Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/11/2018. Alienação parental.

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1 Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/11/2018 Alienação parental. Alienação parental é quando o pai ou a mãe utiliza meios para afastar o filho do outro genitor (cerceamento de visita, falar mal, mostrar processo para a criança) a lei /2010 buscar punir a prática (ato) de alienação parental. Link do vídeo a morte inventada: Observe a Lei /2010 que trata de alienação parental. 1 O artigo 2º da lei /10 traz o conceito de alienação, sendo as hipóteses tratadas no artigo apenas exemplificativa, cabendo outras hipóteses que nele não estão previstas. Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; 1 1

2 III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. A síndrome difere do ato de alienação parental, pois neste ainda não está configurado a doença (síndrome), quando ocorre a síndrome é possível que quando adulto esta pessoa se torne um alienador. O que penaliza os genitores (pai ou mãe) é o ato (prática de alienação), mesmo que o psicólogo fale que não houve a síndrome da alienação parental se houver a prática, já tipifica. Quando dificulta a visita configura ato de alienação parental, assim como omissão de informações sobre a criança. O artigo 4º observa que é possível ingressar com ação de alienação parental autônoma ou incidental (Incidental decorre de outra ação, exemplo, divórcio). O rito é ordinário do CPC e o processo com tramitação prioritária. 2

3 A reaproximação da criança com o genitor em São Paulo é feita no SEVAT (centro de visitação assistida). O juiz normalmente determina perícia psicológica ou psicossocial para averiguar à prática de alienação parental, o artigo 5º 1º explica o que precisa ter no laudo. Se o cliente puder é recomendável contratar um assistente técnico (que já foi perito em alienação parental) para combater, formular quesitos, oposição a resposta dos quesitos, pede para o juiz nomear. Quando vai ingressar com a ação autônoma ou incidental de alienação parental é ideal que se faça uma avaliação com psicólogo antes para identificar se há indícios de alienação, para não ter ação infrutífera. Oitiva do ministério público por envolver menor. Verificar se o profissional que vai fazer a perícia tem aptidão comprovada em averiguar alienação parental. O perito tem prazo de 90 dias para concluir o laudo. Artigo 6º traz as sanções aplicadas havendo alienação por um dos genitores ao outro que pratica o ato de alienação. 3

4 Dentre os pedidos como forma de penalidade para o alienador podemos solicitar alteração de guarda, perda do poder familiar, perda do direito de visita, multa. Ata notarial para comprovação da alienação no tocante as visitas, leva o escrevente junto no dia da visita para detectar que o alienante está dificultando a convivência com o genitor. Guarda compartilhada, tentar obstruir a alienação parental. Se já tiver guarda compartilhada pedir sua inversão, ou seja, unilateral para o genitor que sofre a alienação. Na guarda compartilhada é importante fixar o domicílio do menor, seja com a mãe ou o pai. O artigo 1.634, inciso V do CC observa que para alterar o endereço de residência fixa precisa de autorização do outro genitor. A suspensão do poder familiar do alienante é temporária. O juiz pode inverter a obrigação que deixa de ser do genitor e passa a ser do alienante de levar o filho para visita. A regra é guarda compartilhada, precisa ser demonstrado que não é viável a guarda compartilhada, neste caso a guarda fica com o genitor que facilita o convívio com o outro genitor. A competência é referente a convivência e não do domicílio que é o artigo 53 CPC. Na guarda a disputa entre pais e avós, via de regra, a guarda fica com um dos pais, exceto se ficar provado inviabilidade absoluta. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÕES DE GUARDA. DISPUTA ENTRE A GENITORA E A AVÓ PATERNA DAS MENORES. PREVALÊNCIA DOS PRECÍPUOS INTERESSES DAS INFANTES. PRECEDENTES. SENTENÇA CONFIRMADA. As crianças necessitam de um referencial seguro para viver e se desenvolver e seu bem-estar deve se sobrepor, como um valor maior, a qualquer interesse outro. A julgar pelos elementos constantes nos autos, especialmente os 4

5 ulteriores estudos social e laudo psicológico, a genitora apresenta plenas condições de exercer o poder familiar e, especificamente, a guarda das meninas, medida recomendada para a preservação da integridade emocional das infantes, as quais, enquanto permaneceram sob a guarda da avó, apresentaram fortes indícios de desenvolvimento da chamada síndrome da alienação parental. Não se verificam razões plausíveis para que seja operada reforma na sentença, cuja solução é a que melhor atende ao interesse das infantes, preservando-lhes a segurança e o bem-estar físico e emocional, inclusive no que pertine à restrição do exercício do direito de visitas pela avó, condicionado à submissão a tratamento psicológico. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº , Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 26/11/2014). TJ-RS - AC: RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Data de Julgamento: 26/11/2014, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 02/12/2014). 2 Link da jurisprudência apresentada em aula: ?ref=topic_feed Família mosaico relacionamento anterior. conjugues que trazem para o casamento filhos do Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Duarrte. 2 Disponível em: rs> Acesso em 20 de nov