A ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS PUNIBILIDADES
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- Theodoro Branco Dreer
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1 A ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS PUNIBILIDADES Luana Coelho Gomes e Sousa Fabio Vargas RESUMO Regularizada pela lei /2010 ressalta os meios processuais para reconhece la como também mostra meios e sanções cabíveis para poder encerra la. A alienação parental ocorre quando o sujeito ativo genitor alienador ou quem possui a guarda do menor interfere na formação psicológica agindo de má fé com o intuito de afastar do convívio familiar o sujeito passivo o qual não é o detentor da guarda da criança ou adolescente. Palavras chaves: alienação parental, punibilidades, famílias.
2 INTRODUÇÃO Com esse trabalho científico tenho a pretensão de mostrar o que é a Alienação parental e os efeitos dela causados a família. Mostrando quais as punições para esse conflito como forma de diminuir e acabar com esse problema. Na alienação parental ocorre que o detentor da guarda da criança ou adolescente sempre tenta afastar ou excluir o não guardião do convívio com o filho através de uma espécie de chantagem com o menor afrontando questões éticas e humanitárias e morais. Atualmente a alienação parental é considerada como crime além de afrontar o direito constitucional do menor que tem que ser assegurado com absoluta prioridade e o respeito para ter uma convivência familiar saudável. Entretanto não pode descumprir os deveres inerentes do poder familiar nao atingir o menor e o não detentor da guarda. METODOLOGIA Para realizar esta pesquisa foram usados livros, sites e a Constituição Federal de DESENVOLVIMENTO No Brasil, a alienação parental veio com força da Europa, mas teve sua regularização pela lei /210. A CF antes de 1988 constituía família somente através do casamento.a constituição reconheceu a união estável como forma de falia em seu parágrafo 3 em seu artigo 220 e mencionou que o Estado deve facilitar a conversão da união estável como forma de constituição de família.
3 3º - Compete à lei federal: artigo 220 da CF. I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada; II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. Uma das grandes mudanças da constituição de 1988 é de que a família deixa de ser estável e passa a ser plural, passando a existir várias formas de família no entanto podemos ressaltar: 1 Igualdade entre homens e mulheres. 2 Passa a não ter distinção entre filhos e se houver descriminação não é permitida. 3 Formação de família pode ser ou não patrimonial ( família como fenômeno plural mostra que toda constituição de família tem amparo do Estado e proteção jurídica) segundo Maria Helena Diniz. 1 Alienação parental: envolvidos A figura do Sujeito ativo (Alienante) pode ser pai ou mãe do menor sendo aquele que detém o poder de guarda do menor.( mexendo com o emocional da criança ou adolescente trazendo transtornos psicológicos, denegrindo o direito fundamental da criança ou adolescente.( Colocando o menor contra o outro genitor.) Já o Sujeito passivo é o ( alienado ) que é aquele que não tem o poder de guarda da criança ou adolescente podendo ser o pai ou a mãe que sofre pelo não bem estar social da família. Para ressaltar a relação familiar, é necessário citar os tipos de guarda no direito de família que envolve a Guarda unilateral, que é a forma mais usual e utilizada. Ocorre quando a guarda do menor é deferida a um dos genitores, dando ao outro genitor o dever de prestar alimentos e visitas. O poder familiar é exercido por ambos os genitores, porém o menor fica na companhia de um
4 dos genitores; há a Guarda alternada que é admitida pela doutrina e jurisprudência, criticada por psicólogos e assistentes sociais. Neste caso o menor fica com um dos genitores por um tempo e com outro genitor por outro período e assim sucessivamente. Quando um dos genitores estiver com a guarda o outro devera visitar e prestar alimentos ( alterando os encargos). O ponto critico pelos psicólogos é de que o menor não possui rotina que necessário para a criação. Há um terceiro tipo de guarda chamada de Guarda compartilhada, que foi regulamentada em 13 de junho do ano de Nesse tipo de guarda ambos criam o menor junto, não havendo idéia de divisão do menor. há compartilhamento na criação do menor, do sustento podendo haver fixação judicial de alimentos. Observando o artigo 1583 do Código Civil. Art A guarda será unilateral ou compartilhada. 1 o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art , 5 o ) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. 2 o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores: I afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; II saúde e segurança. III educação. 3 o A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos. 2 Exemplos de alienação parental Vale ler um trecho da Lei nº /2010 no que se refere a relações familiares. Nesse sentido aborda sobre situações do cotidiano que podem levar a situações constrangedoras. Distancia: negar o direito de visita ao outro genitor, impedir o contato telefônico mudar de endereço sem justificativa com o objetivo de dificultar a convivência. Difamação: desqualificar o comportamento do outro genitor, fazendo denuncias falsas um exemplo abuso sexual com o objetivo de manter o menor afastado e suspender o direito de visita do outro genitor. Obstrução: omitir informações pessoais sobre a criança ou adolescente sendo informações de grande relevância como escolares medicas entre outras. Induzir o menor a não obedecer ao outro genitor.
5 Na alienação parental são freqüentes frases como sua mãe ou pai é muito irresponsável ; me afastei de seu pai ou mãe porque me batia muito, e vive me perseguindo ; seu pai ou mãe não da dinheiro suficiente para manter você. Daí observam-se formas de alienação parental, segundo o artigo 2 : 3 Punibilidades Art. 2 o Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 3 o O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. O juiz irá fazer uma análise do caso podendo nomear um perito par detectar se ocorreu ou não alienação parental informando ao ministério publico para poder punir o causador da alienação parental. No caso do exemplos de distancia e obstrução o juiz poderá punir o alienante com a mudança de guarda alternada para compartilhada ou declarar a guarda ao outro genitor sendo ainda possível estipular uma multa ao alienante. Já no caso da calúnia, como por exemplo o abuso sexual, já é considerado crime no código penal brasileiro sendo assim o juiz pode punir o
6 alienante de acusar o alienado de ter cometido um crime.neste caso o alienante pode ter pena de detenção se seis meses dois anos ou muita. Art. 138 código penal- Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Lei /2010 Art. 6 o Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar.
7 RESULTADOS E DISCUSSOES Entendimento do STJ O primeiro caso de alienação parental chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em um conflito de competência entre os juízos de direito de Paraíba do Sul (RJ) e Goiânia (GO). Diversas ações relacionadas à guarda de duas crianças tramitavam no juízo goiano, residência original delas. O juízo fluminense declarou ser competente para julgar ação ajuizada em Goiânia pela mãe, detentora da guarda das crianças, buscando suspender as visitas do pai (CC ). A alegação era de que o pai seria violento e que teria abusado sexualmente da filha. Por isso, a mãe fugiu para o Rio de Janeiro com o apoio do Provita (Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas). Já na ação de guarda ajuizada pelo pai das crianças, a alegação era de que a mãe sofreria da Síndrome de Alienação Parental a causa de todas as denúncias da mãe, denegrindo a imagem paterna. Nenhuma das denúncias contra o pai foi comprovada, ao contrário dos problemas psicológicos da mãe. Foi identificada pela perícia a Síndrome da Alienação Parental na mãe das crianças. Além de implantar memórias falsas, como a de violência e abuso sexual, ela se mudou repentinamente para o estado do Rio de Janeiro depois da sentença que julgou improcedente uma ação que buscava privar o pai do convívio dos filhos. Sobre a questão da mudança de domicílio, o juízo goiano decidiu pela observância ao artigo 87 do Código de Processo Civil, em detrimento do artigo 147, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com o primeiro, o processo ficaria em Goiânia, onde foi originalmente proposto. Se observado o segundo, o processo deveria ser julgado em Paraíba do Sul, onde foi fixado o domicílio da mãe. Para o ministro Aldir Passarinho Junior (aposentado), relator do conflito na Segunda Seção, as ações da mãe contrariavam o princípio do melhor interesse das crianças, pois, mesmo com separação ou divórcio, é importante manter ambiente semelhante àquele a que a criança estava acostumada. Ou seja, a permanência dela na mesma casa e na mesma escola era recomendável. O ministro considerou correta a aplicação do CPC pelo juízo goiano para resguardar o interesse das crianças, pois o outro entendimento dificultaria o retorno delas ao pai e também aos outros parentes residentes em Goiânia, inclusive os avós maternos, importantes para elas.
8 CONCLUSÃO A alienação parental e suas punibilidades é um tema bem questionado nos dias atuais, pois existe muitas famílias sofrendo por não saberem resolver esse conflito. No entanto com a lei /2010 sancionada pelo ex presidente Luis Inácio Lula da Silva, veio como uma luz para amenizar o sofrimento desse litígio. Entretanto as punibilidades da alienação parental serve não só para diminuir os casos desse problema como também incentivar as pessoas a não cometer esse crime que envolve toda a paz social de uma família.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Constituição Federal de 1988 ( abordando nova visão de familia) Código Civil Brasileiro ( abordando tipos de guarda na familia) DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Direito de família vol 05. São Paulo: Saraiva, 2011 FREITAS, Douglas Phillps. Alienação Parental: comentários da lei / Rio de Janeiro: Forense, 2012 LEI /2010 Exemplos de alienação parental acesso em Resultados e entendimentos sobre a alienação parental segundo o (STJ) Superior tribunal de justiça disponível em Acesso em 22 de maio de 2013.
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