Cúbicas Reversas e Redes de Quádricas
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- Martín Fraga Barateiro
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1 Cúbicas Reversas e Redes de Quádricas I. Vainsencher M.A.G. Zarzar 1999 Uma cúbica reversa é a imagem da aplicação P 1 [t, u] [t 3, t 2 u, tu 2, u 3 ] P 3, para uma escolha adequada de coordenadas homogêneas na reta projetiva P 1 e no espaço projetivo P 3. Ela pode ser visualizada no espaço usual de dimensão três como a curva dada parametricamente por t (t 3, t 2, t). Segundo Harris [4], This is everybody s first example of a concrete variety that is not a hypersurface, linear space, or finite set of points. A cúbica reversa é a interseção de três quádricas no espaço projetivo tri-dimensional. Nosso objetivo é apresentar uma caracterização geométrica explícita para o espaço de formas quadráticas que se anulam exatamente sobre uma cúbica reversa. O espaço vetorial das quádricas contendo uma cúbica reversa fixa é tridimensional: isto é o que se costuma chamar de uma rede de quádricas. A rede de quádricas pode ser vista como um plano projetivo ρ = P 2 no espaço projetivo de todas as quádricas. Nesse P 9 temos uma hipersuperfície quártica distinguida, dada pelo determinante da matriz simétrica 4 4 associada á quádrica. A hipersuperfície é a subvariedade de P 9 cujos pontos correspondem às quádricas singulares de P 3. A interseção de com o plano ρ é uma curva plana de grau 4. A surpresa é que a equação dessa curva é o quadrado perfeito da equação de uma cônica irredutível. Nosso principal resultado é provar que vale a recíproca. Seja ρ uma rede de quádricas. Suponha que ρ é definido pelo quadrado da equação de uma cônica irredutível. Poderíamos esperar que o lugar dos zeros comuns a todas as quádricas de ρ seja uma cúbica reversa? Veremos que a resposta é positiva, se exigirmos que nenhuma quádrica degenerada do tipo par de planos (i.e., com matriz associada de posto 2) pertença a ρ. Como a cúbica reversa não está contida em um plano de P 3, evidentemente sua rede de quádricas satisfaz essa restrição adicional. 1
2 1 Quádricas e seu discriminante Indicamos o livro [4] para noções e propriedades elementares de variedades projetivas que serão utilizadas. Denotemos por z = [z 1,...,z 4 ] as coordenadas homogêneas em P 3. Uma superfície quádrica em P 3 é definida por uma forma quadrática não nula, i.e., um polinômio homogêneo de grau dois, Q = a ii zi a ij z i z j. (1) 1 i 4 1 i<j 4 O fator 2 é conveniente para a expressão matricial Q = z(a ij )z t. Aparecem dez coeficientes. Note que qualquer múltiplo não nulo de Q define a mesma superfície. É natural então olhar Q ou sua matriz simétrica associada como um ponto no espaço projetivo P 9. Os a ij, 1 i j 4 são as coordenadas homogêneas para P 9. O discriminante da quádrica é o determinante det(a ij ). Denote por a hipersuperfície quártica de P 9 definida pela anulação do discriminante. Vai desempenhar um papel central no que segue. Seja X a subvariedade definida pelos menores 3 3 de (a ij ). Cada ponto Q P 9 \ corresponde a uma quádrica não degenerada. A menos de mudança de coordenadas em P 3, podemos escrever Q na forma Q = z 2 z 3 z 1 z 4. Essa é muitas vezes referida como a quádrica de Segre, pois é a imagem isomorfa do mapa de Segre, σ : P 1 P 1 P 3 ([x 1, x 2 ], [y 1, y 2 ]) [z 1 = x 1 y 1, z 2 = x 1 y 2, z 3 = x 2 y 1, z 4 = x 2 y 2 ]. (2) Note que a interseção da quádrica de Segre com outra superfície de grau m em P 3 corresponde, pelo mapa acima, a uma curva em P 1 P 1. Esta é dada por um polinômio bihomogêneo de bigrau (m, m). Com efeito, se a superfície é definida por um polinômio homogêneo F(z) = I =m c Iz I, a substituição z 1 = x 1 y 1,..., z 4 = x 2 y 2 fornece um polinômio F(x, y) que e homogêneo de grau m em cada grupo de variáveis x = [x 1, x 2 ], y = [y 1, y 2 ]. Verifica-se que a aplicação C[z] / Q C[x 1, x 2, y 1, y 2 ] definida por z 1 x 1 y 1,...,z 4 x 2 y 2 é um isomorfismo sobre a subálgebra gerada pelos x i y j. 2
3 Cada ponto Q \ X corresponde a um cone, definido por uma forma quadrática cuja matriz simétrica associada é de posto igual a três. Por uma mudança de coordenadas pode ser escrita na forma Q = z 2 2 z 1z 3. O vértice deste cone é o ponto v(q) = [0, 0, 0, 1]. Em geral, o vértice v(q) = [v 1,...,v 4 ] de um cone quadrático Q de posto 3 satisfaz a equação matricial v(q) (a ij (Q)) = 0. (3) Logo, o vetor de coordenadas homogêneas do vértice nos dá uma base para o núcleo da matriz simétrica associada. Os pontos de X correspondem a quádricas de posto 2 ou 1. Estas são projetivamente equivalentes a z 1 z 2 ou z 2 1. Qualquer dessas é a união de dois planos (possivelmente coincidentes). 2 O hiperplano tangente de O espaço tangente de uma hipersuperfície de P n é dado pelo orotogonal do gradiente do polinômio que a define. Para a hipersuperfície vale a seguinte interpretação geométrica. O hiperplano tangente T Q0 no ponto correspondente a um cone não degenerado Q 0 consise de todas as quádricas passando pelo vértice v(q 0 ). Em símbolos, temos o seguinte. 2.1 Lema. Para cada Q \ X temos T Q = {Q P 9 v(q) Q }. Prova. Inicialmente fazemos uma mudança de coordenadas para escrever Q como o cone z z z 3 2 = 0, i.e., a 11 (Q) = a 22 (Q) = a 33 (Q) = 1, a ij (Q) = 0 para os demais índices. Seu vértice é v(q) = [0, 0, 0, 1]. Calculemos o gradiente. No nosso caso, é a hypersuperfície dada pelo polinômio det(a ij ). Fixe a ordem das variáveis, digamos a 11, a 12, a 13, a 14, a 22, a 23, a 24, a 33, a 34, a 44. O gradiente é = [D 11, 2D 12, 2D 13, 2D 14, D 22, 2D 23, 2D 24, D 33, 2D 34, D 44 ], onde D ij denota ( 1) (i+j 1) vezes o determinante da matriz 3 3 obtida de (a ij ) omitindo a i-ésima linha e a j-ésima coluna. No ponto Q, calculamos (Q) = [0,..., 0, 1]. Logo, seu ortogonal consise de todos os pontos Q P 9 com última coordenada a 44 (Q ) = 0. Esta é precisamente a condição de que o vértice v(q) esteja em Q. 3
4 3 Redes de quádricas anulando a cúbica reversa Substitua z = [t 3, t 2 u, tu 2, u 3 ] em (1). Resulta um polinômio homogêneo Q(t, u) de grau seis. Impondo a condição de que se anule identicamente, encontramos um subespaçp dp espaço vetorial de quádricas, de dimensão três. Uma base é dada por Q 1 = z 2 2 z 1 z 3, Q 2 = z 2 z 3 z 1 z 4, Q 3 = z 2 3 z 2 z 4. Seja ρ P 9 a rede de quádricas gerada por Q 1, Q 2, Q 3. Sejam [a 1, a 2, a 3 ] coordenadas homogêneas para o plano projetivo ρ = P 2. O elemento geral de ρ é a quádrica Q a = a i Q i. Calculemos a interseção ρ. Ela é definida em ρ pelo determinante da matriz associada a Q a, 0 0 a 1 a a det 1 a 2 a 3 a 1 a 2 2 a 3 0 = (a 1a 3 a 2 2 )2. (4) a 2 a Vemos assim que ρ é uma quártica plana dada pelo quadrado perfeito da equação de uma cônica irredutível. Dizemos também que se trata de uma cônica dupla. Além disso, uma simples inspeção revela que os menores 3 3 na matriz acima só se anulam simultaneamente para a 1 = a 2 = a 3 = 0, o que é proibido para pontos em ρ. Logo temos ρ X =. 4 Recuperando a cúbica reversa Fixe uma rede de quádricas ρ = Q 1, Q 2, Q 3 tal que (i) ρ é uma cônica dupla C e (ii) ρ X =, i.e., ρ não contém par de planos. Procederemos com a prova de que os zeros comuns dos Q i formam uma cúbica reversa. A primeira observação é que os vértices dos cones correspondentes aos pontos sobre a cônica C = ρ devem descrever uma curva em P Lema. v(c) = {v(q) Q C} P 3 é uma curva projetiva irredutível. Prova. A imagem de uma curva irredutível por um morfismo é ou bem um ponto ou uma curva irredutível. A conclusão desejada seguirá do fato de que 4
5 o mapa v, que associa a cada cone não degenerado Q C \ X o seu vértice v(q) P 3, é um morfismo injetivo. Mostremos logo que v : C P 3 é injetivo. Caso contrário existiriam Q 1, Q 2 C distintos e tais que v(q 1 ) = v(q 2 ). Por uma escolha adequada de coordenadas, podemos supor que o vértice seja [0, 0, 0, 1]. Logo z 4 não aparece na equação de Q i. Seja L P 9 a reta que passa por Q 1 e Q 2. Cada ponto de L é uma quádrica dada por α 1 Q 1 +α 2 Q 2, α i C, não ambos nulos. Vemos que todo elemento de L representa um cone com o mesmo vértice. Portanto a reta L está contida na cônica C, contradizendo a hipótese de irreducibilidade. Para completar a prova, devemos mostrar que v é um morfismo. Isto significa que v pode ser expresso localmente por polinômios. Tome Q 0 C. Queremos mostrar que existe um mapa polinomial u : U P 3 tal que u(q) = v(q) Q U, onde U é um aberto de \ X contendo Q 0. Estando Q 0 em C \ X, a matriz (a ij (Q 0 )) é de posto exatamente igual a três. Assim, podemos escolher três linhas, digamos 1 α < β < γ 4 que sejam linearmente independentes em alguma vizinhança U de Q 0. Tratase efetivamente de um aberto pois seu complementar é o fechado definido pela anulação dos menores formados com as linhas α, β, γ. Agora para cada Q U construa o ponto u(q) = [z 1, z 2, z 3, z 4 ] pela seguinte regra. Ponha B Q = i j k l a α1 a α2 a α3 a α4 a β1 a β2 a β3 a β4 a γ1 a γ2 a γ3 a γ4 onde i, j, k, l denotam indeterminadas e os a rs abreviam a rs (Q). Então z 1, z 2, z 3 e z 4 são definidos pela expansão det(b Q ) = z 1 i + z 2 j + z 3 k + z 4 l (é similar ao produto vetorial usual). Pela regra de Cramer, o ponto u(q) é ortogonal às linhas α, β e γ de (a ij (Q)). Logo u(q) = v(q) (cf. (3)). É claro que a expressão para u(q) é polinomial nas coordenadas a ij., 4.2 Proposição. Notação como acima, temos que a curva v(c) está contida em Q for cada quádrica Q ρ. Prova. Sejam Q 1, Q 2 C, Q 1 Q 2. Seja L P 9 a reta gerada por Q 1 e Q 2. Temos L = (L ρ) = L C = {Q 1, Q 2 } porque C é uma cônica irredutível. Como C é dupla para a interseção ρ, o hiperplano tangente de em cada ponto de C contém ρ. Portanto conterá a reta L. Assim L T Q1 T Q2. Pela descrição 2.1 do espaço tangente a, vemos que v(q 2 ) Q 1 e v(q 1 ) Q 2. Fixando Q 1 e fazendo Q 2 variar sobre os demais pontos de C, deduzimos que vale v(c) Q Q C. Como C é uma cônica 5
6 irredutível, ela gera a rede ρ. Portanto qualquer Q ρ é uma combinação linear de quádricas que contêm v(c) donde Q v(c). 5 Final Visto que a rede ρ, existe uma quádrica não singular Q 0 ρ tal que v(c) Q 0. A curva irredutível (4.1) v(c) corresponde, pelo mapa de Segre, a uma curva irredutível D P 1 P 1 = Q0. Agora, em P 1 P 1, D é dada por um polinômio irredutível bihomogêneo F(x 1, x 2, y 1, y 2 ) de bigrau (a, b). Lembrando que ρ é gerado por três quádricas linearmente independentes, existem duas quádricas, digamos Q 1 e Q 2, independentes módulo Q 0. As interseções de Q 1 e Q 2 com Q 0 = P 1 P 1 são dadas por polinômios bihomogêneos linearmente independentes G 1 e G 2 de bigrau (2,2). Como v(c) Q 0 Q 1 Q 2, segue que cada G i se anula sobre D. Logo F divide G i. Isso deixa apenas as seguintes possibilidades para o bigrau (a, b) de F: (0,1),(0,2), (1,1), (1,2), (2,2) (e simétricos). Vamos analisar cada possibilidade. Caso 1: (a, b) = (0,1) or (a, b) = (1,0). Vamos precisar do seguinte. 5.1 Lema. Sejam H 1, H 2 polinômios bihomogêneos linearmente independentes de bigrau (2,1) nas variáveis [x 1, x 2 ], [y 1, y 2 ]. Então existem constantes α 1, α 2 tais que H = α 1 H 1 + α 2 H 2 pode ser fatorado na forma H = P 1 P 2, com bideg(p 1 ) = (1,1) e bideg(p 2 ) = (1,0). Prova. Seja S o espaço projetivo dos polinômios bihomogêneos de bigrau (2,1). Temos S = P 5, e podemos pensar em H 1 e H 2 como pontos distintos nesse P 5. Seja L P 5 a reta passando por H 1 e H 2. Seja S = {H P 5 H = P 1 P 2 com bideg(p 1 ) = (1,1) e bideg(p 2 ) =(1,0)}. Note que S é a imagem de P 3 P 1 pelo mapa de multiplicação. Aqui P 3 (resp. P 1 ) denota o espaço projetivo dos polinômios bihomogêneos de bigrau (1,1) (resp. (1,0)). Esse mapa é um morfismo claramente injetivo fora da subvariedade de P 3 P 1 formada pelos pares (P 1, P 2 ) com mdc 1. Portanto, S tem dimensão 4. Como toda hipersuperfície encontra qualquer reta num a espaço projetivo, temos que S intersecta L. Suponha o bigrau (a, b) = (0,1) (o caso (1,0) é análogos). Sejam G 1 e G 2 os polinômios bihomogêneos que correspondem às quádricas independentes Q 1 6
7 e Q 2 respectivamente. Dado que F G 1 e F G 2, existem H 1, H 2 tais que G 1 = FH 1 e G 2 = FH 2, com bideg(h 1 ) = bideg(h 2 ) = (2,1). Pelo lema acima, podemos encontrar H = α 1 H 1 +α 2 H 2 = P 1 P 2, com bideg(p 1 ) = (1,1) e bideg(p 2 ) = (1,0). Daí temos FH = F (α 1 H 1 + α 2 H 2 ) = α 1 G 1 + α 2 G 2 = (P 1 )(FP 2 ). Lembrando o isomorfismo C [z] / Q 0 = C [x 1 y 1,...,x 2 y 2 ] dado pelo mapa de Segre,vemos que o polinômio bihomogêneo P 1 corresponde a uma forma linear A(z). Da mesma maneira, FP 2 corresponde a uma forma linear B(z), valendo uma igualdade AB = α 1 Q 1 +α 2 Q 2 +α 0 Q 0. Isso mostra que ρ contém o par de planos AB, contrariando a hipótese. Isto elimina o caso 1. Caso 2: (a, b) = (0,2) or (a, b) = (2,0). Esse caso é impossível porque um polinômio homogêneo em duas variáveis é um produto de fatores lineares enquanto F é irredutível. Caso 3: (a, b) = (2,2). Se (a, b) = (2,2) então F = α 1 G 1 e F = α 2 G 2, onde α 1 e α 2 são constantes. Assim α 2 G 1 = α 1 G 2, contradizendo a independência linear de G 1 e G 2. Caso 4: (a, b) = (1,1). Vamos usar o seguinte resultado. 5.2 Lema. Seja Q P 9 uma quádrica que contém uma cônica irredutível C = Q 0 H, onde H é um plano e Q 0 é uma quádrica. Então Q = αq 0 +LH, onde α é constante e L é um polinômio linear homogêneo. Prova. Podemos fazer uma escolha de coordenadas tal que H é dado por z 0 = 0. Agora a interseção de Q 0 e H é obtida substituindo z 0 = 0 no polinômio que define Q 0. Resulta um polinômio homogêneo Q 0 de grau 2 nas variáveis z 1, z 2 e z 3. Seja Q obtid de Q de forma análoga. Q se anula onde Q 0 se anula. Segue que Q 0 divide Q e assim Q = αq 0. Portanto Q = αq 0 + Lz 0. Aqui L é homogêneo de grau 1. Se (a, b) = (1,1) então F corresponde pelo mapa de Segre a um plano H P 3. Daí, v(c) deve ser uma cônica, interseção de H e Q 0. Seja Q uma quádrica que contém v(c). Pelo lema acima, segue uma relação Q = αq 0 +LH, onde α é constante e L é homogêneo de grau 1. Sabemos que toda quádrica em ρ contains v(c), e portanto ela pode ser escrita como αq 0 + LH. Mas isso 7
8 implica que ρ contém pares de planbos. De fato, sejam Q 1 := α 1 Q 0 + L 1 H e Q 2 := α 2 Q 0 + L 2 H elementos distintos na rede ρ. Se α 2 0, então (α 1 Q 0 + L 1 H) α 1 α 2 (α 2 Q 0 + L 2 H) = (L 1 α 1 α 2 L 2 )H é um par de planos e pertence a ρ, já que se encontra sobre a reta em P 9 ligando Q 1 e Q 2. Como ρ está proibido de conter par de planos, o caso (1,1) é impossível. Nosso objetivo final é mostrar que, no único caso restante, v(c) é de fato uma cúbica reversa. Isto é bem conhecido mas incluiremos uma prova para conveniência do leitor. Caso 5: (a, b) = (1,2). 5.3 Proposição. Seja D P 1 P 1 a curva definida por um polinômio bihomogêneo irredutível F(x 1, x 2, y 1, y 2 ) de bigrau (1,2). Então a imagem de D pelo mapa de Segre (2) é uma cúbica reversa. Prova. Podemos escrever F(x 1, x 2, y 1, y 2 ) = A 1 (y 1, y 2 )x 1 A 2 (y 1, y 2 )x 2, onde A 1 e A 2 são polinômios homogêneos de grau 2, e mdc(a 1, A 2 ) = 1, pois F é irredutível. Para x 2 A 1 0 temos a relação seguinte: x 1 x 2 = A 2 A 1. Daí seguem as igualdades de pontos em P 3, [ ] x [x 1 y 1, x 1 y 2, x 2 y 1, x 2 y 2 ] = 1 y 1 x 2, x 1y 2 x 2, y 1, y 2 = [ ] y1 A 2 A 1, y 2A 2 A 1, y 1, y 2 = [y 1 A 2, y 2 A 2, y 1 A 1, y 2 A 1 ]. Isso mostra que um aberto denso de v(c) coincide com um aberto denso da curva dada parametricamente por P 1 [y 1, y 2 ] [y 1 A 2, y 2 A 2, y 1 A 1, y 2 A 1 ] P 3. Mostraremos agora que os polinômios y 1 A 2, y 2 A 2, y 1 A 1 e y 2 A 1 são linearmente independentes, e assim eles parametrizam umaa cúbica reversa. Sejam α, β, γ e δ constantes tais que αy 1 A 2 + βy 2 A 2 + γy 1 A 1 + δy 2 A 1 = 0. 8
9 Reescrevemos essa identidade na forma (αy 1 + βy 2 )A 2 = (γy 1 + δy 2 )A 1. Segue que A 2 divide (γy 1 +δy 2 )A 1. Como gcd(a 1, A 2 ) = 1, deduzimos que A 2 divide (γy 1 + δy 2 ). Sendo o grau de A 2 igual a dois, temos necessariamente α = β = γ = δ = 0. Observações (1) Enfatizemos que a hipótese ρ X = é essencial. De fato, seja ρ a rede gerada pelas quádricas Q 1 = z 1 z 4, Q 2 = 2z 1 z 3 + 2z 2 z 4 + (z 3 + z 4 ) 2 and Q 3 = 2z 2 z 3 + z z 2 4. Calculando ρ como em (4), obtemos (2a 2 2 a 1a 3 ) 2, novamente o quadrado perfeito de uma cônica irredutível. Mas o lugar dos zeros de Q 1, Q 2 e Q 3 não é uma cúbica reversa pois está contido no par de planos z 1 z 4 = 0. (2) Literatura recente sobre este assunto considera a questão de construir um espaço de parâmetros adequado para o conjunto das cúbicas reversas, cf. [2],[3]. Interesse renovado sobre os espaços de curvas racionais é motivado pelas predições feitas por físicos a respeito do número de tais curvas satisfazendo a certas condições geométricas, cf. [1]. References [1] D. Cox, S. Katz, Mirror Symmetry e Algebraic Geometry, American Mathematical Society, Providence, RI, to appear. [2] G. Ellingsrud, R. Piene, S. Strømme, On the variedade de redes de quádricas defining cúbica reversas, Lect. Notes em Mathematics, 1266, (1987). [3] G. Ellingsrud, S. Strømme, The number de cúbica reversas on the general quintic threefold, Mathe. Scand. 76, 5-34 (1995). [4] J. Harris, Algebraic Geometry - A First Course, Springer-Verlag New York Inc.,
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