra Linear I - Aula 22

Álgebra Linear I - Aula 22 Álgebra Linear I - Aula 1. Bases Ortonormais.. Matrizes Ortogonais. 3. Exemplos. 1 Bases Ortonormais Lembre que uma base β é ortogonal se está formada por vetores ortogonais entre si: para todo par de

Leia mais

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial 76 Capítulo 4 Distâncias no plano e regiões no plano 1. Distância de um ponto a uma reta Dados um ponto P e uma reta r no plano, já sabemos calcular a distância de P a cada ponto P r. Definição 1 Definimos

Leia mais

OS ESPINORES foram introduzidos para obter todas as representações

OS ESPINORES foram introduzidos para obter todas as representações Sobre uma extensão de cálculo espinorial (I) Mario Schönberg OS ESPINORES foram introduzidos para obter todas as representações lineares irredutíveis do grupo das rotações e reviramentos de um espaço euclidiano.

Leia mais

Álgebra Linear I - Aula Matriz de uma transformação linear em uma base. Exemplo e motivação

Álgebra Linear I - Aula Matriz de uma transformação linear em uma base. Exemplo e motivação Álgebra Linear I - Aula 19 1. Matriz de uma transformação linear em uma base. Exemplo e motivação 2. Matriz de uma transformação linear T na base β 1 Matriz de uma transformação linear em uma base. Exemplo

Leia mais

Capítulo 19. Coordenadas polares

Capítulo 19. Coordenadas polares Capítulo 19 Coordenadas polares Neste capítulo, veremos que há outra maneira de expressar a posição de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana. Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados,

Leia mais

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Produto Vetorial. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Produto Vetorial. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3 Produto Vetorial Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto Nesta aula, estudaremos uma operação definida

Leia mais