UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ REBECA ALVES DO NASCIMENTO

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ REBECA ALVES DO NASCIMENTO ALIENAÇÃO PARENTAL E A FALSA ALEGAÇÃO DE ABUSO SEXUAL CURITIBA 2016

2 REBECA ALVES DO NASCIMENTO ALIENAÇÃO PARENTAL E A FALSA ALEGAÇÃO DE ABUSO SEXUAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Direito, da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito. Orientadora: Professora Adriana Mair Coelho CURITIBA 2016

3 TERMO DE APROVAÇÃO REBECA ALVES DO NASCIMENTO ALIENAÇÃO PARENTAL E A FALSA ALEGAÇÃO DE ABUSO SEXUAL Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Professor Doutor Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografia Universidade Tuiuti do Paraná Banca examinadora: Orientadora: Professora Adriana Mair Coelho Membro da banca: Membro da banca:

4 AGRADECIMENTOS Agradeço, em primeiro lugar à Deus, que até aqui não me desamparou, mesmo nos momentos de tristeza, de falta de coragem e de pensamentos que eu não iria conseguir, Ele com sua mão misericordiosa me levantou e me acompanhou do inicio ao fim deste projeto, não só na pesquisa em si, mas em toda a minha vida acadêmica e pessoal. Agradeço à minha mãe, guerreira, amiga, companheira, sempre tem palavras de conforto pra acalmar meu coração ansioso e seu colo aconchegante, sempre demonstrando seu amor e dedicação, nunca me deixou desistir, sempre orando por mim e torcendo pela minha vitória. Ao meu pai, que mesmo longe, sei que torce muito pela minha vitória e pelo meu sucesso. À minha família em geral, sempre me mandando palavras de apoio e força. Ao meu namorado, que respeitou esse tempo difícil de ansiedade, sempre me mandando força e palavras de incentivo, em muitos momentos ao meu lado durante as escritas me dando apoio moral. À minha psicóloga, que em muitos momentos me deixa de pé. Além de me ajudar emocionalmente, me ajudou muito na parte psicológica do trabalho. À minha amiga Letícia, que com sua experiência, me ajudou na escolha do tema e me apoiou muito ao longo da caminhada. Amiga que quero pra sempre ao meu lado. À Universidade Tuiuti do Paraná e seu maravilhoso quadro de professores, que desde o início da faculdade só tem me inspirado mais e mais a continuar e chegar até aqui. E não só pra parar por aqui, pois o céu é o limite! Agradeço, principalmente à minha orientadora e professora Adriana, sempre muito atenciosa, não mediu esforços para me ajudar no andamento da pesquisa, suas palavras de incentivo me ajudaram a chegar aqui.

5 RESUMO Essa pesquisa trata da Alienação Parental, tema ainda novo no judiciário brasileiro e que divide opiniões entre a área do direito e a área da psicologia. Será feita uma análise tanto da Alienação Parental, quanto da Síndrome da Alienação Parental, seus efeitos, riscos, conceitos e diferenciações entre elas. São apresentadas as críticas quanto à teoria mais famosa da síndrome em questão e posteriores consequências jurídicas quanto à aplicação da Lei. É feita uma análise da Lei /2010, a lei da alienação parental e seus artigos, e análise das consequências caso não seja aplicada a lei com cautela. O interesse no tema se deu pela gravidade do assunto e pelos efeitos que podem ser vistos desde a infância até na vida adulta. A análise e estudo da bibliografia proporciona melhor entendimento das relações parentais, a saber, que cada caso concreto tem sua singularidade e deve ser analisado com muita prudência. Palavras chave: Alienação Parental. Síndrome da Alienação Parental. Falsas alegações de abuso sexual. Postura do judiciário brasileiro.

6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DIVÓRCIO CONJUGALIDADE X PARENTALIDADE SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL CRÍTICAS ALIENAÇÃO PARENTAL ASPECTOS LEGAIS FALSAS ALEGAÇÕES DE ABUSO SEXUAL A EFICÁCIA DAS FALSAS ALEGAÇÕES DE ABUSO SEXUAL (REFLEXOS JURÍDICOS A POSTURA DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO CONCLUSÃO...30 REFERÊNCIAS...32

7 6 1 INTRODUÇÃO Esse trabalho traz em suas páginas uma triste realidade que a legislação, a partir da Lei /10, procura tratar da melhor forma possível, com o intuito de preservar o protagonista principal desse capítulo tão difícil na vida de muitas famílias que se desfazem: a criança e o adolescente, filhos de pais cuja relação de amor e afeto acaba, levando consigo também o respeito entre o casal, que os utiliza como arma de uma guerra onde a principal vítima é o filho. A criança depois do divórcio passa a ser alvo fácil da imaginação deturpada de ódio de um de progenitores, esse ódio não diminui, pelo contrário, cresce a cada minuto transformando a mente da criança num depósito de mentiras, criando falsas memórias, incentivando o ataque contra o outro genitor. À esse ato damos o nome de Alienação Parental, que é a campanha que um genitor faz contra o outro depois do divórcio. Nos capítulos que montam esse documento, veremos sobre a conjugalidade e parentalidade, nas formas de ruptura conjugal, priorizando sempre o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente. Entenderemos o conceito da Alienação Parental e a diferença da Síndrome da Alienação Parental, a falsa denúncia de abuso sexual e como a legislação cuidou de trazer para o caso em questão, que vão desde um tratamento e acompanhamento psicológico da criança, passando pela concessão de guarda compartilhada, guarda unilateral e transitando por autuações para o pai alienante e suspensão da autoridade parental entre outras. Muito embora o judiciário venha tentando tratar essa anomalia proveniente do fim da relação conjugal, nem mesmo ele consegue, muitas vezes, evitar o dano causado à criança, que nos casos mais graves são levadas à depressão profunda e até ao suicídio.

8 7 2 DIVÓRCIO CONJUGALIDADE X PARENTALIDADE A conjugalidade refere-se à construção de um casal, uma vinculação de duas pessoas diferentes e independentes que resolvem se unir, constituindo o nós, com o intuito de desenvolver uma família. Para Féres-Carneiro (2010, p. 270) a formação da conjugalidade, na visão sistêmica, é um processo complexo, envolvendo diversos níveis do relacionamento e contextos que resultam na definição psicossocial de uma relação afetiva estável. Difícil é a tarefa de articular a individualidade e a conjugalidade, pois cada um tem uma herança de família, e é importante que este se entregue ao relacionamento, sem ter a sensação que está renunciando sua individualidade pelo bem da relação, é aí que começa o jogo de equilíbrio para que o ideal seja alcançado. Porém, muitas vezes para fortalecer a conjugalidade deve-se ceder diante da individualidade, ao contrário, se valorizada a individualidade significa fragilizar os espaços conjugais. No casamento contemporâneo, os ideais de amor romântico tendem a se fragmentar, sobretudo pela pressão da emancipação da mulher e da autonomia feminina. As categorias de para sempre e único do amor romântico, não prevalecem na conjugalidade contemporânea. (FÉRES- CARNEIRO, 1998, p. 4) A parentalidade tem início com os filhos, quando nasce nos pais as funções de proteção, educação, integração com o mundo exterior, que passa a ser um novo desafio para os novos pais, junto com esses novos desafios, novas responsabilidades e por mais que estes pais já venham com um modelo de criação de suas famílias de origem, juntos tem que formar uma nova parentalidade. Casais que já tinham certa dificuldade em lidar com a individualidade na conjugalidade, agora com filhos, terão que lidar ainda com a parentalidade, pois com a presença de um filho a rotina muda muito, com ela vem grandes mudanças, novos papéis, um impacto forte na vida do casal que muitas vezes não está psicologicamente preparado para aquele momento. Começa então a insatisfação conjugal, pois aquela expectativa de casamento ideal, felicidade plena, conto de fadas, não condiz com a realidade e em

9 8 consequência disso vem a dissolução 1 da conjugalidade. Casais com baixos níveis de satisfação conjugal, que vivenciam conflitos intensos e frequentes, tem sua relação com os filhos afetada negativamente, demonstrando a permeabilidade entre a conjugalidade e a parentalidade (EREL & BURMAN, 1995 apud HAMEISTER, BARBOSA, WAGNER, 2015, p. 2) A idéia de casamento eterno e indissolúvel ficou apenas na esfera religiosa. O que antes era praticamente impossível, hoje depois de muita reforma no Código Civil, Constituição Federal e Lei do divórcio, é facilmente desfeito. Pois tem como valoração o ser humano e os direitos de liberdade e autonomia, garantindo o princípio da dignidade da pessoa humana. Embora essa ruptura seja mais simples hoje na esfera civil, a parte emocional não caminha junto nessa simplicidade racional. Isso quer dizer que, de um lado a justiça está descomplicando o divórcio, em contra partida as emoções que envolvem esse momento estão emaranhadas e nada descomplicadas. Caruso (1968 apud FÉRES-CARNEIRO, 1998, p. 5) afirma que estudar a separação de um casal significa estudar a presença da morte na vida, é uma sentença de morte recíproca. A dor dos cônjuges é a mesma dor de um luto, podendo ser a dor ainda maior acumulando os sentimentos de fracasso, impotência e perda. As consequências nos processos judiciais vão além de divisões patrimoniais e alimentos, os efeitos psicológicos do rompimento do casamento estão muito presentes nessas demandas. É importante lembrar, que no processo do divórcio, o casal parental não deixará de existir, ele deverá continuar com as funções de cuidar, proteger e prover as necessidades tanto materiais quanto afetivas da prole, daí a necessidade de deixar os filhos fora desse conflito. Quando há existência de filhos desse casamento, a atenção na hora do divórcio deve ser redobrada. Para Féres-Carneiro (1988, p. 6) a capacidade da criança de lidar com a crise que a separação deflagra vai depender sobretudo da relação que se estabelece ente os pais e a capacidade destes de distinguir, com clareza a função conjugal da função parental. 1 Os termos empregados para se referir ao vínculo jurídico entre duas pessoas e seus respectivos sujeitos e assim facilitar a leitura. A escolha da nomenclatura casamento ou união estável ; divórcio, separação ou dissolução ; conjugues ou companheiros tem a mesma função semântica, independente da diferenciação técnica e jurídica.

10 9 Em um estudo sobre os efeitos do divórcio, a norte-americana Judith Wallerstein (LEITE, 2015, p. 81) derrubou alguns mitos, dentre eles o de que o divórcio seria uma crise temporária que mostra seus efeitos mais prejudiciais nos pais e filhos na hora do rompimento, comprovando que os filhos de famílias divorciadas (...) são mais agressivos (...) sofrem mais de depressão, têm mais dificuldade de aprender e apresentam mais problemas com colegas (...). A pesquisa nos mostra que o divórcio não é uma experiência normal, que leva uma transformação de toda uma vida e sua trajetória, e que na maioria das vezes a criança sai muito prejudicada desse litígio, se sentindo cada vez mais desprotegida e insegura. Esse turbilhão de emoções e os efeitos de uma ruptura não assimilada desencadeiam conflitos diretos e indiretos, mais complexos que o normal, nocivos aos filhos, muitas vezes não preservados, fazendo parte deste cenário conflituoso que deveria se limitar à conjugalidade. 3 SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL Em meados dos anos 80, o então psiquiatra forense Dr. Richard Gardner, percebeu em seu consultório crescente número de crianças que hostilizavam seus pais, até então queridos por eles. Atitudes observadas em famílias que passavam pelo doloroso divórcio litigioso, geralmente em discussão pela guarda da criança ou adolescente, uma vez que os processos de separação tendem a despertar sentimentos de traição, rejeição, abandono e angústia. Mesmo com todos esses sentimentos externalizados, Gardner constatou que essa repudia que as crianças demonstravam para com um de seus pais não tinha justificativa aparente, pois esses sentimentos citados são vivenciados pelo excônjuge que ainda não aceitou a nova situação do casal, a não ser que a criança estivesse absorvendo esses sentimentos e passasse a sentir o mesmo pelo outro em decorrência da separação. Esses sentimentos não são naturais, pois, antes a relação com os pais era de harmonia e amor, agora o filho passa a acreditar que apenas um deles mereça seu amor e carinho, enquanto o outro é visto como vilão da história, (GARDNER, 1985).

11 10 Esse distúrbio é chamado de Síndrome de Alienação Parental (SAP), em que o genitor alienador 2 faz uma espécie de programação ( lavagem cerebral ) consciente ou inconsciente na criança para que ela odeie e repudie o outro, sem justificativa, somadas com contribuições criadas pela própria criança, transformando sua consciência, usando de diferentes estratégias, com o objetivo de obstruir, impedir e até de destruir os vínculos entre a criança e o genitor alienado 3, causando assim uma forte dependência e submissão do menor com o genitor alienador. Uma campanha é feita por meio de ações ou palavras que visam denegrir a imagem do pai ou da mãe alienada, usando o próprio filho como arma para punir o outro pela separação e dor que o alienador passou. Entretanto, parece haver uma indefinição entre a relação conjugal e a parental, pois o alienador vê a necessidade de romper a parentalidade, visto que a conjugalidade já se findou, como se uma dependesse da outra. Essa incapacidade de dissociar estes dois institutos gera na criança problema no desenvolvimento, pois ela é acometida pela SAP. Nas palavras do professor Gardner, SAP é: A Síndrome de Alienação Parental é um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a lavagem cerebral, programação, doutrinação ) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e assim a explicação de Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não é aplicável. (2002, p. 2) A expressão Síndrome da Alienação Parental foi instituída pelo próprio professor Gardner (1985), pois com o avançar de suas pesquisas constatou que não se tratava apenas de uma manipulação 4, mas o fenômeno apresentava aspectos mais graves e foram observados vários sintomas que garantem a denominação de síndrome. Alguns operadores do direito preferem o termo Alienação Parental (AP), alegando que a SAP não é uma síndrome. Entretanto, defende-se o uso do termo 2 Termo utilizado ao ex-cônjuge que usa a criança, causa a alienação, de acordo com o dicionário é aquele que é capaz de afastar alguém da realidade. Pode ser tanto a mãe quanto o pai, porém, a mãe será citada mais vezes, pois é ela quem tem a guarda na maior parte das vezes. 3 Termo utilizado para o ex-cônjuge que é vítima do alienador, geralmente é o genitor que não detém a guarda do menor. 4 Também pode ser lida como lavagem cerebral ou programação

12 11 síndrome, pois é mais específico que o termo doença que é mais geral. Para a medicina, para se caracterizar uma síndrome devem-se levar em conta vários sintomas que ocorrem juntos. Embora esses sintomas da SAP sejam desconectados entre si, para Gardner (2002, p. 2) justifica-se que sejam agrupados por causa de uma etiologia comum ou causa subjacente básica. Além de que em um dos níveis da síndrome grande parte se não todos dos sintomas aparecem juntos, geralmente nos tipos moderado e severo. Os sintomas caracterizadores da SAP foram observados e classificados por Gardner: 1. Campanha denegritória contra o genitor alienado; 2. Racionalizações fracas, absurdas ou frívolas para a depreciação; 3. Falta de ambivalência; 4. O fenômeno do pensador independente ; 5. Apoio automático ao genitor alienador no conflito parental; 6. Ausência de culpa sobre a crueldade a e/ou a exploração contra o genitor alienado; 7. A presença de encenações encomendadas. 8; Propagação da animosidade aos amigos e/ou à família extensa do genitor alienado. (2002, p. 3) É importante ressaltar que é a criança que sofre da SAP, ela é a vítima 5 e é ela quem vai sofrer os sintomas, dependendo do nível de gravidade que é acometida. Não podendo confundir com o genitor alienado, que embora com a mesma nomenclatura não seja acometido pela referida síndrome. Nos casos mais leves, possivelmente não se verá os oito sintomas, mas com a evolução do quadro e os casos leves progridem para moderados ou severos é bem provável que a maioria (ou todos) os sintomas estejam presentes. Nota-se que a educação de uma criança por meio do SAP é uma forma de abuso emocional, levando essa criança a enfraquecer os laços com o genitor que a ama e que é necessário para o desenvolvimento dela. Em outros casos de abuso, como o sexual ou físico, as vítimas acabam um dia superando o trauma e aviltamento que tiveram que passar. Contudo, um abuso emocional pode refletir psicologicamente por toda a vida, podendo trazer também problemas psicológicos. Para Podevyn (2001) as consequências e efeitos nas crianças vítimas da SAP são sérias como: depressão crônica, (...) transtornos de identidade e de imagem, desespero, sentimento incontrolável de culpa, sentimento de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, dupla personalidade e às vezes suicídio. 5 A criança vítima da SAP também é considerada alienada.

13 12 Além desses sintomas, percebe-se que o filho se coloca em posição de protetor do genitor alienador, o defendendo, enquanto o outro se faz de vítima. Ele é visto como bom e o genitor alienado como mal, fazendo o filho crer que ele é o culpado pela situação vivida pela mãe e pelo filho, (LEITE, 2015, p.174). Muitas vezes, com a separação, não só o emocional é afetado, mas com ele vem a parte financeira e a vida social que ficam abaladas, e com isso o alienador usa a criança para que o ame, seja a representação da bondade na terra, do porto seguro e ao mesmo tempo odeie o pai, o abomine. Ainda, em seus estudos, Gardner concluiu que a síndrome se apresenta em três diferentes níveis: estágio I leve, estágio II moderado, e estágio III grave. As crianças que se enquadram na categoria leve ainda conseguem manter vínculo com o genitor alienado, pois a campanha de desmoralização ainda é discreta. Os sintomas que se manifestam ainda são superficiais, mas alguns já estão presentes. Os casos moderados são considerados os mais comuns, a manipulação/programação do genitor alienador é mais intensa, usando de táticas para excluir o outro genitor, todos os oito sintomas podem estar presentes nessa fase. As crianças ainda aceitam ir com o genitor alienado e ainda tem bom relacionamento com a família extensa dele, mesmo estando sujeitas à campanha de difamação. Já no estado grave, menos comum, o vínculo entre criança e alienador é doentio, juntos tramam suas fantasias e dificilmente o genitor alienado consegue ter contato com essa criança, pois ela entra em pânico com a ideia de ter que ver o genitor alienado. Nessa fase os oito sintomas podem se manifestar de maneira mais alarmante, violência, gritos, fugas, paralisias também são comuns neste estágio. Os estudos e a teoria de Gardner foram largamente difundidos por outros pesquisadores nas áreas da psicologia, psiquiatria e jurídica. Como em qualquer teoria, questionamentos são levantados a todo momento, sendo de fundamental importância para o desenvolvimento do assunto em questão, (SOUZA, 2012, p.19) 3.1 CRÍTICAS Simultaneamente à propalação dos estudos de Gardner, no Brasil tem-se uma forte posição crítica 6 quanto ao assunto. Justamente quanto ao enquadramento 6 No presente trabalho, não serão abordadas todas as linhas críticas quanto aos estudos de Gardner, apenas demonstrar que sua linha de pensamento merece cautela e sua técnica é frágil.

14 13 dos supostos sintomas sofridos pela criança, sendo enquadrado como síndrome no campo da psicologia. Para ser classificada como síndrome, a alienação parental teria que ser baseada em fundamentos científicos e não apenas argumentos defendidos pelo psiquiatra. Muito se questiona sobre a existência da SAP ser uma síndrome e não existem pesquisas cientificas sobre o assunto, pois para o reconhecimento de qualquer síndrome ou doença são necessários vários estudos minuciosos, baseados em métodos científicos, o que não ocorreu nos estudos de Gardner, (SOUZA, 2012). Observou-se que toda a sua pesquisa e definição da SAP girou em torno de experiências em seu consultório como psiquiatra forense, ele simplesmente criou a Síndrome e não a identificação científica como ocorre normalmente. Souza (2012), cita os estudos de Escudero, Aguilar e Cruz (2008), desacreditando sua teoria também, no que diz respeito aos sintomas sofridos pela criança, que se assemelham a outras doenças, não sendo propriamente da SAP, uma vez que podem ocorrer em situações reais e que se justifica a rejeição por parte da criança (SOUZA, 2012, p. 87). Gardner lutou insistentemente para distinção dos conceitos de Alienação Parental (AP) suprimindo o termo síndrome e o termo empregado por ele, Síndrome da Alienação Parental (SOUZA, 2012, p. 121), afirmando que o conceito foi amplamente divulgado e adotado em seu meio de aplicação. Contudo, Souza (2012, p. 98 e 99) questiona se a disseminação e anuência seriam suficientes para o reconhecimento da tal Síndrome. O que dificulta mais a aceitação é que a SAP não está listada no DSM Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, ou seja, não há reconhecimento oficial, mesmo que Gardner rebata dizendo não ser apenas uma teoria, que não justifica a inexistência da síndrome, acreditando que seria listada na próxima DSM (V). Para Gardner a SAP é um fato inquestionável, que pode ser identificada em situações de disputa da guarda dos filhos e que aumentou muito o número de pesquisas e publicações sobre o tema, mas Souza desacredita, pois o mesmo não citou tais pesquisas, também não apresenta dados obtidos por meio de pesquisas científicas que embasem sua teoria. Afirmando Souza (2012, p. 99) mais uma vez que seus estudos estão baseados em argumentos e não em métodos científicos. No mesmo sentido crítico, Escudero, Aguilar e Cruz (2008) concluíram que:

15 14 O psiquiatra norte-americano amparou-se fundamentalmente em analogias com certas doenças (mas não com transtornos psiquiátricos) e argumentações supostamente lógicas para comprovar que sua teoria aborda uma síndrome de fato. (...) Gardner utiliza-se de consenso com outros profissionais que pensam de forma similar a ele, como forma de evidencia científica de suas afirmações, ou de sua teoria. (SOUZA, 2012, p. 99). Outro aspecto importante e ao mesmo tempo preocupante mencionado por Souza (2012) fazendo alusão aos estudos de Escudero, Aguilar e Cruz (2008) é que os sintomas da SAP podem ser confundidos com sintomas reais sofridos por crianças abusadas pelo pai então alienado, sendo então esses sintomas acobertados pela SAP. Sendo assim, o menor que resiste em conviver com seu pai em razão de real abuso pode ser diagnosticado com SAP. Gardner (2002), informa que para ser configurada a SAP, não pode existir o real abuso, embora os sintomas sejam idênticos, visto que a criança rejeita um dos pais e há razão para isso, não é prognóstico de SAP. Vale destacar que a autora não nega a existência da SAP, mas afirma que ela não foi ainda verificada cientificamente, cabem estudos mais aprofundados sobre o tema. Apesar das críticas, Gardner teve sucesso com a divulgação da sua teoria, pois vários pesquisadores a utilizam com frequência ao citar a influência de um dos genitores sobre a prole, com o objetivo de tentar destruir a relação deste com o outro genitor. Todavia, o conceito de SAP ainda causa certo receio nos aplicadores do direito. Na esfera jurídica não há o costume de usar o termo síndrome, na Lei publicada sobre Alienação Parental nº (BRASIL, 2010), a qual tem por objetivo inibir a AP e os atos que dificultem o efetivo convívio entre a criança e os seus genitores adotou a terminologia Alienação Parental suprimindo o termo síndrome. Esta lei será analisada adiante e tem como central foco a discussão do genitor alienador e respectivos atos alienadores. Darnall (1997) também utiliza e propõe em seus estudos apenas o termo Alienação Parental como sendo qualquer leque de conhecimentos, tanto no nível consciente como inconsciente, que possam provocar uma perturbação na relação entre a criança e outro progenitor. Inexiste aí o rótulo de Síndrome e desvincula a criança nos atos denegritórios contra seu progenitor. Dessa forma, a existência ou não da referida síndrome não é o foco deste estudo, pois fica a cargo da psicologia e psiquiatria a discussão sobre o assunto.

16 15 4 ALIENAÇÃO PARENTAL A alienação parental é um processo que consiste em um dos genitores utilizar de um conjunto de manobras, de forma consciente ou não, para afastar o filho do outro genitor (COELHO, 2014, p. 168). Em outras palavras alienação parental é a objetivação do sujeito para transformá-lo em veículo de ódio, que tem sua principal fonte em uma relação conjugal mal resolvida (PEREIRA in Dias, 2013, p. 32). Na pesquisa de Gardner, seu estudo está focado nos sintomas que são percebidos na criança e na AP o estudo está diretamente ligado no comportamento do alienador, não dependendo das atitudes da criança para ser instalada a alienação. Possíveis efeitos causados na criança não serão tratados como SAP, pois restam dúvidas sobre o conceito. Outrossim, a Lei de Alienação Parental nada nos traz sobre a síndrome, com ela buscar-se-á mecanismos de solução ou minimização dos efeitos deste comportamento nos filhos e genitores e demais envolvidos. Para Dias ([20--]), o momento que se inicia a AP é o da ruptura da vida em comum, em que o cônjuge que não aceita a separação se sente traído, com forte sentimento de abandono e rejeição, nascendo o sentimento de vingança e o início da programação de destruição, desmoralização, desvalorização, entre outros. Eles são programados para rejeitar, para odiar o genitor não guardião. Esse cônjuge ainda não se conformou e continua vivendo o luto da separação. Alguns autores (BUOSI, 2012; DIAS, 2010) fazem referência como sendo a figura materna na maioria dos casos a alienadora, por deter a guarda do filho. Tal realidade ainda justifica-se pelo fato da mulher ser considerada por muito tempo mais apta e preparada para cuidar dos filhos. De acordo com Coelho (2014, p. 171) vale lembrar que o fenômeno da AP acomete ambos os genitores, tanto o pai como a mãe podem envolver os filhos em disputas pessoais e manipular sua percepção, colocando-se no lugar de alienadores. Coelho, (2014, p. 171) ainda em seus estudos, propõe que a Alienação Parental seja um fenômeno novo, que nasceu com a família contemporânea. Percebe-se que com a contemporaneidade teve um aumento de separações e divórcios, também mudanças nos papéis de homens e mulheres. Antes os homens tinham papéis de politizar e trabalhar, trazer o sustento para casa e as mulheres de

17 16 cuidar da casa, hoje os papéis não são mais os mesmos e a mulher tem muito mais autonomia de sua vida. Podevyn (2001) explica que não é difícil reconhecer um genitor alienador, ele tem comportamentos clássicos que podem ser observados frequentemente, comportamentos estes que sabotam qualquer relacionamento pai-filho, são eles: Recusar de passar as chamadas telefônicas aos filhos; Organizar várias atividades com os filhos durante o período que o outro genitor deve normalmente exercer o direito de visitas; Apresentar o novo cônjuge aos filhos como sua nova mãe ou seu novo pai; Interceptar as cartas e os pacotes mandados aos filhos; Desvalorizar e insultar o outro genitor na presença dos filhos; Recusar informações ao outro genitor sobre as atividades em que os filhos estão envolvidos (esportes, atividades escolares, grupos teatrais, escotismo, etc.); Falar de maneira descortês do novo conjugue do outro genitor; Impedir o outro genitor de exercer seu direito de visita; Esquecer de avisar o outro genitor de compromissos importantes (dentistas, médicos, psicólogos); Envolver pessoas próximas (sua mãe, seu novo conjugue, etc.) na lavagem cerebral de seus filhos; Tomar decisões importantes a respeito dos filhos sem consultar o outro genitor (escolha da religião, escolha da escola, etc.); Trocar (ou tentar trocar) seus nome e sobrenomes; Impedir o outro genitor de ter acesso às informações escolares e/ou médicas dos filhos; Sair de férias sem os filhos e deixá-los com outras pessoas que não o outro genitor, ainda que este esteja disponível e queira ocupar-se dos filhos; Falar aos filhos que a roupa que o outro genitor comprou é feia, e proibi-los de usá-las; Ameaçar punir os filhos se eles telefonarem, escreverem, ou a se comunicarem com o outro genitor de qualquer maneira; Culpar o outro genitor pelo mau comportamento dos filhos. Além dos comportamentos clássicos apontados, Podevyn observa a presença de quatro critérios que permitem verificar a ocorrência do processo de alienação parental: 1. Obstrução a todo contato o genitor alienador passa ao filho uma mensagem dando a entender que o outro genitor não é conveniente e é desagradável vê-lo, com o objetivo de excluí-lo da vida do filho; 2. Denúncias de falso abuso o abuso mais grave que pode ocorrer é o abuso sexual, que veremos mais a frente, porém, o abuso que ocorre frequentemente é o emocional, o alienador cria situações sabendo que o outro genitor vai reprovar, fazendo assim um jogo emocional com a criança; 3. Deterioração da relação após a separação; 4. Reação de medo da parte dos filhos o filho pode demonstrar medo do genitor alienador, medo do abandono por ameaças desse alienador. Para sobreviver aprendem a manipular e vivem em uma rede de mentiras e falsidade. O assunto já é de grande interesse no país e vem crescendo cada vez mais, Souza (2010, p. 77) destacou a APASE Associação de Pais e Mães Separados

18 17 como sendo uma das principais entidades que tem divulgado a AP, fundada em 1997, fundamenta seus ideais na Constituição Federal de 1988 e no ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. A Associação trabalhou intensamente para a criação da Lei da guarda compartilhada e também para a criação da Lei da alienação parental. Além desse trabalho no judiciário, a associação presta apoio aos pais alienados formando grupos para que possam se ajudar. No mesmo sentido, podem ser vistos outros sites e blogs prestando apoio e informações a respeito da AP, também a ruína que pode causar na família que passar por ela. Esses sites e blogs 7, assim como a associação tem o objetivo de examinar o tema, disponibilizando materiais de vários pesquisadores brasileiros e estrangeiros, vídeos, matérias, livros, histórias, comunidades, entre outros, apoio aos pais e filhos que passam por situações parecidas e conversarem entre si. Com o reconhecimento da alienação parental, chegaram às Varas de Família muitos processos judiciais com o tema, pois após a separação, pais e mães que não conseguiam exercer seus papéis por puro sentimento de vingança do outro. E assim, filhos que estavam crescendo manipulados sem a presença e figura de outro pai, se sentindo abandonados por esse que só queria fazer papel de pai/mãe. Filhos que sentiam a morte desse progenitor em vida. 4.1 ASPECTOS LEGAIS Em meados de 2008, após a aprovação da Lei da guarda compartilhada, observou-se grande ampliação no numero de eventos e publicações sobre o a SAP. Houve grande mobilização pública e comoção gerada entorno do sofrimento das crianças vítimas da SAP, então, naquele mesmo ano foi elaborado o Projeto de Lei que teria como objetivo punir os atos dos genitores responsáveis pela alienação parental de seus filhos (SOUZA; BRITO, 2011), mesmo que ainda com fortes críticas quanto à teoria de Gardner e a ausência da SAP no DSM-IV. Em agosto de 2010, foi sancionada a Lei nº /2010 a Lei da Alienação Parental que em seu art. 2º conceitua o tema: 7 Páginas da internet que tratam sobre a Alienação Parental: Acesso em: 08/09/2016.

19 18 Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Percebe-se com a leitura do artigo que a lei suprimiu o termo síndrome, colocando o genitor ou qualquer um que tenha a criança sob sua guarda ou vigilância como alienador e com enfoque nas demandas judiciais, assim como Darnall (1997) conceituou e tivemos a oportunidade de verificar. A lei não trata do processo de alienação parental necessariamente como patologia, mas como conduta que merece intervenção judicial, sem cristalizar única solução para o controvertido debate acerca de sua natureza (PEREZ in DIAS, 2013, p. 46). Entende-se que, embora a lei tenha o dever de proteger o bem estar e a relação entre o genitor alienado e o filho, a mão do Estado recairá sobre quem está agindo, ou seja, tem o dever de inibir os atos do genitor alienador, com o objetivo de cessar esses atos, a fim de equilibrar as relações entre eles. No parágrafo único da referida lei vemos algumas formas exemplificativas de alienação parental, algumas formas parecidas como as vistas anteriormente como comportamentos clássicos do genitor alienante, apontadas por Podevyn (2001): Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. Vale ressaltar que o parágrafo único do art. 2º é apenas um rol exemplificativo, pois não seria possível pré-determinar todas as possibilidades possíveis da conduta humana. O legislador tratou de apresentar as condutas típicas,

20 19 que ainda sim podem se desviar em outras várias condutas ilícitas (LEITE, 2015, p. 267) Fazendo alusão aos estudos de Podevyn (2001) e Darnall (1997) percebemos no art. 3º da Lei que a ocorrência da prática da alienação parental contra criança ou adolescente constitui abuso moral e emocional: Art. 3º A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. O mesmo artigo trata também sobre os direitos fundamentais da criança e do adolescente violados com a pratica da AP, o que está disposto, na Constituição Federal (1988, art. 227) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990, art. 3º) que é assegurado o direito à vida, educação, lazer, dignidade, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária, entre outros. Destaque do artigo é para o direito fundamental da convivência familiar que deve ser garantido à criança e ao adolescente (MADALENO, 2014, p.100). Quando o genitor que detém a guarda falha com suas responsabilidades, fere os direitos previstos no art. 227 da CF, (BRASIL, 1988), abusando de seu poder familiar e cometendo atos típicos de alienação parental. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069, (BRASIL, 1990), em seu art. 5º também traz a proteção à criança e ao adolescente contra abuso e qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. No art. 4º da Lei (BRASIL, 2010), o legislador previu a prioridade no trâmite processual e garantias de mínima convivência entre genitor alienado e filho. Leite (2015, p. 328 e 329) apontou para o importante termo utilizado pelo legislador logo no início do artigo, o simples indício de ato de alienação parental, na medida em que não é necessária a confirmação, ou comprovação da alienação, mas tão somente, a ocorrência de um sinal, ou vestígio da nefasta prática, para que o Poder Judiciário deflagre as medidas provisórias necessárias (...). Para Madaleno (2014, p. 104) o art. 4º da Lei seria uma espécie de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) no combate à SAP, vejamos o texto da lei:

21 20 Art. 4º Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. O leve indício faz toda a diferença no trâmite do processo, pois enquanto se faz a averiguação dos fatos, as medidas judiciais protetivas do genitor alienado já estão sendo processadas. Importante também salientar o parágrafo único do art. 4º que garante o direito fundamental antes mencionado da convivência familiar, que ressalvados casos de risco à criança, ela deve se relacionar com o genitor alienado. No art. 5º da Lei da citada lei o juiz prevê e reconhece a importância da perícia na determinação ou não dos atos da prática de AP: Art. 5 o Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 1 o O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. 2 o A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. 3 o O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. O encargo de identificar atos de alienação parental não é fácil, ainda mais quando existem denúncias de abuso físico. Esse trabalho deve ser feito por pessoas especializadas e o legislador deixou o magistrado respaldado nesse aspecto, por ser um importante subsídio judicial. A prova pericial decorre da necessidade de ser demonstrado no processo fato de depende de conhecimento especializado, que está acima dos conhecimentos da cultura média (MADALENO, 2014, p. 111). O juiz precisa estar convencido dos fatos, e para isso a lei prevê no 2º do artigo 5º que a perícia seja psicológica ou biopsicossocial, feita por profissional

22 21 especializado com aptidão comprovada para diagnosticar os atos de alienação parental. Sendo assim, o psicólogo, médico, psiquiatra ou assistente social, devem ter certa experiência em alienação parental quando forem chamados para prestarem seus serviços. Ainda no art. 5º, vemos que o prazo para apresentar o laudo é de noventa dias, podendo ser prorrogado, caso necessário. O elemento tempo é um determinante na segurança de uma resposta do estudo mais específico possível, pra não correr o risco de erros, mas também não tornar o processo muito moroso. O art. 6º é de extrema importância no combate aos atos da alienação parental. Para Leite (2015, p. 373), talvez seja o ponto mais expressivo da Lei, pois prevê uma série de sanções ao alienador que vai desde uma advertência até a suspensão do poder parental, vejamos: Art. 6 o Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. Se diante dos laudos e perícias ficarem provados os atos de alienação parental, deve o juiz determinar as providências para que os efeitos se anulem e evitar que a conduta continue. Esse rol de medidas punitivas é apenas exemplificativo, podendo existir na prática outras medidas com o objetivo de corrigir os atos do genitor alienador e preservar a relação do genitor alienado e o filho. (FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS, 2010, p. 74 e 75) Dependendo do nível da alienação, o magistrado tem liberdade de cumular as medidas de acordo com que julgar necessário, visando sempre o melhor interesse da criança e do adolescente. Além das medidas do artigo, pode o juiz utilizar de

23 22 instrumentos processuais no combate aos atos de alienação, tais como busca e apreensão, entre outros. Segundo Leite (2015, p. 375), é possível, além das medidas vistas no artigo, solicitar ação de indenização por perdas e danos e também ação por responsabilidade criminal. O art. 7º trata da alteração ou atribuição da guarda da criança ou adolescente: A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. Esse artigo se baseia no princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, remetendo ao art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), em que a criança ou adolescente deve ser criado no seio de sua família, assegurando a convivência familiar (MADALENO, 2014, p. 123). Leite (2015, p. 420) nos mostra que duas são as direções do referido artigo: primeiro, a atribuição da guarda compartilhada, sempre que possível e segundo, a atribuição da nova guarda ao genitor que favorece a manutenção da parentalidade (convívio da criança ou adolescente com ambos os genitores) no pós ruptura. Vale lembrar que a guarda, ela sendo compartilhada ou unilateral, não faz coisa julgada material, podendo ser alterada a qualquer momento, dependendo do bem-estar da criança e do adolescente, conforme trata o art do Código Civil de 2002: Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a situação deles para com os pais. Por fim, o art. 8º da Lei da alienação parental trata da mudança de domicílio e da competência: A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. Para Leite (2015, p. 430) é uma medida que tem caráter nitidamente acautelatório para evitar manobras tendentes a frustrar a efetiva atuação judiciária. Ou seja, quando o genitor alienador tentar alterar o domicílio da criança, nada vai adiantar, pois a ação já foi iniciada naquela cidade, salvo se decorrente consenso entre os genitores ou decisão judicial, como diz a parte final do artigo.

24 23 5 FALSAS ALEGAÇÕES DE ABUSO SEXUAL As falsas alegações de abuso sexual é o modo mais sórdido de alienação parental, é a pior maneira, a mais grave de destruir a relação do genitor alienado e do filho. Geralmente, nasce quando a degradação do genitor alienado não é suficiente. O alienante quer que as visitas cessem, como forma de punição e vingança de um desejo não satisfeito e assim separar definitivamente a criança do genitor alienado. Na maioria das vezes, observa-se que é a mãe que acaba fazendo as denúncias contra o pai, com o objetivo de afastá-los de vez. O que pode configurar alienação parental se comprovada a falsidade da denúncia. Além de ser a maneira mais grave de alienação parental, a falsa alegação de abuso sexual é a maneira mais rápida de afastar pai e filho, pois na esfera jurídica, basta a denúncia para o juiz determinar o afastamento do genitor alienado, segundo Guazzelli: Mas o que acontece é que, no universo jurídico, diante de uma denúncia, o juiz que está adstrito a assegurar a proteção integral da criança, frente à gravíssima acusação, não tem outra alternativa senão expedir ordem determinando, no mínimo a suspensão temporária das visitas ou visitas reduzidas mediante monitoramento de terceira pessoa. (in DIAS, 2013, p. 191) Com isso, o genitor alienador já tem parte da vitória, pois o tempo e contato entre o genitor alienado e o filho estão limitados. Junto com a falsa alegação de abuso sexual, ocorre a implantação de falsas memórias de abuso sexual, sendo a mãe a figura que mais pratica esse ato contra o pai. Sob dois prismas diferentes, o ato do alienador como a falsa denúncia e seus efeitos psicológicos na criança quando há a AP, andam juntas. Na implantação de falsas memórias, o genitor alienador usa de artifícios para fazer a criança acreditar que foi abusada sexualmente pelo genitor alienado, mesmo que não seja uma realidade. Guazzelli (2013) sobre o assunto, comenta: Essas falsas memórias podem ser provocadas a partir de informações falsas que são apresentadas aos sujeitos. O que se denomina de Implantação de falsas memórias advém, justamente, da conduta doentia do genitor, que começa a fazer com o filho uma verdadeira lavagem cerebral,

25 24 com a finalidade de denegrir a imagem do outro alienado e, pior ainda, usa a narrativa do infante, acrescentando maliciosamente, fatos não exatamente como estes se sucederam, e ele aos poucos vai se convencendo da versão que lhe foi implantada. (in DIAS, 2013, p. 192) Madaleno (2015, p. 48) também faz considerações sobre o tema: No caso da falsa alegação de abuso sexual, o genitor alienante programa falsas memórias na criança e faz repetir como se realmente tivesse sido vítima do incesto, e dificilmente a criança percebe a manipulação que sofre, e acredita piamente serem verdadeiras as alegações forjadas pelo alienador, sendo que, com o tempo, até mesmo o alienador confunde a verdade da história fictícia. O processo de implantação de falsas memórias é feito de forma sutil, em que o alienador cria situações, às vezes vividas pela criança e distorce, tornando aquilo negativo. Leite (2015, p. 287) diz que pode ocorrer a partir de uma afirmação tendenciosa, com roupagem de verdade ou pode se originar de uma situação fática normal, realmente vivenciada pela criança que é explorada pelo alienador com efeito negativo. Podemos exemplificar o que foi dito por meio de um diálogo simples entre mãe e filha na hora do banho, em que a mãe inicia a implantação das falsas memórias na cabecinha sugestionável e inocente da criança: Filha, o papai te dá banho? Sim E na hora que ele tá te dando banho ele lava bem a sua vagininha? Acho que sim a filha responde. Contudo, a mãe convence a filha de como o pai faz. Então o papai põe a mão e fica esfregando pra ficar bem limpinha? e a criança no fim responde que Sim. A mãe repete a história várias e várias vezes e acaba se tornando uma realidade para a criança, sem realmente ser. (GUAZZELLI, in DIAS, 2013, p. 193). Até os adultos sofrem de falsas memórias. Podemos contar a mesma história várias vezes e ela acaba se confundindo com a realidade. Assim, uma situação fática normal é travestida pelo genitor manipulador em situação anormal, ou melhor, de viés sexual, com vistas à obtenção de um efeito totalmente negativo (LEITE, p. 288) Por outro lado, é preciso tomar cuidado nas alegações de abuso, quando de fato elas ocorreram, pois o genitor alienado passa a ser o genitor abusador e tenta se esconder nos efeitos da AP, se defendendo de uma campanha difamatória do excônjuge. Infelizmente, os abusos intrafamiliares existem e não escolhendo cor, raça, classe social, simplesmente estão presentes nas famílias.

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